A ideia do título é provocar nossa reflexão sobre a paróquia que temos, e a paróquia que poderíamos ter.
Segundo o Catecismo da Igreja Católica, no número 2179, observamos que a paróquia "é o lugar onde todos os fiéis podem ser congregados pela celebração dominical da Eucaristia". É o ponta-pé inicial da vida litúrgica. Espaço onde se aprende a doutrina salvífica de Cristo, onde se pratica a caridade nas boas obras. Portanto, ela é a "comunidade eucarística" (Catecismo, 2226).
Por outro lado, no documento da V Conferência do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, realizado em Aparecida do Norte - SP - BR, temos que as paróquias são "células vivas da Igreja". Além disso, acrescentam os bispos que elas "encerram inesgotável riqueza comunitária porque nelas se encontra imensa variedade de situações, idades e tarefas".
Sendo o "locus" privilegiado do encontro, deve-se valorizar a formação de pequenos grupos (comunidades) ao se redor. Estas pequenas comunidades "são um ambiente propício para escutar a Palavra de Deus, para viver a fraternidade, para animar na oração, para aprofundar processos de formação na fé e para fortalecer o exigente compromisso de ser apóstolos na sociedade de hoje. São lugares da experiência cristã e evangelização que, em meio à situação culturas que nos afeta, secularizada e hostil à Igreja, se fazem muito mais necessários" (Doc. Ap. 308). As pequenas comunidades são um lugar privilegiado para se chegar "aos afastados, aos indiferentes e ao que alimentam descontentamento ou ressentimento em relação à Igreja" (Doc. Ap. 310).
Portanto, torna-se a Paróquia o lugar agregador das mais diversas atividades. Ela é o espaço para onde deve convergir todas as atividades missionárias da paróquia. Sendo assim, está deve se preocupar com a formação do variado grupo de leigos que atuam concretamente na vida cotidiana da evangelização. Bispos, presbíteros e diáconos não devem descuidar dessa formação. Os clérigos são chamados a caminharem juntos. Estando à frente na formação. E ao lado, incentivando, não colocando barreiras para as diversas iniciativas que o Espírito Santo vai suscitando no coração dos homens e mulheres.
Paróquia: para quê? Pense nisso. Reflita. Convide outros. Ore. Coloque-se na presença de Deus para que haja uma verdadeira conversão pastoral, passando de uma pastoral de conservação, para uma pastoral de transformação. Vivendo, assim, uma conversão pastoral.
Nosso próximo artigo falará sobre a "Conversão Pastoral e renovação missionária das comunidades".
"Toda escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra". (II Tm 3,16-17). Acesse https://diaconiadapalavra.blogspot.com/. Comentários da liturgia diária.
terça-feira, 30 de abril de 2013
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Renovação Paroquial
Reunidos na 51ª Assembleia da CNBB, os bispos do Brasil discutiram no tema central a renovação paroquial dentro da perspectiva da "conversão pastoral" apresentada no documento da V Conferencia do Episcopado Latino Americano e Caribenho, em 2007, na cidade de Aparecida do Norte, São Paulo.
No Documento de Aparecida, no número 370, defini-se como "conversão pastoral" aquilo que vai "além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária".
Os bispos tiveram a inspiração de que a evangelização não deve ficar presa na espera das pessoas, mas ir ao encontro.
O Documento de Aparecida fala das paróquias. Diz que "são células vivas da Igreja". Além de que são "lugares privilegiados em que a maioria dos fiéis em que a maioria dos fiéis tem uma experiência concreta de Cristo e de sua Igreja". Afirmam que as paróquias "encerram inesgotável riqueza comunitária porque nelas se encontra imensa variedade de situações, idades e tarefas". A paróquia passa a ser o local onde se deve oferecer "espaço comunitário para se formar na fé e crescer comunitariamente".
"Com diversas celebrações e iniciativas, os fiéis devem experimentar a paróquia como família na fé e na caridade, onde mutuamente se acompanhem e se ajudem no seguimento de Cristo".
As paróquias devem ser lugar de formação permanente para que venham a ser "centros de irradiação missionária em seus próprios territórios".
A renovação paroquial não passa apenas por documentos. Para se ter uma nova paróquia é necessário haver uma mudança de mentalidade. Ou se aproximar da mentalidade das primeiras comunidades que estavam em permanente estado de missão porque eram perseguidas.
Para que a paróquia seja um verdadeiro polo de evangelização, devemos ver o pároco como o "pastor próprio da paróquia a ele confiada" (Can 519). Assim sendo, ele deve "exercer em favor dessa comunidade o múnus de ensinar, santificar e governar, com a cooperação de outros presbíteros ou diáconos e com a colaboração dos fiéis leigos". (Can 519).
Ter uma nova paróquia é saber ousar em novas perspectivas. Em novas estruturas. Manter a porta sempre aberta, mesmo no feriado. A paróquia deve evitar as férias, pois Deus não tirou férias. O descanso divino serve para que possamos nos voltar para Deus dentro do espaço de trabalho que nos consome.
Pensemo. Reflitamos.
No Documento de Aparecida, no número 370, defini-se como "conversão pastoral" aquilo que vai "além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária".
Os bispos tiveram a inspiração de que a evangelização não deve ficar presa na espera das pessoas, mas ir ao encontro.
O Documento de Aparecida fala das paróquias. Diz que "são células vivas da Igreja". Além de que são "lugares privilegiados em que a maioria dos fiéis em que a maioria dos fiéis tem uma experiência concreta de Cristo e de sua Igreja". Afirmam que as paróquias "encerram inesgotável riqueza comunitária porque nelas se encontra imensa variedade de situações, idades e tarefas". A paróquia passa a ser o local onde se deve oferecer "espaço comunitário para se formar na fé e crescer comunitariamente".
"Com diversas celebrações e iniciativas, os fiéis devem experimentar a paróquia como família na fé e na caridade, onde mutuamente se acompanhem e se ajudem no seguimento de Cristo".
As paróquias devem ser lugar de formação permanente para que venham a ser "centros de irradiação missionária em seus próprios territórios".
A renovação paroquial não passa apenas por documentos. Para se ter uma nova paróquia é necessário haver uma mudança de mentalidade. Ou se aproximar da mentalidade das primeiras comunidades que estavam em permanente estado de missão porque eram perseguidas.
Para que a paróquia seja um verdadeiro polo de evangelização, devemos ver o pároco como o "pastor próprio da paróquia a ele confiada" (Can 519). Assim sendo, ele deve "exercer em favor dessa comunidade o múnus de ensinar, santificar e governar, com a cooperação de outros presbíteros ou diáconos e com a colaboração dos fiéis leigos". (Can 519).
Ter uma nova paróquia é saber ousar em novas perspectivas. Em novas estruturas. Manter a porta sempre aberta, mesmo no feriado. A paróquia deve evitar as férias, pois Deus não tirou férias. O descanso divino serve para que possamos nos voltar para Deus dentro do espaço de trabalho que nos consome.
Pensemo. Reflitamos.
"Nisto todos conhecerão que sois os meus discípulos..."
Queridas amigas e amigos,
A grande mensagem da liturgia do V Domingo da Páscoa é o AMOR. É a única forma de que os outros possam reconhecer que somos discípulos de Jesus. Esse amor vai além do mero amor entre homem e mulher. Esse amor vai além do amor dos pais e das mães para com os filhos, dos avós para com os netos. Não é um amor preso às realidades familiares. É um amor que vai ao encontro daquele que não está preso a mim por laços de sangue.
Jesus havia dito que sua mãe e seus irmãos eram aqueles que ouviam a palavra de Deus e a colocavam em prática.
Como eu vos amei, assim também vós deveis amar uns aos outros". E como foi o amor de Jesus para conosco? Um amor que o levou à cruz. Um amor que não rejeitou o sofrimento. Um amor que entende o sofrimento. Paulo, na primeira leitura (At. 14,22), encorajando os discípulos, exortando-os a permanecerem firmes na fé, dizia-lhes: "É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no reino de Deus".
A porta do Reino de Deus é a cruz. Saber suportar as dores e os sofrimentos da vida presente é a certeza da entrada no Reino dos Céus. O Salmista diz que o Senhor é paciência. E se somos sua imagem e semelhança (Gn. 1,26) devemos ter paciência. Mas, como diz o ditado, "paciência tem limite", o Senhor nos ensina a termos misericórdia e compaixão. Somente assim, seremos um novo céu e uma nova terra.
São João, na segunda leitura, diz que viu "um novo céu e uma nova terra". Você já parou para pensar que céu e terra somos nós? Homem e mulher? Ao deixarmos nos transformar pelo amor de Jesus, pelo serviço ao próximo, estaremos sendo transformados, mudados, em uma nova criatura. Nos aproximando da cidade Santa, da Nova Jerusalém, do Reino de Deus. Sem nada no caminho, nem o mar.
Animemo-nos e encorajemo-nos mutuamente. Com jejum e oração, sacrifício, somos agraciados pelo Senhor. Não percamos a perspectiva da Cruz. A teologia da Cruz. Jesus não veio para nos dar riquezas neste mundo. Veio para nos libertar do primeiro céu e da primeira terra. Veio nos libertar do pecado de Adão e Eva. Agora somos Novos em Jesus.
Deixe-se renova. Mude. Não tenha medo. Deixe que os outros comentem. Entenda-se com Deus.
Oremos: "Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que creem em Cristo a liberdade verdadeira e a herança eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém"
A grande mensagem da liturgia do V Domingo da Páscoa é o AMOR. É a única forma de que os outros possam reconhecer que somos discípulos de Jesus. Esse amor vai além do mero amor entre homem e mulher. Esse amor vai além do amor dos pais e das mães para com os filhos, dos avós para com os netos. Não é um amor preso às realidades familiares. É um amor que vai ao encontro daquele que não está preso a mim por laços de sangue.
Jesus havia dito que sua mãe e seus irmãos eram aqueles que ouviam a palavra de Deus e a colocavam em prática.
Como eu vos amei, assim também vós deveis amar uns aos outros". E como foi o amor de Jesus para conosco? Um amor que o levou à cruz. Um amor que não rejeitou o sofrimento. Um amor que entende o sofrimento. Paulo, na primeira leitura (At. 14,22), encorajando os discípulos, exortando-os a permanecerem firmes na fé, dizia-lhes: "É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no reino de Deus".
A porta do Reino de Deus é a cruz. Saber suportar as dores e os sofrimentos da vida presente é a certeza da entrada no Reino dos Céus. O Salmista diz que o Senhor é paciência. E se somos sua imagem e semelhança (Gn. 1,26) devemos ter paciência. Mas, como diz o ditado, "paciência tem limite", o Senhor nos ensina a termos misericórdia e compaixão. Somente assim, seremos um novo céu e uma nova terra.
São João, na segunda leitura, diz que viu "um novo céu e uma nova terra". Você já parou para pensar que céu e terra somos nós? Homem e mulher? Ao deixarmos nos transformar pelo amor de Jesus, pelo serviço ao próximo, estaremos sendo transformados, mudados, em uma nova criatura. Nos aproximando da cidade Santa, da Nova Jerusalém, do Reino de Deus. Sem nada no caminho, nem o mar.
Animemo-nos e encorajemo-nos mutuamente. Com jejum e oração, sacrifício, somos agraciados pelo Senhor. Não percamos a perspectiva da Cruz. A teologia da Cruz. Jesus não veio para nos dar riquezas neste mundo. Veio para nos libertar do primeiro céu e da primeira terra. Veio nos libertar do pecado de Adão e Eva. Agora somos Novos em Jesus.
Deixe-se renova. Mude. Não tenha medo. Deixe que os outros comentem. Entenda-se com Deus.
Oremos: "Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que creem em Cristo a liberdade verdadeira e a herança eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém"
sexta-feira, 19 de abril de 2013
"Aqui estou, Senhor!"
A meditação deste pascal se relaciona com a expansão da Igreja. Após a ressurreição de Jesus, seus apóstolos saem para anunciar o Reino de Deus pregado por Jesus.
A primeira leitura de hoje, Atos 9,1-20, fala da conversão de Paulo. Existem alguns pontos interessantes a serem destacados.
A primeira, está relacionada com a pessoa de Paulo, que ainda se é apresentado com o nome hebraico de Saulo.
Saulo é apresentado como aquele que provocava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Tinha autoridade e poder para essa perseguição. Poderia prender todos e todas que seguissem o Caminho (assim eram chamados os que andavam segundo a doutrina de Jesus).
Ele está indo para Damasco. Está à caminho, buscando prender aqueles que seguem o Caminho. Dialética. Neste caminho, é vencido por uma luz forte. Saulo que anda nas trevas (perseguindo os discípulos) é vencido pela Luz (o Senhor ressuscitado). E a luz cerca Saulo. É todo envolvido. Sua vida passa a ser iluminada pelo Senhor. Está luz vem do céu. Lembremos que Estêvão contemplava o céu no seu martírio, vendo Jesus em sua glória. E tudo isso, aos pés de Saulo.
Jesus interroga Saulo: "Saulo, Saulo porque me persegues?" Não compreendendo o que estava acontecendo, pergunta: "Quem és tu Senhor?" E a resposta nos surpreende: "Eu sou Jesus, a quem tu estas perseguindo". Jesus está presente nos seus discípulo. Jesus está presente na sua Igreja. Quando um batizado é perseguido em sua fé, no seu caminho de santidade e perfeição, quando a Igreja é perseguida, é o próprio Jesus que está sendo perseguido. Os discípulos refletem a presença de Jesus neste mundo.
Segundo, Saulo perde a visão. Perde o antigo modo de ver as coisas. Saulo passa pela experiência da mudança. Deve deixar de lado a visão antiga. A doutrina antiga. Ultrapassada. Saulo necessita de ajuda para entrar na cidade.
Três dias sem ver, e sem comer, e sem beber. Processo de purificação espiritual. Tempo que Jesus passa no ceio da terra antes da ressurreição. Momento para esperar a missão.
Enquanto Saulo passa pelo processo de purificação, Jesus avisa a um dos discípulos de Damasco, Ananias, de que uma missão importante lhe aguardava. Libertar um cego da escuridão. Trazer à vida alguém que estava morto. Ananias questiona o Senhor. Mas Jesus diz que Saulo fora escolhido para anunciar a mensagem, e que ele saberá o que deverá sofrer pelo seu nome.
Ananias cumpre o que fora pedido. O discípulo impõe às mãos sobre Saulo. Ora. E Saulo recupera a vista. Uma nova vida surge. É batizado. E a partir dai se recupera para a missão: pregar e anunciar que Jesus é o Filho de Deus.
Prezados e prezadas, não devemos colocar limites para as coisas de Deus. É ele quem escolhe seus discípulos. O que nos cabe é mudarmos de vida. Reflita como está sua vida quando é perseguido. Você assume sua fé em qualquer ambiente que frequentes? Você está pronto ou pronta para das razões de sua fé, mesmo que não seja compreendido, compreendida? Peça ao Senhor a graça de viver a experiência do ressuscitado.
Oremos: "Ó Deus todo poderoso, concedei que, conhecendo a ressurreição do Senhor e a graça que ela nos trouxe, ressuscitemos para uma vida nova pelo amor de vosso Espírito. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
A primeira leitura de hoje, Atos 9,1-20, fala da conversão de Paulo. Existem alguns pontos interessantes a serem destacados.
A primeira, está relacionada com a pessoa de Paulo, que ainda se é apresentado com o nome hebraico de Saulo.
Saulo é apresentado como aquele que provocava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Tinha autoridade e poder para essa perseguição. Poderia prender todos e todas que seguissem o Caminho (assim eram chamados os que andavam segundo a doutrina de Jesus).
Ele está indo para Damasco. Está à caminho, buscando prender aqueles que seguem o Caminho. Dialética. Neste caminho, é vencido por uma luz forte. Saulo que anda nas trevas (perseguindo os discípulos) é vencido pela Luz (o Senhor ressuscitado). E a luz cerca Saulo. É todo envolvido. Sua vida passa a ser iluminada pelo Senhor. Está luz vem do céu. Lembremos que Estêvão contemplava o céu no seu martírio, vendo Jesus em sua glória. E tudo isso, aos pés de Saulo.
Jesus interroga Saulo: "Saulo, Saulo porque me persegues?" Não compreendendo o que estava acontecendo, pergunta: "Quem és tu Senhor?" E a resposta nos surpreende: "Eu sou Jesus, a quem tu estas perseguindo". Jesus está presente nos seus discípulo. Jesus está presente na sua Igreja. Quando um batizado é perseguido em sua fé, no seu caminho de santidade e perfeição, quando a Igreja é perseguida, é o próprio Jesus que está sendo perseguido. Os discípulos refletem a presença de Jesus neste mundo.
Segundo, Saulo perde a visão. Perde o antigo modo de ver as coisas. Saulo passa pela experiência da mudança. Deve deixar de lado a visão antiga. A doutrina antiga. Ultrapassada. Saulo necessita de ajuda para entrar na cidade.
Três dias sem ver, e sem comer, e sem beber. Processo de purificação espiritual. Tempo que Jesus passa no ceio da terra antes da ressurreição. Momento para esperar a missão.
Enquanto Saulo passa pelo processo de purificação, Jesus avisa a um dos discípulos de Damasco, Ananias, de que uma missão importante lhe aguardava. Libertar um cego da escuridão. Trazer à vida alguém que estava morto. Ananias questiona o Senhor. Mas Jesus diz que Saulo fora escolhido para anunciar a mensagem, e que ele saberá o que deverá sofrer pelo seu nome.
Ananias cumpre o que fora pedido. O discípulo impõe às mãos sobre Saulo. Ora. E Saulo recupera a vista. Uma nova vida surge. É batizado. E a partir dai se recupera para a missão: pregar e anunciar que Jesus é o Filho de Deus.
Prezados e prezadas, não devemos colocar limites para as coisas de Deus. É ele quem escolhe seus discípulos. O que nos cabe é mudarmos de vida. Reflita como está sua vida quando é perseguido. Você assume sua fé em qualquer ambiente que frequentes? Você está pronto ou pronta para das razões de sua fé, mesmo que não seja compreendido, compreendida? Peça ao Senhor a graça de viver a experiência do ressuscitado.
Oremos: "Ó Deus todo poderoso, concedei que, conhecendo a ressurreição do Senhor e a graça que ela nos trouxe, ressuscitemos para uma vida nova pelo amor de vosso Espírito. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
quinta-feira, 18 de abril de 2013
"Tu compreendes o que estás lendo?"
A liturgia de hoje, em especial a primeira leitura, tirada do livro dos Atos dos Apóstolos (At. 8,26-40), continua falando da expansão da Igreja de Jesus Cristo após o martírio do diácono Santo Estêvão.
Partindo do Documento da V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e Caribenho, no número 208, onde os bispos dizem esperar dos "diáconos um testemunho evangélico e impulso missionário", detenho-me na ação evangelizadora do diácono Felipe.
O autor dos Atos dos Apóstolos afirma que um anjo dissera a Felipe que partisse. Interessante notar que não é um partida qualquer. Ela não é feita apenas pela moção e unção do Espírito Santo. O anjo comunica a Felipe que ele deve se preparar. Lembra que o caminho é deserto, isto é, existem dificuldades nesta missão.
O lugar de missão do diácono muitas vezes torna-se um deserto pela dureza dos corações das pessoas com as quais ele vai se encontrar. A evangelização não é algo fácil. É preciso estudo e oração. Às vezes, acreditamos que preparar-se é apenas ter formação acadêmica nas cadeiras teológicas. É saber dar as informações racionais da teologia. Entretanto, preparar-se é tornar-se, também, uma pessoa de oração. Confiar na ação de Deus. Colocar todo o trabalho missionário na escuta da Palavra de Deus.
Felipe não questionou o caminho. Não colocou barreiras na escuta e na realização da vontade de Deus. Não agiu conforme aqueles que pediram a Jesus que primeiro enterrassem seus mortos para depois segui-lo (Lc 9,58-61). Felipe prontamente assumiu a missão, "levantou-se e foi".
Ao colocar-se a caminho, logo encontrou alguém que buscava a Deus. Esta pessoa não era judia. Era um eunuco da rainha da Etiópia, um pagão. Não comungante da fé judaica.
Homem culto (pois era administrador do tesouro, e ministro da rainha), vinha lendo o profeta Isaías. Encontrava-se numa situação rotineira, como qualquer um de nós. Estava voltando para casa, lendo. Hoje voltamos para casa ouvindo nossos rádios, vendo televisão. E o que buscamos? Aquele eunuco buscava a Deus. Voltava para casa lendo a Palavra de Deus. Queria encontrar o Senhor, mesmo que fosse em seu carro voltando para casa.
Voltar para casa sempre é reconfortante. Os comentadores das aventuras de Ulysses dizem que suas epopeias estavam ligadas diretamente ao retorno para casa. Lembremos do jovem que pediu a herança, partiu, e voltou para casa. E quantas pessoas que conhecemos que deixaram a Igreja, afastaram-se de Deus, e que hoje estão de volta. Voltar para casa.
Felipe aproxima-se daquele homem, obedecendo a voz do Espírito Santo. Escuta o que ele está lendo. E o interroga: "Tu compreendes o que está lendo?"
Será que compreendemos as coisas de Deus em nossas vidas? Compreendemos nossa ordenação diaconal? Compreendemos a missão que nos é dada pela Igreja? Estamos atentos ao que o Espírito Santo nos fala? Em mensagem enviada aos bispos da Conferência Episcopal Argentina, o Papa Francisco disse: "Peço que rezem por mim, para que eu saiba escutar o que Deus quer e não o que eu quero". Felipe poderia ter colocado empecilhos. Podeira ter dito que o caminho era perigoso, deserto, sem garantias, sem segurança. Que a sua vida deveria ser preservada. Que não poderia tentar a Deus. Tudo coisas racionalmente aceitáveis e justificáveis. Se Felipe tivesse se furtado a acatar a vontade de Deus, manifestada pelo anjo e impelida pelo Espírito Santo, jamais teria evangelizado e batizado o eunuco.
"Tu compreendes o que está lendo?" E o eunuco responde, "como posso, se ninguém me explica?" Sim, minhas irmãs e irmãos, quantas pessoas hoje não entendem a Palavra de Deus pois não há quem a explique. E explicar aqui vai muito além da mera "escola" racional teológica. Explicar é fazer com que outro entenda com o coração a experiência pessoal de Jesus. Felipe havia vivido a experiência da ressurreição do Senhor. Felipe havia recebido o Espírito Santo quando da imposição das mãos dos apóstolos. Felipe fora enviado a evangelizar a região da Samaria (leitura de ontem). O eunuco sabia dos acontecimentos em Jerusalém. Quantas vezes encontramos pessoas que foram batizadas e fizeram a primeira comunhão, e se afastaram da Igreja e ficaram com a catequese infantil; a mesma do eunuco, ainda preso no "primeiro testamento". Felipe, então, expõe a "doutrina" da palavra e da vivência da fé. Aquilo que passou a ser verdade após a ressurreição de Jesus. Felipe passou a anunciar Jesus.
Após ouvir a "pregação" de Felipe o eunuco pergunta se há alguma coisa que o impeça de ser batizado. Faz parar o carro. Dá uma pausa em sua vida. Deixa-se conduzir pelo Espírito Santo. Faz-se batizar. Coloca sua vida nas mãos de Deus. Felipe exerce a diaconia da Liturgia batizando o eunuco.
Logo após o batismo, Felipe é arrebatado para outro lugar. É preciso evangelizar. Pregar a Palavra de Deus. A missão não pode parar. Ficar presa a pessoas, lugares, grupos.
Quanto ao eunuco, seguiu viagem. Mas só que agora de uma forma diferente. Voltou para seus afazeres e responsabilidades, mas sendo um novo homem: "Prosseguiu sua viagem, cheio de alegria".
Vivemos a alegria de nosso batismo? Vivemos a alegria do encontro com Jesus? Vivemos a alegria de nossa vocação diaconal? Vivemos a alegria de nossa vocação matrimonial, sacerdotal, episcopal? Vivemos na alegria do encontro com o Senhor Ressuscitado, ou ainda estamos presos à sexta-feira da Paixão? Damos razões da nosso confiança em Deus?
Oremos: "Ó Deus eterno e onipotente, que nestes dias vos mostrais tão generosos, dai-nos sentir mais de perto vosso amor paterno para que, libertos das trevas do erro, sigamos com firmeza a luz da verdade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém".
Partindo do Documento da V Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e Caribenho, no número 208, onde os bispos dizem esperar dos "diáconos um testemunho evangélico e impulso missionário", detenho-me na ação evangelizadora do diácono Felipe.
O autor dos Atos dos Apóstolos afirma que um anjo dissera a Felipe que partisse. Interessante notar que não é um partida qualquer. Ela não é feita apenas pela moção e unção do Espírito Santo. O anjo comunica a Felipe que ele deve se preparar. Lembra que o caminho é deserto, isto é, existem dificuldades nesta missão.
O lugar de missão do diácono muitas vezes torna-se um deserto pela dureza dos corações das pessoas com as quais ele vai se encontrar. A evangelização não é algo fácil. É preciso estudo e oração. Às vezes, acreditamos que preparar-se é apenas ter formação acadêmica nas cadeiras teológicas. É saber dar as informações racionais da teologia. Entretanto, preparar-se é tornar-se, também, uma pessoa de oração. Confiar na ação de Deus. Colocar todo o trabalho missionário na escuta da Palavra de Deus.
Felipe não questionou o caminho. Não colocou barreiras na escuta e na realização da vontade de Deus. Não agiu conforme aqueles que pediram a Jesus que primeiro enterrassem seus mortos para depois segui-lo (Lc 9,58-61). Felipe prontamente assumiu a missão, "levantou-se e foi".
Ao colocar-se a caminho, logo encontrou alguém que buscava a Deus. Esta pessoa não era judia. Era um eunuco da rainha da Etiópia, um pagão. Não comungante da fé judaica.
Homem culto (pois era administrador do tesouro, e ministro da rainha), vinha lendo o profeta Isaías. Encontrava-se numa situação rotineira, como qualquer um de nós. Estava voltando para casa, lendo. Hoje voltamos para casa ouvindo nossos rádios, vendo televisão. E o que buscamos? Aquele eunuco buscava a Deus. Voltava para casa lendo a Palavra de Deus. Queria encontrar o Senhor, mesmo que fosse em seu carro voltando para casa.
Voltar para casa sempre é reconfortante. Os comentadores das aventuras de Ulysses dizem que suas epopeias estavam ligadas diretamente ao retorno para casa. Lembremos do jovem que pediu a herança, partiu, e voltou para casa. E quantas pessoas que conhecemos que deixaram a Igreja, afastaram-se de Deus, e que hoje estão de volta. Voltar para casa.
Felipe aproxima-se daquele homem, obedecendo a voz do Espírito Santo. Escuta o que ele está lendo. E o interroga: "Tu compreendes o que está lendo?"
Será que compreendemos as coisas de Deus em nossas vidas? Compreendemos nossa ordenação diaconal? Compreendemos a missão que nos é dada pela Igreja? Estamos atentos ao que o Espírito Santo nos fala? Em mensagem enviada aos bispos da Conferência Episcopal Argentina, o Papa Francisco disse: "Peço que rezem por mim, para que eu saiba escutar o que Deus quer e não o que eu quero". Felipe poderia ter colocado empecilhos. Podeira ter dito que o caminho era perigoso, deserto, sem garantias, sem segurança. Que a sua vida deveria ser preservada. Que não poderia tentar a Deus. Tudo coisas racionalmente aceitáveis e justificáveis. Se Felipe tivesse se furtado a acatar a vontade de Deus, manifestada pelo anjo e impelida pelo Espírito Santo, jamais teria evangelizado e batizado o eunuco.
"Tu compreendes o que está lendo?" E o eunuco responde, "como posso, se ninguém me explica?" Sim, minhas irmãs e irmãos, quantas pessoas hoje não entendem a Palavra de Deus pois não há quem a explique. E explicar aqui vai muito além da mera "escola" racional teológica. Explicar é fazer com que outro entenda com o coração a experiência pessoal de Jesus. Felipe havia vivido a experiência da ressurreição do Senhor. Felipe havia recebido o Espírito Santo quando da imposição das mãos dos apóstolos. Felipe fora enviado a evangelizar a região da Samaria (leitura de ontem). O eunuco sabia dos acontecimentos em Jerusalém. Quantas vezes encontramos pessoas que foram batizadas e fizeram a primeira comunhão, e se afastaram da Igreja e ficaram com a catequese infantil; a mesma do eunuco, ainda preso no "primeiro testamento". Felipe, então, expõe a "doutrina" da palavra e da vivência da fé. Aquilo que passou a ser verdade após a ressurreição de Jesus. Felipe passou a anunciar Jesus.
Após ouvir a "pregação" de Felipe o eunuco pergunta se há alguma coisa que o impeça de ser batizado. Faz parar o carro. Dá uma pausa em sua vida. Deixa-se conduzir pelo Espírito Santo. Faz-se batizar. Coloca sua vida nas mãos de Deus. Felipe exerce a diaconia da Liturgia batizando o eunuco.
Logo após o batismo, Felipe é arrebatado para outro lugar. É preciso evangelizar. Pregar a Palavra de Deus. A missão não pode parar. Ficar presa a pessoas, lugares, grupos.
Quanto ao eunuco, seguiu viagem. Mas só que agora de uma forma diferente. Voltou para seus afazeres e responsabilidades, mas sendo um novo homem: "Prosseguiu sua viagem, cheio de alegria".
Vivemos a alegria de nosso batismo? Vivemos a alegria do encontro com Jesus? Vivemos a alegria de nossa vocação diaconal? Vivemos a alegria de nossa vocação matrimonial, sacerdotal, episcopal? Vivemos na alegria do encontro com o Senhor Ressuscitado, ou ainda estamos presos à sexta-feira da Paixão? Damos razões da nosso confiança em Deus?
Oremos: "Ó Deus eterno e onipotente, que nestes dias vos mostrais tão generosos, dai-nos sentir mais de perto vosso amor paterno para que, libertos das trevas do erro, sigamos com firmeza a luz da verdade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém".
quarta-feira, 17 de abril de 2013
"E todos se dispersaram pelas regiões da Judeia e Samaria"
Hoje o que me chamou a atenção foi a segunda leitura de nossa liturgia, At 8,1-8. Em especial o versículo que dá o título de nossa postagem, que aqui o coloco completo: "E todos, com exceção dos apóstolos, se dispersaram pelas regiões da Judeia e Samaria" (At 8,1b).
A Igreja se dispersou após o martírio de Estêvão, diácono. O martírio dele faz aumentar a perseguição aos seguidores de Jesus.
Os seguidores de Jesus sepultaram Estêvão e "observaram grande luto por causa dele" (At 8,2). É a primeira experiência de morte, após Jesus, de alguém que vive para anunciar o Reino de Deus entre a comunidade. Até esse momento, a comunidade cristã de Jerusalém só havia passado pelos sofrimentos físicos, e não pela morte. Com certeza, muitos daqueles primeiros cristãos ficaram a pensar se era necessário passar pela morte para anunciar e viver a fé em Jesus Cristo.
Em rápida pesquisa feita pela internet, observei que algumas pessoas dizem que os setes diáconos estavam entre os 72 discípulos narrados por Lucas (Lc. 10,1-9). Isto significa dizer que já conheciam Jesus e os apóstolos. Passaram pelo sofrimento da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Poderiam fazer parte do grupo das 500 pessoas que viram Jesus ressurreto (I Cor. 15,6).
O que nos importam é que, a partir do martírio de Estêvão, a Igreja vai para a dispersão.
Após o martírio e sepultamento de Estêvão, Felipe parte para uma região da Samaria. Veja que interessante. No mesmo livro dos Atos dos Apóstolos, ouvimos Jesus dizer: "Recebereis a força do Espírito Santo que virá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, na Judeia, na Samaria e até os confins do mundo" (At 1,8). Felipe parte para a Samaria sob inspiração do Espírito Santo que havia recebido das mãos dos apóstolos quando fora "ordenado" diácono. Felipe não parte por vontade própria, mas é impelido pelo Espírito Santo. Não somente as circunstâncias de perseguição em Jerusalém. Mas movido pelo Espírito Santo. o texto nos diz que os apóstolos ficaram em Jerusalém. O natural seria que os diáconos fizessem o mesmo. Mas não é o que lemos. o texto não nos fala, mas podemos crer que os apóstolos determinaram, sob ação do Espírito Santo, que os diáconos acompanhassem os dispersos. Assim, teriam a garantia da continuidade da pregação e da ação da Igreja em outras terras.
Irmãs e irmãos, hoje escrevo isso pois devemos valorizar nossas diáconos. Eles hoje estão em várias diásporas (dispersão). Inseridos em realidades que os Bispos e Sacerdotes não se encontram diariamente. Foram ordenados para o serviço da Caridade, da Palavra e da Liturgia. Os diáconos são colaboradores dos Bispos (sucessores dos apóstolos), em comunhão com os presbíteros, em manter a Palavra de Deus viva e eficaz no coração da Comunidade, esteja onde ela estiver. Viva da forma que viver.
Tendo a Palavra de Deus como orientadora, e ouvindo as diretrizes do Magistério da Igreja, vão ao encontro dos sofredores: encarcerados, doentes, famintos, prostituídos, sedentos, enlutados. Estão dispersos em todas as situações da vida humana que exige uma presença real de Cristo pela sua Igreja.
Se você tem um diácono em sua paróquia de forma permanente, ore por ele. Ouça o que ele diz. Não se furte em agradecer esta graça que sua comunidade recebeu de Deus.
Na Vª Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe, realizado no Brasil em 2007, lemos: Os diáconos "são ordenados para o serviço da Palavra, da caridade e da liturgia, especialmente para os sacramentos do Batismo e do Matrimônio; também para acompanhar a formação de novas comunidades comunidades eclesiais, especialmente nas fronteiras geográficas e culturais, onde ordinariamente não chega a ação evangelizadora da Igreja" (205). E conclui a parte em que fala dos diáconos, dizendo: "A V Conferência espera dos diáconos um testemunho evangélico e impulso missionário para que sejam apóstolos em suas famílias, em seus trabalhos, em suas comunidades e nas novas fronteiras de missão" (208).
Oremos: "Deus e Pai nosso, fortalecei com a graça do Espírito Santo os diáconos da vossa Igreja, para que desempenhem com alegria, fidelidade e em espírito de comunidade eclesial, o seu ministério de diáconos, seguindo os passos de vosso Filho, Jesus Cristo, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos". Nós vos pedimos pelas famílias dos diáconos casados: que sejam autênticas igrejas domésticas, segundo o exemplo da Sagrada Família de Nazaré, e delas surjam vocações sacerdotais e religiosas. Virgem Maria, Mãe da Igreja e Rainha dos Apóstolos, rogai pelos ministros do Senhor! São Lourenço, diácono e mártir, rogai pelos diáconos, servos do Povo de Deus! Amém!"
A Igreja se dispersou após o martírio de Estêvão, diácono. O martírio dele faz aumentar a perseguição aos seguidores de Jesus.
Os seguidores de Jesus sepultaram Estêvão e "observaram grande luto por causa dele" (At 8,2). É a primeira experiência de morte, após Jesus, de alguém que vive para anunciar o Reino de Deus entre a comunidade. Até esse momento, a comunidade cristã de Jerusalém só havia passado pelos sofrimentos físicos, e não pela morte. Com certeza, muitos daqueles primeiros cristãos ficaram a pensar se era necessário passar pela morte para anunciar e viver a fé em Jesus Cristo.
Em rápida pesquisa feita pela internet, observei que algumas pessoas dizem que os setes diáconos estavam entre os 72 discípulos narrados por Lucas (Lc. 10,1-9). Isto significa dizer que já conheciam Jesus e os apóstolos. Passaram pelo sofrimento da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Poderiam fazer parte do grupo das 500 pessoas que viram Jesus ressurreto (I Cor. 15,6).
O que nos importam é que, a partir do martírio de Estêvão, a Igreja vai para a dispersão.
Após o martírio e sepultamento de Estêvão, Felipe parte para uma região da Samaria. Veja que interessante. No mesmo livro dos Atos dos Apóstolos, ouvimos Jesus dizer: "Recebereis a força do Espírito Santo que virá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, na Judeia, na Samaria e até os confins do mundo" (At 1,8). Felipe parte para a Samaria sob inspiração do Espírito Santo que havia recebido das mãos dos apóstolos quando fora "ordenado" diácono. Felipe não parte por vontade própria, mas é impelido pelo Espírito Santo. Não somente as circunstâncias de perseguição em Jerusalém. Mas movido pelo Espírito Santo. o texto nos diz que os apóstolos ficaram em Jerusalém. O natural seria que os diáconos fizessem o mesmo. Mas não é o que lemos. o texto não nos fala, mas podemos crer que os apóstolos determinaram, sob ação do Espírito Santo, que os diáconos acompanhassem os dispersos. Assim, teriam a garantia da continuidade da pregação e da ação da Igreja em outras terras.
Irmãs e irmãos, hoje escrevo isso pois devemos valorizar nossas diáconos. Eles hoje estão em várias diásporas (dispersão). Inseridos em realidades que os Bispos e Sacerdotes não se encontram diariamente. Foram ordenados para o serviço da Caridade, da Palavra e da Liturgia. Os diáconos são colaboradores dos Bispos (sucessores dos apóstolos), em comunhão com os presbíteros, em manter a Palavra de Deus viva e eficaz no coração da Comunidade, esteja onde ela estiver. Viva da forma que viver.
Tendo a Palavra de Deus como orientadora, e ouvindo as diretrizes do Magistério da Igreja, vão ao encontro dos sofredores: encarcerados, doentes, famintos, prostituídos, sedentos, enlutados. Estão dispersos em todas as situações da vida humana que exige uma presença real de Cristo pela sua Igreja.
Se você tem um diácono em sua paróquia de forma permanente, ore por ele. Ouça o que ele diz. Não se furte em agradecer esta graça que sua comunidade recebeu de Deus.
Na Vª Conferência Geral do Episcopado Latino Americano e do Caribe, realizado no Brasil em 2007, lemos: Os diáconos "são ordenados para o serviço da Palavra, da caridade e da liturgia, especialmente para os sacramentos do Batismo e do Matrimônio; também para acompanhar a formação de novas comunidades comunidades eclesiais, especialmente nas fronteiras geográficas e culturais, onde ordinariamente não chega a ação evangelizadora da Igreja" (205). E conclui a parte em que fala dos diáconos, dizendo: "A V Conferência espera dos diáconos um testemunho evangélico e impulso missionário para que sejam apóstolos em suas famílias, em seus trabalhos, em suas comunidades e nas novas fronteiras de missão" (208).
Oremos: "Deus e Pai nosso, fortalecei com a graça do Espírito Santo os diáconos da vossa Igreja, para que desempenhem com alegria, fidelidade e em espírito de comunidade eclesial, o seu ministério de diáconos, seguindo os passos de vosso Filho, Jesus Cristo, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos". Nós vos pedimos pelas famílias dos diáconos casados: que sejam autênticas igrejas domésticas, segundo o exemplo da Sagrada Família de Nazaré, e delas surjam vocações sacerdotais e religiosas. Virgem Maria, Mãe da Igreja e Rainha dos Apóstolos, rogai pelos ministros do Senhor! São Lourenço, diácono e mártir, rogai pelos diáconos, servos do Povo de Deus! Amém!"
domingo, 14 de abril de 2013
"Esta foi a terceira vez que Jesus apareceu aos discípulos"
Queridas amigas e amigos,
Ainda estamos no tempo Pascal. Durante 50 dias estaremos celebrando o grande Domingo da Páscoa. Meditando sobre as várias aparições de Jesus aos seus discípulos. É interessante notar que Ele aparece nas mais diversas circunstâncias da vida: medo, trabalho, dia-a-dia.
Para os discípulos parecia que a esperança havia ido para o túmulo com Jesus. Ainda não tinham a perspectiva de uma nova vida. Aquele que vence a morte.
O evangelho de hoje (Jo 21, 1-19) nos coloca diante de duas situações distintas. A primeira, Jesus realiza uma pesca milagrosa. E a segunda, refere-se ao amor que os pastores devem ter para com Jesus para que o rebanho possa ser apascentado conforme sua vontade.
Iniciamo pela pesca. Após a morte de Jesus o desânimo tomou conta dos discípulos. Cada um partiu para um lugar diferente. Voltaram a vida normal. Aquela vidinha mais ou menos. Como cada um de nós fazemos quando alguma coisa nos decepciona. Deixamos a esperança de lado. Esquecemos a alegria do amor que nos impulsionou para uma vida nova. Assim estavam se sentido os discípulos de Jesus.
Com um desânimo profundo, Pedro disse: "Eu vou pescar". É como se disséssemos: "vou dar uma volta", com aquele ar de desânimo. E os outros responderam: "Também vamos contigo". É assim, "já que não temos nada para fazer, vamos contigo também".
A pescaria não foi boa. Nada pegaram. Nada daquilo que é feito com desânimo dá frutos. Sem Jesus nenhum trabalho pode dar bons frutos.
Nesta hora, aparece o Senhor, que ainda não está claro para seus discípulos. Ele pergunta sobre os frutos do trabalho. Os discípulos dizem que não tem nada. Então, aceitam a "ordem" de Jesus. Ele manda lançar a rede à direita do barco. Então se dá a pesca milagrosa. Mas, mais do que a pesca, o grande milagre está no reconhecimento de Jesus por parte dos discípulos. E Jesus é reconhecido pelo milagre acontecido. Os discípulos lembram dos milagres feitos quando Jesus estava em vida.
Pedro se reconhece pequeno. Envergonhado. Nu. Se joga no mar. Lembremos que o mar era lugar que Pedro havia afundado. No mar Jesus calmou a tempestade. Eles haviam vivido várias experiências positivas com Jesus no mar.
Outro fator, ao chegarem à praia já encontra uma fogueira com peixe e pão. Vejam, Jesus já tinha o fruto. Mas Deus quer contar com nosso trabalho e confiança nele. Jesus se revela na partilha. Quando partilhamos os frutos de nosso trabalho Jesus se revela à comunidade.
A segunda parte de nosso evangelho de hoje fala do amor que os pastores devem ter para com o rebanho.
Meditemos sobre os pastores. Jesus pergunta a Pedro se ele o ama três vezes. Pedro sempre responde que sim. Então, o Senhor determina que ele apascente o rebanho. Isto é, confirme os irmãos na fé. Seja fiel à Jesus e a seus ensinamentos. Assim, Jesus convoca a todos para animarem os irmãos na fé. Pastores são os Bispos, Padres, Diáconos, Pai, Mãe, Coordenador de Pastoral, de Movimento, Fundador de Nova Comunidade. Todos aqueles que exercem uma função de liderança na comunidade. Só apascenta o rebanho colocado à sua frente, aquele que ama Jesus mais do que os outros. Amar Jesus significa aceitar as provações colocadas no dia-a-dia.
Queridas amigas e amigos, façamos de nossa vida um encontro constante com Jesus. Façamos de nosso dia-a-dia um verdadeiro testemunho, amor.
Oremos: "Ó Deus, que o vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual, para que, tendo recuperado agora com alegria a condição de filhos de Deus, espere com plena confiança o dia da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Ainda estamos no tempo Pascal. Durante 50 dias estaremos celebrando o grande Domingo da Páscoa. Meditando sobre as várias aparições de Jesus aos seus discípulos. É interessante notar que Ele aparece nas mais diversas circunstâncias da vida: medo, trabalho, dia-a-dia.
Para os discípulos parecia que a esperança havia ido para o túmulo com Jesus. Ainda não tinham a perspectiva de uma nova vida. Aquele que vence a morte.
O evangelho de hoje (Jo 21, 1-19) nos coloca diante de duas situações distintas. A primeira, Jesus realiza uma pesca milagrosa. E a segunda, refere-se ao amor que os pastores devem ter para com Jesus para que o rebanho possa ser apascentado conforme sua vontade.
Iniciamo pela pesca. Após a morte de Jesus o desânimo tomou conta dos discípulos. Cada um partiu para um lugar diferente. Voltaram a vida normal. Aquela vidinha mais ou menos. Como cada um de nós fazemos quando alguma coisa nos decepciona. Deixamos a esperança de lado. Esquecemos a alegria do amor que nos impulsionou para uma vida nova. Assim estavam se sentido os discípulos de Jesus.
Com um desânimo profundo, Pedro disse: "Eu vou pescar". É como se disséssemos: "vou dar uma volta", com aquele ar de desânimo. E os outros responderam: "Também vamos contigo". É assim, "já que não temos nada para fazer, vamos contigo também".
A pescaria não foi boa. Nada pegaram. Nada daquilo que é feito com desânimo dá frutos. Sem Jesus nenhum trabalho pode dar bons frutos.
Nesta hora, aparece o Senhor, que ainda não está claro para seus discípulos. Ele pergunta sobre os frutos do trabalho. Os discípulos dizem que não tem nada. Então, aceitam a "ordem" de Jesus. Ele manda lançar a rede à direita do barco. Então se dá a pesca milagrosa. Mas, mais do que a pesca, o grande milagre está no reconhecimento de Jesus por parte dos discípulos. E Jesus é reconhecido pelo milagre acontecido. Os discípulos lembram dos milagres feitos quando Jesus estava em vida.
Pedro se reconhece pequeno. Envergonhado. Nu. Se joga no mar. Lembremos que o mar era lugar que Pedro havia afundado. No mar Jesus calmou a tempestade. Eles haviam vivido várias experiências positivas com Jesus no mar.
Outro fator, ao chegarem à praia já encontra uma fogueira com peixe e pão. Vejam, Jesus já tinha o fruto. Mas Deus quer contar com nosso trabalho e confiança nele. Jesus se revela na partilha. Quando partilhamos os frutos de nosso trabalho Jesus se revela à comunidade.
A segunda parte de nosso evangelho de hoje fala do amor que os pastores devem ter para com o rebanho.
Meditemos sobre os pastores. Jesus pergunta a Pedro se ele o ama três vezes. Pedro sempre responde que sim. Então, o Senhor determina que ele apascente o rebanho. Isto é, confirme os irmãos na fé. Seja fiel à Jesus e a seus ensinamentos. Assim, Jesus convoca a todos para animarem os irmãos na fé. Pastores são os Bispos, Padres, Diáconos, Pai, Mãe, Coordenador de Pastoral, de Movimento, Fundador de Nova Comunidade. Todos aqueles que exercem uma função de liderança na comunidade. Só apascenta o rebanho colocado à sua frente, aquele que ama Jesus mais do que os outros. Amar Jesus significa aceitar as provações colocadas no dia-a-dia.
Queridas amigas e amigos, façamos de nossa vida um encontro constante com Jesus. Façamos de nosso dia-a-dia um verdadeiro testemunho, amor.
Oremos: "Ó Deus, que o vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual, para que, tendo recuperado agora com alegria a condição de filhos de Deus, espere com plena confiança o dia da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
quarta-feira, 10 de abril de 2013
"O anjo do Senhor abriu as portas da prisão e os fez sair!" (At. 5,19)
Queridas irmãs e irmãos,
Deus liberta da cadeia. Lembremos o povo escravo no Egito. Deus disse a Moisés: "ouvi o clamor do meu povo e vim libertá-lo". O profeta Daniel foi liberto das garras dos leões pelos anjos. Confira Daniel 6,23. Tobias teve a companhia do anjo. Os anjos vieram servir Jesus após o período da tentação.
Os anjos são uma realidade na vida de todo crente. Eles são mensageiros de Deus. Foram criados para estar a serviço dos homens e mulheres. Servem-nos. São repsonsáveis pela nossa segurança e fé.
No título de nossa postagem vemos que eles nos libertam de nossas aflições. São enviados por Deus para fazer com que não fiquemos presos aos nossos sofrimentos: tristeza, angústia, depressão, medo, raiva, intolerância, fofocas. E muitos outros sentimentos negativos.
Deus envia seus anjos para que possamos nos libertar. E quem são esses anjos? Pode ser uma palavra lida ou escutada. Pode ser uma oração de súplica. Pode ser estar na Igreja diante de Jesus sacramentado.
Existem muitas maneiras de os anjos virem ao nosso encontro. Basta querermos fazer a vontade de Deus.
Os apósotolos estavam presos por pregarem a palavra de Deus. Quantas vezes ficamos presos. Não conseguimos falar, evangelizar. Calamo-nos.
Mas Deus envia seus anjos. Ele nos quer missionários de sua palavra. Ele quer que comuniquemos um jeito novo de viver. E que jeito é esse? Tolerância, paciência, amor, acolhimento, alegria, fé, esperança, caridade, misericórdia.
Aproveitemos que Deus se deixa encontrar. Aproveitemos que os anjos estão para nos liberdade das garras do mal. Pessamos com muita fé:
"Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade Divina. Sempre me reje, me guarde, me ilumine. Amém".
Deus liberta da cadeia. Lembremos o povo escravo no Egito. Deus disse a Moisés: "ouvi o clamor do meu povo e vim libertá-lo". O profeta Daniel foi liberto das garras dos leões pelos anjos. Confira Daniel 6,23. Tobias teve a companhia do anjo. Os anjos vieram servir Jesus após o período da tentação.
Os anjos são uma realidade na vida de todo crente. Eles são mensageiros de Deus. Foram criados para estar a serviço dos homens e mulheres. Servem-nos. São repsonsáveis pela nossa segurança e fé.
No título de nossa postagem vemos que eles nos libertam de nossas aflições. São enviados por Deus para fazer com que não fiquemos presos aos nossos sofrimentos: tristeza, angústia, depressão, medo, raiva, intolerância, fofocas. E muitos outros sentimentos negativos.
Deus envia seus anjos para que possamos nos libertar. E quem são esses anjos? Pode ser uma palavra lida ou escutada. Pode ser uma oração de súplica. Pode ser estar na Igreja diante de Jesus sacramentado.
Existem muitas maneiras de os anjos virem ao nosso encontro. Basta querermos fazer a vontade de Deus.
Os apósotolos estavam presos por pregarem a palavra de Deus. Quantas vezes ficamos presos. Não conseguimos falar, evangelizar. Calamo-nos.
Mas Deus envia seus anjos. Ele nos quer missionários de sua palavra. Ele quer que comuniquemos um jeito novo de viver. E que jeito é esse? Tolerância, paciência, amor, acolhimento, alegria, fé, esperança, caridade, misericórdia.
Aproveitemos que Deus se deixa encontrar. Aproveitemos que os anjos estão para nos liberdade das garras do mal. Pessamos com muita fé:
"Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade Divina. Sempre me reje, me guarde, me ilumine. Amém".
segunda-feira, 8 de abril de 2013
"...Soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo...!"
Queridas amigas e amigos,
Por algum tempo estive num retiro. Retiro pessoal. Na vida cotidiana. Alimentando-me com a Palavra de Deus. Deixando o Senhor agir em minha vida. Meu tempo ficou escasso para partilhar com vocês as maravilhas que Deus foi operando. Mas agora, nesta segunda semana da Páscoa, registro minha oração do evangelho de João 20,19-31.
O segundo Domingo da Páscoa é chamado de Domingo da Misericórdia. Este é um dos ministérios de Deus. Ser misericordioso. Mas devemos ter cuidado, Deus é misericordioso com aqueles que aceitam a misericórdia. Ele sempre está disposto a ser misericordioso conosco. Desde que assim queiramos. Ele mostra a sua vontade. Deus nos chama a estarmos ao seu lado. Deus está disposto a nos perdoar. A agir com misericórdia.
Vamos ao texto.
Inicialmente, Jesus entra no lugar onde estavam os apóstolos. Interessante notar que tinham medo dos judeus, por isso mantinham as portas trancadas. Reflitamos: quantas vezes fechamos as portas de nossa coração para a presença de Jesus? Quantas vezes, depois de vivermos uma vida de fé, de Igreja, nos fechamos na nossa preguiça pastoral? Vamos nos acostumando com o dia-a-dia, rotina, e isso nos fecha ao novo que pode surgir?
Mas Jesus restaura todas as coisas. Faz novo aquilo que está ficando carcomido pelo tempo. Nestas horas ele entra. "Invade". Ele vem ao nosso encontro sem pedir licença. Quer que mudemos de vida. Por isso, nos diz: "A paz esteja convosco". Paz. Shalom. سلام (árabe). A paz é um desejo contido no coração da humanidade. Esta paz foi perdida quando Adão e Eva romperam com a graça de Deus e tiveram que sair do paraíso. Paz é um estado de espírito. Paz é estar junto de Deus. Paz é fazer a vontade de Deus. Mesmo diante da dor e do sofrimento, podemos estar em paz: "...mostrou-lhes as mãos e o lado". Passando pelo sofrimento da Paixão e da cruz, Jesus não apagou as marcas, ele dá a paz. Saber tirar da dor e do sofrimento a paz que vem de Deus. Jesus não escondeu as marcas da dor. Mas delas tirou a paz.
Observemos que ele deseja a paz duas vezes. Mas na segunda vez, a paz vem seguida de um envio em missão. Aquele que experimenta a paz de Deus deve anunciar o evangelho. Deve viver conforme o evangelho. Disse Jesus: "A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio". A missão não será fácil. Será preciso passar pela cruz. Ter as marcas daquele que é contrário à vontade de Deus. O missionário deve ter consciência que passará pelas mesmas dificuldades no mestre. O Pai enviou Jesus. Este nos envia.
A missão é confirmada pelo Espírito Santo. Os apóstolos recebem o envio. Lembremos do batismo de Jesus, o Espírito Santo desceu sobre ele em forma de pomba. A partir do Batismo, é o Espírito Santo que nos impulsiona para a missão. Ele passa ser o nosso guia.
Aqui entra um detalhe. É o Espírito Santo quem age no perdão. Na Misericórdia divina. Esta parte do texto é, muitas vezes, utilizada para apresentarmos o sacramento da Penitência. Quero pedir licença os meus leitores para fazer uma outra consideração. Jesus diz: "A quem perdoardes os pecados, eles lhe serão perdoados; a quem não os perdoardes eles lhes serão retidos". Esta frase não pode ser lida fora do contexto da oração do Pai Nosso: "... perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido". É interessante observar que o perdão é uma relação recíproca. Ela é uma vida de mão dupla. Se quero a misericórdia de Deus, devo perdoar o meu irmão também. Se tenho a faculdade de pedir perdão, tenho a obrigação de dar este perdão. Do que adiante termos um dia no ano em que meditamos sobre a misericórdia se não damos essa misericórdia aos outros? Se não somos missionários, evangelizadores dessa misericórdia?
Portanto, irmãs e irmãos, se queremos misericórdia, devemos ser misericordiosos. Se queremos o perdão, devemos dar o perdão. Se queremos a paz, devemos aceitar as cruzes, e as marcas que elas provocam, no dia-a-dia.
O Evangelho deste domingo tem duas partes. A primeira, a que acabamos de refletir. E a segunda, em relação a história de Tomé. Mas isto ficará para outra oportunidade. Deixo-vos com a meditação da misericórdia e da missão.
Oremos: "Ó Deus de eterna misericórdia, que reacendeis a fé do vosso povo na renovação da festa pascal, aumentai a graça que nos destes. E fazei que compreendamos melhor o batismo que nos lavou, o Espírito que nos deu nova vida e o sangue que nos redimiu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho na unidade do Espírito Santo. Amém!"
Por algum tempo estive num retiro. Retiro pessoal. Na vida cotidiana. Alimentando-me com a Palavra de Deus. Deixando o Senhor agir em minha vida. Meu tempo ficou escasso para partilhar com vocês as maravilhas que Deus foi operando. Mas agora, nesta segunda semana da Páscoa, registro minha oração do evangelho de João 20,19-31.
O segundo Domingo da Páscoa é chamado de Domingo da Misericórdia. Este é um dos ministérios de Deus. Ser misericordioso. Mas devemos ter cuidado, Deus é misericordioso com aqueles que aceitam a misericórdia. Ele sempre está disposto a ser misericordioso conosco. Desde que assim queiramos. Ele mostra a sua vontade. Deus nos chama a estarmos ao seu lado. Deus está disposto a nos perdoar. A agir com misericórdia.
Vamos ao texto.
Inicialmente, Jesus entra no lugar onde estavam os apóstolos. Interessante notar que tinham medo dos judeus, por isso mantinham as portas trancadas. Reflitamos: quantas vezes fechamos as portas de nossa coração para a presença de Jesus? Quantas vezes, depois de vivermos uma vida de fé, de Igreja, nos fechamos na nossa preguiça pastoral? Vamos nos acostumando com o dia-a-dia, rotina, e isso nos fecha ao novo que pode surgir?
Mas Jesus restaura todas as coisas. Faz novo aquilo que está ficando carcomido pelo tempo. Nestas horas ele entra. "Invade". Ele vem ao nosso encontro sem pedir licença. Quer que mudemos de vida. Por isso, nos diz: "A paz esteja convosco". Paz. Shalom. سلام (árabe). A paz é um desejo contido no coração da humanidade. Esta paz foi perdida quando Adão e Eva romperam com a graça de Deus e tiveram que sair do paraíso. Paz é um estado de espírito. Paz é estar junto de Deus. Paz é fazer a vontade de Deus. Mesmo diante da dor e do sofrimento, podemos estar em paz: "...mostrou-lhes as mãos e o lado". Passando pelo sofrimento da Paixão e da cruz, Jesus não apagou as marcas, ele dá a paz. Saber tirar da dor e do sofrimento a paz que vem de Deus. Jesus não escondeu as marcas da dor. Mas delas tirou a paz.
Observemos que ele deseja a paz duas vezes. Mas na segunda vez, a paz vem seguida de um envio em missão. Aquele que experimenta a paz de Deus deve anunciar o evangelho. Deve viver conforme o evangelho. Disse Jesus: "A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio". A missão não será fácil. Será preciso passar pela cruz. Ter as marcas daquele que é contrário à vontade de Deus. O missionário deve ter consciência que passará pelas mesmas dificuldades no mestre. O Pai enviou Jesus. Este nos envia.
A missão é confirmada pelo Espírito Santo. Os apóstolos recebem o envio. Lembremos do batismo de Jesus, o Espírito Santo desceu sobre ele em forma de pomba. A partir do Batismo, é o Espírito Santo que nos impulsiona para a missão. Ele passa ser o nosso guia.
Aqui entra um detalhe. É o Espírito Santo quem age no perdão. Na Misericórdia divina. Esta parte do texto é, muitas vezes, utilizada para apresentarmos o sacramento da Penitência. Quero pedir licença os meus leitores para fazer uma outra consideração. Jesus diz: "A quem perdoardes os pecados, eles lhe serão perdoados; a quem não os perdoardes eles lhes serão retidos". Esta frase não pode ser lida fora do contexto da oração do Pai Nosso: "... perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido". É interessante observar que o perdão é uma relação recíproca. Ela é uma vida de mão dupla. Se quero a misericórdia de Deus, devo perdoar o meu irmão também. Se tenho a faculdade de pedir perdão, tenho a obrigação de dar este perdão. Do que adiante termos um dia no ano em que meditamos sobre a misericórdia se não damos essa misericórdia aos outros? Se não somos missionários, evangelizadores dessa misericórdia?
Portanto, irmãs e irmãos, se queremos misericórdia, devemos ser misericordiosos. Se queremos o perdão, devemos dar o perdão. Se queremos a paz, devemos aceitar as cruzes, e as marcas que elas provocam, no dia-a-dia.
O Evangelho deste domingo tem duas partes. A primeira, a que acabamos de refletir. E a segunda, em relação a história de Tomé. Mas isto ficará para outra oportunidade. Deixo-vos com a meditação da misericórdia e da missão.
Oremos: "Ó Deus de eterna misericórdia, que reacendeis a fé do vosso povo na renovação da festa pascal, aumentai a graça que nos destes. E fazei que compreendamos melhor o batismo que nos lavou, o Espírito que nos deu nova vida e o sangue que nos redimiu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho na unidade do Espírito Santo. Amém!"
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