domingo, 21 de outubro de 2012

Semente do Ano da Fé

Ao proclamar o Ano da Fé, o Papa Bento XVI nos conclama a aprofundarmos nossa fé através do estudo do Catecismo da Igreja Católica e dos Documentos do Concílio Vaticano II.
Neste breve artigo, trazemos algumas considerações feitas pelo Beato João Paulo II na promulgação do Catecismo da Igreja Católica. Esperamos que seja motivador para a vivência e estudo de nossa opção de seguir Jesus Cristo em sua Igreja: Católica Apostólica Romana.
Em 1997, através da Carta Apostólica “Laetamur Magnopere”, João Paulo II aprovou a edição latina do Catecismo da Igreja Católica. Esta autorização de publicação deu-se cinco anos após a Constituição Apostólica Fidei Depositum, que publicou, originalmente, o Catecismo, após 30 anos da abertura do Concílio Vaticano II.
De vários lugares chegaram contribuições para o texto do Catecismo. Isto manifestou o “notável interesse que o Catecismo suscitou em todo o mundo”. Confirmou a finalidade do “Catecismo de se apresentar como uma exposição completa e integral da doutrina católica”. Levando seus leitores a conhecerem o que a “Igreja professa e celebra, vive e reza em seu cotidiano”. Espera a Igreja que o conteúdo do Catecismo, da fé cristã seja “exposta de forma mais adequada aos homens de nossos dias”.
A tradução típica latina torna-se um “válido e legítimo instrumento para a comunhão eclesial e uma norma segura para o ensino da fé, assim como um texto de referencia seguro e autêntico”.
Ainda lemos, “a catequese nesta exposição genuína e sistemática da fé e da doutrina católica um caminho plenamente seguro para apresentar o anúncio cristão, com renovado fervor, em todas e em cada uma de suas partes, aos homens de nosso tempo. Os professores de catequese terão neste volume uma ajuda sólida com a qual poderão comunicar, na Igreja local, o único e perpétuo depósito da fé. (...) A atividade catequética poderá experimentar um impulso novo e amplo junto ao povo de Deus, se souber utilizar e avaliar adequadamente este Catecismo”.
O Papa continua dizendo: “urge um empenho extraordinário de evangelização para que todos possam conhecer e acolher o anúncio e assim crescer ‘na medida da idade da plenitude de Cristo’”(Ef 4,13).
Concluindo sua carta, convoca o povo de Deus para que o Catecismo seja “conhecido e acolhido por todos para que a unidade na fé se fortaleça e se expanda até os limites da terra”.
Fidei Depositum – Depósito da Fé
Em outubro de 1992, através da Constituição Apostólica Fidei Depositum, João Paulo II fez publicar o Catecismo da igreja Católica.
Inicialmente, nos lembra João Paulo II que “Guardar o depósito da Fé é missão da Igreja. E que o Concílio Vaticano II “tinha como intenção e finalidade por em evidência a missão apostólica e pastoral da Igreja”.
Continua dizendo que “ao concílio coube apresentar melhor o precioso depósito da doutrina cristã”. E que deve o Concílio deveria “empenhar-se por mostrar serenamente a força e beleza da doutrina da fé”. Além de oferecer um “conjunto considerável de exposição doutrinais e de diretrizes pastorais oferecidas a toda a Igreja”.
É um momento oportuno para se ter “orientações para uma renovação de pensamentos, de atividades, de costumes e de força moral, de alegria e de esperança, que foi o objetivo do Concílio”. João Paulo II destaca que o Vaticano II foi ponto de referência de toda sua pastoral.
Em Janeiro de 1985 reuniu-se uma Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos com a “finalidade de celebrar as graças e os frutos espirituais do Concílio Vaticano II, aprofundar seu ensinamento para aderir melhorar a ele e promover sue conhecimento e sua aplicação”.
Os bispos reunidos no Sínodo “manifestaram o desejo de que a apresentação da doutrina” deveria ser “bíblica e litúrgica, oferecendo ao mesmo tempo uma doutrina sã e adaptada à vida atual dos cristãos”. Assim, tornaria-se o Catecismo um “texto de referência para uma catequese renovada nas fontes vivas da fé”. Fazendo com que este Catecismo se convertesse num “contributo muito importante àquela obra de renovação da vida eclesial inteira, querida e iniciada pelo Concílio Vaticano II”.
O Papa afirma que “este Catecismo é fruto de uma colaboração de todo o episcopado da Igreja Católica”. E que “reflete a natureza colegial do episcopado”.
“Um catecismo deve apresentar (...) o ensinamento da Sagrada Escritura, da Tradição e do Magistério. (...) Deve ter em conta as explicações da doutrina que o Espírito Santo sugeriu à Igrejá. É também necessário que ajude a iluminar, com a luz da fé, as novas situações e os problemas que ainda não tinham surgido no passado”.
Assim, o Catecismo “incluirá coisas novas e velhas (Mt. 13,52) porque a fé é sempre a mesma fonte de luzes sempre novas”.
O Catecismo apresenta o conteúdo em quatro partes: “O Credo; a Sagrada Liturgia; O agir cristão; e a oração”. De forma que o conteúdo seja “expresso de modo novo, para responder às interrogações de nossa época”.
“Lendo o Catecismo da Igreja Católica, pode-se captar a maravilhosa unidade do mistério de Deus”.
João Paulo II diz que “o Catecismo da Igreja Católica (...) é uma exposição da fé da Igreja e da doutrina católica”. E acrescenta afirmando que é “um instrumento válido e legítimo a serviço da comunhão eclesial e como uma norma segura para o ensino da fé. Sirva ele para a renovação, à qual o Espírito Santo chama incessantemente a Igreja de Deus, Corpo de Cristo, peregrina rumo à luz sem sombras do Reino!”.
Conclui pedindo aos “Pastores da Igreja e aos fiéis que acolham este Catecismo em espírito de comunhão e que o usem assiduamente ao cumprir sua missão de anunciar a fé e de convocar para a vida evangélica. (...) O Catecismo é oferecido a todo o homem que nos pergunte a razão de nossa esperança (1 Pd. 3,15) e queira conhecer aquilo em que a Igreja Católica crê”.

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