Lc 14,25-33.
O evangelho apresentado em nossa liturgia do XXIII domingo do tempo comum apresente três pequenas histórias. A primeira fala de, aparentemente, o desprezo da família para seguir Jesus. A segunda, a construção da torre. E a terceira, do confronto entre dois reinos.
Vamos aos poucos.
"Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e mãe, sua mulher e filhos, seus irmãos e irmãs e até da própria vida, não pode ser meu discípulo". Vemos que Deus deve estar acima de tudo aquilo que nos prende à terra. Quem se prende à família, deixa de ir à missa. Não reza em casa, nem na comunidade. Arruma desculpa para não ser catequista. Não participar do Círculo Bíblico. Colocamos a família, que é uma coisa boa, como um escudo para fugirmos de estarmos longe das coisas de Deus. Nada pode ser obstáculo. Tudo deve concorrer para aumentar nossa união com o Senhor. E foi para isso que as coisas que foram criadas. Nos diz Santo Inácio de Loyola que "o homem é criado para louvar, reverenciar e ser vir a Deus nosso Senhor, e assim salvar a sua alma. E as outras coisas sobre a face da terra são criadas para o homem, a fim de ajudá-lo a alcançar o fim para que foi criado"(grifo meu). E dentro desta perspectiva, encontra-se a família, os pais, os irmãos, irmãs, filhos, filhas, inclusive a própria vida.
Segundo, a torre e sua construção. Depois da experiência pessoal de Jesus Cristo, partimos para a obra missionária de evangelização. Existem muitas formas de atuação missionária de evangelização. Cada um de nós temos um dom dentro da evangelização. Não podemos fazer aquilo que não nos cabe, nem dom temos. Devemos avaliar nossas capacidades. Nossos dons. Aonde podemos servir melhor. Não iniciar uma empreitada evangelizadora sem medir nossas condições pessoais, sociais e eclesiais.
Terceiro, confronto. Dois reinos entram em conflito. A desigualdade é clara em termos de contingente humano. Dentro de nós temos conflitos internos. Como lidamos com eles? A quem cedemos: à virtude ou ao pecado? Sabemos deixar que palavras de vida fluam de dentro de nós?
As palavras de Jesus devem nos ajudar a agir com Sabedoria (1ª leitura), para podermos aprender a viver a fé libertando nossos escravos.
Que o Senhor seja o nosso refúgio, como fala o refrão do Salmo.
Oremos: "Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza!"
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