Certa vez ouvi essa frase: "A Igreja é o que ela celebra!" Achei interessante. A pessoa que a citou falava sobre a Constituição Dogmática do Sacrosanctum Concilium, do Vaticano II, que versa sobre a reforma da Sagrada Liturgia.
O professor dizia que o Concílio teve que, primeiro, falar sobre Liturgia, pois tudo deriva daquilo que nos coloca diante do mistério divino: a Celebração Litúrgica.
Entretanto, quando falamos de Celebração Litúrgica, ficamos presos apenas a celebração da santa Missa. Mas existe uma riqueza celebrativa na Igreja muito profunda. Claro que é da Celebração da Missa que deriva todo o processo celebrativo. Portanto, ela se torna fonte e ápice de tudo o que faz da Igreja ser missionária e anunciadora do evangelho.
O Concílio abriu algumas portas. A Missa não mais celebrada de costas. A utilização da língua vernácula. A riqueza das leituras bíblicas. A atualização do calendário litúrgico. A introdução de determinadas festas. A maior participação dos fiéis leigos na Santa Missa. A forma de decorar a Igreja. A sobriedade nas celebrações. A retirada daquilo que tornou-se excesso nas celebrações, tornando-as mais propícias para o nosso tempo.
Isso gerou muita confusão. Muitas pessoas, alguns do clero, acharam que tudo havia sido mudado. Que não se deveria ter mais a chamada devoção. A piedade. A contrição diante do mistério celebrado. Isso mesmo, mistério. É um mistério um Deus que se faz homem. É um mistério um Deus que se dá em alimento. É um mistério um Deus que vem resgatar a sua criação.
A introdução de músicas. As repostas dadas pelo povo durante a celebração. As posturas corporais. O silêncio. São ações que devem ser estudadas, refletidas, oradas para que não se cometa excessos.
Vou destacar apenas uma dessas questões, que sinto falta nos dias atuais: o SILÊNCIO.
Muitas de nossas celebrações, com raríssimas exceções, são muito barulhentas. Principalmente, no que ser refere às músicas. Devemos ter a consciência de que não estamos num show, nem fazendo um show. O animador vocal é um instrumento de Deus. A música não é apêndice. Ela deve ajudar ao fiel refletir sobre o Mistério celebrado. Deve está em consonância com a liturgia do dia. Levar a todos e a todas ao encontro pessoal com Jesus. E para isso, o critério para a escolha da música não deve ser se é bonita, seu eu gosto, se eu sei tocar e cantar. Caso a equipe de canto não conheça a letra e a melodia, procure os meios para tal. Em nossos dias, a internet é uma excelente biblioteca fonográfica. O excesso de música não favorece ao SILÊNCIO.
E porque o SILÊNCIO é importante? Ele nos faz entrar em sintonia com a Palavra de Deus, com o Corpo de Deus - que comungamos. Com as necessidades pessoais e do próximo, do irmão, do outro.
Em alguns momentos devemos fazer silêncio: logo após o sacerdote dizer, Oremos. Após a homilia. Após a comunhão.
Algumas comunidades inventaram música na ação de graças. Outras introduziram danças. E há aquelas onde se faz oração de louvor. Não. Desculpe-me. Mas não é o momento para isso. A ação de graças é o momento único, pessoal. É entre você, comungante. e Deus. Após a Comunhão deve-se cessar toda forma de barulho, de ruído, de interferência nesta comunicação.
Na Liturgia das Horas, existe um apêndice que se chama Ação de Graças após a Missa. São várias orações para serem recitadas pelo fiel, em SILÊNCIO. No coração. Após a comunhão deveríamos pensar como os discípulos de Emaús: "Não ardia o nosso coração enquanto ele falava?"
Irmãs e irmãos. Se você chegou até aqui, parabéns. Repense os barulhos que você está fazendo na missa. Deixe o silêncio cantar.
"Toda escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra". (II Tm 3,16-17). Acesse https://diaconiadapalavra.blogspot.com/. Comentários da liturgia diária.
terça-feira, 17 de setembro de 2013
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Misericórdia
Queridos irmãos e irmãs,
Neste domingo, a nossa liturgia falou sobre Misericórdia. Ex. 32,7-11.13-14; Lc 15,1-32; 1Tm 1,12-17.
Na leitura do Exôdo, percebemos que Deus tem os mesmos sentimentos humanos. Demonstra raiva, ira, vontade de extermínio, cólera. Um Deus parecido com os homens. Isso nos causa espanto. Pois nosso Deus é misericórdia.
Entretanto, percebemos que Deus coloca a liderança de Moisés à prova. Ele precisa demonstrar que tem o espírito de Deus (Nm 11,17), o espírito de compaixão e misericórdia. Deus ameaça exterminar o povo. Povo que fez sair do Egito, da escravidão. Mas que agora constroem para si ídolos que os afastam do Deus da vida.
Moisés lembra a força de Deus para libertar o povo da escravidão. Que não foi uma obra simples. Deus precisou de mão forte e grande poder. Houve um esforço. E este não pode ser esquecido. Moisés intercede pelo povo. Ele é o seu líder. Vai à frente. Indica o caminho. Anima. Fortalece. Mostra ao povo o Deus que liberta.
Moisés faz Deus lembrar disso. A oração de intercessão de Moisés é ouvida por Deus. "E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer ao seu povo".
Na segunda leitura, Paulo escreve a Timóteo. Paulo destaca o valor da sua missão. Ele que antes perseguia e blasfemava, foi resgato. Digno de misericórdia, pois agia com ignorância. E diz que "Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores". E ele se considera o primeiro destes.
No evangelho, dividido em dua partes. A primeira, Jesus falava da alegria de encontro com sua Pessoa. Ao estar junto dos publicanos e pecadores, Jesus resgata os que estavam longe. Vai ao encontro. Caminha com os que necessitam de perdão. Pois os puros, os santos, aqueles que estão dentro da Igreja, que fazem parte de pastorais, grupos de oração, que são ministros extraordinários da comunhão, coordenadores, líderes, estes não precisam de Jesus.
Jesus mostra que aqueles que estão fora do redil, que se perderam, ou foram esquecidos fora, a moeda perdida, mas que é fundamental, são estes que Jesus quer resgatar. Vai ao encontro destes. Quer resgatá-los. E afirma que "haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte".
Em seguida, Jesus contou a parábola do Pai Misericordioso (e do chamado Filho Pródigo).
Todos conhecemos a história. Vou destacar apenas alguns pontos. O Pai não questiona o pedido do Filho. Dá aquilo que lhe cabe na herança. O pai não pergunta para onde ele vai. O que vai fazer com o dinheiro. Simplesmente, lhe confere a liberdade que o filho quer. O pai sabe o que vai no coração deste filho.
Assim é Deus. Nos permite partirmos. Procurar outras coisas. Outras religiões. Até não dizer que não ter religião. Liberta-no para uma falsa liberdade.
Mas este pai sabe que este filho vai retornar, e por isso fica olhando a estrada. Espera pacientemente. E quando este filho volta para casa, o pai sai correndo ao seu encontro. Nada pergunta. Abraça. Acolhe. Beija. Manda que se coloque roupa nova, anel e sandália. Símbolos da filiação.
Entra em cena a figura do ciumento filho mais velho. É aquele que vive na Igreja. Participa de muitos grupos. Faz tudo aquilo que o a hierarquia pede. Nunca diz não. Não foi embora. Sempre foi fiel. Sente-se com ciúme. O pai lhe diz que ele esteve ao seu lado. Mas aquele irmão precisava ser resgatado, e o foi. Agora está de volta. Viu que a vida fora de Deus, fora da família de Deus, a Igreja, não é boa. Não se encontra nada de agradável.
Nosso Deus é um Deus que vem ao nosso encontro. Enquanto que nas outras religiões são os fiéis que vão ao encontro de Deus, na Igreja Católico, o Deus de Moisés e de Jesus vem ao nosso encontro. Se preocupa com as nossa perdições. Quer nossa redenção. E por isso, nos dá a sua misericórdia.
Oremos: "Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo".
Neste domingo, a nossa liturgia falou sobre Misericórdia. Ex. 32,7-11.13-14; Lc 15,1-32; 1Tm 1,12-17.
Na leitura do Exôdo, percebemos que Deus tem os mesmos sentimentos humanos. Demonstra raiva, ira, vontade de extermínio, cólera. Um Deus parecido com os homens. Isso nos causa espanto. Pois nosso Deus é misericórdia.
Entretanto, percebemos que Deus coloca a liderança de Moisés à prova. Ele precisa demonstrar que tem o espírito de Deus (Nm 11,17), o espírito de compaixão e misericórdia. Deus ameaça exterminar o povo. Povo que fez sair do Egito, da escravidão. Mas que agora constroem para si ídolos que os afastam do Deus da vida.
Moisés lembra a força de Deus para libertar o povo da escravidão. Que não foi uma obra simples. Deus precisou de mão forte e grande poder. Houve um esforço. E este não pode ser esquecido. Moisés intercede pelo povo. Ele é o seu líder. Vai à frente. Indica o caminho. Anima. Fortalece. Mostra ao povo o Deus que liberta.
Moisés faz Deus lembrar disso. A oração de intercessão de Moisés é ouvida por Deus. "E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer ao seu povo".
Na segunda leitura, Paulo escreve a Timóteo. Paulo destaca o valor da sua missão. Ele que antes perseguia e blasfemava, foi resgato. Digno de misericórdia, pois agia com ignorância. E diz que "Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores". E ele se considera o primeiro destes.
No evangelho, dividido em dua partes. A primeira, Jesus falava da alegria de encontro com sua Pessoa. Ao estar junto dos publicanos e pecadores, Jesus resgata os que estavam longe. Vai ao encontro. Caminha com os que necessitam de perdão. Pois os puros, os santos, aqueles que estão dentro da Igreja, que fazem parte de pastorais, grupos de oração, que são ministros extraordinários da comunhão, coordenadores, líderes, estes não precisam de Jesus.
Jesus mostra que aqueles que estão fora do redil, que se perderam, ou foram esquecidos fora, a moeda perdida, mas que é fundamental, são estes que Jesus quer resgatar. Vai ao encontro destes. Quer resgatá-los. E afirma que "haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte".
Em seguida, Jesus contou a parábola do Pai Misericordioso (e do chamado Filho Pródigo).
Todos conhecemos a história. Vou destacar apenas alguns pontos. O Pai não questiona o pedido do Filho. Dá aquilo que lhe cabe na herança. O pai não pergunta para onde ele vai. O que vai fazer com o dinheiro. Simplesmente, lhe confere a liberdade que o filho quer. O pai sabe o que vai no coração deste filho.
Assim é Deus. Nos permite partirmos. Procurar outras coisas. Outras religiões. Até não dizer que não ter religião. Liberta-no para uma falsa liberdade.
Mas este pai sabe que este filho vai retornar, e por isso fica olhando a estrada. Espera pacientemente. E quando este filho volta para casa, o pai sai correndo ao seu encontro. Nada pergunta. Abraça. Acolhe. Beija. Manda que se coloque roupa nova, anel e sandália. Símbolos da filiação.
Entra em cena a figura do ciumento filho mais velho. É aquele que vive na Igreja. Participa de muitos grupos. Faz tudo aquilo que o a hierarquia pede. Nunca diz não. Não foi embora. Sempre foi fiel. Sente-se com ciúme. O pai lhe diz que ele esteve ao seu lado. Mas aquele irmão precisava ser resgatado, e o foi. Agora está de volta. Viu que a vida fora de Deus, fora da família de Deus, a Igreja, não é boa. Não se encontra nada de agradável.
Nosso Deus é um Deus que vem ao nosso encontro. Enquanto que nas outras religiões são os fiéis que vão ao encontro de Deus, na Igreja Católico, o Deus de Moisés e de Jesus vem ao nosso encontro. Se preocupa com as nossa perdições. Quer nossa redenção. E por isso, nos dá a sua misericórdia.
Oremos: "Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo".
domingo, 8 de setembro de 2013
"Se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!"
Lc 14,25-33.
O evangelho apresentado em nossa liturgia do XXIII domingo do tempo comum apresente três pequenas histórias. A primeira fala de, aparentemente, o desprezo da família para seguir Jesus. A segunda, a construção da torre. E a terceira, do confronto entre dois reinos.
Vamos aos poucos.
"Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e mãe, sua mulher e filhos, seus irmãos e irmãs e até da própria vida, não pode ser meu discípulo". Vemos que Deus deve estar acima de tudo aquilo que nos prende à terra. Quem se prende à família, deixa de ir à missa. Não reza em casa, nem na comunidade. Arruma desculpa para não ser catequista. Não participar do Círculo Bíblico. Colocamos a família, que é uma coisa boa, como um escudo para fugirmos de estarmos longe das coisas de Deus. Nada pode ser obstáculo. Tudo deve concorrer para aumentar nossa união com o Senhor. E foi para isso que as coisas que foram criadas. Nos diz Santo Inácio de Loyola que "o homem é criado para louvar, reverenciar e ser vir a Deus nosso Senhor, e assim salvar a sua alma. E as outras coisas sobre a face da terra são criadas para o homem, a fim de ajudá-lo a alcançar o fim para que foi criado"(grifo meu). E dentro desta perspectiva, encontra-se a família, os pais, os irmãos, irmãs, filhos, filhas, inclusive a própria vida.
Segundo, a torre e sua construção. Depois da experiência pessoal de Jesus Cristo, partimos para a obra missionária de evangelização. Existem muitas formas de atuação missionária de evangelização. Cada um de nós temos um dom dentro da evangelização. Não podemos fazer aquilo que não nos cabe, nem dom temos. Devemos avaliar nossas capacidades. Nossos dons. Aonde podemos servir melhor. Não iniciar uma empreitada evangelizadora sem medir nossas condições pessoais, sociais e eclesiais.
Terceiro, confronto. Dois reinos entram em conflito. A desigualdade é clara em termos de contingente humano. Dentro de nós temos conflitos internos. Como lidamos com eles? A quem cedemos: à virtude ou ao pecado? Sabemos deixar que palavras de vida fluam de dentro de nós?
As palavras de Jesus devem nos ajudar a agir com Sabedoria (1ª leitura), para podermos aprender a viver a fé libertando nossos escravos.
Que o Senhor seja o nosso refúgio, como fala o refrão do Salmo.
Oremos: "Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza!"
O evangelho apresentado em nossa liturgia do XXIII domingo do tempo comum apresente três pequenas histórias. A primeira fala de, aparentemente, o desprezo da família para seguir Jesus. A segunda, a construção da torre. E a terceira, do confronto entre dois reinos.
Vamos aos poucos.
"Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e mãe, sua mulher e filhos, seus irmãos e irmãs e até da própria vida, não pode ser meu discípulo". Vemos que Deus deve estar acima de tudo aquilo que nos prende à terra. Quem se prende à família, deixa de ir à missa. Não reza em casa, nem na comunidade. Arruma desculpa para não ser catequista. Não participar do Círculo Bíblico. Colocamos a família, que é uma coisa boa, como um escudo para fugirmos de estarmos longe das coisas de Deus. Nada pode ser obstáculo. Tudo deve concorrer para aumentar nossa união com o Senhor. E foi para isso que as coisas que foram criadas. Nos diz Santo Inácio de Loyola que "o homem é criado para louvar, reverenciar e ser vir a Deus nosso Senhor, e assim salvar a sua alma. E as outras coisas sobre a face da terra são criadas para o homem, a fim de ajudá-lo a alcançar o fim para que foi criado"(grifo meu). E dentro desta perspectiva, encontra-se a família, os pais, os irmãos, irmãs, filhos, filhas, inclusive a própria vida.
Segundo, a torre e sua construção. Depois da experiência pessoal de Jesus Cristo, partimos para a obra missionária de evangelização. Existem muitas formas de atuação missionária de evangelização. Cada um de nós temos um dom dentro da evangelização. Não podemos fazer aquilo que não nos cabe, nem dom temos. Devemos avaliar nossas capacidades. Nossos dons. Aonde podemos servir melhor. Não iniciar uma empreitada evangelizadora sem medir nossas condições pessoais, sociais e eclesiais.
Terceiro, confronto. Dois reinos entram em conflito. A desigualdade é clara em termos de contingente humano. Dentro de nós temos conflitos internos. Como lidamos com eles? A quem cedemos: à virtude ou ao pecado? Sabemos deixar que palavras de vida fluam de dentro de nós?
As palavras de Jesus devem nos ajudar a agir com Sabedoria (1ª leitura), para podermos aprender a viver a fé libertando nossos escravos.
Que o Senhor seja o nosso refúgio, como fala o refrão do Salmo.
Oremos: "Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza!"
sábado, 7 de setembro de 2013
Bienal Rio 2013
Prezadas e prezados, amigos e amigas,
Hoje consegui chegar a Bienal do Livro no Rio de Janeiro. Depois de duas tentativas.
Quero deixar registrado os problemas de infraestrutura que enfrentei. E deixar claro que defendo os livros, a leitura, a divulgação da boa leitura. Defendo a criação de círculos de leituras nas escolas, nas igrejas, nas bibliotecas, nas praças. Espaços onde as pessoas possam falar o que estão lendo, e o que isso tem modificado a visão de mundo do leitor.
Os livros tem esse poder. Pois nos ajudam a entender o mundo que vivemos. Faz com que entendemos os pensamentos que movem grupos, governos, partidos.
Isso tudo poderia ser desfrutado na Bienal do Livro no Rio de Janeiro em 2013, se não fossem problemas de ordem estrutural durante a Bienal.
Primeiro, a chegada ao Centro de Convenções Rio-Centro, na Barra da Tijuca. A falta de transporte público de qualidade fez com que muitas pessoas fossem de carro. E isso é uma característica do carioca, utilizar seu próprio carro para participar de eventos culturais. Foi um caos total. Um estacionamento pequeno. Desinformação do lado de fora, na entrada. Caos nas cercanias do Rio-Centro.
Segundo, ausência de caixas eletrônicos. Só encontrei um caixa eletrônico para saque. Havia um corredor de caixas dos bancos Itaú e Bradesco, que não funcionavam. Uma fila grande. Sem profissionais dos bancos para uma reposição rápida e correção de problemas técnicos com agilidade. Dever-si-a ter colocado caixas 24h.
Terceiro, praça de alimentação. Não conseguiu dar suporte ao evento. Muito cheia. Com funcionários temporários mal treinados. Preços exorbitantes. Mais caros do que pagamos no dia-a-dia. Uma falta de respeito. Não é porque estamos na bienal que somos pessoas que exibem excesso de dinheiro. Só como exemplo, uma garrafinha de água, de 300ml, que pagamos de R 1,50 a R$ 2,00, custava R$ 4,00.
Quarto, o excesso de pessoas. O Rio-Centro tornou-se um espaço pequeno. Três pavilhões não dão conta. Existem stand muito procurados, principalmente aqueles que comercializam os gibis, mangás, e de literatura infantil. Nesses, há filas para se entrar. E estas atrapalham a circulação de pessoas. Deveria existir um espaço maior para esse tipo de literatura. Editoras que trabalham com livros mais específicos de formação ficam relegadas ao espaços que não consegui chegar.
Fiquei cansado. Saí com a sensação de que apenas dei uma volta para perder peso. Tipo aquela que fazemos em torno do Maracanã.
Bem, no balanço final, saí frustrado. Com a sensação de que nada de bom havia na Bienal. Sei que isso não é verdade. Havia coisas boas que estavam escondidas, mas o tumulto e falta de organização fez com que eu saísse correndo de lá.
Encerro deixando duas frase sobre a leitura. Uma de John Locke, pai do liberalismo econômico; e outra, de Bill Gates, para a nossa reflexão.
Hoje consegui chegar a Bienal do Livro no Rio de Janeiro. Depois de duas tentativas.
Quero deixar registrado os problemas de infraestrutura que enfrentei. E deixar claro que defendo os livros, a leitura, a divulgação da boa leitura. Defendo a criação de círculos de leituras nas escolas, nas igrejas, nas bibliotecas, nas praças. Espaços onde as pessoas possam falar o que estão lendo, e o que isso tem modificado a visão de mundo do leitor.
Os livros tem esse poder. Pois nos ajudam a entender o mundo que vivemos. Faz com que entendemos os pensamentos que movem grupos, governos, partidos.
Isso tudo poderia ser desfrutado na Bienal do Livro no Rio de Janeiro em 2013, se não fossem problemas de ordem estrutural durante a Bienal.
Primeiro, a chegada ao Centro de Convenções Rio-Centro, na Barra da Tijuca. A falta de transporte público de qualidade fez com que muitas pessoas fossem de carro. E isso é uma característica do carioca, utilizar seu próprio carro para participar de eventos culturais. Foi um caos total. Um estacionamento pequeno. Desinformação do lado de fora, na entrada. Caos nas cercanias do Rio-Centro.
Segundo, ausência de caixas eletrônicos. Só encontrei um caixa eletrônico para saque. Havia um corredor de caixas dos bancos Itaú e Bradesco, que não funcionavam. Uma fila grande. Sem profissionais dos bancos para uma reposição rápida e correção de problemas técnicos com agilidade. Dever-si-a ter colocado caixas 24h.
Terceiro, praça de alimentação. Não conseguiu dar suporte ao evento. Muito cheia. Com funcionários temporários mal treinados. Preços exorbitantes. Mais caros do que pagamos no dia-a-dia. Uma falta de respeito. Não é porque estamos na bienal que somos pessoas que exibem excesso de dinheiro. Só como exemplo, uma garrafinha de água, de 300ml, que pagamos de R 1,50 a R$ 2,00, custava R$ 4,00.
Quarto, o excesso de pessoas. O Rio-Centro tornou-se um espaço pequeno. Três pavilhões não dão conta. Existem stand muito procurados, principalmente aqueles que comercializam os gibis, mangás, e de literatura infantil. Nesses, há filas para se entrar. E estas atrapalham a circulação de pessoas. Deveria existir um espaço maior para esse tipo de literatura. Editoras que trabalham com livros mais específicos de formação ficam relegadas ao espaços que não consegui chegar.
Fiquei cansado. Saí com a sensação de que apenas dei uma volta para perder peso. Tipo aquela que fazemos em torno do Maracanã.
Bem, no balanço final, saí frustrado. Com a sensação de que nada de bom havia na Bienal. Sei que isso não é verdade. Havia coisas boas que estavam escondidas, mas o tumulto e falta de organização fez com que eu saísse correndo de lá.
Encerro deixando duas frase sobre a leitura. Uma de John Locke, pai do liberalismo econômico; e outra, de Bill Gates, para a nossa reflexão.
Ler fornece ao espírito materiais para o conhecimento, mas só o pensar faz nosso o que lemos.
John Locke
Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.
Bill Gatesquinta-feira, 5 de setembro de 2013
O caminho do Reino de Deus!
Estava eu a meditar a Palavra de Deus, e me veio uma inspiração: as palavras de Jesus serviram para mostrar o que estava errado na sociedade de seu tempo. Em momento algum ele foi conivente com o que não condizia com a vontade de Deus. Toda a ação de Jesus estava voltada para anunciar o Reino de Deus, e mostrar o caminho para se chegar ao Reino, e como agir. Eis alguns exemplos tirados do evangelho de Mateus. Todas as citações estão no capítulo 5. Portanto, somente colocarei os versículos entre parênteses.
(20) "Eu vos digo: Se vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus".
(21-22) "Ouvistes que foi dito aos antigos: não cometerás homicídio! quem cometer homicídio deverá responder no tribunal. Ora, eu vos digo: todo aquele que tratar seu irmão com raiva deverá responder no tribunal; quem disser ao seu irmão imbecil deverá responder perante o sinédrio; quem chamar seu irmão de louco poderá ser condenado ao fogo do inferno".
(27-28) "Ouvistes que foi dito: não cometerás adultério. Ora, eu vos digo: todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la cometeu adultério com ela em seu coração".
(31-32) "Foi dito também: Quem despedir sua mulher dê-lhe um atestado de divórcio. Ora, eu vos digo: todo aquele que despedir sua mulher - fora o caso de união ilícita - faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher que foi despedida comete adultério".
(33-37) "Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás os teus juramentos. Ora, eu vos digo: não jureis de modo algum. (...) Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não".
(38-42) "Ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente! Ora, eu vos digo: não ofereçais resistência ao malvado! Pelo contrário, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se alguém te forçar a acompanhá-lo por um quilômetro, caminha dois com ele! Dá a quem te pedir, e não vires as costas a quem te pede emprestado".
(43-45a) "Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo! Ora, eu vos digo: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem! Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus".
Não fazer concessões. Isso é verdadeiramente viver a fé em Jesus. Devemos tomar cuidado com as pessoas que permitem tudo. Normalmente, buscamos ouvir aqueles que dizem que não há mal algum. Essas pessoas são como cegos guiando cegos. Valorize aquele que diz não com sabedoria. Aquele que te orienta espiritualmente em verdade. Um verdadeiro diretor espiritual deve estar pronto para mostrar os equívocos dos caminhos que estamos andando. Assim será possível fazer as correções de percurso. Recalcular a rota. Voltar-se para o caminho que leva ao Reino de Deus.
Oremos.
(20) "Eu vos digo: Se vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus".
(21-22) "Ouvistes que foi dito aos antigos: não cometerás homicídio! quem cometer homicídio deverá responder no tribunal. Ora, eu vos digo: todo aquele que tratar seu irmão com raiva deverá responder no tribunal; quem disser ao seu irmão imbecil deverá responder perante o sinédrio; quem chamar seu irmão de louco poderá ser condenado ao fogo do inferno".
(27-28) "Ouvistes que foi dito: não cometerás adultério. Ora, eu vos digo: todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la cometeu adultério com ela em seu coração".
(31-32) "Foi dito também: Quem despedir sua mulher dê-lhe um atestado de divórcio. Ora, eu vos digo: todo aquele que despedir sua mulher - fora o caso de união ilícita - faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher que foi despedida comete adultério".
(33-37) "Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás os teus juramentos. Ora, eu vos digo: não jureis de modo algum. (...) Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não".
(38-42) "Ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente! Ora, eu vos digo: não ofereçais resistência ao malvado! Pelo contrário, se alguém te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda! Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! Se alguém te forçar a acompanhá-lo por um quilômetro, caminha dois com ele! Dá a quem te pedir, e não vires as costas a quem te pede emprestado".
(43-45a) "Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo! Ora, eu vos digo: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem! Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus".
Não fazer concessões. Isso é verdadeiramente viver a fé em Jesus. Devemos tomar cuidado com as pessoas que permitem tudo. Normalmente, buscamos ouvir aqueles que dizem que não há mal algum. Essas pessoas são como cegos guiando cegos. Valorize aquele que diz não com sabedoria. Aquele que te orienta espiritualmente em verdade. Um verdadeiro diretor espiritual deve estar pronto para mostrar os equívocos dos caminhos que estamos andando. Assim será possível fazer as correções de percurso. Recalcular a rota. Voltar-se para o caminho que leva ao Reino de Deus.
Oremos.
domingo, 1 de setembro de 2013
Legado
Segundo os dicionários, Legado é alguma coisa deixada a outrem, sem a necessidade de ser herdeiro. Essa palavra é utilizada para designar um testamento.
Deixar algo para alguém, isso é o legado. A jornada mundial da juventude, realizada no Rio de Janeiro, em julho de 2013, deixou vários legados para a cidade. Primeiro, a criação de uma área hospitalar para o tratamento de dependentes de crak. Segundo, a revitalização da fé de nossa juventude. Terceiro, reunir três milhões e quinhentas mil pessoas numa cerimônia religiosa na praia de Copacabana. Poderíamos continuar enumerando vários legados deixados pela Jornada.
Os legados não são apenas coisas positivas. Podemos ter legados que não nos agradem muito. Um desses foram as dívidas contraídas pelo Instituto Jornada Mundial da Juventude. Essas são altas. Foram gastos com transportes. Com traslados. Com construção de palcos. Empresas de engenharia. Arquitetura. Som. Alimentação. Esperava-se que as inscrições dos peregrinos pudessem suprir grande parte dessas dívidas. Entretanto, isso não foi alcançado. Esperávamos que a utilização do campus fidei pudesse gerar recursos. Mas isso não foi possível. Uma dívida se acumulou.
Refletindo sobre isso, começou-se uma campanha para ajudar a minimizar essas dívidas. Gostaria de conclamar as pessoas, principalmente religiosos, que desfaçam dos bens que acumularam. A desfazer-se de seus carros importados. Celulares caros. Vida de ostentação. Almoço e jantares caros. Coloquem parte de suas espórtulas à disposição da Igreja do Rio de Janeiro. Os artistas católicos disponham de seus caches, dos seus direitos autorais. De suas coletas. Despojemo-nos de nossos pequenos altares pessoais. Despojemo-nos de nossas riquezas. De nossos acúmulos. De nossas riqueza pessoais. Deixemos para ter riquezas no céu, onde a traça não corroem e os ladrões não roubam.
Conclamo. Peço. Queridos e queridas religiosas e religiosos, despojem-nos. Vendamos nossos caros bens que não nos são necessário e partilhemos para ajudar no pagamento da dívida da JMJ.
Deixar algo para alguém, isso é o legado. A jornada mundial da juventude, realizada no Rio de Janeiro, em julho de 2013, deixou vários legados para a cidade. Primeiro, a criação de uma área hospitalar para o tratamento de dependentes de crak. Segundo, a revitalização da fé de nossa juventude. Terceiro, reunir três milhões e quinhentas mil pessoas numa cerimônia religiosa na praia de Copacabana. Poderíamos continuar enumerando vários legados deixados pela Jornada.
Os legados não são apenas coisas positivas. Podemos ter legados que não nos agradem muito. Um desses foram as dívidas contraídas pelo Instituto Jornada Mundial da Juventude. Essas são altas. Foram gastos com transportes. Com traslados. Com construção de palcos. Empresas de engenharia. Arquitetura. Som. Alimentação. Esperava-se que as inscrições dos peregrinos pudessem suprir grande parte dessas dívidas. Entretanto, isso não foi alcançado. Esperávamos que a utilização do campus fidei pudesse gerar recursos. Mas isso não foi possível. Uma dívida se acumulou.
Refletindo sobre isso, começou-se uma campanha para ajudar a minimizar essas dívidas. Gostaria de conclamar as pessoas, principalmente religiosos, que desfaçam dos bens que acumularam. A desfazer-se de seus carros importados. Celulares caros. Vida de ostentação. Almoço e jantares caros. Coloquem parte de suas espórtulas à disposição da Igreja do Rio de Janeiro. Os artistas católicos disponham de seus caches, dos seus direitos autorais. De suas coletas. Despojemo-nos de nossos pequenos altares pessoais. Despojemo-nos de nossas riquezas. De nossos acúmulos. De nossas riqueza pessoais. Deixemos para ter riquezas no céu, onde a traça não corroem e os ladrões não roubam.
Conclamo. Peço. Queridos e queridas religiosas e religiosos, despojem-nos. Vendamos nossos caros bens que não nos são necessário e partilhemos para ajudar no pagamento da dívida da JMJ.
Aquele que se humilhar será exaltado
Estamos no XXII Domingo do Tempo Comum. A liturgia nos conclama a refletirmos sobre a humildade. Esta é a perfeição de Deus. Nosso Deus é humilde. Cria a humanidade e não se coloca como prepotente, pois dá ao homem a liberdade de escolha. Cria um mundo perfeito, e ao mesmo tempo, nos dá liberdade de aceitar ou não. A humildade é o estado do espírito que nos faz ver as maravilhas que Deus opera em nossa vida. Aos humildes é revelado os mistérios de Deus.
O evangelho nos coloca diante de três situações distintas: aqueles que são convidados; aquele que convida; e terceiro, humilhar-se para poder ser exaltado.
Em qualquer festa de casamento que vamos, procuramos ficar próximos à mesa dos noivos, pois ali é o melhor lugar da festa, pois é onde se serve primeiro.
Mas Jesus nos adverte de que nem sempre somos os convidado principal. Existem outros que podem estar numa situação melhor do que nós, apesar de termos tido o mesmo convite.
Depois, adverte àquele que fez o convite de que as pessoas que verdadeiramente estarão em lugar de destaque na festa do banquete do reino de Deus são os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Aqueles que nada tem a oferecer para o mundo. Aqueles que não tem prestígio social. Aqueles que são desprezados e esquecidos: doentes, encarcerados, nus, famintos, peregrinos, sem roupa. Na festa do reino, serão estas pessoas que estarão sentadas nos melhores lugares.
Pensemos nisso. Vivamos uma vida virtuosa. Uma vida de entrega. De despojamento. De não ostentação. Uma vida simples e humilde.
Deus nos abençoe.
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