sábado, 7 de setembro de 2013

Bienal Rio 2013

Prezadas e prezados, amigos e amigas,

Hoje consegui chegar a Bienal do Livro no Rio de Janeiro. Depois de duas tentativas.
Quero deixar registrado os problemas de infraestrutura que enfrentei. E deixar claro que defendo os livros, a leitura, a divulgação da boa leitura. Defendo a criação de círculos de leituras nas escolas, nas igrejas, nas bibliotecas, nas praças. Espaços onde as pessoas possam falar o que estão lendo, e o que isso tem modificado a visão de mundo do leitor.
Os livros tem esse poder. Pois nos ajudam a entender o mundo que vivemos. Faz com que entendemos os pensamentos que movem grupos, governos, partidos.
Isso tudo poderia ser desfrutado na Bienal do Livro no Rio de Janeiro em 2013, se não fossem problemas de ordem estrutural durante a Bienal.
Primeiro, a chegada ao Centro de Convenções Rio-Centro, na Barra da Tijuca. A falta de transporte público de qualidade fez com que muitas pessoas fossem de carro. E isso é uma característica do carioca, utilizar seu próprio carro para participar de eventos culturais. Foi um caos total. Um estacionamento pequeno. Desinformação do lado de fora, na entrada. Caos nas cercanias do Rio-Centro.
Segundo, ausência de caixas eletrônicos. Só encontrei um caixa eletrônico para saque. Havia um corredor de caixas dos bancos Itaú e Bradesco, que não funcionavam. Uma fila grande. Sem profissionais dos bancos para uma reposição rápida e correção de problemas técnicos com agilidade. Dever-si-a ter colocado caixas 24h.
Terceiro, praça de alimentação. Não conseguiu dar suporte ao evento. Muito cheia. Com funcionários temporários mal treinados. Preços exorbitantes. Mais caros do que pagamos no dia-a-dia. Uma falta de respeito. Não é porque estamos na bienal que somos pessoas que exibem excesso de dinheiro. Só como exemplo, uma garrafinha de água, de 300ml, que pagamos de R 1,50 a R$ 2,00, custava R$ 4,00.
Quarto, o excesso de pessoas. O Rio-Centro tornou-se um espaço pequeno. Três pavilhões não dão conta. Existem stand muito procurados, principalmente aqueles que comercializam os gibis, mangás, e de literatura infantil. Nesses, há filas para se entrar. E estas atrapalham a circulação de pessoas. Deveria existir um espaço maior para esse tipo de literatura. Editoras que trabalham com livros mais específicos de formação ficam relegadas ao espaços que não consegui chegar.
Fiquei cansado. Saí com a sensação de que apenas dei uma volta para perder peso. Tipo aquela que fazemos em torno do Maracanã.
Bem, no balanço final, saí frustrado. Com a sensação de que nada de bom havia na Bienal. Sei que isso não é verdade. Havia coisas boas que estavam escondidas, mas o tumulto e falta de organização fez com que eu saísse correndo de lá.
Encerro deixando duas frase sobre a leitura. Uma de John Locke, pai do liberalismo econômico; e outra, de Bill Gates, para a nossa reflexão.


Ler fornece ao espírito materiais para o conhecimento, mas só o pensar faz nosso o que lemos.
John Locke

Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.
Bill Gates

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