A
palavra dirigida por Jesus a nós, no dia de hoje, é dura. E é assim todo o
evangelho. Infelizmente, corremos sempre a tentação de querermos buscar uma
interpretação que amenize aquilo que Jesus quer nos dizer. Mas é claro que, em
alguns textos, a fala é dura mesmo.
No
caso de hoje, ele nos faz refletir sobre nossas práticas religiosas. Muitas
vezes, vivemos uma fé de exterioridades: pagamos dízimo; doamos alimentos para
cestas básicas; recolhemos recursos para as mais diversas obras de assistência;
e fazemos muito mais. Até participamos da Missa, Confessamos, Comungamos,
Rezamos o Terço.
Tudo
isso é importante. Mas não é o principal. A prática da justiça e o temor (amor)
de Deus ficam de lado. E isto tem tanto valor, ou até mais, do que as práticas
materiais. E o que é a prática da justiça. Creio que o próprio Jesus nos
responde. Mateus 25,34-40. “Tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me
destes de beber; era peregrino, e me hospedastes; andava nu e me vestistes.
Estava doente, e me visitastes; estava preso, e me viestes ver”. Então, aqueles
que fizeram estas coisas vão perguntar a Jesus quando isso se deu. E ele
responderá: “Tudo o eu fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim
o fizestes”. Isto é praticar a Justiça. Incluímos nesta lista: lembrar dos
hospitais em péssimo estado. Lembrar das escolas públicas que não tem condições
de oferecer um ensino de qualidade. Acompanhar a atuação dos seus candidatos.
Conferir de perto. Cobrar. Fazer valer a sua fé.
Assim,
irmãs e irmãos, estaremos fazendo com que os frutos do Espírito Santo brotem de
nós. E eles são, conforme Paulo diz: “Caridade; Alegria; Paz; Longanimidade;
Bondade; Lealdade; Mansidão; Continência” (Gl 5,22-23a).
O
salmo 1 nos diz que “feliz é todo aquele que (...) encontra seu prazer na lei
de Deus, e a medita, dia e noite, sem cessar”. A este, tudo o que fizer
prosperará, pois “Deus vigia o caminho dos eleitos”. E quando praticamos a
Justiça e o Amor de Deus somos justos aos seus olhos. Quando nos propomos ao
bem, não andando “conforme o conselho dos perversos”, não aceitando o “caminho
dos malvados”, nem nos sentando “junto dos zombadores”, Deus vigia nossos
caminhos. Deus se coloca ao nosso lado. E tudo o que fizermos, prosperará.
(Meditação dos textos de Lc. 11,42-46; Gl. 5,18-25; Salmo 1)
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