Queridas amigas e amigos,
Ainda estamos no tempo Pascal. Durante 50 dias estaremos celebrando o grande Domingo da Páscoa. Meditando sobre as várias aparições de Jesus aos seus discípulos. É interessante notar que Ele aparece nas mais diversas circunstâncias da vida: medo, trabalho, dia-a-dia.
Para os discípulos parecia que a esperança havia ido para o túmulo com Jesus. Ainda não tinham a perspectiva de uma nova vida. Aquele que vence a morte.
O evangelho de hoje (Jo 21, 1-19) nos coloca diante de duas situações distintas. A primeira, Jesus realiza uma pesca milagrosa. E a segunda, refere-se ao amor que os pastores devem ter para com Jesus para que o rebanho possa ser apascentado conforme sua vontade.
Iniciamo pela pesca. Após a morte de Jesus o desânimo tomou conta dos discípulos. Cada um partiu para um lugar diferente. Voltaram a vida normal. Aquela vidinha mais ou menos. Como cada um de nós fazemos quando alguma coisa nos decepciona. Deixamos a esperança de lado. Esquecemos a alegria do amor que nos impulsionou para uma vida nova. Assim estavam se sentido os discípulos de Jesus.
Com um desânimo profundo, Pedro disse: "Eu vou pescar". É como se disséssemos: "vou dar uma volta", com aquele ar de desânimo. E os outros responderam: "Também vamos contigo". É assim, "já que não temos nada para fazer, vamos contigo também".
A pescaria não foi boa. Nada pegaram. Nada daquilo que é feito com desânimo dá frutos. Sem Jesus nenhum trabalho pode dar bons frutos.
Nesta hora, aparece o Senhor, que ainda não está claro para seus discípulos. Ele pergunta sobre os frutos do trabalho. Os discípulos dizem que não tem nada. Então, aceitam a "ordem" de Jesus. Ele manda lançar a rede à direita do barco. Então se dá a pesca milagrosa. Mas, mais do que a pesca, o grande milagre está no reconhecimento de Jesus por parte dos discípulos. E Jesus é reconhecido pelo milagre acontecido. Os discípulos lembram dos milagres feitos quando Jesus estava em vida.
Pedro se reconhece pequeno. Envergonhado. Nu. Se joga no mar. Lembremos que o mar era lugar que Pedro havia afundado. No mar Jesus calmou a tempestade. Eles haviam vivido várias experiências positivas com Jesus no mar.
Outro fator, ao chegarem à praia já encontra uma fogueira com peixe e pão. Vejam, Jesus já tinha o fruto. Mas Deus quer contar com nosso trabalho e confiança nele. Jesus se revela na partilha. Quando partilhamos os frutos de nosso trabalho Jesus se revela à comunidade.
A segunda parte de nosso evangelho de hoje fala do amor que os pastores devem ter para com o rebanho.
Meditemos sobre os pastores. Jesus pergunta a Pedro se ele o ama três vezes. Pedro sempre responde que sim. Então, o Senhor determina que ele apascente o rebanho. Isto é, confirme os irmãos na fé. Seja fiel à Jesus e a seus ensinamentos. Assim, Jesus convoca a todos para animarem os irmãos na fé. Pastores são os Bispos, Padres, Diáconos, Pai, Mãe, Coordenador de Pastoral, de Movimento, Fundador de Nova Comunidade. Todos aqueles que exercem uma função de liderança na comunidade. Só apascenta o rebanho colocado à sua frente, aquele que ama Jesus mais do que os outros. Amar Jesus significa aceitar as provações colocadas no dia-a-dia.
Queridas amigas e amigos, façamos de nossa vida um encontro constante com Jesus. Façamos de nosso dia-a-dia um verdadeiro testemunho, amor.
Oremos: "Ó Deus, que o vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual, para que, tendo recuperado agora com alegria a condição de filhos de Deus, espere com plena confiança o dia da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário!