sexta-feira, 11 de outubro de 2013

"Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido"


No ato penitencial de nossas celebrações, rezamos: Confesso a Deus todo-poderoso/ e a vós, irmãos e irmãs,/ que pequei muitas vezes/ por pensamentos e palavras,/ atos e omissões,/ por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria,/ aos anjos e santos/ e a vós, irmãos e irmãs,/ que rogueis por mim a Deus nosso Senhor.
A seguir, faço uma meditação sobre os pedidos que fazemos nessa oração.

Pensamentos – pecar por pensamentos. Mateus 5,27-28. Confessamos que não tivemos os mesmos pensamentos e sentimentos de que uma pessoa batizada deveria ter. Desejamos, em nosso coração, o mal. Ou pensamos mal de alguém. Na passagem cita a cima, Jesus fala do homem que deseja uma mulher por pensamento. Mas existem outras formas de pensar mal.

Palavras – “Quem chama seu irmão de idiota merece o fogo” (Mt 5,22). Quem pecar, blasfemar, contra o Espírito Santo, não terá o perdão desse pecado. E sem perdão do pecado, não podemos entrar nos reino de Deus. (Mt 12,31).  E ainda, na epístola de São Tiago lemos: “Aquele que não comete falta ao falar, é homem perfeito”. (Tg 3,2b.) E continua o apóstolo, tido como irmão de Jesus: “A mesma coisa acontece com a língua, é um pequeno membro e , no entanto, se gaba de grandes coisas”. (Tg 3,5a).

Atos e Omissões – Aqui ficamos com o Mateus 25,31-46, o texto do juízo Final. Quando as pessoas serão separadas para estarem na glória de Deus, ou na danação eterna (ela existe, e o demônio quer que pensemos ao contrário). O inferno é uma realidade que a Igreja afirma que existe de verdade. No texto acima Jesus diz que irão para o céu aqueles que se preocupam com aqueles que sofrem nessa vida. Junte-se a esse texto, a história de Lázaro e do rico (Lc 16,19-31) E ainda, o capítulo 5,1-6, o destino do rico injusto.

Infelizmente, em muitas de nossas paróquias temos omitido essa oração de perdão. Ela implica em uma revisão de vida que muitos irmãos estão esquecendo de fazer. Ela nos questiona diretamente. Ao invés disso, pedimos que ele nos dê um coração novo. Mas novo de quê? Pedimos que ele nos renove. Mas renovar do quê?
Irmãs e irmãos, devemos nos preocupar com as nossas palavras. Com as nossas músicas. Com o que estamos fazendo na Igreja. Não devemos buscar satisfação pessoal. Ser crente é coisa séria. Ser católico é coisa. Implica numa vida de santidade cotidiana, e não apenas na missa. É ir ao encontro dos irmãos e irmãs que lutam diariamente para a construção de uma sociedade livre da injustiça. Da perseguição. Nem que para isso, sejamos nós os perseguidos.

Toda vez que você estiver na missa, pense nisso. Façam um pedido de perdão concreto. Não fique no subjetivo. Ore pedindo a Deus para que lhe consciência de suas faltas verdadeiras, e que você possa ser uma pessoa convertida. 

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