Queridas amigas e amigos,
A liturgia de ontem nos levou a meditarmos sobre as nossas vaidades. Vaidades intelectuais. Vaidades econômicas. Vaidades religiosas. Nos gloriamos daquilo que fazemos. Nos gloriamos dos convites que recebemos. Nos gloriamos da posição social, ou eclesial, que ocupamos.
No evangelho, nos deparamos com duas histórias distintas. A primeira, fala de partilha de bens. A segunda, do acúmulo de riquezas.
Sobre a partilha dos bens, observamos que uma pessoa pede a Jesus que influencie na divisão dos mesmos. Entretanto, Jesus observa uma grande inveja daquele que faz a solicitação. Jesus não é juiz das coisas da terra. O apego aos bens materiais leva à divisão entre os irmãos. Enquanto, ficamos apegamos ao que temos e possuímos, não deixamos que o homem novo se instale dentro de nós. O homem velho está preocupado em acumular. Guardar. Reter. Acumula desenfreadamente. Quer tudo para si.
A princípio, pensamos apenas no acúmulo de riquezas, de dinheiro. Entretanto, acumulamos conhecimento. Acumulamos amigos. Acumulamos pessoas. Acumulamos preconceitos. Acumulamos.
Na segunda história, Jesus mostra que os acúmulos de coisas leva à morte. Passamos muito tempo de nossa vida acumulando. E deixamos de fazer aquilo que é essencial, partilhar. Partilhar conhecimento. Partilhar amigos. Partilhar alegria, esperança, fé, solidariedade, oração. Aquilo que recebemos não é para ser guardado, mas ser distribuído e partilhado.
Porque guardar? Porque acumular? Tudo é vaidade. E a vaidade obscurece o coração do homem. A vaidade faz com que o homem não enxergue a presença de Deus nas pequenas coisas da vida. A vaidade nos torna cegos.
E São Paulo nos diz que devemos "nos revestir do homem novo". O homem velho é imoral, impuro, tem maus desejos, é cobiçador e mentiroso. Paulo nos convoca nos revestirmos do homem novo. Este se "renova segundo a imagem do seu criador".
Queridas amigas e amigos, deixemos que a palavra de Deus aja em nossos corações. Aprendamos a ler, ouvir e meditar a Palavra de Deus para que ela possa se transformar em gestos e palavras de um novo homem, e uma nova mulher, que devem surgir dentro de cada um de nós, e se transformar em ações concretas no dia-a-dia.
Deus vos abençoe.
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