Fiquem atentos aos dias e horários para as confissões de natal de nossa forania.
Dia 16/12 - Paróquia São Cosme e São Damião - Andaraí - 19h.
Dia 17/12 - Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Vila Isabel - 19h.
Dia 18/12 - Paróquia São José e Nossa Senhora das Dores - Andaraí - 19h.
Dia 19/12 - Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Grajaú - 19h.
Dia 20/12 - Paróquia Divino Espírito Santo e São João Batista - Maracanã - 19h.
"Toda escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra". (II Tm 3,16-17). Acesse https://diaconiadapalavra.blogspot.com/. Comentários da liturgia diária.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
terça-feira, 12 de novembro de 2013
"Prefiro ser morto pelos homens, tendo em vista a esperança dada por Deus, que um dia nos ressuscitará!"
Queridas irmãs e irmãos,
O título de nossa postagem é o fim da leitura de segunda Macabeus 7,14b. Os irmãos macabeus são mortos por defenderem a fé e a lei. São fiéis a Deus e a seus mandamentos: "amar a Deus sob todas as coisas". Amar a Deus acima da própria vida e vontade. Não se afastar Dele mesmo que seja para preservar a própria vida. ""Quem ama mais a sua vida do que a mim, não é digno de me seguir" (Mt 10,40).
Os irmãos Macabeus sabiam o que estava em jogo: a vida eterna. Aquela que dura para sempre. Não era simplesmente comer carne de porco ou não. Era algo que o rei não podia contemplar nem ver. Estava ligado as suas raízes. A toda história de libertação de seu povo. A toda história de intervenção de Deus junto ao povo escolhido.
O que nos salta aos olhos é que são jovens. Um, segundo o autor, era adolescente (deveria ter entre 13 e 18 ano). Cheio de energia. Uma vida pela frente, diriam alguns. Entregou-se. Deu a vida. Não temeu aquele que somente poderia matar o corpo.
O Reino de Deus é para os fortes. É para aqueles que contemplaram a face de Deus pela fé. Não basta comungar. Há uma música que diz que "comungar é tornar-se um perigo. Viemos para incomodar...". Quem comunga o corpo de Cristo deve ser sinal de renúncia às exigências do mundo.
Jesus esclarece como será o Reino de Deus (Lc. 20,27-38). A vida no Reino é diferente. As realidades terrestres não serão realidade no Reino. Todos seremos como anjos, ou seja estaremos louvando, reverenciando e servindo a Deus. Segundo Santo Inácio de Loyola, foi para isso que o homem foi criado. Mas o nosso louvor, a nossa reverência e nosso serviço realiza-se dentro do livre arbítrio que começa aqui na terra. A nós, foi dado a possibilidade da escolha. Tarefa difícil. Mas não impossível, pois "para Deus nada é impossível".
Paulo faz uma oração bela oração de intercessão. E não pede nada por isso. Apenas que orem por ele. Orar para que a Palavra de Deus seja divulgada e glorificada. Orar pela unidade da Igreja: "o Senhor nos dá a certeza de que vós estais seguindo (...) as nossas instruções". E termina, pedindo que o Senhor dirija os nossos corações ao amor de Deus e à firme esperança em Cristo (2 Ts 2,16-3,5),
Orai e vigiai para não cairdes em tentação.
O título de nossa postagem é o fim da leitura de segunda Macabeus 7,14b. Os irmãos macabeus são mortos por defenderem a fé e a lei. São fiéis a Deus e a seus mandamentos: "amar a Deus sob todas as coisas". Amar a Deus acima da própria vida e vontade. Não se afastar Dele mesmo que seja para preservar a própria vida. ""Quem ama mais a sua vida do que a mim, não é digno de me seguir" (Mt 10,40).
Os irmãos Macabeus sabiam o que estava em jogo: a vida eterna. Aquela que dura para sempre. Não era simplesmente comer carne de porco ou não. Era algo que o rei não podia contemplar nem ver. Estava ligado as suas raízes. A toda história de libertação de seu povo. A toda história de intervenção de Deus junto ao povo escolhido.
O que nos salta aos olhos é que são jovens. Um, segundo o autor, era adolescente (deveria ter entre 13 e 18 ano). Cheio de energia. Uma vida pela frente, diriam alguns. Entregou-se. Deu a vida. Não temeu aquele que somente poderia matar o corpo.
O Reino de Deus é para os fortes. É para aqueles que contemplaram a face de Deus pela fé. Não basta comungar. Há uma música que diz que "comungar é tornar-se um perigo. Viemos para incomodar...". Quem comunga o corpo de Cristo deve ser sinal de renúncia às exigências do mundo.
Jesus esclarece como será o Reino de Deus (Lc. 20,27-38). A vida no Reino é diferente. As realidades terrestres não serão realidade no Reino. Todos seremos como anjos, ou seja estaremos louvando, reverenciando e servindo a Deus. Segundo Santo Inácio de Loyola, foi para isso que o homem foi criado. Mas o nosso louvor, a nossa reverência e nosso serviço realiza-se dentro do livre arbítrio que começa aqui na terra. A nós, foi dado a possibilidade da escolha. Tarefa difícil. Mas não impossível, pois "para Deus nada é impossível".
Paulo faz uma oração bela oração de intercessão. E não pede nada por isso. Apenas que orem por ele. Orar para que a Palavra de Deus seja divulgada e glorificada. Orar pela unidade da Igreja: "o Senhor nos dá a certeza de que vós estais seguindo (...) as nossas instruções". E termina, pedindo que o Senhor dirija os nossos corações ao amor de Deus e à firme esperança em Cristo (2 Ts 2,16-3,5),
Orai e vigiai para não cairdes em tentação.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
"Ide e fazei discípulos todas as nações"
Prezadas irmãs e irmãos,
As "Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora do Igreja no Brasil - 2011-2015", da CNBB, documento 94, afirma, no parágrafo 11, que "a ação evangelizadora e pastoral da Igreja trabalha pela reconciliação, o que não significa pactuar com a impunidade, a corrupção e todas as formas de desrespeito aos direitos básicos de toda pessoa (grifo meu). Diante de graves situações que fazem irmãos sofrerem, o coração do discípulo missionário se enche de compaixão e clama por justiça e paz. Angustia-se diante da inércia e mesmo da omissão. Quer atitudes que superem o mal existente e não permitam o surgimento de mais dor. Esta indignação, porém, não deve afastar o discípulo missionário do ideal de perdão e reconciliação, pois o Reino de Deus só acontece efetivamente quando se responde ao mal com o bem (Rm 12,17-21)".
A CNBB não pactua com a impunidade, a corrupção e com o desrespeito aos direitos básicos de toda pessoa. Estes direitos estão expressos na Constituição Federal de 1988. São chamados de cláusulas pétreas, significa dizer que não podem ser mexidos ou modificados. São nossas garantias sociais e individuas, que normalmente, são suspensas pelos governos ditatoriais (sejam eles de esquerda ou de direita).
O artigo 5º da Constituição garante que "ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante" (inciso III). Não foi o que vimos durante as manifestações dos professores na cidade do Rio de Janeiro. Várias fotos postadas nas redes sociais, e em alguns jornais, mostraram como a Polícia, que deveria fazer cumprir a constituição, agiu com aqueles que defendiam seus direitos. Batendo. Jogando spray de pimenta. Balas de borracha (o que no Rio de Janeiro é proibido).
Ainda afirma o mesmo artigo, em seu inciso IV, que "é livre a manifestação do pensamento...". Infelizmente, o que observamos é que muitas vezes a divulgação desse pensamento é cerceado pela imprensa que distorce a verdade dos fatos. Não esclarece. Manipula. Não provoca o debate. Informa apenas aquilo que os detentores do poder, muitas vezes eleitos pela população, dizem.
O que pude observar, é que sempre os professores reuniam-se pacificamente, sem armas, em locais públicos. Isso é garantido pelo mesmo artigo 5º, em seu inciso XVI.
Ainda olhando a Constituição, em seu artigo 6º, lemos: "São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação...". O que constamos é que isso é desrespeitado, principalmente porque garantir isso à população é uma forma de tornar o povo livre. As manifestações dos professores visavam mostrar que nossos direitos básicos, garantidos na Constituição, não estão sendo observados pelos governos eleitos. Que foram enganados.
O Artigo 7º diz que um dos direitos dos trabalhadores é a garantia de um "piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho". Quando os professores reivindicam melhores salários, estão apenas querendo fazer cumprir essa determinação legal. São trabalhadores com qualificação para educar nossos filhos. Especializados. Pós-graduados. O que vemos hoje é uma inversão de valores. Parlamentares, que não tem um trabalho complexo ganham altíssimos salários. E professores, com uma complexidade profissional maior, um salário irrisório. Por que não inverter?
E para encerrar, o artigo 9º garante o direito de greve. E que compete aos trabalhadores determinar a oportunidade de o exercê-lo. Assim, nenhuma greve pode ser dita "ilegal". Pois a lei nos garante. Se algum tribunal julgar improcedente uma greve, está indo contra a Constituição. E sua decisão passa a não ter efeito. Não cabe interpretação dessa lei. Salvo haja alguma lei complementar sobre o assunto.
Assim, queridas amigas e amigos, a Igreja Católica Apostólica Romana, através dos Bispos do Brasil, defende o cumprimento daquilo que está em nossa lei máxima, a "garantia dos direitos de toda pessoa".
Ao nos engajarmos nas lutas do povo desse pais, estamos querendo, apenas, que a Constituição seja cumprida em seus direitos básicos. Nada mais. Lembro que não foram os bispos que fizeram nossa constituição. Mas toda a sociedade organizada que saia de um momento de ditadura e de restrição às liberdades sociais e civis.
Temos uma lei máxima com garantias que não são cumpridas pelos governantes. E que não são cobradas por nós. Por isso, estudar, ler, compreender, debater são atitudes cidadãs e cristãs. Não devemos ficar no achismo ou no que "ouvi dizer", pois existem manipuladores que querem desviar nossa atenção da verdade da lei.
Leia os artigos 5º, 6º, 7º, 8º e 9º. Cobre de seu parlamentar esse cumprimento. Veja o que ele já fez para que isso fosse garantido.
Deus vos abençoe.
As "Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora do Igreja no Brasil - 2011-2015", da CNBB, documento 94, afirma, no parágrafo 11, que "a ação evangelizadora e pastoral da Igreja trabalha pela reconciliação, o que não significa pactuar com a impunidade, a corrupção e todas as formas de desrespeito aos direitos básicos de toda pessoa (grifo meu). Diante de graves situações que fazem irmãos sofrerem, o coração do discípulo missionário se enche de compaixão e clama por justiça e paz. Angustia-se diante da inércia e mesmo da omissão. Quer atitudes que superem o mal existente e não permitam o surgimento de mais dor. Esta indignação, porém, não deve afastar o discípulo missionário do ideal de perdão e reconciliação, pois o Reino de Deus só acontece efetivamente quando se responde ao mal com o bem (Rm 12,17-21)".
A CNBB não pactua com a impunidade, a corrupção e com o desrespeito aos direitos básicos de toda pessoa. Estes direitos estão expressos na Constituição Federal de 1988. São chamados de cláusulas pétreas, significa dizer que não podem ser mexidos ou modificados. São nossas garantias sociais e individuas, que normalmente, são suspensas pelos governos ditatoriais (sejam eles de esquerda ou de direita).
O artigo 5º da Constituição garante que "ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante" (inciso III). Não foi o que vimos durante as manifestações dos professores na cidade do Rio de Janeiro. Várias fotos postadas nas redes sociais, e em alguns jornais, mostraram como a Polícia, que deveria fazer cumprir a constituição, agiu com aqueles que defendiam seus direitos. Batendo. Jogando spray de pimenta. Balas de borracha (o que no Rio de Janeiro é proibido).
Ainda afirma o mesmo artigo, em seu inciso IV, que "é livre a manifestação do pensamento...". Infelizmente, o que observamos é que muitas vezes a divulgação desse pensamento é cerceado pela imprensa que distorce a verdade dos fatos. Não esclarece. Manipula. Não provoca o debate. Informa apenas aquilo que os detentores do poder, muitas vezes eleitos pela população, dizem.
O que pude observar, é que sempre os professores reuniam-se pacificamente, sem armas, em locais públicos. Isso é garantido pelo mesmo artigo 5º, em seu inciso XVI.
Ainda olhando a Constituição, em seu artigo 6º, lemos: "São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação...". O que constamos é que isso é desrespeitado, principalmente porque garantir isso à população é uma forma de tornar o povo livre. As manifestações dos professores visavam mostrar que nossos direitos básicos, garantidos na Constituição, não estão sendo observados pelos governos eleitos. Que foram enganados.
O Artigo 7º diz que um dos direitos dos trabalhadores é a garantia de um "piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho". Quando os professores reivindicam melhores salários, estão apenas querendo fazer cumprir essa determinação legal. São trabalhadores com qualificação para educar nossos filhos. Especializados. Pós-graduados. O que vemos hoje é uma inversão de valores. Parlamentares, que não tem um trabalho complexo ganham altíssimos salários. E professores, com uma complexidade profissional maior, um salário irrisório. Por que não inverter?
E para encerrar, o artigo 9º garante o direito de greve. E que compete aos trabalhadores determinar a oportunidade de o exercê-lo. Assim, nenhuma greve pode ser dita "ilegal". Pois a lei nos garante. Se algum tribunal julgar improcedente uma greve, está indo contra a Constituição. E sua decisão passa a não ter efeito. Não cabe interpretação dessa lei. Salvo haja alguma lei complementar sobre o assunto.
Assim, queridas amigas e amigos, a Igreja Católica Apostólica Romana, através dos Bispos do Brasil, defende o cumprimento daquilo que está em nossa lei máxima, a "garantia dos direitos de toda pessoa".
Ao nos engajarmos nas lutas do povo desse pais, estamos querendo, apenas, que a Constituição seja cumprida em seus direitos básicos. Nada mais. Lembro que não foram os bispos que fizeram nossa constituição. Mas toda a sociedade organizada que saia de um momento de ditadura e de restrição às liberdades sociais e civis.
Temos uma lei máxima com garantias que não são cumpridas pelos governantes. E que não são cobradas por nós. Por isso, estudar, ler, compreender, debater são atitudes cidadãs e cristãs. Não devemos ficar no achismo ou no que "ouvi dizer", pois existem manipuladores que querem desviar nossa atenção da verdade da lei.
Leia os artigos 5º, 6º, 7º, 8º e 9º. Cobre de seu parlamentar esse cumprimento. Veja o que ele já fez para que isso fosse garantido.
Deus vos abençoe.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
"E eu busquei A palavra mais certa Vê se entende O meu grito de alerta"
Queridos amigos e amigas, a greve da educação demonstra como os governos agem em relação aos pobres. São cada vez mais empurrados ladeira abaixo. E nós continuamos cegos, apesar de irmos a Missa. De comungarmos. De confessarmos.
Recebi de uma professora da Rede Municipal (e Estadual também) a carta que se segue, endereçada ao nosso Arcebispo. Esta foi entregue a Dom Luis Henrique para que fizesse chegar as mãos de nosso Arcebispo.
Se a publico, é o grito de uma professora que é católica, praticante. Ministra Extraordinária da Sagrada Comunhão. Coordenadora da PASCOM de sua paróquia. É uma cristã que entende seus compromissos sociais, exigência do Evangelho de Jesus.
Leiam. Meditem. Reflitam nas palavras de nossa irmã. Registra que os grifos feitos são meus.
Excia. Rev. Dom Orani João Tempesta,
Recebi de uma professora da Rede Municipal (e Estadual também) a carta que se segue, endereçada ao nosso Arcebispo. Esta foi entregue a Dom Luis Henrique para que fizesse chegar as mãos de nosso Arcebispo.
Se a publico, é o grito de uma professora que é católica, praticante. Ministra Extraordinária da Sagrada Comunhão. Coordenadora da PASCOM de sua paróquia. É uma cristã que entende seus compromissos sociais, exigência do Evangelho de Jesus.
Leiam. Meditem. Reflitam nas palavras de nossa irmã. Registra que os grifos feitos são meus.
Excia. Rev. Dom Orani João Tempesta,
Arcebispo do Rio de Janeiro
Pax!
Sei que V. Excia. tem muitos assuntos para se preocupar,
e lamento profundamente ter que trazer mais um peso. Contudo, era necessário
que eu o fizesse, pois o que está em jogo é a EDUCAÇÃO PÚBLICA de nossa cidade.
O prefeito Eduardo Paes e sua secretária Claudia Costin estão faltando com a
verdade! É uma vergonha o que estão fazendo conosco. Eles assinaram duas atas
de reunião em audiência com o SEPE, se comprometendo a atender as
reivindicações do sindicato, mas para isso era necessário que suspendêssemos a
greve, e nós o fizemos. Retornamos para as escolas
Acreditamos! Demos um voto de confiança ao prefeito e sua
secretária. Eles não cumpriram o acordo feito com o sindicato. Simplesmente,
fizeram um plano de carreira à revelia dos professores, e mais, fizeram uma
reforma na educação do nosso município que não nos atende e prejudica a
comunidade escolar. Sou professora da rede, desde 1978. São 35 anos de
dedicação. Nunca vivi um momento tão desesperador, com ameaça de exoneração, assédio
moral por parte das coordenadorias de educação e das direções das unidades
escolares. Não sou filiada a nenhum partido político e a nenhuma corrente do sindicato.
Sou simplesmente uma professora que sabe de seus direitos e deveres e que é
filiada ao sindicato desde o início da carreira, e desejo uma educação pública
de qualidade para as classes populares. Segue, abaixo, um breve relato que foi
encaminhado para os pais e responsáveis dos alunos da rede municipal,
esclarecendo o movimento atual, pelo SEPE, nosso sindicato.
“Nós, profissionais de
educação das escolas e creches da cidade do Rio de Janeiro, iniciamos o ano de
2013 exigindo que a prefeitura recebesse o nosso sindicato para conversarmos
sobre os diversos problemas da educação da Cidade Maravilhosa. Infelizmente,
foi preciso entrarmos em greve para o Prefeito Eduardo Paes nos receber. Mas,
mesmo assim, a prefeitura não negocia, ameaça cortar o ponto e demitir
grevistas. Desconta dos nossos salários, mesmo desautorizada pela Justiça, tira
nossas gratificações; manda a polícia nos reprimir com bombas, choques e cassetetes;
mente e usa o dinheiro público para pagar notas na mídia no horário nobre;
manipula a população, jogando- a contra nosso movimento. Calunia nosso sindicato
e nossos diretores. Gasta dinheiro público, mandando telegramas para os
profissionais em greve. E, o mais absurdo, não ouve a sociedade e continua nos
criminalizando, como se fazer greve não fosse um direito, mas um crime.
Criminoso é o governo que além de ser autoritário e não nos ouvir, some com verbas
carimbadas da educação e com isso não garante escolas e creches suficientemente
estruturadas para funcionar. Durante esses quase dois meses de greve, não
saímos das ruas, com atos e passeatas belíssimas, que convocaram a população a
defender a escola pública. O apoio dos pais e da comunidade ao nosso movimento
tem sido fundamental. O nosso compromisso é com o aluno. Já ao prefeito, que,
aliás, confessou publicamente em entrevista à rádio Band News que jamais
colocaria seu filho na escola pública”.
DE QUEM É A CULPA DA GREVE? É DO PREFEITO QUE NÃO NEGOCIA.
ELE É O RESPONSÁVEL PELA CONTINUIDADE DA GREVE. "Por isso é que uma das razões da necessidade da ousadia de quem
se quer fazer professora, educadora, é a disposição pela briga justa, lúcida,
em defesa de seus direitos como no sentido da criação das conceições para a
alegria na escola..." (do artigo de Ana Maria Coutinho).
Querido Dom Orani, sendo católica praticante, paroquiana
da Igreja Sangue de Cristo, na Tijuca, ministra extraordinária da Sagrada
comunhão e coordenadora da PASCOM, peço que o senhor interceda nessa grave
questão, solicitando ao prefeito que negocie com o sindicato, o SEPE, que é o
nosso representante legal. Estamos esgotados com essa greve e queremos retornar
as nossas escolas, tendo a garantia que os nossos alunos terão um ensino de
qualidade e não uma escola que obrigue, a nós professores, lecionar disciplinas
a quais não fomos preparados. Os nossos alunos merecem e têm o direito de terem
professores especializados. Reze pelos profissionais, que cada vez mais são
massacrados pelo prefeito desse município. Pelo AMOR DE DEUS interceda junto ao prefeito Eduardo Paes.
MISERICÓRDIA!!!!!!!
Mais uma vez peço perdão pelo transtorno e humildemente
peço vossa bênção e vossas orações, por mim e por todos os profissionais da
EDUCAÇÃO dessa cidade.
Em 20 de outubro de 2013.
Professora Maria de Fátima Lopes
Felix Soares
E.M. Panamá e E.M. Soares Pereira
domingo, 13 de outubro de 2013
"Deus é amor"
Na primeira carta de São João, capítulo 4,8 lemos o título dessa postagem.
A partir do versículo 7 do capítulo 4, João nos convoca a que nos "amemos uns aos outros, pois o amor vem de Deus". E continua dizendo que "todo aquele que ama é filho de Deus e conhece a Deus".
Mas como sabemos que amamos a Deus? O próprio Jesus nos falou sobre isso. Quando nos contou a parábola do Samaritano. E ainda disse: "ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus irmãos" (Jo 15,13). No evangelho de João 3,16 diz Jesus a Nicodemus: "Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho único, para que quem crer não pereça, mas tenha a vida eterna".
O próprio João ainda fala: "Deus demonstrou o amor que tem por nós enviando ao mundo seu Filho único, para que vivamos graças a Ele" (1Jo. 4,9).
São Paulo não se furtou em falar do amor de Deus. Na carta aos Efésio 5,2a nos fala: "Irmãos, vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós". Em seguida, exorta os maridos a amarem suas esposas, da mesma forma que Cristo amou a Igreja e se entregou por ela.
Na Primeira carta aos Coríntios (1Cor 13,4-8a), na tradução da Bíblia do Peregrino, lemos: "O amor é paciente, é amável, o amor não é invejoso, nem fanfarrão, não é orgulhoso, nem faz coisas inconvenientes, não procura o próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade", E continua falando, "tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acabará".
Os que herdarão o Reino dos Céus são aqueles que vivem o amor. E como sabemos que estamos amando verdadeiramente? O próprio Cristo nos responte em três grandes momentos nos Evangelhos. O primeiro, ao falar dos bem-aventurados (Mt 5,3-10). Em seguida, quando fazemos o bem aos que sofrem. Mateus, 25,31-40. E quando fazemos do outro a pessoa mais importante que nossos negócios e problemas: Lc 10,25-37.
Medite como você vive esse amor.
Deus vos abençoe.
A partir do versículo 7 do capítulo 4, João nos convoca a que nos "amemos uns aos outros, pois o amor vem de Deus". E continua dizendo que "todo aquele que ama é filho de Deus e conhece a Deus".
Mas como sabemos que amamos a Deus? O próprio Jesus nos falou sobre isso. Quando nos contou a parábola do Samaritano. E ainda disse: "ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus irmãos" (Jo 15,13). No evangelho de João 3,16 diz Jesus a Nicodemus: "Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho único, para que quem crer não pereça, mas tenha a vida eterna".
O próprio João ainda fala: "Deus demonstrou o amor que tem por nós enviando ao mundo seu Filho único, para que vivamos graças a Ele" (1Jo. 4,9).
São Paulo não se furtou em falar do amor de Deus. Na carta aos Efésio 5,2a nos fala: "Irmãos, vivei no amor, como Cristo nos amou e se entregou a si mesmo a Deus por nós". Em seguida, exorta os maridos a amarem suas esposas, da mesma forma que Cristo amou a Igreja e se entregou por ela.
Na Primeira carta aos Coríntios (1Cor 13,4-8a), na tradução da Bíblia do Peregrino, lemos: "O amor é paciente, é amável, o amor não é invejoso, nem fanfarrão, não é orgulhoso, nem faz coisas inconvenientes, não procura o próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade", E continua falando, "tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acabará".
Os que herdarão o Reino dos Céus são aqueles que vivem o amor. E como sabemos que estamos amando verdadeiramente? O próprio Cristo nos responte em três grandes momentos nos Evangelhos. O primeiro, ao falar dos bem-aventurados (Mt 5,3-10). Em seguida, quando fazemos o bem aos que sofrem. Mateus, 25,31-40. E quando fazemos do outro a pessoa mais importante que nossos negócios e problemas: Lc 10,25-37.
Medite como você vive esse amor.
Deus vos abençoe.
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
"Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido"
A seguir, faço uma meditação sobre os pedidos que fazemos nessa oração.
Pensamentos – pecar por
pensamentos. Mateus 5,27-28. Confessamos que não tivemos os mesmos pensamentos
e sentimentos de que uma pessoa batizada deveria ter. Desejamos, em nosso
coração, o mal. Ou pensamos mal de alguém. Na passagem cita a cima, Jesus fala
do homem que deseja uma mulher por pensamento. Mas existem outras formas de
pensar mal.
Palavras – “Quem chama
seu irmão de idiota merece o fogo” (Mt 5,22). Quem pecar, blasfemar, contra o
Espírito Santo, não terá o perdão desse pecado. E sem perdão do pecado, não
podemos entrar nos reino de Deus. (Mt 12,31).
E ainda, na epístola de São Tiago lemos: “Aquele que não comete falta ao
falar, é homem perfeito”. (Tg 3,2b.) E continua o apóstolo, tido como irmão de
Jesus: “A mesma coisa acontece com a língua, é um pequeno membro e , no
entanto, se gaba de grandes coisas”. (Tg 3,5a).
Atos e Omissões – Aqui
ficamos com o Mateus 25,31-46, o texto do juízo Final. Quando as pessoas serão
separadas para estarem na glória de Deus, ou na danação eterna (ela existe, e o
demônio quer que pensemos ao contrário). O inferno é uma realidade que a Igreja
afirma que existe de verdade. No texto acima Jesus diz que irão para o céu
aqueles que se preocupam com aqueles que sofrem nessa vida. Junte-se a esse
texto, a história de Lázaro e do rico (Lc 16,19-31) E ainda, o capítulo 5,1-6,
o destino do rico injusto.
Infelizmente, em
muitas de nossas paróquias temos omitido essa oração de perdão. Ela implica em
uma revisão de vida que muitos irmãos estão esquecendo de fazer. Ela nos
questiona diretamente. Ao invés disso, pedimos que ele nos dê um coração novo.
Mas novo de quê? Pedimos que ele nos renove. Mas renovar do quê?
Irmãs e irmãos,
devemos nos preocupar com as nossas palavras. Com as nossas músicas. Com o que
estamos fazendo na Igreja. Não devemos buscar satisfação pessoal. Ser crente é
coisa séria. Ser católico é coisa. Implica numa vida de santidade cotidiana, e
não apenas na missa. É ir ao encontro dos irmãos e irmãs que lutam diariamente
para a construção de uma sociedade livre da injustiça. Da perseguição. Nem que
para isso, sejamos nós os perseguidos.
Toda vez que você estiver
na missa, pense nisso. Façam um pedido de perdão concreto. Não fique no
subjetivo. Ore pedindo a Deus para que lhe consciência de suas faltas
verdadeiras, e que você possa ser uma pessoa convertida.
terça-feira, 17 de setembro de 2013
O que celebramos
Certa vez ouvi essa frase: "A Igreja é o que ela celebra!" Achei interessante. A pessoa que a citou falava sobre a Constituição Dogmática do Sacrosanctum Concilium, do Vaticano II, que versa sobre a reforma da Sagrada Liturgia.
O professor dizia que o Concílio teve que, primeiro, falar sobre Liturgia, pois tudo deriva daquilo que nos coloca diante do mistério divino: a Celebração Litúrgica.
Entretanto, quando falamos de Celebração Litúrgica, ficamos presos apenas a celebração da santa Missa. Mas existe uma riqueza celebrativa na Igreja muito profunda. Claro que é da Celebração da Missa que deriva todo o processo celebrativo. Portanto, ela se torna fonte e ápice de tudo o que faz da Igreja ser missionária e anunciadora do evangelho.
O Concílio abriu algumas portas. A Missa não mais celebrada de costas. A utilização da língua vernácula. A riqueza das leituras bíblicas. A atualização do calendário litúrgico. A introdução de determinadas festas. A maior participação dos fiéis leigos na Santa Missa. A forma de decorar a Igreja. A sobriedade nas celebrações. A retirada daquilo que tornou-se excesso nas celebrações, tornando-as mais propícias para o nosso tempo.
Isso gerou muita confusão. Muitas pessoas, alguns do clero, acharam que tudo havia sido mudado. Que não se deveria ter mais a chamada devoção. A piedade. A contrição diante do mistério celebrado. Isso mesmo, mistério. É um mistério um Deus que se faz homem. É um mistério um Deus que se dá em alimento. É um mistério um Deus que vem resgatar a sua criação.
A introdução de músicas. As repostas dadas pelo povo durante a celebração. As posturas corporais. O silêncio. São ações que devem ser estudadas, refletidas, oradas para que não se cometa excessos.
Vou destacar apenas uma dessas questões, que sinto falta nos dias atuais: o SILÊNCIO.
Muitas de nossas celebrações, com raríssimas exceções, são muito barulhentas. Principalmente, no que ser refere às músicas. Devemos ter a consciência de que não estamos num show, nem fazendo um show. O animador vocal é um instrumento de Deus. A música não é apêndice. Ela deve ajudar ao fiel refletir sobre o Mistério celebrado. Deve está em consonância com a liturgia do dia. Levar a todos e a todas ao encontro pessoal com Jesus. E para isso, o critério para a escolha da música não deve ser se é bonita, seu eu gosto, se eu sei tocar e cantar. Caso a equipe de canto não conheça a letra e a melodia, procure os meios para tal. Em nossos dias, a internet é uma excelente biblioteca fonográfica. O excesso de música não favorece ao SILÊNCIO.
E porque o SILÊNCIO é importante? Ele nos faz entrar em sintonia com a Palavra de Deus, com o Corpo de Deus - que comungamos. Com as necessidades pessoais e do próximo, do irmão, do outro.
Em alguns momentos devemos fazer silêncio: logo após o sacerdote dizer, Oremos. Após a homilia. Após a comunhão.
Algumas comunidades inventaram música na ação de graças. Outras introduziram danças. E há aquelas onde se faz oração de louvor. Não. Desculpe-me. Mas não é o momento para isso. A ação de graças é o momento único, pessoal. É entre você, comungante. e Deus. Após a Comunhão deve-se cessar toda forma de barulho, de ruído, de interferência nesta comunicação.
Na Liturgia das Horas, existe um apêndice que se chama Ação de Graças após a Missa. São várias orações para serem recitadas pelo fiel, em SILÊNCIO. No coração. Após a comunhão deveríamos pensar como os discípulos de Emaús: "Não ardia o nosso coração enquanto ele falava?"
Irmãs e irmãos. Se você chegou até aqui, parabéns. Repense os barulhos que você está fazendo na missa. Deixe o silêncio cantar.
O professor dizia que o Concílio teve que, primeiro, falar sobre Liturgia, pois tudo deriva daquilo que nos coloca diante do mistério divino: a Celebração Litúrgica.
Entretanto, quando falamos de Celebração Litúrgica, ficamos presos apenas a celebração da santa Missa. Mas existe uma riqueza celebrativa na Igreja muito profunda. Claro que é da Celebração da Missa que deriva todo o processo celebrativo. Portanto, ela se torna fonte e ápice de tudo o que faz da Igreja ser missionária e anunciadora do evangelho.
O Concílio abriu algumas portas. A Missa não mais celebrada de costas. A utilização da língua vernácula. A riqueza das leituras bíblicas. A atualização do calendário litúrgico. A introdução de determinadas festas. A maior participação dos fiéis leigos na Santa Missa. A forma de decorar a Igreja. A sobriedade nas celebrações. A retirada daquilo que tornou-se excesso nas celebrações, tornando-as mais propícias para o nosso tempo.
Isso gerou muita confusão. Muitas pessoas, alguns do clero, acharam que tudo havia sido mudado. Que não se deveria ter mais a chamada devoção. A piedade. A contrição diante do mistério celebrado. Isso mesmo, mistério. É um mistério um Deus que se faz homem. É um mistério um Deus que se dá em alimento. É um mistério um Deus que vem resgatar a sua criação.
A introdução de músicas. As repostas dadas pelo povo durante a celebração. As posturas corporais. O silêncio. São ações que devem ser estudadas, refletidas, oradas para que não se cometa excessos.
Vou destacar apenas uma dessas questões, que sinto falta nos dias atuais: o SILÊNCIO.
Muitas de nossas celebrações, com raríssimas exceções, são muito barulhentas. Principalmente, no que ser refere às músicas. Devemos ter a consciência de que não estamos num show, nem fazendo um show. O animador vocal é um instrumento de Deus. A música não é apêndice. Ela deve ajudar ao fiel refletir sobre o Mistério celebrado. Deve está em consonância com a liturgia do dia. Levar a todos e a todas ao encontro pessoal com Jesus. E para isso, o critério para a escolha da música não deve ser se é bonita, seu eu gosto, se eu sei tocar e cantar. Caso a equipe de canto não conheça a letra e a melodia, procure os meios para tal. Em nossos dias, a internet é uma excelente biblioteca fonográfica. O excesso de música não favorece ao SILÊNCIO.
E porque o SILÊNCIO é importante? Ele nos faz entrar em sintonia com a Palavra de Deus, com o Corpo de Deus - que comungamos. Com as necessidades pessoais e do próximo, do irmão, do outro.
Em alguns momentos devemos fazer silêncio: logo após o sacerdote dizer, Oremos. Após a homilia. Após a comunhão.
Algumas comunidades inventaram música na ação de graças. Outras introduziram danças. E há aquelas onde se faz oração de louvor. Não. Desculpe-me. Mas não é o momento para isso. A ação de graças é o momento único, pessoal. É entre você, comungante. e Deus. Após a Comunhão deve-se cessar toda forma de barulho, de ruído, de interferência nesta comunicação.
Na Liturgia das Horas, existe um apêndice que se chama Ação de Graças após a Missa. São várias orações para serem recitadas pelo fiel, em SILÊNCIO. No coração. Após a comunhão deveríamos pensar como os discípulos de Emaús: "Não ardia o nosso coração enquanto ele falava?"
Irmãs e irmãos. Se você chegou até aqui, parabéns. Repense os barulhos que você está fazendo na missa. Deixe o silêncio cantar.
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Misericórdia
Queridos irmãos e irmãs,
Neste domingo, a nossa liturgia falou sobre Misericórdia. Ex. 32,7-11.13-14; Lc 15,1-32; 1Tm 1,12-17.
Na leitura do Exôdo, percebemos que Deus tem os mesmos sentimentos humanos. Demonstra raiva, ira, vontade de extermínio, cólera. Um Deus parecido com os homens. Isso nos causa espanto. Pois nosso Deus é misericórdia.
Entretanto, percebemos que Deus coloca a liderança de Moisés à prova. Ele precisa demonstrar que tem o espírito de Deus (Nm 11,17), o espírito de compaixão e misericórdia. Deus ameaça exterminar o povo. Povo que fez sair do Egito, da escravidão. Mas que agora constroem para si ídolos que os afastam do Deus da vida.
Moisés lembra a força de Deus para libertar o povo da escravidão. Que não foi uma obra simples. Deus precisou de mão forte e grande poder. Houve um esforço. E este não pode ser esquecido. Moisés intercede pelo povo. Ele é o seu líder. Vai à frente. Indica o caminho. Anima. Fortalece. Mostra ao povo o Deus que liberta.
Moisés faz Deus lembrar disso. A oração de intercessão de Moisés é ouvida por Deus. "E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer ao seu povo".
Na segunda leitura, Paulo escreve a Timóteo. Paulo destaca o valor da sua missão. Ele que antes perseguia e blasfemava, foi resgato. Digno de misericórdia, pois agia com ignorância. E diz que "Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores". E ele se considera o primeiro destes.
No evangelho, dividido em dua partes. A primeira, Jesus falava da alegria de encontro com sua Pessoa. Ao estar junto dos publicanos e pecadores, Jesus resgata os que estavam longe. Vai ao encontro. Caminha com os que necessitam de perdão. Pois os puros, os santos, aqueles que estão dentro da Igreja, que fazem parte de pastorais, grupos de oração, que são ministros extraordinários da comunhão, coordenadores, líderes, estes não precisam de Jesus.
Jesus mostra que aqueles que estão fora do redil, que se perderam, ou foram esquecidos fora, a moeda perdida, mas que é fundamental, são estes que Jesus quer resgatar. Vai ao encontro destes. Quer resgatá-los. E afirma que "haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte".
Em seguida, Jesus contou a parábola do Pai Misericordioso (e do chamado Filho Pródigo).
Todos conhecemos a história. Vou destacar apenas alguns pontos. O Pai não questiona o pedido do Filho. Dá aquilo que lhe cabe na herança. O pai não pergunta para onde ele vai. O que vai fazer com o dinheiro. Simplesmente, lhe confere a liberdade que o filho quer. O pai sabe o que vai no coração deste filho.
Assim é Deus. Nos permite partirmos. Procurar outras coisas. Outras religiões. Até não dizer que não ter religião. Liberta-no para uma falsa liberdade.
Mas este pai sabe que este filho vai retornar, e por isso fica olhando a estrada. Espera pacientemente. E quando este filho volta para casa, o pai sai correndo ao seu encontro. Nada pergunta. Abraça. Acolhe. Beija. Manda que se coloque roupa nova, anel e sandália. Símbolos da filiação.
Entra em cena a figura do ciumento filho mais velho. É aquele que vive na Igreja. Participa de muitos grupos. Faz tudo aquilo que o a hierarquia pede. Nunca diz não. Não foi embora. Sempre foi fiel. Sente-se com ciúme. O pai lhe diz que ele esteve ao seu lado. Mas aquele irmão precisava ser resgatado, e o foi. Agora está de volta. Viu que a vida fora de Deus, fora da família de Deus, a Igreja, não é boa. Não se encontra nada de agradável.
Nosso Deus é um Deus que vem ao nosso encontro. Enquanto que nas outras religiões são os fiéis que vão ao encontro de Deus, na Igreja Católico, o Deus de Moisés e de Jesus vem ao nosso encontro. Se preocupa com as nossa perdições. Quer nossa redenção. E por isso, nos dá a sua misericórdia.
Oremos: "Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo".
Neste domingo, a nossa liturgia falou sobre Misericórdia. Ex. 32,7-11.13-14; Lc 15,1-32; 1Tm 1,12-17.
Na leitura do Exôdo, percebemos que Deus tem os mesmos sentimentos humanos. Demonstra raiva, ira, vontade de extermínio, cólera. Um Deus parecido com os homens. Isso nos causa espanto. Pois nosso Deus é misericórdia.
Entretanto, percebemos que Deus coloca a liderança de Moisés à prova. Ele precisa demonstrar que tem o espírito de Deus (Nm 11,17), o espírito de compaixão e misericórdia. Deus ameaça exterminar o povo. Povo que fez sair do Egito, da escravidão. Mas que agora constroem para si ídolos que os afastam do Deus da vida.
Moisés lembra a força de Deus para libertar o povo da escravidão. Que não foi uma obra simples. Deus precisou de mão forte e grande poder. Houve um esforço. E este não pode ser esquecido. Moisés intercede pelo povo. Ele é o seu líder. Vai à frente. Indica o caminho. Anima. Fortalece. Mostra ao povo o Deus que liberta.
Moisés faz Deus lembrar disso. A oração de intercessão de Moisés é ouvida por Deus. "E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer ao seu povo".
Na segunda leitura, Paulo escreve a Timóteo. Paulo destaca o valor da sua missão. Ele que antes perseguia e blasfemava, foi resgato. Digno de misericórdia, pois agia com ignorância. E diz que "Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores". E ele se considera o primeiro destes.
No evangelho, dividido em dua partes. A primeira, Jesus falava da alegria de encontro com sua Pessoa. Ao estar junto dos publicanos e pecadores, Jesus resgata os que estavam longe. Vai ao encontro. Caminha com os que necessitam de perdão. Pois os puros, os santos, aqueles que estão dentro da Igreja, que fazem parte de pastorais, grupos de oração, que são ministros extraordinários da comunhão, coordenadores, líderes, estes não precisam de Jesus.
Jesus mostra que aqueles que estão fora do redil, que se perderam, ou foram esquecidos fora, a moeda perdida, mas que é fundamental, são estes que Jesus quer resgatar. Vai ao encontro destes. Quer resgatá-los. E afirma que "haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte".
Em seguida, Jesus contou a parábola do Pai Misericordioso (e do chamado Filho Pródigo).
Todos conhecemos a história. Vou destacar apenas alguns pontos. O Pai não questiona o pedido do Filho. Dá aquilo que lhe cabe na herança. O pai não pergunta para onde ele vai. O que vai fazer com o dinheiro. Simplesmente, lhe confere a liberdade que o filho quer. O pai sabe o que vai no coração deste filho.
Assim é Deus. Nos permite partirmos. Procurar outras coisas. Outras religiões. Até não dizer que não ter religião. Liberta-no para uma falsa liberdade.
Mas este pai sabe que este filho vai retornar, e por isso fica olhando a estrada. Espera pacientemente. E quando este filho volta para casa, o pai sai correndo ao seu encontro. Nada pergunta. Abraça. Acolhe. Beija. Manda que se coloque roupa nova, anel e sandália. Símbolos da filiação.
Entra em cena a figura do ciumento filho mais velho. É aquele que vive na Igreja. Participa de muitos grupos. Faz tudo aquilo que o a hierarquia pede. Nunca diz não. Não foi embora. Sempre foi fiel. Sente-se com ciúme. O pai lhe diz que ele esteve ao seu lado. Mas aquele irmão precisava ser resgatado, e o foi. Agora está de volta. Viu que a vida fora de Deus, fora da família de Deus, a Igreja, não é boa. Não se encontra nada de agradável.
Nosso Deus é um Deus que vem ao nosso encontro. Enquanto que nas outras religiões são os fiéis que vão ao encontro de Deus, na Igreja Católico, o Deus de Moisés e de Jesus vem ao nosso encontro. Se preocupa com as nossa perdições. Quer nossa redenção. E por isso, nos dá a sua misericórdia.
Oremos: "Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo".
domingo, 8 de setembro de 2013
"Se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!"
Lc 14,25-33.
O evangelho apresentado em nossa liturgia do XXIII domingo do tempo comum apresente três pequenas histórias. A primeira fala de, aparentemente, o desprezo da família para seguir Jesus. A segunda, a construção da torre. E a terceira, do confronto entre dois reinos.
Vamos aos poucos.
"Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e mãe, sua mulher e filhos, seus irmãos e irmãs e até da própria vida, não pode ser meu discípulo". Vemos que Deus deve estar acima de tudo aquilo que nos prende à terra. Quem se prende à família, deixa de ir à missa. Não reza em casa, nem na comunidade. Arruma desculpa para não ser catequista. Não participar do Círculo Bíblico. Colocamos a família, que é uma coisa boa, como um escudo para fugirmos de estarmos longe das coisas de Deus. Nada pode ser obstáculo. Tudo deve concorrer para aumentar nossa união com o Senhor. E foi para isso que as coisas que foram criadas. Nos diz Santo Inácio de Loyola que "o homem é criado para louvar, reverenciar e ser vir a Deus nosso Senhor, e assim salvar a sua alma. E as outras coisas sobre a face da terra são criadas para o homem, a fim de ajudá-lo a alcançar o fim para que foi criado"(grifo meu). E dentro desta perspectiva, encontra-se a família, os pais, os irmãos, irmãs, filhos, filhas, inclusive a própria vida.
Segundo, a torre e sua construção. Depois da experiência pessoal de Jesus Cristo, partimos para a obra missionária de evangelização. Existem muitas formas de atuação missionária de evangelização. Cada um de nós temos um dom dentro da evangelização. Não podemos fazer aquilo que não nos cabe, nem dom temos. Devemos avaliar nossas capacidades. Nossos dons. Aonde podemos servir melhor. Não iniciar uma empreitada evangelizadora sem medir nossas condições pessoais, sociais e eclesiais.
Terceiro, confronto. Dois reinos entram em conflito. A desigualdade é clara em termos de contingente humano. Dentro de nós temos conflitos internos. Como lidamos com eles? A quem cedemos: à virtude ou ao pecado? Sabemos deixar que palavras de vida fluam de dentro de nós?
As palavras de Jesus devem nos ajudar a agir com Sabedoria (1ª leitura), para podermos aprender a viver a fé libertando nossos escravos.
Que o Senhor seja o nosso refúgio, como fala o refrão do Salmo.
Oremos: "Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza!"
O evangelho apresentado em nossa liturgia do XXIII domingo do tempo comum apresente três pequenas histórias. A primeira fala de, aparentemente, o desprezo da família para seguir Jesus. A segunda, a construção da torre. E a terceira, do confronto entre dois reinos.
Vamos aos poucos.
"Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e mãe, sua mulher e filhos, seus irmãos e irmãs e até da própria vida, não pode ser meu discípulo". Vemos que Deus deve estar acima de tudo aquilo que nos prende à terra. Quem se prende à família, deixa de ir à missa. Não reza em casa, nem na comunidade. Arruma desculpa para não ser catequista. Não participar do Círculo Bíblico. Colocamos a família, que é uma coisa boa, como um escudo para fugirmos de estarmos longe das coisas de Deus. Nada pode ser obstáculo. Tudo deve concorrer para aumentar nossa união com o Senhor. E foi para isso que as coisas que foram criadas. Nos diz Santo Inácio de Loyola que "o homem é criado para louvar, reverenciar e ser vir a Deus nosso Senhor, e assim salvar a sua alma. E as outras coisas sobre a face da terra são criadas para o homem, a fim de ajudá-lo a alcançar o fim para que foi criado"(grifo meu). E dentro desta perspectiva, encontra-se a família, os pais, os irmãos, irmãs, filhos, filhas, inclusive a própria vida.
Segundo, a torre e sua construção. Depois da experiência pessoal de Jesus Cristo, partimos para a obra missionária de evangelização. Existem muitas formas de atuação missionária de evangelização. Cada um de nós temos um dom dentro da evangelização. Não podemos fazer aquilo que não nos cabe, nem dom temos. Devemos avaliar nossas capacidades. Nossos dons. Aonde podemos servir melhor. Não iniciar uma empreitada evangelizadora sem medir nossas condições pessoais, sociais e eclesiais.
Terceiro, confronto. Dois reinos entram em conflito. A desigualdade é clara em termos de contingente humano. Dentro de nós temos conflitos internos. Como lidamos com eles? A quem cedemos: à virtude ou ao pecado? Sabemos deixar que palavras de vida fluam de dentro de nós?
As palavras de Jesus devem nos ajudar a agir com Sabedoria (1ª leitura), para podermos aprender a viver a fé libertando nossos escravos.
Que o Senhor seja o nosso refúgio, como fala o refrão do Salmo.
Oremos: "Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza!"
sábado, 7 de setembro de 2013
Bienal Rio 2013
Prezadas e prezados, amigos e amigas,
Hoje consegui chegar a Bienal do Livro no Rio de Janeiro. Depois de duas tentativas.
Quero deixar registrado os problemas de infraestrutura que enfrentei. E deixar claro que defendo os livros, a leitura, a divulgação da boa leitura. Defendo a criação de círculos de leituras nas escolas, nas igrejas, nas bibliotecas, nas praças. Espaços onde as pessoas possam falar o que estão lendo, e o que isso tem modificado a visão de mundo do leitor.
Os livros tem esse poder. Pois nos ajudam a entender o mundo que vivemos. Faz com que entendemos os pensamentos que movem grupos, governos, partidos.
Isso tudo poderia ser desfrutado na Bienal do Livro no Rio de Janeiro em 2013, se não fossem problemas de ordem estrutural durante a Bienal.
Primeiro, a chegada ao Centro de Convenções Rio-Centro, na Barra da Tijuca. A falta de transporte público de qualidade fez com que muitas pessoas fossem de carro. E isso é uma característica do carioca, utilizar seu próprio carro para participar de eventos culturais. Foi um caos total. Um estacionamento pequeno. Desinformação do lado de fora, na entrada. Caos nas cercanias do Rio-Centro.
Segundo, ausência de caixas eletrônicos. Só encontrei um caixa eletrônico para saque. Havia um corredor de caixas dos bancos Itaú e Bradesco, que não funcionavam. Uma fila grande. Sem profissionais dos bancos para uma reposição rápida e correção de problemas técnicos com agilidade. Dever-si-a ter colocado caixas 24h.
Terceiro, praça de alimentação. Não conseguiu dar suporte ao evento. Muito cheia. Com funcionários temporários mal treinados. Preços exorbitantes. Mais caros do que pagamos no dia-a-dia. Uma falta de respeito. Não é porque estamos na bienal que somos pessoas que exibem excesso de dinheiro. Só como exemplo, uma garrafinha de água, de 300ml, que pagamos de R 1,50 a R$ 2,00, custava R$ 4,00.
Quarto, o excesso de pessoas. O Rio-Centro tornou-se um espaço pequeno. Três pavilhões não dão conta. Existem stand muito procurados, principalmente aqueles que comercializam os gibis, mangás, e de literatura infantil. Nesses, há filas para se entrar. E estas atrapalham a circulação de pessoas. Deveria existir um espaço maior para esse tipo de literatura. Editoras que trabalham com livros mais específicos de formação ficam relegadas ao espaços que não consegui chegar.
Fiquei cansado. Saí com a sensação de que apenas dei uma volta para perder peso. Tipo aquela que fazemos em torno do Maracanã.
Bem, no balanço final, saí frustrado. Com a sensação de que nada de bom havia na Bienal. Sei que isso não é verdade. Havia coisas boas que estavam escondidas, mas o tumulto e falta de organização fez com que eu saísse correndo de lá.
Encerro deixando duas frase sobre a leitura. Uma de John Locke, pai do liberalismo econômico; e outra, de Bill Gates, para a nossa reflexão.
Hoje consegui chegar a Bienal do Livro no Rio de Janeiro. Depois de duas tentativas.
Quero deixar registrado os problemas de infraestrutura que enfrentei. E deixar claro que defendo os livros, a leitura, a divulgação da boa leitura. Defendo a criação de círculos de leituras nas escolas, nas igrejas, nas bibliotecas, nas praças. Espaços onde as pessoas possam falar o que estão lendo, e o que isso tem modificado a visão de mundo do leitor.
Os livros tem esse poder. Pois nos ajudam a entender o mundo que vivemos. Faz com que entendemos os pensamentos que movem grupos, governos, partidos.
Isso tudo poderia ser desfrutado na Bienal do Livro no Rio de Janeiro em 2013, se não fossem problemas de ordem estrutural durante a Bienal.
Primeiro, a chegada ao Centro de Convenções Rio-Centro, na Barra da Tijuca. A falta de transporte público de qualidade fez com que muitas pessoas fossem de carro. E isso é uma característica do carioca, utilizar seu próprio carro para participar de eventos culturais. Foi um caos total. Um estacionamento pequeno. Desinformação do lado de fora, na entrada. Caos nas cercanias do Rio-Centro.
Segundo, ausência de caixas eletrônicos. Só encontrei um caixa eletrônico para saque. Havia um corredor de caixas dos bancos Itaú e Bradesco, que não funcionavam. Uma fila grande. Sem profissionais dos bancos para uma reposição rápida e correção de problemas técnicos com agilidade. Dever-si-a ter colocado caixas 24h.
Terceiro, praça de alimentação. Não conseguiu dar suporte ao evento. Muito cheia. Com funcionários temporários mal treinados. Preços exorbitantes. Mais caros do que pagamos no dia-a-dia. Uma falta de respeito. Não é porque estamos na bienal que somos pessoas que exibem excesso de dinheiro. Só como exemplo, uma garrafinha de água, de 300ml, que pagamos de R 1,50 a R$ 2,00, custava R$ 4,00.
Quarto, o excesso de pessoas. O Rio-Centro tornou-se um espaço pequeno. Três pavilhões não dão conta. Existem stand muito procurados, principalmente aqueles que comercializam os gibis, mangás, e de literatura infantil. Nesses, há filas para se entrar. E estas atrapalham a circulação de pessoas. Deveria existir um espaço maior para esse tipo de literatura. Editoras que trabalham com livros mais específicos de formação ficam relegadas ao espaços que não consegui chegar.
Fiquei cansado. Saí com a sensação de que apenas dei uma volta para perder peso. Tipo aquela que fazemos em torno do Maracanã.
Bem, no balanço final, saí frustrado. Com a sensação de que nada de bom havia na Bienal. Sei que isso não é verdade. Havia coisas boas que estavam escondidas, mas o tumulto e falta de organização fez com que eu saísse correndo de lá.
Encerro deixando duas frase sobre a leitura. Uma de John Locke, pai do liberalismo econômico; e outra, de Bill Gates, para a nossa reflexão.
Ler fornece ao espírito materiais para o conhecimento, mas só o pensar faz nosso o que lemos.
John Locke
Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.
Bill Gatesquinta-feira, 5 de setembro de 2013
O caminho do Reino de Deus!
Estava eu a meditar a Palavra de Deus, e me veio uma inspiração: as palavras de Jesus serviram para mostrar o que estava errado na sociedade de seu tempo. Em momento algum ele foi conivente com o que não condizia com a vontade de Deus. Toda a ação de Jesus estava voltada para anunciar o Reino de Deus, e mostrar o caminho para se chegar ao Reino, e como agir. Eis alguns exemplos tirados do evangelho de Mateus. Todas as citações estão no capítulo 5. Portanto, somente colocarei os versículos entre parênteses.
(20) "Eu vos digo: Se vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus".
(21-22) "Ouvistes que foi dito aos antigos: não cometerás homicídio! quem cometer homicídio deverá responder no tribunal. Ora, eu vos digo: todo aquele que tratar seu irmão com raiva deverá responder no tribunal; quem disser ao seu irmão imbecil deverá responder perante o sinédrio; quem chamar seu irmão de louco poderá ser condenado ao fogo do inferno".
(27-28) "Ouvistes que foi dito: não cometerás adultério. Ora, eu vos digo: todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la cometeu adultério com ela em seu coração".
(31-32) "Foi dito também: Quem despedir sua mulher dê-lhe um atestado de divórcio. Ora, eu vos digo: todo aquele que despedir sua mulher - fora o caso de união ilícita - faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher que foi despedida comete adultério".
(33-37) "Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás os teus juramentos. Ora, eu vos digo: não jureis de modo algum. (...) Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não".
(38-42) "Ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente! Ora, eu vos digo: não ofereçais resistência ao malvado! Pelo contrário, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se alguém te forçar a acompanhá-lo por um quilômetro, caminha dois com ele! Dá a quem te pedir, e não vires as costas a quem te pede emprestado".
(43-45a) "Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo! Ora, eu vos digo: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem! Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus".
Não fazer concessões. Isso é verdadeiramente viver a fé em Jesus. Devemos tomar cuidado com as pessoas que permitem tudo. Normalmente, buscamos ouvir aqueles que dizem que não há mal algum. Essas pessoas são como cegos guiando cegos. Valorize aquele que diz não com sabedoria. Aquele que te orienta espiritualmente em verdade. Um verdadeiro diretor espiritual deve estar pronto para mostrar os equívocos dos caminhos que estamos andando. Assim será possível fazer as correções de percurso. Recalcular a rota. Voltar-se para o caminho que leva ao Reino de Deus.
Oremos.
(20) "Eu vos digo: Se vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus".
(21-22) "Ouvistes que foi dito aos antigos: não cometerás homicídio! quem cometer homicídio deverá responder no tribunal. Ora, eu vos digo: todo aquele que tratar seu irmão com raiva deverá responder no tribunal; quem disser ao seu irmão imbecil deverá responder perante o sinédrio; quem chamar seu irmão de louco poderá ser condenado ao fogo do inferno".
(27-28) "Ouvistes que foi dito: não cometerás adultério. Ora, eu vos digo: todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la cometeu adultério com ela em seu coração".
(31-32) "Foi dito também: Quem despedir sua mulher dê-lhe um atestado de divórcio. Ora, eu vos digo: todo aquele que despedir sua mulher - fora o caso de união ilícita - faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher que foi despedida comete adultério".
(33-37) "Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás os teus juramentos. Ora, eu vos digo: não jureis de modo algum. (...) Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não".
(38-42) "Ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente! Ora, eu vos digo: não ofereçais resistência ao malvado! Pelo contrário, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se alguém te forçar a acompanhá-lo por um quilômetro, caminha dois com ele! Dá a quem te pedir, e não vires as costas a quem te pede emprestado".
(43-45a) "Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo! Ora, eu vos digo: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem! Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus".
Não fazer concessões. Isso é verdadeiramente viver a fé em Jesus. Devemos tomar cuidado com as pessoas que permitem tudo. Normalmente, buscamos ouvir aqueles que dizem que não há mal algum. Essas pessoas são como cegos guiando cegos. Valorize aquele que diz não com sabedoria. Aquele que te orienta espiritualmente em verdade. Um verdadeiro diretor espiritual deve estar pronto para mostrar os equívocos dos caminhos que estamos andando. Assim será possível fazer as correções de percurso. Recalcular a rota. Voltar-se para o caminho que leva ao Reino de Deus.
Oremos.
domingo, 1 de setembro de 2013
Legado
Segundo os dicionários, Legado é alguma coisa deixada a outrem, sem a necessidade de ser herdeiro. Essa palavra é utilizada para designar um testamento.
Deixar algo para alguém, isso é o legado. A jornada mundial da juventude, realizada no Rio de Janeiro, em julho de 2013, deixou vários legados para a cidade. Primeiro, a criação de uma área hospitalar para o tratamento de dependentes de crak. Segundo, a revitalização da fé de nossa juventude. Terceiro, reunir três milhões e quinhentas mil pessoas numa cerimônia religiosa na praia de Copacabana. Poderíamos continuar enumerando vários legados deixados pela Jornada.
Os legados não são apenas coisas positivas. Podemos ter legados que não nos agradem muito. Um desses foram as dívidas contraídas pelo Instituto Jornada Mundial da Juventude. Essas são altas. Foram gastos com transportes. Com traslados. Com construção de palcos. Empresas de engenharia. Arquitetura. Som. Alimentação. Esperava-se que as inscrições dos peregrinos pudessem suprir grande parte dessas dívidas. Entretanto, isso não foi alcançado. Esperávamos que a utilização do campus fidei pudesse gerar recursos. Mas isso não foi possível. Uma dívida se acumulou.
Refletindo sobre isso, começou-se uma campanha para ajudar a minimizar essas dívidas. Gostaria de conclamar as pessoas, principalmente religiosos, que desfaçam dos bens que acumularam. A desfazer-se de seus carros importados. Celulares caros. Vida de ostentação. Almoço e jantares caros. Coloquem parte de suas espórtulas à disposição da Igreja do Rio de Janeiro. Os artistas católicos disponham de seus caches, dos seus direitos autorais. De suas coletas. Despojemo-nos de nossos pequenos altares pessoais. Despojemo-nos de nossas riquezas. De nossos acúmulos. De nossas riqueza pessoais. Deixemos para ter riquezas no céu, onde a traça não corroem e os ladrões não roubam.
Conclamo. Peço. Queridos e queridas religiosas e religiosos, despojem-nos. Vendamos nossos caros bens que não nos são necessário e partilhemos para ajudar no pagamento da dívida da JMJ.
Deixar algo para alguém, isso é o legado. A jornada mundial da juventude, realizada no Rio de Janeiro, em julho de 2013, deixou vários legados para a cidade. Primeiro, a criação de uma área hospitalar para o tratamento de dependentes de crak. Segundo, a revitalização da fé de nossa juventude. Terceiro, reunir três milhões e quinhentas mil pessoas numa cerimônia religiosa na praia de Copacabana. Poderíamos continuar enumerando vários legados deixados pela Jornada.
Os legados não são apenas coisas positivas. Podemos ter legados que não nos agradem muito. Um desses foram as dívidas contraídas pelo Instituto Jornada Mundial da Juventude. Essas são altas. Foram gastos com transportes. Com traslados. Com construção de palcos. Empresas de engenharia. Arquitetura. Som. Alimentação. Esperava-se que as inscrições dos peregrinos pudessem suprir grande parte dessas dívidas. Entretanto, isso não foi alcançado. Esperávamos que a utilização do campus fidei pudesse gerar recursos. Mas isso não foi possível. Uma dívida se acumulou.
Refletindo sobre isso, começou-se uma campanha para ajudar a minimizar essas dívidas. Gostaria de conclamar as pessoas, principalmente religiosos, que desfaçam dos bens que acumularam. A desfazer-se de seus carros importados. Celulares caros. Vida de ostentação. Almoço e jantares caros. Coloquem parte de suas espórtulas à disposição da Igreja do Rio de Janeiro. Os artistas católicos disponham de seus caches, dos seus direitos autorais. De suas coletas. Despojemo-nos de nossos pequenos altares pessoais. Despojemo-nos de nossas riquezas. De nossos acúmulos. De nossas riqueza pessoais. Deixemos para ter riquezas no céu, onde a traça não corroem e os ladrões não roubam.
Conclamo. Peço. Queridos e queridas religiosas e religiosos, despojem-nos. Vendamos nossos caros bens que não nos são necessário e partilhemos para ajudar no pagamento da dívida da JMJ.
Aquele que se humilhar será exaltado
Estamos no XXII Domingo do Tempo Comum. A liturgia nos conclama a refletirmos sobre a humildade. Esta é a perfeição de Deus. Nosso Deus é humilde. Cria a humanidade e não se coloca como prepotente, pois dá ao homem a liberdade de escolha. Cria um mundo perfeito, e ao mesmo tempo, nos dá liberdade de aceitar ou não. A humildade é o estado do espírito que nos faz ver as maravilhas que Deus opera em nossa vida. Aos humildes é revelado os mistérios de Deus.
O evangelho nos coloca diante de três situações distintas: aqueles que são convidados; aquele que convida; e terceiro, humilhar-se para poder ser exaltado.
Em qualquer festa de casamento que vamos, procuramos ficar próximos à mesa dos noivos, pois ali é o melhor lugar da festa, pois é onde se serve primeiro.
Mas Jesus nos adverte de que nem sempre somos os convidado principal. Existem outros que podem estar numa situação melhor do que nós, apesar de termos tido o mesmo convite.
Depois, adverte àquele que fez o convite de que as pessoas que verdadeiramente estarão em lugar de destaque na festa do banquete do reino de Deus são os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Aqueles que nada tem a oferecer para o mundo. Aqueles que não tem prestígio social. Aqueles que são desprezados e esquecidos: doentes, encarcerados, nus, famintos, peregrinos, sem roupa. Na festa do reino, serão estas pessoas que estarão sentadas nos melhores lugares.
Pensemos nisso. Vivamos uma vida virtuosa. Uma vida de entrega. De despojamento. De não ostentação. Uma vida simples e humilde.
Deus nos abençoe.
domingo, 25 de agosto de 2013
"Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita!"
Queridas amigas e amigos,
Nossa liturgia deste domingo nos propõem a leitura de Isaías 66,18-21; Hebreus 12,5-7.11-13; e o Evangelho de Lucas 13,22-30.
Fala da missão dada a cada um de nós. E de como devemos viver a nossa fé em Jesus Cristo.
Logo no início, Isaías, apresenta o pensamento de Deus: "Eu, que conheço suas obras e seus pensamentos, virei para reunir todos os povos e línguas". Ou seja, Deus ajunta aquilo que está, ou que ficou, disperso por conta do pecado dos seres humanos. O Senhor atrai para si todos, e tudo, que estava longe dele. Jesus já havia dito: "vim buscar o que estava perdido". Na parábola do Pai Misericordioso (ou Filho Pródigo), o Pai diz: "este teu irmão estava morto e voltou à vida". É Deus quem ajunta. Reúne.
Na Carta aos Hebreus, meditamos sobre as correções de Deus. Quem gosta de ser corrigido? Quem gosta de saber que cometeu uma falha? Mas o autor des
ta carta deixa claro que no momento "nenhuma correção parece alegrar, mas causa dor. Depois produz um fruto de paz".
No evangelho, Jesus nos convida a entrar pela porta estreita. O que significa isso? Não é mais fácil passar pela porta larga?
Ai reside toda a diferença. Para Deus não existe coisas fáceis. Ele pode tudo. Mas é preciso saber se nosso coração esta voltado para ele.
O Evangelho de hoje fala diretamente de salvação. De vida eterna. E Jesus diz que "muitos tentarão entrar e não conseguirão". Devemos tomar cuidado com a nossa vida religiosa. Pois quando a porta de fechar, não haverá mais como abrir. Jesus não nos reconhecerá. Então, diremos: "Nós comemos e bebemos diante de ti e tu ensinaste em nossas praças!" E ouviremos, "Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!". A medida da salvação está na justiça. Mas que justiça? Em Mateus 25 a partir do versículo 31 encontramos a resposta. Estive nu e me vestistes. Estava com sede e me destes de beber. Era peregrino e me acolhestes. Estava doente e preso e fostes me visitar.
Queres ser salvo? Pratica essas coisas, sem descuidar da vida de oração. Devemos ir á missa, para comermos e bebermos do corpo do Senhor. Devemos ter outras práticas devocionais. Rezar o terço, participar do grupo de oração, ser ministro extraordinário da sagrada comunhão, catequista. Ministro do Batismo e do Matrimônio. Ministro da Confissão. Bispos, padres, diáconos, consagrados (as), todos nós somos chamados a indicar esse caminho. E não apenas mostrar, mas ir à frente do povo. Caminhar junto.
Assim, amadas irmãs e amados irmãos, "proclamai o evangelho a toda criatura". "Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, povos todos festejai-o. Pois comprovado é seu amor para conosco, para sempre ele é fiel!"
Deus vos abençoe.
Nossa liturgia deste domingo nos propõem a leitura de Isaías 66,18-21; Hebreus 12,5-7.11-13; e o Evangelho de Lucas 13,22-30.
Fala da missão dada a cada um de nós. E de como devemos viver a nossa fé em Jesus Cristo.
Logo no início, Isaías, apresenta o pensamento de Deus: "Eu, que conheço suas obras e seus pensamentos, virei para reunir todos os povos e línguas". Ou seja, Deus ajunta aquilo que está, ou que ficou, disperso por conta do pecado dos seres humanos. O Senhor atrai para si todos, e tudo, que estava longe dele. Jesus já havia dito: "vim buscar o que estava perdido". Na parábola do Pai Misericordioso (ou Filho Pródigo), o Pai diz: "este teu irmão estava morto e voltou à vida". É Deus quem ajunta. Reúne.
Na Carta aos Hebreus, meditamos sobre as correções de Deus. Quem gosta de ser corrigido? Quem gosta de saber que cometeu uma falha? Mas o autor des
ta carta deixa claro que no momento "nenhuma correção parece alegrar, mas causa dor. Depois produz um fruto de paz".
No evangelho, Jesus nos convida a entrar pela porta estreita. O que significa isso? Não é mais fácil passar pela porta larga?
Ai reside toda a diferença. Para Deus não existe coisas fáceis. Ele pode tudo. Mas é preciso saber se nosso coração esta voltado para ele.
O Evangelho de hoje fala diretamente de salvação. De vida eterna. E Jesus diz que "muitos tentarão entrar e não conseguirão". Devemos tomar cuidado com a nossa vida religiosa. Pois quando a porta de fechar, não haverá mais como abrir. Jesus não nos reconhecerá. Então, diremos: "Nós comemos e bebemos diante de ti e tu ensinaste em nossas praças!" E ouviremos, "Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!". A medida da salvação está na justiça. Mas que justiça? Em Mateus 25 a partir do versículo 31 encontramos a resposta. Estive nu e me vestistes. Estava com sede e me destes de beber. Era peregrino e me acolhestes. Estava doente e preso e fostes me visitar.
Queres ser salvo? Pratica essas coisas, sem descuidar da vida de oração. Devemos ir á missa, para comermos e bebermos do corpo do Senhor. Devemos ter outras práticas devocionais. Rezar o terço, participar do grupo de oração, ser ministro extraordinário da sagrada comunhão, catequista. Ministro do Batismo e do Matrimônio. Ministro da Confissão. Bispos, padres, diáconos, consagrados (as), todos nós somos chamados a indicar esse caminho. E não apenas mostrar, mas ir à frente do povo. Caminhar junto.
Assim, amadas irmãs e amados irmãos, "proclamai o evangelho a toda criatura". "Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, povos todos festejai-o. Pois comprovado é seu amor para conosco, para sempre ele é fiel!"
Deus vos abençoe.
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
"Se tu queres ser perfeito..."
Queridas irmãs e irmãos,
Nossa meditação de hoje é tirada de Mateus 19,16-22. Aqui, uma pessoa pergunta a Jesus o que deve fazer para possuir a vida eterna.
Destaco três pontos desta perícope para o comentário. 1º) A pergunta: "Mestre, o que devo fazer de bom para possuir a vida eterna? 2º) A resposta de Jesus; 3º) O desejo de perfeição.
A pergunta. Alguém, que pode ser eu ou você, tem o desejo de eternidade. De vida eterna. Então busca a Deus, Jesus, a Igreja. Mas entrar na vida eterna é muito simples. É fácil. Basta viver aquilo que Deus determinou no decálogo. "Não matarás, não cometerás adultério, não roubaras, não levantarás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe e amo o próximo como a ti mesmo". Quer dizer, vive para o outro e terás um lugar na vida eterna. Não precisa de grandes coisas. Vive o direito natural. Age com amor e caridade.
Entretanto, essa pessoa acha que isso é pouco. É preciso mais, pois muitas pessoas vivem isso, inclusive aqueles que não tem religião. Necessita de mais do que isso. Por isso a pergunta: "Tenho observado todas estas coisas. O que ainda me falta?" Não basta viver a lei. É necessário mais. Qualquer homem de boa vontade vive esses preceitos. Quero mais.
Então, Jesus fala de PERFEIÇÃO. "Se queres sere perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me". Observe que Jesus fala de perfeição. Ele identifica o desejo de mais. A vivência da lei não é suficiente para aquele que quer mais. Quem quer ser perfeito deve colocar toda a sua vida, toda a sua vontade, todo o seu desejo, toda a sua riqueza, todo o seu tempo a serviço de Deus. E ficar mais próximo de Jesus. Anunciar a vida de Jesus, Comunicar o seu evangelho. Anunciar que Deus está no meio de nós através de Jesus e da sua Igreja.
Irmãs e irmãos, vejam que para possuir a vida eterna é fácil. Aquelas e aqueles que desejam ser perfeitos devem seguir Jesus sem colocar sua preocupação na própria vida.
Oremos: "Ó Deus, preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas, que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém".
Nossa meditação de hoje é tirada de Mateus 19,16-22. Aqui, uma pessoa pergunta a Jesus o que deve fazer para possuir a vida eterna.
Destaco três pontos desta perícope para o comentário. 1º) A pergunta: "Mestre, o que devo fazer de bom para possuir a vida eterna? 2º) A resposta de Jesus; 3º) O desejo de perfeição.
A pergunta. Alguém, que pode ser eu ou você, tem o desejo de eternidade. De vida eterna. Então busca a Deus, Jesus, a Igreja. Mas entrar na vida eterna é muito simples. É fácil. Basta viver aquilo que Deus determinou no decálogo. "Não matarás, não cometerás adultério, não roubaras, não levantarás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe e amo o próximo como a ti mesmo". Quer dizer, vive para o outro e terás um lugar na vida eterna. Não precisa de grandes coisas. Vive o direito natural. Age com amor e caridade.
Entretanto, essa pessoa acha que isso é pouco. É preciso mais, pois muitas pessoas vivem isso, inclusive aqueles que não tem religião. Necessita de mais do que isso. Por isso a pergunta: "Tenho observado todas estas coisas. O que ainda me falta?" Não basta viver a lei. É necessário mais. Qualquer homem de boa vontade vive esses preceitos. Quero mais.
Então, Jesus fala de PERFEIÇÃO. "Se queres sere perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me". Observe que Jesus fala de perfeição. Ele identifica o desejo de mais. A vivência da lei não é suficiente para aquele que quer mais. Quem quer ser perfeito deve colocar toda a sua vida, toda a sua vontade, todo o seu desejo, toda a sua riqueza, todo o seu tempo a serviço de Deus. E ficar mais próximo de Jesus. Anunciar a vida de Jesus, Comunicar o seu evangelho. Anunciar que Deus está no meio de nós através de Jesus e da sua Igreja.
Irmãs e irmãos, vejam que para possuir a vida eterna é fácil. Aquelas e aqueles que desejam ser perfeitos devem seguir Jesus sem colocar sua preocupação na própria vida.
Oremos: "Ó Deus, preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas, que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém".
domingo, 18 de agosto de 2013
"A minha alma engrandece o Senhor!"
Queridas amigas e amigos,
Hoje a Igreja festeja a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Comemorada desde o século VI. Era costume, dentre os primeiros cristão, e confirmado pelo padres de Igreja, que Maria, após sua morte, foi elevada aos céus.
A Igreja nos propõem para nossa reflexão o texto de Lucas 1,39-56, o chamado Magnificat. É lugar comum falar da visita de Maria à sua prima Isabel. Falar do serviço de Maria. Daquela que se põem à serviço após o anúncio, a missão recebida. Não guardou para si a palavra. Colocou-se a caminho.
Entretanto, gostaria de destacar outro aspecto deste texto. Maria não se prende às qualidades que sua prima se lhe diz. Maria destaca sua relação com Deus. Ela não se exalta. Destaca a alegria de sua alma, pois Deus olhou para a sua humildade. Aqui se humildade demonstra a insignificância de sua vida. A humildade é estar à margem da sociedade. É estar afastada do poder. Das decisões. É reconhecer-se indigna de assumir tal missão.
Maria não perde o foco de seu chamado. Ela compreende a missão que tem pela frente. Sabe que Deus exalta os excluídos através de sua convocação para ser a mãe do Senhor. Por isso, ela exalta o nome de Deus, "o todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor". Após dizer que o nome de Deus é "santo", e que a misericórdia dele se entende de "geração em geração", ela canta que os "poderosos" e "ricos" perderão seus trono, poder e riqueza. E os humildes e famintos serão exaltados e saciados. Que Deus cumpre as promessas que faz para nossas vidas.
Irmãs e irmãos, devemos estar atentos às necessidades dos outros. Preocupar-nos com aqueles que passam fome. Com os que não tem saúde. Com os que não tem casa nem terra. Ir ao encontro dos que sofrem. Dos encarcerados, dos doentes, dos idosos, das crianças.
Assim, ao olharmos para Maria, neste dia em que comemoramos a Assunção de Maria, aprendamos como ir ao encontro do próximo.
Oremos: "Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu, em corpo e alma, a imaculada Virgem Maria, mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!"
Hoje a Igreja festeja a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Comemorada desde o século VI. Era costume, dentre os primeiros cristão, e confirmado pelo padres de Igreja, que Maria, após sua morte, foi elevada aos céus.
A Igreja nos propõem para nossa reflexão o texto de Lucas 1,39-56, o chamado Magnificat. É lugar comum falar da visita de Maria à sua prima Isabel. Falar do serviço de Maria. Daquela que se põem à serviço após o anúncio, a missão recebida. Não guardou para si a palavra. Colocou-se a caminho.
Entretanto, gostaria de destacar outro aspecto deste texto. Maria não se prende às qualidades que sua prima se lhe diz. Maria destaca sua relação com Deus. Ela não se exalta. Destaca a alegria de sua alma, pois Deus olhou para a sua humildade. Aqui se humildade demonstra a insignificância de sua vida. A humildade é estar à margem da sociedade. É estar afastada do poder. Das decisões. É reconhecer-se indigna de assumir tal missão.
Maria não perde o foco de seu chamado. Ela compreende a missão que tem pela frente. Sabe que Deus exalta os excluídos através de sua convocação para ser a mãe do Senhor. Por isso, ela exalta o nome de Deus, "o todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor". Após dizer que o nome de Deus é "santo", e que a misericórdia dele se entende de "geração em geração", ela canta que os "poderosos" e "ricos" perderão seus trono, poder e riqueza. E os humildes e famintos serão exaltados e saciados. Que Deus cumpre as promessas que faz para nossas vidas.
Irmãs e irmãos, devemos estar atentos às necessidades dos outros. Preocupar-nos com aqueles que passam fome. Com os que não tem saúde. Com os que não tem casa nem terra. Ir ao encontro dos que sofrem. Dos encarcerados, dos doentes, dos idosos, das crianças.
Assim, ao olharmos para Maria, neste dia em que comemoramos a Assunção de Maria, aprendamos como ir ao encontro do próximo.
Oremos: "Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu, em corpo e alma, a imaculada Virgem Maria, mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!"
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
"Jesus subiu a montanha para rezar"
Queridas amigas e amigos,
Meditemos sobre o evangelho de Lucas 9,28-36. Ele fala da Transfiguração de Jesus.
Lucas diz que além dos apóstolos Pedro, João e Tiago, também estavam junto de Jesus Moisés e Elias. E que o rosto de Jesus brilhava, e sua roupa ficou branca e brilhante. São imagens da glória de Deus agindo nele. Esta glória esta descrita quando o evangelista nos diz "eles apareceram revestidos de glória". E acrescentam que os dois conversavam com Jesus. E ainda informa o tema da conversa: "conversavam sobre a morte que Jesus iria sofrer em Jerusalém".
Este é o primeiro que destaco. Apesar de todo revestimento de glória, a conversa girava sobre os sofrimentos que Jesus iria ter. Isso é muito significativo, pois somente envoltos na graça de Deus é que conseguimos vencer as adversidades que a vida vai nos colocando no dia a dia. Envolvidos pela graça de Deus compreendemos aquilo que nos faz sofrer. Sem a graça de Deus, Jesus não poderia passar pela cruz. Pelo sofrimento de sua paixão. As pessoas que não oram (mesmo que estejam na Igreja) passam pelos sofrimentos como se fossem castigos divinos. Muito pelo contrário. Os sofrimentos são fruto do pecado. E passamos por eles quando nos deixamos envolver pela graça divina, que nos é revelada n oração.
O segundo ponto é uma conjunto de ações: "Pedro e os companheiros estavam com muito sono"; "Ao despertarem"; "Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas"; "Pedro não sabia o que estava dizendo".
"Pedro e os companheiros estavam com muito sono". Interessante. Sono não apenas físico. Mas o sono do não entendimento das coisas de Deus. Quantas vezes descuidamos da nossa vida de oração? Quantas vezes nos descuidamos de nossos ações de caridade? Quantas vezes não fazemos jejum para disciplinar nosso corpo e espírito? O sono nos coloca em estado de letargia. Nos imobiliza para as práticas religiosa. Nos torna cegos para as coisas de Deus.
De repente, Pedro e os companheiros despertaram. Acordaram. Diante dos sofrimentos acordamos. Despertamos. Assustados. Com pressa. Não entendendo o que está acontecendo. Sem saber o que dizer, falamos qualquer coisa. E ai, inventamos muitas coisas. Queremos fazer muita coisa. Queremos prender Deus dentro dos nossos grupos, de nossas pastorais, de nossa visão de mundo, daquilo que esperamos. Queremos construir tendas: "Vamos fazer três tendas". Isto é não saber o que se esta dizendo. É não pensar nas palavras. É não orar a vida. Quando nossa vida não é de oração, não sabemos o que falar.
Terceiro ponto. "Uma voz dizia". Da nuvem saiu uma voz. E esta dá testemunho do Filho: "Este é o meu Filho, o escolhido. Escutai o que ele diz!"
A voz manda que escutemos o Filho. É o Filho que detêm a Palavra. É o Filho que prega a Palavra. É o Filho que diz o que o Pai precisa comunicar. Escutar nos coloca numa atitude de respeito e de querer viver esta Palavra. Quem escuta, vive. Aquele que se coloca numa atitude de escuta, procura fazer com que a Palavra se torne vida. E o ambiente propício para a escuta é o silêncio. "Os discípulo ficaram calados". O Silêncio faz com que meditemos a palavra em nosso coração. O Silêncio nos confronta a Palavra de Deus com as nossas práticas. O Silêncio nos leva a uma verdadeira experiência pessoal de Deus em nossas vidas.
Irmãs e irmãos, oremos: "Ó Deus, que na gloriosa transfiguração de vosso Filho confirmastes os mistérios da fé pelo testemunho de Moisés e Elias e manifestastes, de modo admirável, a nossa glória de filhos adotivos, concedei aos vossos servos e servas ouvir a voz dos vosso Filho amado e compartilhar da sua herança. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém".
Meditemos sobre o evangelho de Lucas 9,28-36. Ele fala da Transfiguração de Jesus.
Lucas diz que além dos apóstolos Pedro, João e Tiago, também estavam junto de Jesus Moisés e Elias. E que o rosto de Jesus brilhava, e sua roupa ficou branca e brilhante. São imagens da glória de Deus agindo nele. Esta glória esta descrita quando o evangelista nos diz "eles apareceram revestidos de glória". E acrescentam que os dois conversavam com Jesus. E ainda informa o tema da conversa: "conversavam sobre a morte que Jesus iria sofrer em Jerusalém".
Este é o primeiro que destaco. Apesar de todo revestimento de glória, a conversa girava sobre os sofrimentos que Jesus iria ter. Isso é muito significativo, pois somente envoltos na graça de Deus é que conseguimos vencer as adversidades que a vida vai nos colocando no dia a dia. Envolvidos pela graça de Deus compreendemos aquilo que nos faz sofrer. Sem a graça de Deus, Jesus não poderia passar pela cruz. Pelo sofrimento de sua paixão. As pessoas que não oram (mesmo que estejam na Igreja) passam pelos sofrimentos como se fossem castigos divinos. Muito pelo contrário. Os sofrimentos são fruto do pecado. E passamos por eles quando nos deixamos envolver pela graça divina, que nos é revelada n oração.
O segundo ponto é uma conjunto de ações: "Pedro e os companheiros estavam com muito sono"; "Ao despertarem"; "Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas"; "Pedro não sabia o que estava dizendo".
"Pedro e os companheiros estavam com muito sono". Interessante. Sono não apenas físico. Mas o sono do não entendimento das coisas de Deus. Quantas vezes descuidamos da nossa vida de oração? Quantas vezes nos descuidamos de nossos ações de caridade? Quantas vezes não fazemos jejum para disciplinar nosso corpo e espírito? O sono nos coloca em estado de letargia. Nos imobiliza para as práticas religiosa. Nos torna cegos para as coisas de Deus.
De repente, Pedro e os companheiros despertaram. Acordaram. Diante dos sofrimentos acordamos. Despertamos. Assustados. Com pressa. Não entendendo o que está acontecendo. Sem saber o que dizer, falamos qualquer coisa. E ai, inventamos muitas coisas. Queremos fazer muita coisa. Queremos prender Deus dentro dos nossos grupos, de nossas pastorais, de nossa visão de mundo, daquilo que esperamos. Queremos construir tendas: "Vamos fazer três tendas". Isto é não saber o que se esta dizendo. É não pensar nas palavras. É não orar a vida. Quando nossa vida não é de oração, não sabemos o que falar.
Terceiro ponto. "Uma voz dizia". Da nuvem saiu uma voz. E esta dá testemunho do Filho: "Este é o meu Filho, o escolhido. Escutai o que ele diz!"
A voz manda que escutemos o Filho. É o Filho que detêm a Palavra. É o Filho que prega a Palavra. É o Filho que diz o que o Pai precisa comunicar. Escutar nos coloca numa atitude de respeito e de querer viver esta Palavra. Quem escuta, vive. Aquele que se coloca numa atitude de escuta, procura fazer com que a Palavra se torne vida. E o ambiente propício para a escuta é o silêncio. "Os discípulo ficaram calados". O Silêncio faz com que meditemos a palavra em nosso coração. O Silêncio nos confronta a Palavra de Deus com as nossas práticas. O Silêncio nos leva a uma verdadeira experiência pessoal de Deus em nossas vidas.
Irmãs e irmãos, oremos: "Ó Deus, que na gloriosa transfiguração de vosso Filho confirmastes os mistérios da fé pelo testemunho de Moisés e Elias e manifestastes, de modo admirável, a nossa glória de filhos adotivos, concedei aos vossos servos e servas ouvir a voz dos vosso Filho amado e compartilhar da sua herança. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém".
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
"Revestir-vos do homem novo"
Queridas amigas e amigos,
A liturgia de ontem nos levou a meditarmos sobre as nossas vaidades. Vaidades intelectuais. Vaidades econômicas. Vaidades religiosas. Nos gloriamos daquilo que fazemos. Nos gloriamos dos convites que recebemos. Nos gloriamos da posição social, ou eclesial, que ocupamos.
No evangelho, nos deparamos com duas histórias distintas. A primeira, fala de partilha de bens. A segunda, do acúmulo de riquezas.
Sobre a partilha dos bens, observamos que uma pessoa pede a Jesus que influencie na divisão dos mesmos. Entretanto, Jesus observa uma grande inveja daquele que faz a solicitação. Jesus não é juiz das coisas da terra. O apego aos bens materiais leva à divisão entre os irmãos. Enquanto, ficamos apegamos ao que temos e possuímos, não deixamos que o homem novo se instale dentro de nós. O homem velho está preocupado em acumular. Guardar. Reter. Acumula desenfreadamente. Quer tudo para si.
A princípio, pensamos apenas no acúmulo de riquezas, de dinheiro. Entretanto, acumulamos conhecimento. Acumulamos amigos. Acumulamos pessoas. Acumulamos preconceitos. Acumulamos.
Na segunda história, Jesus mostra que os acúmulos de coisas leva à morte. Passamos muito tempo de nossa vida acumulando. E deixamos de fazer aquilo que é essencial, partilhar. Partilhar conhecimento. Partilhar amigos. Partilhar alegria, esperança, fé, solidariedade, oração. Aquilo que recebemos não é para ser guardado, mas ser distribuído e partilhado.
Porque guardar? Porque acumular? Tudo é vaidade. E a vaidade obscurece o coração do homem. A vaidade faz com que o homem não enxergue a presença de Deus nas pequenas coisas da vida. A vaidade nos torna cegos.
E São Paulo nos diz que devemos "nos revestir do homem novo". O homem velho é imoral, impuro, tem maus desejos, é cobiçador e mentiroso. Paulo nos convoca nos revestirmos do homem novo. Este se "renova segundo a imagem do seu criador".
Queridas amigas e amigos, deixemos que a palavra de Deus aja em nossos corações. Aprendamos a ler, ouvir e meditar a Palavra de Deus para que ela possa se transformar em gestos e palavras de um novo homem, e uma nova mulher, que devem surgir dentro de cada um de nós, e se transformar em ações concretas no dia-a-dia.
Deus vos abençoe.
A liturgia de ontem nos levou a meditarmos sobre as nossas vaidades. Vaidades intelectuais. Vaidades econômicas. Vaidades religiosas. Nos gloriamos daquilo que fazemos. Nos gloriamos dos convites que recebemos. Nos gloriamos da posição social, ou eclesial, que ocupamos.
No evangelho, nos deparamos com duas histórias distintas. A primeira, fala de partilha de bens. A segunda, do acúmulo de riquezas.
Sobre a partilha dos bens, observamos que uma pessoa pede a Jesus que influencie na divisão dos mesmos. Entretanto, Jesus observa uma grande inveja daquele que faz a solicitação. Jesus não é juiz das coisas da terra. O apego aos bens materiais leva à divisão entre os irmãos. Enquanto, ficamos apegamos ao que temos e possuímos, não deixamos que o homem novo se instale dentro de nós. O homem velho está preocupado em acumular. Guardar. Reter. Acumula desenfreadamente. Quer tudo para si.
A princípio, pensamos apenas no acúmulo de riquezas, de dinheiro. Entretanto, acumulamos conhecimento. Acumulamos amigos. Acumulamos pessoas. Acumulamos preconceitos. Acumulamos.
Na segunda história, Jesus mostra que os acúmulos de coisas leva à morte. Passamos muito tempo de nossa vida acumulando. E deixamos de fazer aquilo que é essencial, partilhar. Partilhar conhecimento. Partilhar amigos. Partilhar alegria, esperança, fé, solidariedade, oração. Aquilo que recebemos não é para ser guardado, mas ser distribuído e partilhado.
Porque guardar? Porque acumular? Tudo é vaidade. E a vaidade obscurece o coração do homem. A vaidade faz com que o homem não enxergue a presença de Deus nas pequenas coisas da vida. A vaidade nos torna cegos.
E São Paulo nos diz que devemos "nos revestir do homem novo". O homem velho é imoral, impuro, tem maus desejos, é cobiçador e mentiroso. Paulo nos convoca nos revestirmos do homem novo. Este se "renova segundo a imagem do seu criador".
Queridas amigas e amigos, deixemos que a palavra de Deus aja em nossos corações. Aprendamos a ler, ouvir e meditar a Palavra de Deus para que ela possa se transformar em gestos e palavras de um novo homem, e uma nova mulher, que devem surgir dentro de cada um de nós, e se transformar em ações concretas no dia-a-dia.
Deus vos abençoe.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Papa Francisco
Distanciar-se do fato para melhor interpretá-lo. Isso faz um historiador. Entretanto, existem aqueles que estudam a História Contemporânea. Olham o que acontece, e tentam entender e explicar. Mas o objeto de estudo da História são as relações sociais. As disputas dos vários grupos sociais para se manter no poder, ou defender a vida.
A visita do Papa Francisco ao Brasil foi um momento destes em que nós, historiadores, ficamos atônitos. Como dar uma explicação para o fato de um homem reunir tantas pessoas do mundo todo num espaço definido?
Aqui vou expor minha visão deste momento. É claro que sou influenciado pela minha formação religiosa e acadêmica. Pela minha visão de mundo. Pelo que penso em relação a vários assuntos. Além dos manuais de Teoria da História, tenho a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja como norteadores do meu pensamento. Some-se a isso, a oportunidade que tive de vivenciar os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola.
A Jornada Mundial da Juventude foi uma inspiração dada a uma pessoa que viveu os horrores da Segunda Guerra Mundial. Da expansão da ideologia marxista, que não admite ser questionada, confrontada. Mas que faz uma leitura da exploração dos pobres e marginalizados. Enquanto a ideologia capitalista afirma que é possível sobreviver desde que se trabalhe. Mas como trabalhar, se não há geração de emprego, formação e cultura?
O Papa João Paulo II sabia que as ideologias totalitárias (fossem elas socialistas, comunistas ou capitalistas) deformam o pensamento dos jovens. João Paulo II desejava uma juventude livre. Com direito a se expressarem. De viverem sua juventude de forma autônoma e responsável. Jovens que pudessem viver sua fé livremente. Ai surgiu a Jornada Mundial da Juventude.
Desde então, ela percorre o mundo. Anuncia Jesus Cristo, morto e ressuscitado. Reúne milhares de pessoas, jovens ou não. Renova a fé. Injeta esperança. Suscita missionários.
Com o Papa Francisco não foi diferente. Sua passagem pelo Rio de Janeiro veio dar uma nova esperança, não só aos católicos, mas a todas as pessoas de boa vontade. Homens e mulheres de diversas confissões religiosas entenderam a mensagem de vida do Papa Francisco.
Jovens do mundo inteiro. Números nunca antes vistos na história desta cidade. Superando todas as expectativas. Só como exemplo, foram 6,5 mil jornalistas de 57 países distintos. Quatro (04) milhões de hóstias. Voluntários especializados de 25 idiomas diferentes. Para a economia, foi deixado pelos peregrinos R$ 1,8 milhão.
Francisco tocou os corações. Animou os jovens. Fez com que todos refletissem. Suas palavras animaram.
Esperemos que as dificuldades e as falhas ocorridas em vários setores do Comitê de Organização Local (COL), principalmente a falta de comunicação direta com as bases, com o clero e com as paróquias, não se repita em Cracóvia. Esperamos nos encontrar por lá. Ainda bem que as pessoas que estiveram no meio de nós eram PEREGRINAS e não turistas. Vieram por motivos religiosos. Eram educadas. Ajudaram na limpeza da cidade. Não causaram transtornos nem quebra-quebra. A sua maior força era a oração diária.
Que o espírito da Esperança renasça em nossos corações.
Encerramos com as palavras de Pedro (1 Pd 3,15): "Estejam prontos para dar razões de sua esperança".
A visita do Papa Francisco ao Brasil foi um momento destes em que nós, historiadores, ficamos atônitos. Como dar uma explicação para o fato de um homem reunir tantas pessoas do mundo todo num espaço definido?
Aqui vou expor minha visão deste momento. É claro que sou influenciado pela minha formação religiosa e acadêmica. Pela minha visão de mundo. Pelo que penso em relação a vários assuntos. Além dos manuais de Teoria da História, tenho a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja como norteadores do meu pensamento. Some-se a isso, a oportunidade que tive de vivenciar os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola.
A Jornada Mundial da Juventude foi uma inspiração dada a uma pessoa que viveu os horrores da Segunda Guerra Mundial. Da expansão da ideologia marxista, que não admite ser questionada, confrontada. Mas que faz uma leitura da exploração dos pobres e marginalizados. Enquanto a ideologia capitalista afirma que é possível sobreviver desde que se trabalhe. Mas como trabalhar, se não há geração de emprego, formação e cultura?
O Papa João Paulo II sabia que as ideologias totalitárias (fossem elas socialistas, comunistas ou capitalistas) deformam o pensamento dos jovens. João Paulo II desejava uma juventude livre. Com direito a se expressarem. De viverem sua juventude de forma autônoma e responsável. Jovens que pudessem viver sua fé livremente. Ai surgiu a Jornada Mundial da Juventude.
Desde então, ela percorre o mundo. Anuncia Jesus Cristo, morto e ressuscitado. Reúne milhares de pessoas, jovens ou não. Renova a fé. Injeta esperança. Suscita missionários.
Com o Papa Francisco não foi diferente. Sua passagem pelo Rio de Janeiro veio dar uma nova esperança, não só aos católicos, mas a todas as pessoas de boa vontade. Homens e mulheres de diversas confissões religiosas entenderam a mensagem de vida do Papa Francisco.
Jovens do mundo inteiro. Números nunca antes vistos na história desta cidade. Superando todas as expectativas. Só como exemplo, foram 6,5 mil jornalistas de 57 países distintos. Quatro (04) milhões de hóstias. Voluntários especializados de 25 idiomas diferentes. Para a economia, foi deixado pelos peregrinos R$ 1,8 milhão.
Francisco tocou os corações. Animou os jovens. Fez com que todos refletissem. Suas palavras animaram.
Esperemos que as dificuldades e as falhas ocorridas em vários setores do Comitê de Organização Local (COL), principalmente a falta de comunicação direta com as bases, com o clero e com as paróquias, não se repita em Cracóvia. Esperamos nos encontrar por lá. Ainda bem que as pessoas que estiveram no meio de nós eram PEREGRINAS e não turistas. Vieram por motivos religiosos. Eram educadas. Ajudaram na limpeza da cidade. Não causaram transtornos nem quebra-quebra. A sua maior força era a oração diária.
Que o espírito da Esperança renasça em nossos corações.
Encerramos com as palavras de Pedro (1 Pd 3,15): "Estejam prontos para dar razões de sua esperança".
segunda-feira, 1 de julho de 2013
"...E sobre esta pedra edificarei a minha Igreja"
Ontem celebramos a solenidade de Pedro e Paulo. Chamada de duas colunas da Igreja. Um representa o braço oriental, Pedro. O outro, o braço ocidental. Um, aquele que confirmar os irmãos na fé. O outro, que parte em missão.
Ao refletirmos sobre a atividade religiosa destes dois apóstolos, somos chamados a olharmos para nós, dentro de nossa fé a atividade missionária.
Pedro é conduzido por Jesus para animar todos aqueles que aderem ao Evangelho. Mas como fazer isso, sendo frágil e sujeito à prisão? Como animar quando se está amarrado pelas correntes.
Podemos tirar uma lição disso, mesmo preso pelas correntes Deus continua agindo através da oração da Igreja. A primeira leitura, mais do que a prisão de Pedro, nos mostra uma Igreja unida. Não apenas Pedro fora preso, mas um número considerável de cristãos. O poder constituído sempre persegue aqueles e aquelas que denunciam as mazelas de seus governos. Os pecados cometidos pelos governantes.
Pedro foi chamado a confirmar os seus irmãos. É o responsável pela Igreja e por sua condução. Deve estar sempre vigilante para que não caiamos em tentação.
Paulo é o exemplo de missionário. Incansável. Sem temor. Confiante no Senhor. Para ele não existia obstáculos. Superava todos. Enfrentou tudo e todos para anunciar o Evangelho: "ai de mim de não evangelizar". Em todos os lugares, em todos os momentos, estava pronto para proclamar a palavra do Senhor.
A solenidade de Pedro e Paulo nos chama a refletirmos sobre nossa relação com a Igreja e com a Missão. Somos fiéis àquilo que a Igreja nos chama a viver? Agimos conforme aquilo que aprendemos e aceitamos quando nos batizamos e crismamos? Somos missionários em todos os ambientes em que estamos?
Roguemos a estes dois apóstolos para nos convertamos em missionários da Palavra de Deus dentro da Igreja.
Deus nos abençoe!
Ao refletirmos sobre a atividade religiosa destes dois apóstolos, somos chamados a olharmos para nós, dentro de nossa fé a atividade missionária.
Pedro é conduzido por Jesus para animar todos aqueles que aderem ao Evangelho. Mas como fazer isso, sendo frágil e sujeito à prisão? Como animar quando se está amarrado pelas correntes.
Podemos tirar uma lição disso, mesmo preso pelas correntes Deus continua agindo através da oração da Igreja. A primeira leitura, mais do que a prisão de Pedro, nos mostra uma Igreja unida. Não apenas Pedro fora preso, mas um número considerável de cristãos. O poder constituído sempre persegue aqueles e aquelas que denunciam as mazelas de seus governos. Os pecados cometidos pelos governantes.
Pedro foi chamado a confirmar os seus irmãos. É o responsável pela Igreja e por sua condução. Deve estar sempre vigilante para que não caiamos em tentação.
Paulo é o exemplo de missionário. Incansável. Sem temor. Confiante no Senhor. Para ele não existia obstáculos. Superava todos. Enfrentou tudo e todos para anunciar o Evangelho: "ai de mim de não evangelizar". Em todos os lugares, em todos os momentos, estava pronto para proclamar a palavra do Senhor.
A solenidade de Pedro e Paulo nos chama a refletirmos sobre nossa relação com a Igreja e com a Missão. Somos fiéis àquilo que a Igreja nos chama a viver? Agimos conforme aquilo que aprendemos e aceitamos quando nos batizamos e crismamos? Somos missionários em todos os ambientes em que estamos?
Roguemos a estes dois apóstolos para nos convertamos em missionários da Palavra de Deus dentro da Igreja.
Deus nos abençoe!
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Reformas estruturais no Brasil: propostas
O que proponho como mudanças. São ideias. Nada fechado. Tudo discutível.
Educação:
Não é apenas saber ler e escrever, nem fazer conta apenas.
Educação vai além disso. Professores devem ser incentivados
a se especializarem, tendo, a cada cinco anos de exercício da profissão, um ano
sabático para se reciclar. Também serem liberados para Mestrado e Doutorado,
quando aprovados nas respectivas provas de ingresso.
Aparelhar as escolas com equipamentos de impressão para as
avaliações. Salas multimídias. Exigência dos uniformes escolares completo.
Pessoal de apoio como os chamados inspetores, porteiros, secretários,
cozinheiros, médicos, psicólogos, dentistas, oftalmologistas,
otorrinolaringologistas. Salas climatizadas.
Educação não é só saber ler, escrever e fazer conta.
Incentivar a leitura de clássicos da política. Ensinar a discutir os problemas
da cidade. Criação de diretórios estudantis mesmo nas escolas do nível
fundamental II. Comissão de pais que, em conjunto com os professores,
discutirem as questões escolares.
Reforma Política:
1.
Redução dos salários dos três poderes:
Executivo, Legislativo e Judiciário. Propor um teto de apenas 10 salários
mínimos. Despesas de deslocamento apenas para o deslocamento do parlamentar e
um assessor. Despesas com gabinete como funcionários deveria ser bancada pelo
próprio partido do parlamentar. Quadro de servidores efetivos em cada um dos
poderes através de concurso. A número de Cargos Comissionados deveria ser
reduzido a apenas aquilo que fosse essencial. E o essencial deverá ser definido
em Assembleia entre os servidores concursados e a direção dos poderes.
2.
Proibição
de que parlamentares ocupem cargos no Executivo.
3.
Extinção da obrigatoriedade de filiação
partidária para se candidatar.
4.
Consulta popular para assumir os cargos de
Chefes do Judiciário, não apenas ouvir o Senado, ou outra forma de escolha.
5.
Extinção do Senador Suplente sem ser eleito.
6.
Redução do número de Senadores, apenas um por
estado.
7.
Limitação do número de funcionários nos gabinetes
parlamentares. Três especialistas: direito constitucional, direito
administrativo, direito fazendário. Um(a) secretário(a). Um(a) recepcionista.
Um assessor parlamentar (plenário). Um para as relações com o povo.
8.
As propagandas políticas devem ter tempo
equitativo para todos os partidos.
9.
Em caso de coligações, essas devem ser a nível
nacional, com aceitação em todos os estados. E não apenas a nível nacional, ou
regional. Unidade é unidade.
Reforma Econômica:
1.
Criação de um índice máximo do percentual de
impostos: 10%
2.
Taxar as grandes fortunas do País.
3.
Maior cobrança de imposto para as pessoas que
investem no mercado financeiro, inclusive aos estrangeiros.
4.
Diminuição da taxa de juros para o crédito
pessoal.
Reforma da Saúde:
a.
Hospitais públicos bem aparelhados.
b.
Unidades de Saúde por bairros com equipamentos
em bom estado.
c.
Profissionais bem remunerados para que não
tenham a necessidade de vários empregos.
d.
Qualificação do profissionais aos moldes da dos
professores. A cada cinco anos, um período sabático para formação.
e.
Distribuição gratuita de remédios.
f.
Ambulâncias em bom estado de utilização. Todas sendo
UTIs móveis.
Outras reformas.
- Controle social das empresas de comunicação
- Direito de resposta nos MCS quando o cidadão se sentir
ofendido.
- Da mesma forma que se cobra controle do Estado, deve-se
controlar também as empresas de Comunicação.
Existem muitas outras propostas de mudança. Aos poucos vamos
apresentando nossas ideias.
segunda-feira, 24 de junho de 2013
"Desde o seio materno o Senhor me chamou" (Is 49,1
Minhas amigas e meus amigos,
A primeira leitura de hoje nos remete ao lugar quem o ser humano mais preza: o seio materno (pelo menos assim nos diz a psicologia).
É o lugar da segurança. Do conforto. Que aquece quando está frio, e torna ameno quando o calor se faz presente.
Isaías mostra que desde a mais tenra idade. No lugar mais íntimo e sagrado, Deus habita. Deus chama ainda mesmo antes no nascimento.
O que mais nos chama a atenção, é que esquecemos disso. Deixamos de lado esse chamado inicial, primeiro. Adão e Eva esqueceram que Deus caminhava com eles. Que mesmo antes de serem formados, Deus já gestava a ideia de criar o homem-mulher. Mas mesmo assim, nossos primeiros pais rejeitaram a presença de Deus. Romperam com a graça original dada por Deus. Esqueceram de Deus os chamava mesmo antes de tudo.
E somos assim também. Ao querermos fazer a nossa vontade. Ao querermos que nossos desejos sejam colocados em primeiro lugar. Primeiro eu, depois o outro. Não perdoar, mas querer ser perdoado. Não amar, mas querer ser amado.
Sentir-se chamado por Deus, é repetir com São Francisco: "é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado; é morrendo que se vive para a vida eterna". E ainda continua, ser "instrumento da paz".
Na Solenidade de São João, aprendamos a reconhecer Deus já desde o ventre materno, como aconteceu entre Jesus e João, que se reconheceram ainda nos ventres maternos. Deixemos Deus crescer dentro de nós. Façamos de nossa vida uma oração, adoração e trabalho.
Deus vos abençoe.
A primeira leitura de hoje nos remete ao lugar quem o ser humano mais preza: o seio materno (pelo menos assim nos diz a psicologia).
É o lugar da segurança. Do conforto. Que aquece quando está frio, e torna ameno quando o calor se faz presente.
Isaías mostra que desde a mais tenra idade. No lugar mais íntimo e sagrado, Deus habita. Deus chama ainda mesmo antes no nascimento.
O que mais nos chama a atenção, é que esquecemos disso. Deixamos de lado esse chamado inicial, primeiro. Adão e Eva esqueceram que Deus caminhava com eles. Que mesmo antes de serem formados, Deus já gestava a ideia de criar o homem-mulher. Mas mesmo assim, nossos primeiros pais rejeitaram a presença de Deus. Romperam com a graça original dada por Deus. Esqueceram de Deus os chamava mesmo antes de tudo.
E somos assim também. Ao querermos fazer a nossa vontade. Ao querermos que nossos desejos sejam colocados em primeiro lugar. Primeiro eu, depois o outro. Não perdoar, mas querer ser perdoado. Não amar, mas querer ser amado.
Sentir-se chamado por Deus, é repetir com São Francisco: "é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado; é morrendo que se vive para a vida eterna". E ainda continua, ser "instrumento da paz".
Na Solenidade de São João, aprendamos a reconhecer Deus já desde o ventre materno, como aconteceu entre Jesus e João, que se reconheceram ainda nos ventres maternos. Deixemos Deus crescer dentro de nós. Façamos de nossa vida uma oração, adoração e trabalho.
Deus vos abençoe.
Salve São João!!!!!
Vou brindar meus leitores com as palavras de Santo Agostinho sobre São João.
Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo
(Sermo 293,1-3: PL 38,1327-1328) (Séc.V)
Voz do que clama no deserto
A Igreja celebra o nascimento de João como um acontecimento sagrado. Dentre os nossos antepassados, não há nenhum cujo nascimento seja celebrado solenemente. Celebramos o de João, celebramos também o de Cristo: tal fato tem, sem dúvida, uma explicação. E se não a soubermos dar tão bem, como exige a importância desta solenidade, pelo menos meditemos nela mais frutuosa e profundamente. João nasce de uma anciã estéril; Cristo nasce de uma jovem virgem.
O pai de João não acredita que ele possa nascer e fica mudo; Maria acredita, e Cristo é
concebido pela fé. Eis o assunto que quisemos meditar e prometemos tratar. E se não formos capazes de perscrutar toda a profundeza de tão grande mistério, por falta de aptidão ou de tempo, aquele que fala dentro de vós, mesmo em nossa ausência, vos ensinará melhor. Nele pensais com amor filial,a ele recebestes no coração, dele vos tornastes templos.
João apareceu, pois, como ponto de encontro entre os dois Testamentos, o antigo e o novo. O próprio Senhor o chama de limite quando diz: A lei e os profetas até João Batista (Lc 16,16). Ele representa o antigo e anuncia o novo. Porque representa o Antigo Testamento, nasce de pais idosos; porque anuncia o Novo Testamento, é declarado profeta ainda estando nas entranhas da mãe. Na verdade, antes mesmo de nascer, exultou de alegria no ventre materno, à chegada de Maria. Antes de nascer, já é designado; revela-se de quem seria o precursor, antes de ser visto por ele. Tudo isto são coisas divinas, que ultrapassam a limitação humana. Por fim, nasce. Recebe o nome e solta-se a língua do pai. Relacionemos o acontecido com o simbolismo de todos estes fatos.
Zacarias emudece e perde a voz até o nascimento de João, o precursor do Senhor; só então recupera a voz. Que significa o silêncio de Zacarias? Não seria o sentido da profecia que, antes da pregação de Cristo, estava, de certo modo, velado, oculto, fechado? Mas com a vinda daquele a quem elas se referiam, tudo se abre e torna-se claro. O fato de Zacarias recuperar a voz no nascimento de João tem o mesmo significado que o rasgar-se o véu do templo, quando Cristo morreu na cruz. Se João se anunciasse a si mesmo, Zacarias não abriria a boca. Solta-se a língua, porque nasce aquele que é a voz. Com efeito, quando João já anunciava o Senhor, perguntaram-lhe: Quem és tu? (Jo 1,19). E ele respondeu: Eu sou a voz do que clama no deserto (Jo 1,23). João é a voz; o Senhor, porém,no princípio era a Palavra (Jo 1,1). João é a voz no tempo; Cristo é, desde o princípio, a Palavra eterna.
Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo
(Sermo 293,1-3: PL 38,1327-1328) (Séc.V)
Voz do que clama no deserto
A Igreja celebra o nascimento de João como um acontecimento sagrado. Dentre os nossos antepassados, não há nenhum cujo nascimento seja celebrado solenemente. Celebramos o de João, celebramos também o de Cristo: tal fato tem, sem dúvida, uma explicação. E se não a soubermos dar tão bem, como exige a importância desta solenidade, pelo menos meditemos nela mais frutuosa e profundamente. João nasce de uma anciã estéril; Cristo nasce de uma jovem virgem.
O pai de João não acredita que ele possa nascer e fica mudo; Maria acredita, e Cristo é
concebido pela fé. Eis o assunto que quisemos meditar e prometemos tratar. E se não formos capazes de perscrutar toda a profundeza de tão grande mistério, por falta de aptidão ou de tempo, aquele que fala dentro de vós, mesmo em nossa ausência, vos ensinará melhor. Nele pensais com amor filial,a ele recebestes no coração, dele vos tornastes templos.
João apareceu, pois, como ponto de encontro entre os dois Testamentos, o antigo e o novo. O próprio Senhor o chama de limite quando diz: A lei e os profetas até João Batista (Lc 16,16). Ele representa o antigo e anuncia o novo. Porque representa o Antigo Testamento, nasce de pais idosos; porque anuncia o Novo Testamento, é declarado profeta ainda estando nas entranhas da mãe. Na verdade, antes mesmo de nascer, exultou de alegria no ventre materno, à chegada de Maria. Antes de nascer, já é designado; revela-se de quem seria o precursor, antes de ser visto por ele. Tudo isto são coisas divinas, que ultrapassam a limitação humana. Por fim, nasce. Recebe o nome e solta-se a língua do pai. Relacionemos o acontecido com o simbolismo de todos estes fatos.
Zacarias emudece e perde a voz até o nascimento de João, o precursor do Senhor; só então recupera a voz. Que significa o silêncio de Zacarias? Não seria o sentido da profecia que, antes da pregação de Cristo, estava, de certo modo, velado, oculto, fechado? Mas com a vinda daquele a quem elas se referiam, tudo se abre e torna-se claro. O fato de Zacarias recuperar a voz no nascimento de João tem o mesmo significado que o rasgar-se o véu do templo, quando Cristo morreu na cruz. Se João se anunciasse a si mesmo, Zacarias não abriria a boca. Solta-se a língua, porque nasce aquele que é a voz. Com efeito, quando João já anunciava o Senhor, perguntaram-lhe: Quem és tu? (Jo 1,19). E ele respondeu: Eu sou a voz do que clama no deserto (Jo 1,23). João é a voz; o Senhor, porém,no princípio era a Palavra (Jo 1,1). João é a voz no tempo; Cristo é, desde o princípio, a Palavra eterna.
segunda-feira, 3 de junho de 2013
"A quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados"
Queridas leitoras e leitores,
Uma dúvida está circulando no facebook em relação à confissão auricular dos pecados dos cristãos católicos apostólicos romanos.
A doutrina da confissão dos pecados é destinada para todos e todas as pessoas que vivem a chamada fé católica. Se alguém se manifesta publicamente a fé na Igreja Católica Apostólica Romana deve viver segundo a sua doutrina. Não se pode ser "católico" pela metade.
A confissão dos pecados tem fundamentação bíblica. Lendo o evangelho de João, no capítulo 20, nos versículos 22-23, temos: "Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados".
O texto da palavra de Deus, no novo testamento, é o mesmo. E isto é comum a todos os cristãos, sejam eles católicos ou não.
No texto de João, observmos que Jesus institui um sinal (sacramento) para marcar a nova vida assumida após a conversão ao evangelho. A este sinal (sacramento) chamamos Confissão auricular dos pecados.
Observamos que o perdão dos pecados não é algo humano. Jesus dá esta ordem após enviar o Espírito Santo sobre os apóstolos. O perdão dos pecados não humano, mas divino pela intervenção daqueles que são chamados a serem os continuadores da missão do Senhor. Se os pecados fossem para ser confessados diretamente a Deus, porque ele instituiu os sacerdotes na antiga aliança para oferecem o cordeiro como expiação dos pecados?
Algumas pessoas dizem que somente Deus pode perdoar pecados. E é verdade. Somente ele pode perdoar os pecados. E isto atesta a mesma Sagrada Escritura. Em marcos, 2,10, lemos: "O Filho do homem tem poder de perdoar os pecados na terra". E ainda, "Teus pecados estão perdoados" (Mc. 2,5). Jesus, em virtude de sua autoridade, transmite esse poder aos homens (João 20,21-23) "para que o exerçam em sue nome" (catecismo 1441).
E porque falar ao Bispo, ou ao padre, os pecados? O Catecismo da Igreja Católica afirma no número 1461 que "como Cristo confiou a seus apóstolos o ministério da Reconciliação, os Bispos, seus sucessores, e os presbíteros, colaboradores dos Bispos, continuam a exercer esse ministério".
Ainda fala o Catecismo que a "finalidade e o efeito deste sacramento é a reconciliação com Deus". E acrescenta que "o sacramento da Reconciliação com Deus traz consigo uma verdadeira 'ressurreição espiritual', uma restituição da dignidade e dos bens da vida dos filhos de Deus, entre os quais o mais precioso é a amizade de Deus" (Catecismo 1468).
Ao lermos o resumo do capítulo que fala do Sacramento da Penitência no Catecismo, encontramos nos números 1496 e 1497 o seguinte: "Os efeitos espirituais do sacramento da Penitência são: a reconciliação com Deus, pela qual o penitente recobra a graça; a reconciliação com a Igreja; a remissão da pena eterna devida aos pecados mortais; a remissão, pelo menos em parte, das penas temporais, sequelas do pecado; a paz e a serenidade da consciência e a consolação espiritual; o acréscimo de forças espirituais para o combate cristão". E em seguida continua: "A confissão individual e integral dos pecados graves, seguida de absolvição, continua sendo o único meio ordinário de reconciliação com Deus e com a Igreja" (1497).
Se você professa a religião Católica Apostólica Romana, sinta-se a vontade para fazer a sua confissão.
Uma dúvida está circulando no facebook em relação à confissão auricular dos pecados dos cristãos católicos apostólicos romanos.
A doutrina da confissão dos pecados é destinada para todos e todas as pessoas que vivem a chamada fé católica. Se alguém se manifesta publicamente a fé na Igreja Católica Apostólica Romana deve viver segundo a sua doutrina. Não se pode ser "católico" pela metade.
A confissão dos pecados tem fundamentação bíblica. Lendo o evangelho de João, no capítulo 20, nos versículos 22-23, temos: "Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados".
O texto da palavra de Deus, no novo testamento, é o mesmo. E isto é comum a todos os cristãos, sejam eles católicos ou não.
No texto de João, observmos que Jesus institui um sinal (sacramento) para marcar a nova vida assumida após a conversão ao evangelho. A este sinal (sacramento) chamamos Confissão auricular dos pecados.
Observamos que o perdão dos pecados não é algo humano. Jesus dá esta ordem após enviar o Espírito Santo sobre os apóstolos. O perdão dos pecados não humano, mas divino pela intervenção daqueles que são chamados a serem os continuadores da missão do Senhor. Se os pecados fossem para ser confessados diretamente a Deus, porque ele instituiu os sacerdotes na antiga aliança para oferecem o cordeiro como expiação dos pecados?
Algumas pessoas dizem que somente Deus pode perdoar pecados. E é verdade. Somente ele pode perdoar os pecados. E isto atesta a mesma Sagrada Escritura. Em marcos, 2,10, lemos: "O Filho do homem tem poder de perdoar os pecados na terra". E ainda, "Teus pecados estão perdoados" (Mc. 2,5). Jesus, em virtude de sua autoridade, transmite esse poder aos homens (João 20,21-23) "para que o exerçam em sue nome" (catecismo 1441).
E porque falar ao Bispo, ou ao padre, os pecados? O Catecismo da Igreja Católica afirma no número 1461 que "como Cristo confiou a seus apóstolos o ministério da Reconciliação, os Bispos, seus sucessores, e os presbíteros, colaboradores dos Bispos, continuam a exercer esse ministério".
Ainda fala o Catecismo que a "finalidade e o efeito deste sacramento é a reconciliação com Deus". E acrescenta que "o sacramento da Reconciliação com Deus traz consigo uma verdadeira 'ressurreição espiritual', uma restituição da dignidade e dos bens da vida dos filhos de Deus, entre os quais o mais precioso é a amizade de Deus" (Catecismo 1468).
Ao lermos o resumo do capítulo que fala do Sacramento da Penitência no Catecismo, encontramos nos números 1496 e 1497 o seguinte: "Os efeitos espirituais do sacramento da Penitência são: a reconciliação com Deus, pela qual o penitente recobra a graça; a reconciliação com a Igreja; a remissão da pena eterna devida aos pecados mortais; a remissão, pelo menos em parte, das penas temporais, sequelas do pecado; a paz e a serenidade da consciência e a consolação espiritual; o acréscimo de forças espirituais para o combate cristão". E em seguida continua: "A confissão individual e integral dos pecados graves, seguida de absolvição, continua sendo o único meio ordinário de reconciliação com Deus e com a Igreja" (1497).
Se você professa a religião Católica Apostólica Romana, sinta-se a vontade para fazer a sua confissão.
sexta-feira, 24 de maio de 2013
"E Deus viu que era bom"
Inicio este texto ainda sem um título para ele. Pode ser que surja durante o tempo no qual vou escrevendo.
Falo sobre o estupro acontecido na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no dia 11 de maio de 2013, nos campi da Universidade. Uma festa promovida pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), chamada "CHOPADA". Meus queridos e queridas leitores e leitoras, uma festa com um tema desse nos faz ver que a "consciência" é alguma coisa que vai embora logo.
Nossa primeira reflexão, nossos jovens estão bebendo cada vez mais cedo. Estão fazendo uso de uma substância entorpecente, chamada de lícita, dentro de suas próprias casas. Pais que não sabem educar seus filhos e filhas, que não sabem dizer "não"; que tem complexo de culpa, que não participam da vida de seus filhos/filhas porque estão preocupados com suas carreiras, passam a ser permissíveis.
Em segundo lugar, a pornografia desenfreada. Não falo em sexualidade. Pois esta é positiva. A sexualidade é que nos faz homens e mulheres. A sexualidade é uma força interior que nos move a muitas ações positivas: esportes, pintura, religião, ações solidárias. A pornografia é uma desvirtuação da sexualidade. É uma doença social que causa males a todos nós.
Em terceiro, a liberdade. Ser livre não é fazer o que se tem vontade. A liberdade consiste em fazer aquilo que deve ser feito com responsabilidade. Entretanto, nos dias atuais, a liberdade está sendo confundida com fazer o que se dá na cabeça. Aquilo que se tem vontade. Então, surge um problema. A vontade de um(a) não é a vontade do outro(a). Mas considerando a definição de liberdade como aquilo que pode ser feito, o outro não pode dizer não.
Quarto. A falta de uma orientação religiosa séria. Digo "séria" porque existem muitos grupos religiosos que não dão a devida atenção àquilo que eles pregam. Ou pelo menos àquilo que eles pregam, ou aos livros sagrados que utilizam.
Tenho observado que as instâncias universitárias estão vivendo um caminho de mão dupla. Existem aqueles que fazem de tudo para fazer com que a chamada racionalidade se afaste da fé, da religião, da metafísica. E há os que creem que uma coisa não é incompatível com a outra. Entretanto, as ações violentas é que são causa de notícia. Existem muitos grupos religiosos nas universidades fazendo o exercício da tolerância religiosa. Existem professores, funcionários e alunos que estão buscando um entendimento dentro da especificidade de suas crenças. Isso não causa espanto. Nem é motivo para matéria dos meios de comunicação social. Nem os veículos de informação das universidades.
Queridas leitoras, queridos leitores, o que ocorreu na UERJ não foi a primeira vez. E infelizmente, não será a última. Enquanto não trabalharmos as questões religiosas no meio acadêmico; enquanto não colocarmos nossa fé acima das "chopadas"; enquanto nossos alunos continuarem a sofrer constrangimento na sua chegada à universidade; enquanto as autoridades universitárias não convocarem uma frente, uma comissão, um grupo de "vigilância" sobre as intolerâncias praticadas por certos grupos que insistem em "trotes" violentos e constrangedores (e isso pode ser visto nas ruas do entorno da UERJ - ou de qualquer outra universidade - ficando fácil a identificação dos veteranos e dos cursos), continuaremos assistindo a violência disseminada dentro da universidade.
Conclamo a todas e a todos que não suportam essa violência para a criação de uma frente supra-religiosa para um ato em desagravo das violências praticadas dentro da UERJ e das outras universidades.
Queridas e queridos, termino meu artigo tendo a luz de um título: "E Deus viu que era bom". Termino dizendo que a violência acontece na escuridão. E não na escuridão do tempo. Mas na escuridão de nossos corações, de nossa vida.
domingo, 12 de maio de 2013
Ninguém subiu ao céu a não ser aquele que de lá desceu
Ninguém subiu ao céu a não ser aquele que
de lá desceu
(Sermão de Santo Agostinho)
- Hoje nosso Senhor Jesus Cristo subiu ao céu; suba também com ele o nosso
coração.
-
Ouçamos as palavras do Apóstolo: Se ressuscitastes com Cristo,
esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à
direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres (Cl
3,1-2). E assim como ele subiu sem se afastar de nós, também nós subimos com
ele, embora não se tenha ainda realizado em nosso corpo o que nos está
prometido.
-
Cristo já foi elevado ao mais alto dos céus; contudo, continua sofrendo na
terra através das tribulações que nós experimentamos como seus membros. Deu
testemunho desta verdade quando se fez ouvir lá do céu: Saulo, Saulo,
por que me persegues (At 9,4). E ainda: Eu estava com fome
e me destes de comer (Mt 25,35).
-
Por que razão nós também não trabalhamos aqui na terra de tal modo que, pela
fé, esperança e caridade que nos unem a nosso Salvador, já descansemos com ele
no céu? Cristo está no céu, mas também está conosco; e nós, permanecendo na
terra, estamos também com ele. Por sua divindade, por seu poder e por seu amor
ele está conosco; nós, embora não possamos realizar isso pela divindade, como
ele, ao menos podemos realizar pelo amor que temos para com ele.
- O
Senhor Jesus Cristo não deixou o céu quando de lá desceu até nós; também não se
afastou de nós quando subiu novamente ao céu. Ele mesmo afirma que se
encontrava no céu quando vivia na terra, ao dizer: Ninguém subiu ao
céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu (cf.
Jo 3,13).
- Isto
foi dito para significar a unidade que existe entre ele, nossa cabeça, e nós,
seu corpo. E Ninguém senão ele podia realizar esta unidade que nos identifica
com ele mesmo, pois tornou-se Filho do homem por nossa causa, e nós por meio
dele nos tornamos filhos de Deus.
-
Neste sentido diz o Apóstolo: Como o corpo é um só, embora tenha muitos
membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um
só corpo, assim também acontece com Cristo (1Cor 12,12). Ele não diz:
“assim é Cristo”, mas: assim também acontece com Cristo. Portanto, Cristo é um
só, formado por muitos membros.
-
Desceu do céu por sua misericórdia e ninguém mais subiu senão ele; mas nele,
pela graça, também nós subimos. Portanto, ninguém mais desceu senão Cristo e
ninguém mais subiu além de Cristo.
-
Isto não quer dizer que a dignidade da cabeça se confunde com a do corpo, mas
que a unidade do corpo não se separa da cabeça.
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Paróquia: centro de evangelização!
Continuando nossa reflexão sobre as paróquias e sua renovação, vou utilizar a experiência dos chamados Discípulos de Emaús (Lc. 24,13-35), e parte da reflexão do Pe. Anísio Baldessin, no livro "Como fazer PASTORAL DA SAÚDE?" (Ed. Loyola, 2ª Edição, 2002 - SP).
A contribuição que o Pe. Baldessin deixou para a Pastoral da Saúde serve para qualquer pastoral, pois parte do pressuposto de que a Igreja "existe para evangelizar", e que a "finalidade da evangelização é provocar no homem uma mudança interior"
A Igreja está inserida nas mais diversas realidades da vida humana, sejam elas materiais ou espirituais. Vida. Morte, Saúde. Doença. Alegria. Tristeza. Esperança. Fé. Portanto, ela se adapta às realidades humanas para que "todos tenham vida, e vida em plenitude". Jesus anuncia o Reino de Deus, esta é novidade que "está no meio de nós". O Senhor se faz presente em nossas vidas. O Reino é a possibilidade de retorno à graça perdida com o pecado original (em outra oportunidade falaremos sobre isso). Aceitar com liberdade interior o Reino que vem ao nosso encontro. O Reino não é imposto. Ele é proposto (por mais que a vontade de Deus seja a salvação de todos, ele não impõem, mas propõem). Por isso, Jesus não força ninguém à conversão. Toda nossa ação pastoral deve se adequar à situação daquele que vai ser evangelizado. Partir de seu mundo. De sua realidade.
Abrindo um parênteses para uma breve digressão: (Neste ponto lembro-me bem dos Exercícios de Santo Inácio de Loyola, quando nos diz que os exercícios não nos devem levar a uma mudança de estado de vida, mas sim a sua reforma. Isto é, aqueles que já são casados, assim continuem de uma forma nova. Aqueles que já são consagrados, que sim se mantenham, com novo entusiasmo. O encontro com Jesus não muda a situação civil. Ele nos faz pessoas novas: "Eis que faço nova todas as coisas" (Ap. 21,5). Ele não extingue o que existe. Mas transforma. Transforma o interior. E aí, sim, "novo céu e nova terra". Novo homem e nova mulher.)
Dizíamos que "evangelizar é a missão da Igreja". E que esta é a razão de ser da Igreja. Mas poderíamos perguntar: o que é evangelizar? Resposta: anunciar a presença do Reino de Deus no meio de nós.
Pe. Baldessin partiu da história de Emaús para falar da pedagogia de Jesus na evangelização. E de como devem agir os seus discípulos. Dez passos, que podemos fazer no dia-a-dia, sem complicações. Pois se pararmos para analisar, com certeza veremos que fazemos isso no cotidiano de nossas ações: preparar-se, tomar a iniciativa, dialogar, confrontar, ensinar, fazer comunhão, revelar, converter, testemunhar.
O versículo 13 abre a narrativa mostrando a realidade daqueles discípulos. Haviam partido de Jerusalém, e estavam conversando sobre o que havia acontecido. Esta é nossa realidade. Conversamos sobre as coisas da vida. Sobre nossas frustrações. Sobre nossas esperanças. Sobre nossas alegria e tristezas. Mas às vezes, conversamos sobre nada.
Jesus percebe essa realidade. Sabe qual é a frustração daqueles discípulos. Conhece a sua realidade. Sabe das suas necessidades. A primeira ação no processo de evangelização é buscar conhecer a realidade exterior daqueles que serão evangelizados. Pois a forma como cada um reage às situações diversas da vida é diferente.
Segundo, "tomar a iniciativa". O versículo 15 nos apresenta um outro detalhe do processo de evangelização. Jesus "pôs-se a caminhar com eles". Queria saber do que falavam e comentavam. Qual o assunto que os afligia. Porque estavam cabisbaixos e decepcionados.
Tomar a iniciativa, "eis um dos maiores desafios da pastoral", da Igreja, do agente, do clero. Os agentes de pastoral (não importa sua condição dentro da Igreja) devem sempre tomar a iniciativa, ir ao encontro. Sair da cômoda posição de ficar esperando que se venha ao nosso encontro. "Você já se perguntou por que faz esse trabalho? Qual foi a motivação que fez você tomar a iniciativa para atuar como agente de Pastoral?"
Terceiro passo, Dialogar. "Só conhecemos o outro quando conhecemos sua história. E para conhecê-la é preciso ouvir e dialogar". O versículo 17 nos dá pistas de como iniciar um diálogo frutuoso: "Que palavras são essas que trocais entre vós?" Perguntar o que se passa. Como se está sentindo. Se você está fazendo uma entrevista para o matrimônio perguntar aos noivos porque decidiram se casar na Igreja, por mais que esta pergunta não esteja presente no questionário burocrático. Existe outra questão na entrevista matrimonial que fala sobre sua prática religiosa. Muitas pessoas, pelo menos aqueles que eu entrevisto, dizem não ter prática religiosa (não vão à missa). Se não tem prática religiosa, porque querem casar na Igreja? Os noivos ficam sem reação. Parece que acende uma luz vermelha na mente e no coração. Então, pergunto: nem reza em casa? Aí surge uma esperança. Dizem que sim, de vez em quando. Quando estão necessitados.
Percebo que a fala dos noivos apresenta uma realidade vivida em todos as circunstâncias da vida, inclusive das pessoas que vivem na Igreja. Estão com o corpo na Igreja. Mas o espírito...! O que falo aqui serve para os agentes dos sacramentos da iniciação cristã: Batismo, Eucaristia, Crisma. Você que trabalha na Pastoral do Batismo já perguntou aos pais porque querem batizar seus filhos(as)? E aos padrinhos e madrinhas? Você catequista, já inquiriu seus catequizandos sobre o porque querem fazer a primeira comunhão? E aos pais porque desejam isso? Isso serve para a Crisma, o chamado Sacramento da Maturidade Cristã. Serão nossos jovens maduros o suficiente para receberem esse sacramento tão sério para a vida pessoal e da Igreja?
O diálogo serve para que possamos aprofundar a evangelização. Entender o que se vai no coração do outro para falar do Reino de Deus.
Quarto. Acolher. "Acolher, e escutar, sem a preocupação de aconselhar e resolver os problemas do outro". Acolher "é centrar-se na fala do outro e oferecer sua mão sob forma de silêncio". O agente de pastoral que sabe "fazer isso, certamente captará a confiança do outro" e dará o primeiro passo para o diálogo.
Quinto. Confrontar. A palavra parece forte e pesada. Indica-nos uma situação de cobrança. Ninguém gosta de ser confrontado porque faz pensar em suas ideias e práticas. Muitas vezes, consolidamos nossas práticas religiosas. Instalamo-nos confortavelmente em nossas ações pastorais e pessoais, e não gostamos do confronto. Deixar-se confrontar-se é uma atitude de quem está em constante busca de conversão. Foi assim com Nicodemus. Foi assim com os Discípulos de Emaús. Após ouvir e acolher, Jesus os fez confrontar-se com suas ideias: "Ó homens sem inteligência e lentos de espírito em crer em tudo o que os profetas anunciaram!".
Com certeza, aqueles discípulos não gostaram do confronto. Devem ter pensado como um forasteiro nos diz o que devemos pensar em relação àquilo que vimos e vivemos nestes dias? Entretanto, "é um confronto direto que nos faz amadurecer nossa fé. Confrontar é transmitir a verdade com amor. (...) O confronto vai ajudá-lo a retomar o caminho e fazê-lo aprender a ver a realidade de outra maneira e aprender a convier com as limitações".
Sexto. Ensinar. Etmologicamente, esta palavra significa colocar um sinal. Marcar. "Ao mesmo tempo que confrontamos alguém temos a oportunidade de ensinar: 'e começando por Moisés..." (v. 27). O encontro (confronto) pode despertar sentimentos positivos ou negativos. Ensinar é mostrar que existe uma ralidade que vai além daquela que se vê, ou daquela que experimentamos, seja ela positiva ou negativa.
Sétimo. Fazer Comunhão. "Fica conosco!". "Quando temos a oportunidade de conversar com alguém que nos dá atenção queremos sempre estar em contato. Isso porque desperta em nós sentimentos de confiança e amizade".
"Fica conosco". "É um convite para comunhão mais profunda". "Como é bom ter alguém por perto nos momentos de incerteza". Muitas vezes, é preciso mais do que apenas um sacramento ou bênção. É necessário um aperto de mão ou abraço caloroso. Um "gesto de afeto que traga coragem e esperança".
Oitavo. Revelar. "A mesa é o lugar da revelação". Muitas revelações acontecem ao redor das mesas: negócios fechados, revelações familiares. Jesus se revela no partir o pão. "Partir o pão significa partilhar a própria vida". Quando nos colocamos à serviço do outro, reconhecemos nele a presença do Cristo, e ao mesmo tempo "revelamos Cristo para eles".
Nono. Converter. "A conversão não acontece de uma hora para outra". "Não basta um sói momento para a conversão". O "agente de pastoral tem um papel" importante neste processo. A "conversão deve ser entendida com uma nova maneira de pensar e encarar a vida. O convertido se torna testemunho para o outro".
Décimo. Testemunhar. "Testemunhar não é guardar para nós mesmos como um tesouro tudo o que vemos e ouvimos". O versículo 33 narra a experiência do convertido e missionário, aquele que testemunha o que viu: "Partiram imediatamente. Voltaram para Jerusalém. Narraram os acontecimentos do caminho e como haviam reconhecido Jesus no partir do Pão".
Irmãos e irmãs, a paróquia deve ser o lugar onde aprendemos a ser discípulos. Mulheres e homens de fé. De conversão. Acolhedores. Partícipes da Mesa Eucarística nos tornaremos anunciadores do Reino de Deus.
A contribuição que o Pe. Baldessin deixou para a Pastoral da Saúde serve para qualquer pastoral, pois parte do pressuposto de que a Igreja "existe para evangelizar", e que a "finalidade da evangelização é provocar no homem uma mudança interior"
A Igreja está inserida nas mais diversas realidades da vida humana, sejam elas materiais ou espirituais. Vida. Morte, Saúde. Doença. Alegria. Tristeza. Esperança. Fé. Portanto, ela se adapta às realidades humanas para que "todos tenham vida, e vida em plenitude". Jesus anuncia o Reino de Deus, esta é novidade que "está no meio de nós". O Senhor se faz presente em nossas vidas. O Reino é a possibilidade de retorno à graça perdida com o pecado original (em outra oportunidade falaremos sobre isso). Aceitar com liberdade interior o Reino que vem ao nosso encontro. O Reino não é imposto. Ele é proposto (por mais que a vontade de Deus seja a salvação de todos, ele não impõem, mas propõem). Por isso, Jesus não força ninguém à conversão. Toda nossa ação pastoral deve se adequar à situação daquele que vai ser evangelizado. Partir de seu mundo. De sua realidade.
Abrindo um parênteses para uma breve digressão: (Neste ponto lembro-me bem dos Exercícios de Santo Inácio de Loyola, quando nos diz que os exercícios não nos devem levar a uma mudança de estado de vida, mas sim a sua reforma. Isto é, aqueles que já são casados, assim continuem de uma forma nova. Aqueles que já são consagrados, que sim se mantenham, com novo entusiasmo. O encontro com Jesus não muda a situação civil. Ele nos faz pessoas novas: "Eis que faço nova todas as coisas" (Ap. 21,5). Ele não extingue o que existe. Mas transforma. Transforma o interior. E aí, sim, "novo céu e nova terra". Novo homem e nova mulher.)
Dizíamos que "evangelizar é a missão da Igreja". E que esta é a razão de ser da Igreja. Mas poderíamos perguntar: o que é evangelizar? Resposta: anunciar a presença do Reino de Deus no meio de nós.
Pe. Baldessin partiu da história de Emaús para falar da pedagogia de Jesus na evangelização. E de como devem agir os seus discípulos. Dez passos, que podemos fazer no dia-a-dia, sem complicações. Pois se pararmos para analisar, com certeza veremos que fazemos isso no cotidiano de nossas ações: preparar-se, tomar a iniciativa, dialogar, confrontar, ensinar, fazer comunhão, revelar, converter, testemunhar.
O versículo 13 abre a narrativa mostrando a realidade daqueles discípulos. Haviam partido de Jerusalém, e estavam conversando sobre o que havia acontecido. Esta é nossa realidade. Conversamos sobre as coisas da vida. Sobre nossas frustrações. Sobre nossas esperanças. Sobre nossas alegria e tristezas. Mas às vezes, conversamos sobre nada.
Jesus percebe essa realidade. Sabe qual é a frustração daqueles discípulos. Conhece a sua realidade. Sabe das suas necessidades. A primeira ação no processo de evangelização é buscar conhecer a realidade exterior daqueles que serão evangelizados. Pois a forma como cada um reage às situações diversas da vida é diferente.
Segundo, "tomar a iniciativa". O versículo 15 nos apresenta um outro detalhe do processo de evangelização. Jesus "pôs-se a caminhar com eles". Queria saber do que falavam e comentavam. Qual o assunto que os afligia. Porque estavam cabisbaixos e decepcionados.
Tomar a iniciativa, "eis um dos maiores desafios da pastoral", da Igreja, do agente, do clero. Os agentes de pastoral (não importa sua condição dentro da Igreja) devem sempre tomar a iniciativa, ir ao encontro. Sair da cômoda posição de ficar esperando que se venha ao nosso encontro. "Você já se perguntou por que faz esse trabalho? Qual foi a motivação que fez você tomar a iniciativa para atuar como agente de Pastoral?"
Terceiro passo, Dialogar. "Só conhecemos o outro quando conhecemos sua história. E para conhecê-la é preciso ouvir e dialogar". O versículo 17 nos dá pistas de como iniciar um diálogo frutuoso: "Que palavras são essas que trocais entre vós?" Perguntar o que se passa. Como se está sentindo. Se você está fazendo uma entrevista para o matrimônio perguntar aos noivos porque decidiram se casar na Igreja, por mais que esta pergunta não esteja presente no questionário burocrático. Existe outra questão na entrevista matrimonial que fala sobre sua prática religiosa. Muitas pessoas, pelo menos aqueles que eu entrevisto, dizem não ter prática religiosa (não vão à missa). Se não tem prática religiosa, porque querem casar na Igreja? Os noivos ficam sem reação. Parece que acende uma luz vermelha na mente e no coração. Então, pergunto: nem reza em casa? Aí surge uma esperança. Dizem que sim, de vez em quando. Quando estão necessitados.
Percebo que a fala dos noivos apresenta uma realidade vivida em todos as circunstâncias da vida, inclusive das pessoas que vivem na Igreja. Estão com o corpo na Igreja. Mas o espírito...! O que falo aqui serve para os agentes dos sacramentos da iniciação cristã: Batismo, Eucaristia, Crisma. Você que trabalha na Pastoral do Batismo já perguntou aos pais porque querem batizar seus filhos(as)? E aos padrinhos e madrinhas? Você catequista, já inquiriu seus catequizandos sobre o porque querem fazer a primeira comunhão? E aos pais porque desejam isso? Isso serve para a Crisma, o chamado Sacramento da Maturidade Cristã. Serão nossos jovens maduros o suficiente para receberem esse sacramento tão sério para a vida pessoal e da Igreja?
O diálogo serve para que possamos aprofundar a evangelização. Entender o que se vai no coração do outro para falar do Reino de Deus.
Quarto. Acolher. "Acolher, e escutar, sem a preocupação de aconselhar e resolver os problemas do outro". Acolher "é centrar-se na fala do outro e oferecer sua mão sob forma de silêncio". O agente de pastoral que sabe "fazer isso, certamente captará a confiança do outro" e dará o primeiro passo para o diálogo.
Quinto. Confrontar. A palavra parece forte e pesada. Indica-nos uma situação de cobrança. Ninguém gosta de ser confrontado porque faz pensar em suas ideias e práticas. Muitas vezes, consolidamos nossas práticas religiosas. Instalamo-nos confortavelmente em nossas ações pastorais e pessoais, e não gostamos do confronto. Deixar-se confrontar-se é uma atitude de quem está em constante busca de conversão. Foi assim com Nicodemus. Foi assim com os Discípulos de Emaús. Após ouvir e acolher, Jesus os fez confrontar-se com suas ideias: "Ó homens sem inteligência e lentos de espírito em crer em tudo o que os profetas anunciaram!".
Com certeza, aqueles discípulos não gostaram do confronto. Devem ter pensado como um forasteiro nos diz o que devemos pensar em relação àquilo que vimos e vivemos nestes dias? Entretanto, "é um confronto direto que nos faz amadurecer nossa fé. Confrontar é transmitir a verdade com amor. (...) O confronto vai ajudá-lo a retomar o caminho e fazê-lo aprender a ver a realidade de outra maneira e aprender a convier com as limitações".
Sexto. Ensinar. Etmologicamente, esta palavra significa colocar um sinal. Marcar. "Ao mesmo tempo que confrontamos alguém temos a oportunidade de ensinar: 'e começando por Moisés..." (v. 27). O encontro (confronto) pode despertar sentimentos positivos ou negativos. Ensinar é mostrar que existe uma ralidade que vai além daquela que se vê, ou daquela que experimentamos, seja ela positiva ou negativa.
Sétimo. Fazer Comunhão. "Fica conosco!". "Quando temos a oportunidade de conversar com alguém que nos dá atenção queremos sempre estar em contato. Isso porque desperta em nós sentimentos de confiança e amizade".
"Fica conosco". "É um convite para comunhão mais profunda". "Como é bom ter alguém por perto nos momentos de incerteza". Muitas vezes, é preciso mais do que apenas um sacramento ou bênção. É necessário um aperto de mão ou abraço caloroso. Um "gesto de afeto que traga coragem e esperança".
Oitavo. Revelar. "A mesa é o lugar da revelação". Muitas revelações acontecem ao redor das mesas: negócios fechados, revelações familiares. Jesus se revela no partir o pão. "Partir o pão significa partilhar a própria vida". Quando nos colocamos à serviço do outro, reconhecemos nele a presença do Cristo, e ao mesmo tempo "revelamos Cristo para eles".
Nono. Converter. "A conversão não acontece de uma hora para outra". "Não basta um sói momento para a conversão". O "agente de pastoral tem um papel" importante neste processo. A "conversão deve ser entendida com uma nova maneira de pensar e encarar a vida. O convertido se torna testemunho para o outro".
Décimo. Testemunhar. "Testemunhar não é guardar para nós mesmos como um tesouro tudo o que vemos e ouvimos". O versículo 33 narra a experiência do convertido e missionário, aquele que testemunha o que viu: "Partiram imediatamente. Voltaram para Jerusalém. Narraram os acontecimentos do caminho e como haviam reconhecido Jesus no partir do Pão".
Irmãos e irmãs, a paróquia deve ser o lugar onde aprendemos a ser discípulos. Mulheres e homens de fé. De conversão. Acolhedores. Partícipes da Mesa Eucarística nos tornaremos anunciadores do Reino de Deus.
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