Reunidos na 51ª Assembleia da CNBB, os bispos do Brasil discutiram no tema central a renovação paroquial dentro da perspectiva da "conversão pastoral" apresentada no documento da V Conferencia do Episcopado Latino Americano e Caribenho, em 2007, na cidade de Aparecida do Norte, São Paulo.
No Documento de Aparecida, no número 370, defini-se como "conversão pastoral" aquilo que vai "além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária".
Os bispos tiveram a inspiração de que a evangelização não deve ficar presa na espera das pessoas, mas ir ao encontro.
O Documento de Aparecida fala das paróquias. Diz que "são células vivas da Igreja". Além de que são "lugares privilegiados em que a maioria dos fiéis em que a maioria dos fiéis tem uma experiência concreta de Cristo e de sua Igreja". Afirmam que as paróquias "encerram inesgotável riqueza comunitária porque nelas se encontra imensa variedade de situações, idades e tarefas". A paróquia passa a ser o local onde se deve oferecer "espaço comunitário para se formar na fé e crescer comunitariamente".
"Com diversas celebrações e iniciativas, os fiéis devem experimentar a paróquia como família na fé e na caridade, onde mutuamente se acompanhem e se ajudem no seguimento de Cristo".
As paróquias devem ser lugar de formação permanente para que venham a ser "centros de irradiação missionária em seus próprios territórios".
A renovação paroquial não passa apenas por documentos. Para se ter uma nova paróquia é necessário haver uma mudança de mentalidade. Ou se aproximar da mentalidade das primeiras comunidades que estavam em permanente estado de missão porque eram perseguidas.
Para que a paróquia seja um verdadeiro polo de evangelização, devemos ver o pároco como o "pastor próprio da paróquia a ele confiada" (Can 519). Assim sendo, ele deve "exercer em favor dessa comunidade o múnus de ensinar, santificar e governar, com a cooperação de outros presbíteros ou diáconos e com a colaboração dos fiéis leigos". (Can 519).
Ter uma nova paróquia é saber ousar em novas perspectivas. Em novas estruturas. Manter a porta sempre aberta, mesmo no feriado. A paróquia deve evitar as férias, pois Deus não tirou férias. O descanso divino serve para que possamos nos voltar para Deus dentro do espaço de trabalho que nos consome.
Pensemo. Reflitamos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário!