domingo, 28 de outubro de 2012

"Senhor que eu veja!"

A leitura do evangelho de hoje, dia 28 de outubro de 2012, meditamos sob re a passagem do cego Bartimeu. Este é um texto clássico dos evangelhos. Falamos de luz. Falamos de enxergar. Falamos do grito que o cego dá para ter a atenção de Jesus.
Entretanto, deixamos de lado alguns detalhes. Inicialmente, Jesus está acompanhado de uma multidão. Além de seus discípulos. Tanto a multidão, quanto os discípulos, escondem o cego de Jesus. Fica difícil ver o cego. Ouso dizer, que Jesus seria um cego para aquele homem, escondido no chão. Jogado na sarjeta.
Essa é nossa primeira meditação. Quantas "multidões" nos impedem de ver Jesus? O que te absorve no dia-a-dia que não te permite ver Jesus? Quais são suas preocupações?
Mas aquele que quer ter um encontro pessoal com Jesus não pode temer as multidões. A multidão não pode me impedir de fazer esse encontro. Jesus passa. E se alguma coisa me faz ficar afastado dele devemos gritar. Foi o que fez  cego. Ele queria ver Jesus. E por isso gritou.
O que nós fazemos. Gritamos?
Em seguida, para terminar, o cego, após voltar a enxergar, segue Jesus. Torna-se missionário. Mostra. Aponta. Indica quem pode nos tirar de nossa cegueira espiritual e nos fazermos mulheres e homens que indicam Jesus.
Oremos: Senhor que eu veja. Senhor, limpa minha cegueira.

sábado, 27 de outubro de 2012

Vicariato Norte e Nova Evangelização

Durante os dias 23, 24 e 25 de outubro de 2012, o clero do vicariato norte, Diáconos, Padres e Bispo se reuniram na casa dos Irmãos Maristas, em Mendes-RJ, para realizar sua Assembleia Vicarial anual.
Nesta oportunidade, além de fazermos a agenda do vicariato para o ano de 2013, aproveitamos a oportunidade para refletirmos sobre o instrumento de trabalho do sínodo dos bispos sobre a Nova Evangelização, cujo título é "Nova Evangelização para a Transmissão da Fé Cristã". 
Os palestrantes foram Pe. Ricardo Calvo, Pe. Marciano, Pe. Antonio José, Frei Paulo (Capuchinho) e Pe. Paulo Romão.
Pe. Ricardo destacou alguns pontos da Introdução e do Primeiro Capítulo. Neste capítulo, a instrução de trabalho desta "Jesus Cristo, Evangelho de Deus para o homem", como tema central. Ao seu redor, gravitam outras reflexões: "Jesus Cristo, o evangelizador"; "A Igreja, evangelizada e evangelizadora"; "O Evangelho, dom para cada homem"; "O dever de evangelizar"; e por último, "Evangelização e renovação da Igreja".
O segundo capítulo fora apresentado pelo Pe, Marciano (S. Domingos de Gusmão). Meditamos sobre o "Tempo de nova evangelização". Os subtemas foram: "A pergunta sobre a 'nova evangelização'"; "Os cenários da nova evangelização"; "As novas fronteiras do cenário comunicativo"; "As mudanças do cenário religioso"; "Viver com cristãos nestes cenários"; "Missio ad gentes", cuidado pastoral, nova evangelização"; "Transformação da paróquia e nova evangelização"; "Uma definição e o seu significado".
No segundo dia, após a Santa Missa e o café da manhã, iniciamos as atividades. Partimos para estudar os terceiro, quarto capítulos e a Conclusão.
O terceiro capítulo foi apresentado pelo Pe. Antônio José. "Como transmitir a fé" é o título deste capítulo. Os subtítulos versaram sobre: "O primado da fé"; "A Igreja transmite a fé que ela mesma vive"; "A pedagogia da fé"; "Os sujeitos da transmissão da fé"; "A família, lugar exemplar de evangelização"; "Chamados a evangelizar"; "Dar razões da própria fé"; "Os frutos da fé".
Em seguida, o Frei Paulo (Capuchinho), falou sobre o quarto capítulo: "Reavivar a ação pastoral". Os temas aprofundados foram: "A iniciação cristã, processo evangelizador"; "A exigência do primeiro anúncio"; "Transmitir a fé, educar o homem"; "Fé e conhecimento"; "O fundamento de toda a pastoral evangelizadora"; "A centralidade das vocações".
A Conclusão fora apresentada pelo Pe. Paulo Romão (Bom Pastor). Meditamos sobre "Jesus Cristo, Evangelho que dá esperança"; "A alegria de evangelizar".
Ao término desta manhã, fizemos um almoço de confraternização. Uma oportunidade para, numa conversa informal, falarmos sobre os temas discorridos e sobre as alegrias e esperanças de cada uma das nossas comunidades paroquiais.
No terceiro dia, aproveitamos para, em grupo, destacarmos aquilo que fora conversada e meditado nos dois dias anteriores. Os grupos de reflexão apresentaram propostas para que uma Nova Evangelização seja eficaz em nossas paróquias. É preciso evangelizar os já cristãos católicos. É preciso um processo de conversão de nosso clero. É preciso trabalhar em conjunto com os três graus da ordem, e valorizar o trabalho do laicato em nossas paróquias.
Forma três dias de intenso trabalho. Voltamos alegres e confiantes no trabalho de nossos bispos em roma no Sínodo sobre a Nova  Evangelização.

domingo, 21 de outubro de 2012

Semente do Ano da Fé

Ao proclamar o Ano da Fé, o Papa Bento XVI nos conclama a aprofundarmos nossa fé através do estudo do Catecismo da Igreja Católica e dos Documentos do Concílio Vaticano II.
Neste breve artigo, trazemos algumas considerações feitas pelo Beato João Paulo II na promulgação do Catecismo da Igreja Católica. Esperamos que seja motivador para a vivência e estudo de nossa opção de seguir Jesus Cristo em sua Igreja: Católica Apostólica Romana.
Em 1997, através da Carta Apostólica “Laetamur Magnopere”, João Paulo II aprovou a edição latina do Catecismo da Igreja Católica. Esta autorização de publicação deu-se cinco anos após a Constituição Apostólica Fidei Depositum, que publicou, originalmente, o Catecismo, após 30 anos da abertura do Concílio Vaticano II.
De vários lugares chegaram contribuições para o texto do Catecismo. Isto manifestou o “notável interesse que o Catecismo suscitou em todo o mundo”. Confirmou a finalidade do “Catecismo de se apresentar como uma exposição completa e integral da doutrina católica”. Levando seus leitores a conhecerem o que a “Igreja professa e celebra, vive e reza em seu cotidiano”. Espera a Igreja que o conteúdo do Catecismo, da fé cristã seja “exposta de forma mais adequada aos homens de nossos dias”.
A tradução típica latina torna-se um “válido e legítimo instrumento para a comunhão eclesial e uma norma segura para o ensino da fé, assim como um texto de referencia seguro e autêntico”.
Ainda lemos, “a catequese nesta exposição genuína e sistemática da fé e da doutrina católica um caminho plenamente seguro para apresentar o anúncio cristão, com renovado fervor, em todas e em cada uma de suas partes, aos homens de nosso tempo. Os professores de catequese terão neste volume uma ajuda sólida com a qual poderão comunicar, na Igreja local, o único e perpétuo depósito da fé. (...) A atividade catequética poderá experimentar um impulso novo e amplo junto ao povo de Deus, se souber utilizar e avaliar adequadamente este Catecismo”.
O Papa continua dizendo: “urge um empenho extraordinário de evangelização para que todos possam conhecer e acolher o anúncio e assim crescer ‘na medida da idade da plenitude de Cristo’”(Ef 4,13).
Concluindo sua carta, convoca o povo de Deus para que o Catecismo seja “conhecido e acolhido por todos para que a unidade na fé se fortaleça e se expanda até os limites da terra”.
Fidei Depositum – Depósito da Fé
Em outubro de 1992, através da Constituição Apostólica Fidei Depositum, João Paulo II fez publicar o Catecismo da igreja Católica.
Inicialmente, nos lembra João Paulo II que “Guardar o depósito da Fé é missão da Igreja. E que o Concílio Vaticano II “tinha como intenção e finalidade por em evidência a missão apostólica e pastoral da Igreja”.
Continua dizendo que “ao concílio coube apresentar melhor o precioso depósito da doutrina cristã”. E que deve o Concílio deveria “empenhar-se por mostrar serenamente a força e beleza da doutrina da fé”. Além de oferecer um “conjunto considerável de exposição doutrinais e de diretrizes pastorais oferecidas a toda a Igreja”.
É um momento oportuno para se ter “orientações para uma renovação de pensamentos, de atividades, de costumes e de força moral, de alegria e de esperança, que foi o objetivo do Concílio”. João Paulo II destaca que o Vaticano II foi ponto de referência de toda sua pastoral.
Em Janeiro de 1985 reuniu-se uma Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos com a “finalidade de celebrar as graças e os frutos espirituais do Concílio Vaticano II, aprofundar seu ensinamento para aderir melhorar a ele e promover sue conhecimento e sua aplicação”.
Os bispos reunidos no Sínodo “manifestaram o desejo de que a apresentação da doutrina” deveria ser “bíblica e litúrgica, oferecendo ao mesmo tempo uma doutrina sã e adaptada à vida atual dos cristãos”. Assim, tornaria-se o Catecismo um “texto de referência para uma catequese renovada nas fontes vivas da fé”. Fazendo com que este Catecismo se convertesse num “contributo muito importante àquela obra de renovação da vida eclesial inteira, querida e iniciada pelo Concílio Vaticano II”.
O Papa afirma que “este Catecismo é fruto de uma colaboração de todo o episcopado da Igreja Católica”. E que “reflete a natureza colegial do episcopado”.
“Um catecismo deve apresentar (...) o ensinamento da Sagrada Escritura, da Tradição e do Magistério. (...) Deve ter em conta as explicações da doutrina que o Espírito Santo sugeriu à Igrejá. É também necessário que ajude a iluminar, com a luz da fé, as novas situações e os problemas que ainda não tinham surgido no passado”.
Assim, o Catecismo “incluirá coisas novas e velhas (Mt. 13,52) porque a fé é sempre a mesma fonte de luzes sempre novas”.
O Catecismo apresenta o conteúdo em quatro partes: “O Credo; a Sagrada Liturgia; O agir cristão; e a oração”. De forma que o conteúdo seja “expresso de modo novo, para responder às interrogações de nossa época”.
“Lendo o Catecismo da Igreja Católica, pode-se captar a maravilhosa unidade do mistério de Deus”.
João Paulo II diz que “o Catecismo da Igreja Católica (...) é uma exposição da fé da Igreja e da doutrina católica”. E acrescenta afirmando que é “um instrumento válido e legítimo a serviço da comunhão eclesial e como uma norma segura para o ensino da fé. Sirva ele para a renovação, à qual o Espírito Santo chama incessantemente a Igreja de Deus, Corpo de Cristo, peregrina rumo à luz sem sombras do Reino!”.
Conclui pedindo aos “Pastores da Igreja e aos fiéis que acolham este Catecismo em espírito de comunhão e que o usem assiduamente ao cumprir sua missão de anunciar a fé e de convocar para a vida evangélica. (...) O Catecismo é oferecido a todo o homem que nos pergunte a razão de nossa esperança (1 Pd. 3,15) e queira conhecer aquilo em que a Igreja Católica crê”.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

"Ai de vós que pagais o dízimo (...) mas deixai de lado a justiça e o amor de Deus!"


A palavra dirigida por Jesus a nós, no dia de hoje, é dura. E é assim todo o evangelho. Infelizmente, corremos sempre a tentação de querermos buscar uma interpretação que amenize aquilo que Jesus quer nos dizer. Mas é claro que, em alguns textos, a fala é dura mesmo.
No caso de hoje, ele nos faz refletir sobre nossas práticas religiosas. Muitas vezes, vivemos uma fé de exterioridades: pagamos dízimo; doamos alimentos para cestas básicas; recolhemos recursos para as mais diversas obras de assistência; e fazemos muito mais. Até participamos da Missa, Confessamos, Comungamos, Rezamos o Terço.
Tudo isso é importante. Mas não é o principal. A prática da justiça e o temor (amor) de Deus ficam de lado. E isto tem tanto valor, ou até mais, do que as práticas materiais. E o que é a prática da justiça. Creio que o próprio Jesus nos responde. Mateus 25,34-40. “Tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era peregrino, e me hospedastes; andava nu e me vestistes. Estava doente, e me visitastes; estava preso, e me viestes ver”. Então, aqueles que fizeram estas coisas vão perguntar a Jesus quando isso se deu. E ele responderá: “Tudo o eu fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes”. Isto é praticar a Justiça. Incluímos nesta lista: lembrar dos hospitais em péssimo estado. Lembrar das escolas públicas que não tem condições de oferecer um ensino de qualidade. Acompanhar a atuação dos seus candidatos. Conferir de perto. Cobrar. Fazer valer a sua fé.
Assim, irmãs e irmãos, estaremos fazendo com que os frutos do Espírito Santo brotem de nós. E eles são, conforme Paulo diz: “Caridade; Alegria; Paz; Longanimidade; Bondade; Lealdade; Mansidão; Continência” (Gl 5,22-23a).
O salmo 1 nos diz que “feliz é todo aquele que (...) encontra seu prazer na lei de Deus, e a medita, dia e noite, sem cessar”. A este, tudo o que fizer prosperará, pois “Deus vigia o caminho dos eleitos”. E quando praticamos a Justiça e o Amor de Deus somos justos aos seus olhos. Quando nos propomos ao bem, não andando “conforme o conselho dos perversos”, não aceitando o “caminho dos malvados”, nem nos sentando “junto dos zombadores”, Deus vigia nossos caminhos. Deus se coloca ao nosso lado. E tudo o que fizermos, prosperará.
(Meditação dos textos de Lc. 11,42-46; Gl. 5,18-25; Salmo 1)

sábado, 13 de outubro de 2012

Ano da Fé


Queridas irmã e irmãos,
No dia 11 de outubro de 2012, tivemos a abertura do Ano da Fé. O Papa Bento XVI, na Carta Apostólica “Porta Fidei”, nos exorta a dedicarmos um ano de reflexão sobre nossa fé e sua propagação. Esta será uma oportunidade para “intensificar a reflexão sobre nossa fé”. E continua afirmando que “teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias”. E conclui dizendo que “tanto as comunidades religiosas com as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo”.
O Papa inicia dizendo que “desde o princípio de meu ministério (...) lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar (...) a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo”. A fé é ponto central e motivador de uma vivência cristã dentro da Igreja. Sem fé tudo perde sentido, até a participação nos sacramentos, em especial a Eucaristia. É pela fé que podemos ver Jesus no pão transformado no seu corpo. É pela fé que vemos a Igreja como o corpo do senhor, cuja cabeça é o próprio Cristo.
Em seguida, o Papa afirma que muitas vezes os cristãos colocam sua preocupação mais nas consequências do que na própria fé; diz: “Sucede (...) que os cristãos sintam maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé”. Preocupa-nos o que fazer, e deixamos de lado o cultivo da própria fé. Não dar a fé a devida atenção espiritual, torna as atividades diárias esvaziadas de sentido.
A fé vem pela Palavra, conforme nos diz o apóstolo: “A fé entra pelo ouvido, ouvindo a mensagem do Messias” (Rm 10,17). Jesus afirma que “feliz são os que escutam a palavra de Deus e a cumprem” (Lc 11,28). A palavra de Deus meditada e orada leva à fé. Não existe fé sem a escuta da Palavra. A primeira comunidade dos fiéis teve esta atitude após as palavras de Pedro: “O que ouviram lhes tocou o coração, e disserem a Pedro e aos outros apóstolos: - O que devemos fazer irmão?” (At. 2, 37).
Bento XVI nos convoca a uma “redescoberta da fé”. E para isso, nos chama a uma redescoberta da Profissão de Fé do Povo de Deus e a uma leitura mais atenta dos documentos do Concílio Vaticano II. Nos diz que é “necessário fazê-los ler de forma tal que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificados e normativos do Magistério, no âmbito da Tradição da Igreja”.
O Papa afirma que “os cristãos são chamados a fazer brilhar (...) a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou”. E acrescenta que a “Igreja prossegue a sua peregrinação no meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus, anunciando a cruz e a morte do Senhor até que ele venha”.
O “Ano da Fé é um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor”, nos alerta Bento XVI. E continua “a fé, que atua pelo amor, torna-se um novo critério de entendimento e de ação, que muda toda a vida do homem”.
O amor que brota da fé nos leva a evangelizar. Afirma o Papa que “é o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos impele a evangelizar”. Por isso, “é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor duma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé”.
Neste ano devemos fazer com que o Credo seja nossa oração diária. “Nos primeiros séculos, os cristãos eram obrigados a aprender o Credo de memória (...). É que este servia-lhes de oração diária, para não esquecerem o compromisso assumi, do com o Batismo”.
Santo Agostinho afirma: “O Símbolo do santo mistério (...) reúne as palavras sobre as quais está edificada com solidez a fé da Igreja (...) E vós recebestes e proferistes, mas deveis tê-lo sempre presente na mente e no coração, deveis repeti-lo nos vossos leitos, pensar nele nas praças e não o esquecer durante as refeições; e mesmo quando o corpo dorme, o vosso coração continue de vigílias por ele”.
O primeiro lugar onde se dá a fé é o coração. Afirma Paulo: “Acredita-se com o coração e, com a boca, faz-se a profissão de fé” (Rm 10,10).
Ainda o apóstolo Paulo nos deixa o exemplo de que “o conhecimento dos conteúdos que se deve acreditar não é suficiente, se depois o coração - autêntico sacrário da pessoa – não for aberto pela graça, que consente ter olhos para ver em profundidade e compreender que o que foi anunciado é a Palavra de Deus”. (At. 16,14). O exemplo de Lídia nos é significativo para nossa meditação. Esta mulher, comerciante, de alta posição na sociedade, deixa que seu coração seja aberto pelo Senhor para ouvir a palavra de Paulo. Deve ser nossa disposição. Diz o texto: “O Senhor lhe abriu o coração para que prestasse atenção ao discurso de Paulo”.
Com o coração que adere à fé pela Palavra, a boca proclama este mistério. Diz o Papa: “o professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos”. E continua, “a profissão da fé é um ato simultaneamente pessoal e comunitário”.
Existem alguns exemplos de expressão da fé que encontramos na bíblia. Foi “pela fé que Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus”. Foi “pela fé que os Apóstolos deixaram tudo para seguir o Mestre”. Foi “pela fé que os discípulos formaram a primeira comunidade reunida à volta do ensino dos Apóstolos”. Foi “pela fé que os mártires deram a sua vida para testemunhar a verdade do Evangelho”. Foi “pela fé que homens e mulheres consagraram a sua vida a Cristo”. Foi “pela fé que no decurso dos séculos, homens e mulheres de todas as idades (...) confessaram a beleza de seguir o Senhor Jesus nos lugares onde eram chamados a dar testemunho do seu ser cristão”. É pela “fé que vivemos reconhecendo o Senhor Jesus vivo e presente na nossa vida e na história”.
Este é um ano para a vivência da caridade. “Agora permanecem três coisas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade (I Cor. 13,13)”. Bento XVI, refletindo sobre essa frase, diz: “A fé sem a caridade não dá frutos, e a caridade sem a fé seria um sentimento à mercê da dúvida”.
“A fé obriga cada um de nós a tornar-se sinal vivo da presença do Ressuscitado no mundo. O que “o mundo tem hoje particular necessidade é o testemunho credível de quantos, iluminados na mente e no coração pela Palavra do Senhor, são capazes de abrir o coração de a mente de muitos outros ao desejo de Deus e da vida verdadeira, aquela que não tem fim”.
Para terminarmos, o Papa nos fala de darmos razões de nossa fé. Darmos o “assentimento”. E este só será possível se utilizarmos o Catecismo da Igreja Católica para aprofundarmos aquilo que nos vem pela pregação. O Catecismo Católico é o lugar privilegiado para o “desenvolvimento da fé até chegar aos grandes temas da vida diária”.
Vivamos esse momento rico. Aprofundemos nossa fé. Primeiro, ouvindo e meditando a palavra de Deus. Segundo, tendo nosso Credo como oração principal de nossa vida. Terceiro, fazendo do Catecismo da Igreja Católica nossa fonte de estudo da fé.
Coloquemo-nos nas mãos da Mãe de Deus, “proclamada feliz porque acreditou (Lc 1,45)”.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Mensagem de Dom Orani Tempesta pela nomeação do Bispo de Petrópolis


Mensagem de D. Orani João Tempesta, O. Cist.
Presidente do Regional Leste 1 - CNBB
pela nomeação de D. Gregório Paixão, OSB
para Bispo Diocesano de Petrópolis
O Regional Leste 1 da CNBB recebeu com alegria a notícia de que Sua Santidade o Papa Bento XVI nomeou D. Gregório Paixão, OSB para Bispo Diocesano de Petrópolis, nesta quarta-feira, 10 de outubro de 2012.
A vinda deste Irmão no Episcopado, ao qual me sinto particularmente unido pela consagração monástica segundo o ideal de São Bento, traz uma valiosa contribuição para esta parcela do povo de Deus nas Províncias de Niterói e do Rio de Janeiro.
Em sua trajetória pastoral, D. Gregório combina o dinamismo de um bispo jovem com a sólida formação e experiência acadêmicas, encimadas pela espiritualidade beneditina. A experiência como Auxiliar na Arquidiocese de Salvador certamente lhe acrescentou a experiência de governo, que agora se desdobrará no pastoreio do rebanho de Cristo em Petrópolis.
Ao apresentar publicamente as boas-vindas a D. Gregório Paixão, queremos manifestar nossa expectativa pelo fecundo trabalho que irá realizar, e assegurar-lhe toda a colaboração que se fizer necessária de nossa parte em vista do êxito de sua missão.
Integrando o Episcopado do Regional Leste 1, este nosso estimado Irmão nos enriquecerá com seu conhecimento e experiência, para que a Igreja em nosso Estado prossiga sua caminhada sempre mais unida e firme no discipulado missionário, e nossas (Arqui)Dioceses sejam verdadeiras comunidades vivas e centro dinâmicos de evangelização.
Unido ao querido povo petropolitano em ação de graças a Deus pela graça de receber um novo Pastor, enviamos a todos os cumprimentos fraternos do Episcopado deste Regional.
A São Pedro de Alcântara, Padroeiro de Petrópolis, grande místico e empreendedor frade  capuchinho entregamos a nova missão de D. Gregório, para que ele, em meio às mudanças do nosso tempo, conduza com zelo pastoral o seu rebanho até às verdes pastagens que o Senhor lhe prepara.
 Rio de Janeiro, outubro de 2012.
 X D. Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro
Presidente do Regional Leste 1 - CNBB

Maria: Alegria da entrega e da fidelidade a Deus!

No sétimo dia de nossa novena, o Diácono Melquisedec Ferreira pregou sobre a Alegria da entrega e da fidelidade a Deus, tema desta dia.
Em entrevista a PASCOM da Capela, afirmou que "a alegria de nossa senhora passou pela dor. Devemos aprender com ela. Nossa vida, também, será assim, a nossa alegria de estar com Deus passará por momento de cruz, de dor, de injustiça, de decepção, de tristeza, mas à semelhança de Nossa Senhora, nós somos chamados a permanecermos firme na alegria que Deus nos dá mesmo nessas horas".

Foi um momento de grande alegria para toda a comunidade religiosa de nossa capela reunida para rezarmos. Diante do santíssimo colocamos nossas angústias, e contamos com a presença de Deus que nos anima a sermos seus missionários.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Terceiro dia da Novena de Nossa Senhora da Aparecida

Hoje, dia 05 de outubro, celebramos o terceiro dia da novena em louvor a Nossa Senhora Aparecida. Pe. Pedro Li, vigário paroquial, conduziu esta noite. Em sua pregação, disse que "Deus sabe o que é melhor para cada um de nós". E que "Maria aceitou a proposta de vida que Deus lhe fez". Terminou dizendo que ela acolheu com alegria a Palavra de Deus. Deixou-se "engravidar pela palavra de Deus".





Vocação - Mesa Redonda no Colégio Cia de Maria

Hoje, dia 05/10/2012, estive presente no Colégio da Cia de Maria, no Grajaú-RJ, participando de uma Mesa Redonda sobre vocação. Foi um momento muito rico. Junto comigo estavam o Pastor Armando (Ig. Presbiteriana); David (vocacionado da comunidade Shalom); André Carneiro (professor do colégio); Teresa Magarinos (professora do Colégio); Ir. Sônia (religiosa da Cia de Maria).
Foi um momento muito rico de partilha de cada uma das vocações. O que mais nos marcou foi a descoberta que cada um de nós fizemos de Deus na juventude. E o quanto essa proximidade com o senhor mudou nossas vidas juvenis fazendo com que assumíssemos vocações específicas distintas. Deus nos que feliz dentro daquilo que buscamos com sinceridade e coração aberto para acolher e saber mudar de rumo, sem medo.
Ao final do encontro, Ir. Sônia convidou o Pastor Armando para nos abençoar.

     

Segundo dia da Novena de Nossa Senhora Aparecida

Dia 04 de outubro de 2012. Jedi Bonfim prega na novena de Nossa Senhora Aparecida. Na noite de ontem, segundo dia de nossa novena, tivemos a presença da Coordenadora do Grupo de Oração Cristo Rei e pregadora da RCC, Jedi Bonfim.
Nesta oportunidade, Jedi destacou os momentos de profundidade da novena. Destacou que a Palavra de Deus, o Santíssimo Sacramento, e a veneração a imagem de Nossa Senhora, compoem nossa fé. Nos animam diante das dificuldades.
Hoje nossa novena continua com o nosso vigário paroquial, Pe. Pedro Li.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Novena de Nossa Senhora da Conceição Aparecida

No dia 03 de outubro de 2012 teve início a Novena em preparação à Festa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida na Capela que leva o nome dela, na Comunidade Parque João Paulo II, na rua Sá Viana.
A novena foi aberta com a Consagrada da Comunidade Coração Novo (CCN), Anne Ramiro. A pregadora destacou o carinho com que a mãe de Deus está ao nosso lado. A animação da noite ficou pro conta de Sérgio Dias e Rafeael (CCN). Antes do término da novena, o Diácono Marcos Gayoso deu a bênção do Santíssimo.
No final, a Comunidade N. Sra. Aparecida ofereceu um delicioso lanche para os convidados.
A Novena continua no dia de hoje, dia 04 de outubro, às 19h, com a presença da pregadora da Renovação Carismática Católica, Jedi Bonfim, e coordenadora do Grupo de Oração Jesus Rei.
Veja a programação completa em www.nossasenhoraperpetuosocorro.blogspot.com.br.
Foi um momento de oração e integração da comunidade. A intronização da imagem de N. Sra. Aparecida; a intronização da Palavra de Deus; a pregação da consagrada Anne Ramiro; a bênção do Santíssimo e o oferecimento das rosas à Nossa Senhora, foram momentos marcantes.

Veja a programação completa.

Dia 03/10 - quarta-feira - Izaias, Fundador da Comunidade Coração Novo;
Dia 04/10 - quinta-feira - Jedi, Coordenadora do Grupo de Oração Jesus Rei;
Dia 05/10 - sexta-feira- Padre Pedro Li, Vigário Paroquial da Paróquia N. Sra. do Perpétuo Socorro;
Dia 06/10 - sábado - Alan Cota, MESC da Nossa Senhora do Perpétuo Socorro;
Dia 07/10 - domingo - Mons. Jorge Aziz, Pároco da Nossa Senhora do Perpétuo Socorro;
Dia 08/10 - segunda-feira - Padre Fernando Barbosa, Pároco da Jesus Divino Mestre (Cachambi);
Dia 09/10 - terça-feira- Diácono Melquisedec Ferreira, Programa "Acorda Catedral". Paróquia São Rafael;
Dia 10/10 - quarta-feira - Padre Ravi, Tribunal Eclesiástico de Porto Velho - Rondônia;
Dia 11/10 - quinta-feira - Diácono Marcos Gayoso,  Nossa Senhora do Perpétuo Socorro;
Dia 12/10 - sexta-feira - Missa Solene às 10h. Precedida de procissão às 9h, partindo da Praça Nobel.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Oração e Palavra de Deus

Na tarde do dia 30 de setembro de 2012 estive com a Comunidade Coração Novo falando sobre Oração e Palavra de Deus.
Nesta oportunidade, meditamos como orar com a Palavra de Deus. Inicialmente, fiz o seguinte questionamento aos presentes: "O que esperamos quando nos colocamos a orar?" Alguns disseram paz, outros intimidade com Deus; e ainda, respostas.
Em seguida, apresentei a frase de Santa Teresinha do Menino Jesus: "A oração é um IMPULSO do coração, é um SIMPLES olhar lançado para o céu, é um GRITO de gratidão e de amor, tanto na TRIBULAÇÃO, como no meio da ALEGRIA" (grifos meus).
Depois, a pergunta: "De onde é que falamos aos orar?" O "locus" social e espiritual. Falamos "das alturas do nosso orgulho e da nossa vontade, ou das profundezas dum coração humilde e contrito?". Em  Mateus 6,6 lemos: "quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está lá, no segredo". Ao se colocar no quarto, no lugar do segredo. No secreto do coração. Da intimidade do ser. É ai que se encontra Deus.
Uma atitude fundamental para a oração é a humildade. Ela é fundamento da oração. Em Marcos 14,36 Jesus nos mostra a sua situação de humildade: "... não o que quero, mas o que tu queres". Em João 5,30, Jesus demonstra outra atitude de humildade: "Por mim mesmo, nada posso fazer: eu julgo segundo o que ouço (...) não procuro a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou". A humildade é a disposição necessária para receber gratuitamente o dom da oração.
Existe um lugar de onde fazemos nossa oração. Aqui está o nosso poço (Jo. 4,6c-15). A maravilha da oração revela-se à beira dos poços aonde vamos buscar a nossa água. E aonde estão nossos poços? Aonde buscamos aquilo que vai saciar nossa sede de Deus? Nos diz Santo Agostinho: "A oração é o encontro da sede de Deus com a nossa. Deus tem sede de que nós tenhamos sede d'Ele". É no poço que Jesus vem ao encontro de todo ser humano. Ele antecipa-se a nos procurar. É ele que nos pede de beber.
É do coração que procede a oração do homem. É o coração que ora. Se ele estiver longe de Deus, a expressão da oração será vã. Em Marcos 8,29 e 32 temos a confirmação da proximidade e do afastamento do coração da presença de Deus. No versículo 29, lemos: "Tu és o Cristo". E quando o coração se afasta de Deus, lemos no versículo 32: "Pedro, chamando-o de lado, começou a recriminá-lo".
Para concluir, na nova aliança a oração é a relação viva dos filhos de Deus com o seu Pai. A vida de oração consiste estar HABITUALMENTE na presença de Deus e em comunhão com ele. A oração cristã na medida em que for comunhão com Cristo, dilatando-se na Igreja que é o seu corpo. As duas dimensões são as do amor de Cristo.
Orar é colocar-se diante de Deus com sua palavra. E confrontar nossa vida com a palavra de Deus.
Leia. Medite. Ore. Confronte sua vida com a Palavra de Deus.