Queridas amigas e amigos,
Nossa liturgia deste domingo nos propõem a leitura de Isaías 66,18-21; Hebreus 12,5-7.11-13; e o Evangelho de Lucas 13,22-30.
Fala da missão dada a cada um de nós. E de como devemos viver a nossa fé em Jesus Cristo.
Logo no início, Isaías, apresenta o pensamento de Deus: "Eu, que conheço suas obras e seus pensamentos, virei para reunir todos os povos e línguas". Ou seja, Deus ajunta aquilo que está, ou que ficou, disperso por conta do pecado dos seres humanos. O Senhor atrai para si todos, e tudo, que estava longe dele. Jesus já havia dito: "vim buscar o que estava perdido". Na parábola do Pai Misericordioso (ou Filho Pródigo), o Pai diz: "este teu irmão estava morto e voltou à vida". É Deus quem ajunta. Reúne.
Na Carta aos Hebreus, meditamos sobre as correções de Deus. Quem gosta de ser corrigido? Quem gosta de saber que cometeu uma falha? Mas o autor des
ta carta deixa claro que no momento "nenhuma correção parece alegrar, mas causa dor. Depois produz um fruto de paz".
No evangelho, Jesus nos convida a entrar pela porta estreita. O que significa isso? Não é mais fácil passar pela porta larga?
Ai reside toda a diferença. Para Deus não existe coisas fáceis. Ele pode tudo. Mas é preciso saber se nosso coração esta voltado para ele.
O Evangelho de hoje fala diretamente de salvação. De vida eterna. E Jesus diz que "muitos tentarão entrar e não conseguirão". Devemos tomar cuidado com a nossa vida religiosa. Pois quando a porta de fechar, não haverá mais como abrir. Jesus não nos reconhecerá. Então, diremos: "Nós comemos e bebemos diante de ti e tu ensinaste em nossas praças!" E ouviremos, "Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!". A medida da salvação está na justiça. Mas que justiça? Em Mateus 25 a partir do versículo 31 encontramos a resposta. Estive nu e me vestistes. Estava com sede e me destes de beber. Era peregrino e me acolhestes. Estava doente e preso e fostes me visitar.
Queres ser salvo? Pratica essas coisas, sem descuidar da vida de oração. Devemos ir á missa, para comermos e bebermos do corpo do Senhor. Devemos ter outras práticas devocionais. Rezar o terço, participar do grupo de oração, ser ministro extraordinário da sagrada comunhão, catequista. Ministro do Batismo e do Matrimônio. Ministro da Confissão. Bispos, padres, diáconos, consagrados (as), todos nós somos chamados a indicar esse caminho. E não apenas mostrar, mas ir à frente do povo. Caminhar junto.
Assim, amadas irmãs e amados irmãos, "proclamai o evangelho a toda criatura". "Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, povos todos festejai-o. Pois comprovado é seu amor para conosco, para sempre ele é fiel!"
Deus vos abençoe.
"Toda escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra". (II Tm 3,16-17). Acesse https://diaconiadapalavra.blogspot.com/. Comentários da liturgia diária.
domingo, 25 de agosto de 2013
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
"Se tu queres ser perfeito..."
Queridas irmãs e irmãos,
Nossa meditação de hoje é tirada de Mateus 19,16-22. Aqui, uma pessoa pergunta a Jesus o que deve fazer para possuir a vida eterna.
Destaco três pontos desta perícope para o comentário. 1º) A pergunta: "Mestre, o que devo fazer de bom para possuir a vida eterna? 2º) A resposta de Jesus; 3º) O desejo de perfeição.
A pergunta. Alguém, que pode ser eu ou você, tem o desejo de eternidade. De vida eterna. Então busca a Deus, Jesus, a Igreja. Mas entrar na vida eterna é muito simples. É fácil. Basta viver aquilo que Deus determinou no decálogo. "Não matarás, não cometerás adultério, não roubaras, não levantarás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe e amo o próximo como a ti mesmo". Quer dizer, vive para o outro e terás um lugar na vida eterna. Não precisa de grandes coisas. Vive o direito natural. Age com amor e caridade.
Entretanto, essa pessoa acha que isso é pouco. É preciso mais, pois muitas pessoas vivem isso, inclusive aqueles que não tem religião. Necessita de mais do que isso. Por isso a pergunta: "Tenho observado todas estas coisas. O que ainda me falta?" Não basta viver a lei. É necessário mais. Qualquer homem de boa vontade vive esses preceitos. Quero mais.
Então, Jesus fala de PERFEIÇÃO. "Se queres sere perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me". Observe que Jesus fala de perfeição. Ele identifica o desejo de mais. A vivência da lei não é suficiente para aquele que quer mais. Quem quer ser perfeito deve colocar toda a sua vida, toda a sua vontade, todo o seu desejo, toda a sua riqueza, todo o seu tempo a serviço de Deus. E ficar mais próximo de Jesus. Anunciar a vida de Jesus, Comunicar o seu evangelho. Anunciar que Deus está no meio de nós através de Jesus e da sua Igreja.
Irmãs e irmãos, vejam que para possuir a vida eterna é fácil. Aquelas e aqueles que desejam ser perfeitos devem seguir Jesus sem colocar sua preocupação na própria vida.
Oremos: "Ó Deus, preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas, que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém".
Nossa meditação de hoje é tirada de Mateus 19,16-22. Aqui, uma pessoa pergunta a Jesus o que deve fazer para possuir a vida eterna.
Destaco três pontos desta perícope para o comentário. 1º) A pergunta: "Mestre, o que devo fazer de bom para possuir a vida eterna? 2º) A resposta de Jesus; 3º) O desejo de perfeição.
A pergunta. Alguém, que pode ser eu ou você, tem o desejo de eternidade. De vida eterna. Então busca a Deus, Jesus, a Igreja. Mas entrar na vida eterna é muito simples. É fácil. Basta viver aquilo que Deus determinou no decálogo. "Não matarás, não cometerás adultério, não roubaras, não levantarás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe e amo o próximo como a ti mesmo". Quer dizer, vive para o outro e terás um lugar na vida eterna. Não precisa de grandes coisas. Vive o direito natural. Age com amor e caridade.
Entretanto, essa pessoa acha que isso é pouco. É preciso mais, pois muitas pessoas vivem isso, inclusive aqueles que não tem religião. Necessita de mais do que isso. Por isso a pergunta: "Tenho observado todas estas coisas. O que ainda me falta?" Não basta viver a lei. É necessário mais. Qualquer homem de boa vontade vive esses preceitos. Quero mais.
Então, Jesus fala de PERFEIÇÃO. "Se queres sere perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me". Observe que Jesus fala de perfeição. Ele identifica o desejo de mais. A vivência da lei não é suficiente para aquele que quer mais. Quem quer ser perfeito deve colocar toda a sua vida, toda a sua vontade, todo o seu desejo, toda a sua riqueza, todo o seu tempo a serviço de Deus. E ficar mais próximo de Jesus. Anunciar a vida de Jesus, Comunicar o seu evangelho. Anunciar que Deus está no meio de nós através de Jesus e da sua Igreja.
Irmãs e irmãos, vejam que para possuir a vida eterna é fácil. Aquelas e aqueles que desejam ser perfeitos devem seguir Jesus sem colocar sua preocupação na própria vida.
Oremos: "Ó Deus, preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas, que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém".
domingo, 18 de agosto de 2013
"A minha alma engrandece o Senhor!"
Queridas amigas e amigos,
Hoje a Igreja festeja a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Comemorada desde o século VI. Era costume, dentre os primeiros cristão, e confirmado pelo padres de Igreja, que Maria, após sua morte, foi elevada aos céus.
A Igreja nos propõem para nossa reflexão o texto de Lucas 1,39-56, o chamado Magnificat. É lugar comum falar da visita de Maria à sua prima Isabel. Falar do serviço de Maria. Daquela que se põem à serviço após o anúncio, a missão recebida. Não guardou para si a palavra. Colocou-se a caminho.
Entretanto, gostaria de destacar outro aspecto deste texto. Maria não se prende às qualidades que sua prima se lhe diz. Maria destaca sua relação com Deus. Ela não se exalta. Destaca a alegria de sua alma, pois Deus olhou para a sua humildade. Aqui se humildade demonstra a insignificância de sua vida. A humildade é estar à margem da sociedade. É estar afastada do poder. Das decisões. É reconhecer-se indigna de assumir tal missão.
Maria não perde o foco de seu chamado. Ela compreende a missão que tem pela frente. Sabe que Deus exalta os excluídos através de sua convocação para ser a mãe do Senhor. Por isso, ela exalta o nome de Deus, "o todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor". Após dizer que o nome de Deus é "santo", e que a misericórdia dele se entende de "geração em geração", ela canta que os "poderosos" e "ricos" perderão seus trono, poder e riqueza. E os humildes e famintos serão exaltados e saciados. Que Deus cumpre as promessas que faz para nossas vidas.
Irmãs e irmãos, devemos estar atentos às necessidades dos outros. Preocupar-nos com aqueles que passam fome. Com os que não tem saúde. Com os que não tem casa nem terra. Ir ao encontro dos que sofrem. Dos encarcerados, dos doentes, dos idosos, das crianças.
Assim, ao olharmos para Maria, neste dia em que comemoramos a Assunção de Maria, aprendamos como ir ao encontro do próximo.
Oremos: "Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu, em corpo e alma, a imaculada Virgem Maria, mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!"
Hoje a Igreja festeja a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Comemorada desde o século VI. Era costume, dentre os primeiros cristão, e confirmado pelo padres de Igreja, que Maria, após sua morte, foi elevada aos céus.
A Igreja nos propõem para nossa reflexão o texto de Lucas 1,39-56, o chamado Magnificat. É lugar comum falar da visita de Maria à sua prima Isabel. Falar do serviço de Maria. Daquela que se põem à serviço após o anúncio, a missão recebida. Não guardou para si a palavra. Colocou-se a caminho.
Entretanto, gostaria de destacar outro aspecto deste texto. Maria não se prende às qualidades que sua prima se lhe diz. Maria destaca sua relação com Deus. Ela não se exalta. Destaca a alegria de sua alma, pois Deus olhou para a sua humildade. Aqui se humildade demonstra a insignificância de sua vida. A humildade é estar à margem da sociedade. É estar afastada do poder. Das decisões. É reconhecer-se indigna de assumir tal missão.
Maria não perde o foco de seu chamado. Ela compreende a missão que tem pela frente. Sabe que Deus exalta os excluídos através de sua convocação para ser a mãe do Senhor. Por isso, ela exalta o nome de Deus, "o todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor". Após dizer que o nome de Deus é "santo", e que a misericórdia dele se entende de "geração em geração", ela canta que os "poderosos" e "ricos" perderão seus trono, poder e riqueza. E os humildes e famintos serão exaltados e saciados. Que Deus cumpre as promessas que faz para nossas vidas.
Irmãs e irmãos, devemos estar atentos às necessidades dos outros. Preocupar-nos com aqueles que passam fome. Com os que não tem saúde. Com os que não tem casa nem terra. Ir ao encontro dos que sofrem. Dos encarcerados, dos doentes, dos idosos, das crianças.
Assim, ao olharmos para Maria, neste dia em que comemoramos a Assunção de Maria, aprendamos como ir ao encontro do próximo.
Oremos: "Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu, em corpo e alma, a imaculada Virgem Maria, mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!"
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
"Jesus subiu a montanha para rezar"
Queridas amigas e amigos,
Meditemos sobre o evangelho de Lucas 9,28-36. Ele fala da Transfiguração de Jesus.
Lucas diz que além dos apóstolos Pedro, João e Tiago, também estavam junto de Jesus Moisés e Elias. E que o rosto de Jesus brilhava, e sua roupa ficou branca e brilhante. São imagens da glória de Deus agindo nele. Esta glória esta descrita quando o evangelista nos diz "eles apareceram revestidos de glória". E acrescentam que os dois conversavam com Jesus. E ainda informa o tema da conversa: "conversavam sobre a morte que Jesus iria sofrer em Jerusalém".
Este é o primeiro que destaco. Apesar de todo revestimento de glória, a conversa girava sobre os sofrimentos que Jesus iria ter. Isso é muito significativo, pois somente envoltos na graça de Deus é que conseguimos vencer as adversidades que a vida vai nos colocando no dia a dia. Envolvidos pela graça de Deus compreendemos aquilo que nos faz sofrer. Sem a graça de Deus, Jesus não poderia passar pela cruz. Pelo sofrimento de sua paixão. As pessoas que não oram (mesmo que estejam na Igreja) passam pelos sofrimentos como se fossem castigos divinos. Muito pelo contrário. Os sofrimentos são fruto do pecado. E passamos por eles quando nos deixamos envolver pela graça divina, que nos é revelada n oração.
O segundo ponto é uma conjunto de ações: "Pedro e os companheiros estavam com muito sono"; "Ao despertarem"; "Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas"; "Pedro não sabia o que estava dizendo".
"Pedro e os companheiros estavam com muito sono". Interessante. Sono não apenas físico. Mas o sono do não entendimento das coisas de Deus. Quantas vezes descuidamos da nossa vida de oração? Quantas vezes nos descuidamos de nossos ações de caridade? Quantas vezes não fazemos jejum para disciplinar nosso corpo e espírito? O sono nos coloca em estado de letargia. Nos imobiliza para as práticas religiosa. Nos torna cegos para as coisas de Deus.
De repente, Pedro e os companheiros despertaram. Acordaram. Diante dos sofrimentos acordamos. Despertamos. Assustados. Com pressa. Não entendendo o que está acontecendo. Sem saber o que dizer, falamos qualquer coisa. E ai, inventamos muitas coisas. Queremos fazer muita coisa. Queremos prender Deus dentro dos nossos grupos, de nossas pastorais, de nossa visão de mundo, daquilo que esperamos. Queremos construir tendas: "Vamos fazer três tendas". Isto é não saber o que se esta dizendo. É não pensar nas palavras. É não orar a vida. Quando nossa vida não é de oração, não sabemos o que falar.
Terceiro ponto. "Uma voz dizia". Da nuvem saiu uma voz. E esta dá testemunho do Filho: "Este é o meu Filho, o escolhido. Escutai o que ele diz!"
A voz manda que escutemos o Filho. É o Filho que detêm a Palavra. É o Filho que prega a Palavra. É o Filho que diz o que o Pai precisa comunicar. Escutar nos coloca numa atitude de respeito e de querer viver esta Palavra. Quem escuta, vive. Aquele que se coloca numa atitude de escuta, procura fazer com que a Palavra se torne vida. E o ambiente propício para a escuta é o silêncio. "Os discípulo ficaram calados". O Silêncio faz com que meditemos a palavra em nosso coração. O Silêncio nos confronta a Palavra de Deus com as nossas práticas. O Silêncio nos leva a uma verdadeira experiência pessoal de Deus em nossas vidas.
Irmãs e irmãos, oremos: "Ó Deus, que na gloriosa transfiguração de vosso Filho confirmastes os mistérios da fé pelo testemunho de Moisés e Elias e manifestastes, de modo admirável, a nossa glória de filhos adotivos, concedei aos vossos servos e servas ouvir a voz dos vosso Filho amado e compartilhar da sua herança. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém".
Meditemos sobre o evangelho de Lucas 9,28-36. Ele fala da Transfiguração de Jesus.
Lucas diz que além dos apóstolos Pedro, João e Tiago, também estavam junto de Jesus Moisés e Elias. E que o rosto de Jesus brilhava, e sua roupa ficou branca e brilhante. São imagens da glória de Deus agindo nele. Esta glória esta descrita quando o evangelista nos diz "eles apareceram revestidos de glória". E acrescentam que os dois conversavam com Jesus. E ainda informa o tema da conversa: "conversavam sobre a morte que Jesus iria sofrer em Jerusalém".
Este é o primeiro que destaco. Apesar de todo revestimento de glória, a conversa girava sobre os sofrimentos que Jesus iria ter. Isso é muito significativo, pois somente envoltos na graça de Deus é que conseguimos vencer as adversidades que a vida vai nos colocando no dia a dia. Envolvidos pela graça de Deus compreendemos aquilo que nos faz sofrer. Sem a graça de Deus, Jesus não poderia passar pela cruz. Pelo sofrimento de sua paixão. As pessoas que não oram (mesmo que estejam na Igreja) passam pelos sofrimentos como se fossem castigos divinos. Muito pelo contrário. Os sofrimentos são fruto do pecado. E passamos por eles quando nos deixamos envolver pela graça divina, que nos é revelada n oração.
O segundo ponto é uma conjunto de ações: "Pedro e os companheiros estavam com muito sono"; "Ao despertarem"; "Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas"; "Pedro não sabia o que estava dizendo".
"Pedro e os companheiros estavam com muito sono". Interessante. Sono não apenas físico. Mas o sono do não entendimento das coisas de Deus. Quantas vezes descuidamos da nossa vida de oração? Quantas vezes nos descuidamos de nossos ações de caridade? Quantas vezes não fazemos jejum para disciplinar nosso corpo e espírito? O sono nos coloca em estado de letargia. Nos imobiliza para as práticas religiosa. Nos torna cegos para as coisas de Deus.
De repente, Pedro e os companheiros despertaram. Acordaram. Diante dos sofrimentos acordamos. Despertamos. Assustados. Com pressa. Não entendendo o que está acontecendo. Sem saber o que dizer, falamos qualquer coisa. E ai, inventamos muitas coisas. Queremos fazer muita coisa. Queremos prender Deus dentro dos nossos grupos, de nossas pastorais, de nossa visão de mundo, daquilo que esperamos. Queremos construir tendas: "Vamos fazer três tendas". Isto é não saber o que se esta dizendo. É não pensar nas palavras. É não orar a vida. Quando nossa vida não é de oração, não sabemos o que falar.
Terceiro ponto. "Uma voz dizia". Da nuvem saiu uma voz. E esta dá testemunho do Filho: "Este é o meu Filho, o escolhido. Escutai o que ele diz!"
A voz manda que escutemos o Filho. É o Filho que detêm a Palavra. É o Filho que prega a Palavra. É o Filho que diz o que o Pai precisa comunicar. Escutar nos coloca numa atitude de respeito e de querer viver esta Palavra. Quem escuta, vive. Aquele que se coloca numa atitude de escuta, procura fazer com que a Palavra se torne vida. E o ambiente propício para a escuta é o silêncio. "Os discípulo ficaram calados". O Silêncio faz com que meditemos a palavra em nosso coração. O Silêncio nos confronta a Palavra de Deus com as nossas práticas. O Silêncio nos leva a uma verdadeira experiência pessoal de Deus em nossas vidas.
Irmãs e irmãos, oremos: "Ó Deus, que na gloriosa transfiguração de vosso Filho confirmastes os mistérios da fé pelo testemunho de Moisés e Elias e manifestastes, de modo admirável, a nossa glória de filhos adotivos, concedei aos vossos servos e servas ouvir a voz dos vosso Filho amado e compartilhar da sua herança. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém".
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
"Revestir-vos do homem novo"
Queridas amigas e amigos,
A liturgia de ontem nos levou a meditarmos sobre as nossas vaidades. Vaidades intelectuais. Vaidades econômicas. Vaidades religiosas. Nos gloriamos daquilo que fazemos. Nos gloriamos dos convites que recebemos. Nos gloriamos da posição social, ou eclesial, que ocupamos.
No evangelho, nos deparamos com duas histórias distintas. A primeira, fala de partilha de bens. A segunda, do acúmulo de riquezas.
Sobre a partilha dos bens, observamos que uma pessoa pede a Jesus que influencie na divisão dos mesmos. Entretanto, Jesus observa uma grande inveja daquele que faz a solicitação. Jesus não é juiz das coisas da terra. O apego aos bens materiais leva à divisão entre os irmãos. Enquanto, ficamos apegamos ao que temos e possuímos, não deixamos que o homem novo se instale dentro de nós. O homem velho está preocupado em acumular. Guardar. Reter. Acumula desenfreadamente. Quer tudo para si.
A princípio, pensamos apenas no acúmulo de riquezas, de dinheiro. Entretanto, acumulamos conhecimento. Acumulamos amigos. Acumulamos pessoas. Acumulamos preconceitos. Acumulamos.
Na segunda história, Jesus mostra que os acúmulos de coisas leva à morte. Passamos muito tempo de nossa vida acumulando. E deixamos de fazer aquilo que é essencial, partilhar. Partilhar conhecimento. Partilhar amigos. Partilhar alegria, esperança, fé, solidariedade, oração. Aquilo que recebemos não é para ser guardado, mas ser distribuído e partilhado.
Porque guardar? Porque acumular? Tudo é vaidade. E a vaidade obscurece o coração do homem. A vaidade faz com que o homem não enxergue a presença de Deus nas pequenas coisas da vida. A vaidade nos torna cegos.
E São Paulo nos diz que devemos "nos revestir do homem novo". O homem velho é imoral, impuro, tem maus desejos, é cobiçador e mentiroso. Paulo nos convoca nos revestirmos do homem novo. Este se "renova segundo a imagem do seu criador".
Queridas amigas e amigos, deixemos que a palavra de Deus aja em nossos corações. Aprendamos a ler, ouvir e meditar a Palavra de Deus para que ela possa se transformar em gestos e palavras de um novo homem, e uma nova mulher, que devem surgir dentro de cada um de nós, e se transformar em ações concretas no dia-a-dia.
Deus vos abençoe.
A liturgia de ontem nos levou a meditarmos sobre as nossas vaidades. Vaidades intelectuais. Vaidades econômicas. Vaidades religiosas. Nos gloriamos daquilo que fazemos. Nos gloriamos dos convites que recebemos. Nos gloriamos da posição social, ou eclesial, que ocupamos.
No evangelho, nos deparamos com duas histórias distintas. A primeira, fala de partilha de bens. A segunda, do acúmulo de riquezas.
Sobre a partilha dos bens, observamos que uma pessoa pede a Jesus que influencie na divisão dos mesmos. Entretanto, Jesus observa uma grande inveja daquele que faz a solicitação. Jesus não é juiz das coisas da terra. O apego aos bens materiais leva à divisão entre os irmãos. Enquanto, ficamos apegamos ao que temos e possuímos, não deixamos que o homem novo se instale dentro de nós. O homem velho está preocupado em acumular. Guardar. Reter. Acumula desenfreadamente. Quer tudo para si.
A princípio, pensamos apenas no acúmulo de riquezas, de dinheiro. Entretanto, acumulamos conhecimento. Acumulamos amigos. Acumulamos pessoas. Acumulamos preconceitos. Acumulamos.
Na segunda história, Jesus mostra que os acúmulos de coisas leva à morte. Passamos muito tempo de nossa vida acumulando. E deixamos de fazer aquilo que é essencial, partilhar. Partilhar conhecimento. Partilhar amigos. Partilhar alegria, esperança, fé, solidariedade, oração. Aquilo que recebemos não é para ser guardado, mas ser distribuído e partilhado.
Porque guardar? Porque acumular? Tudo é vaidade. E a vaidade obscurece o coração do homem. A vaidade faz com que o homem não enxergue a presença de Deus nas pequenas coisas da vida. A vaidade nos torna cegos.
E São Paulo nos diz que devemos "nos revestir do homem novo". O homem velho é imoral, impuro, tem maus desejos, é cobiçador e mentiroso. Paulo nos convoca nos revestirmos do homem novo. Este se "renova segundo a imagem do seu criador".
Queridas amigas e amigos, deixemos que a palavra de Deus aja em nossos corações. Aprendamos a ler, ouvir e meditar a Palavra de Deus para que ela possa se transformar em gestos e palavras de um novo homem, e uma nova mulher, que devem surgir dentro de cada um de nós, e se transformar em ações concretas no dia-a-dia.
Deus vos abençoe.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Papa Francisco
Distanciar-se do fato para melhor interpretá-lo. Isso faz um historiador. Entretanto, existem aqueles que estudam a História Contemporânea. Olham o que acontece, e tentam entender e explicar. Mas o objeto de estudo da História são as relações sociais. As disputas dos vários grupos sociais para se manter no poder, ou defender a vida.
A visita do Papa Francisco ao Brasil foi um momento destes em que nós, historiadores, ficamos atônitos. Como dar uma explicação para o fato de um homem reunir tantas pessoas do mundo todo num espaço definido?
Aqui vou expor minha visão deste momento. É claro que sou influenciado pela minha formação religiosa e acadêmica. Pela minha visão de mundo. Pelo que penso em relação a vários assuntos. Além dos manuais de Teoria da História, tenho a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja como norteadores do meu pensamento. Some-se a isso, a oportunidade que tive de vivenciar os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola.
A Jornada Mundial da Juventude foi uma inspiração dada a uma pessoa que viveu os horrores da Segunda Guerra Mundial. Da expansão da ideologia marxista, que não admite ser questionada, confrontada. Mas que faz uma leitura da exploração dos pobres e marginalizados. Enquanto a ideologia capitalista afirma que é possível sobreviver desde que se trabalhe. Mas como trabalhar, se não há geração de emprego, formação e cultura?
O Papa João Paulo II sabia que as ideologias totalitárias (fossem elas socialistas, comunistas ou capitalistas) deformam o pensamento dos jovens. João Paulo II desejava uma juventude livre. Com direito a se expressarem. De viverem sua juventude de forma autônoma e responsável. Jovens que pudessem viver sua fé livremente. Ai surgiu a Jornada Mundial da Juventude.
Desde então, ela percorre o mundo. Anuncia Jesus Cristo, morto e ressuscitado. Reúne milhares de pessoas, jovens ou não. Renova a fé. Injeta esperança. Suscita missionários.
Com o Papa Francisco não foi diferente. Sua passagem pelo Rio de Janeiro veio dar uma nova esperança, não só aos católicos, mas a todas as pessoas de boa vontade. Homens e mulheres de diversas confissões religiosas entenderam a mensagem de vida do Papa Francisco.
Jovens do mundo inteiro. Números nunca antes vistos na história desta cidade. Superando todas as expectativas. Só como exemplo, foram 6,5 mil jornalistas de 57 países distintos. Quatro (04) milhões de hóstias. Voluntários especializados de 25 idiomas diferentes. Para a economia, foi deixado pelos peregrinos R$ 1,8 milhão.
Francisco tocou os corações. Animou os jovens. Fez com que todos refletissem. Suas palavras animaram.
Esperemos que as dificuldades e as falhas ocorridas em vários setores do Comitê de Organização Local (COL), principalmente a falta de comunicação direta com as bases, com o clero e com as paróquias, não se repita em Cracóvia. Esperamos nos encontrar por lá. Ainda bem que as pessoas que estiveram no meio de nós eram PEREGRINAS e não turistas. Vieram por motivos religiosos. Eram educadas. Ajudaram na limpeza da cidade. Não causaram transtornos nem quebra-quebra. A sua maior força era a oração diária.
Que o espírito da Esperança renasça em nossos corações.
Encerramos com as palavras de Pedro (1 Pd 3,15): "Estejam prontos para dar razões de sua esperança".
A visita do Papa Francisco ao Brasil foi um momento destes em que nós, historiadores, ficamos atônitos. Como dar uma explicação para o fato de um homem reunir tantas pessoas do mundo todo num espaço definido?
Aqui vou expor minha visão deste momento. É claro que sou influenciado pela minha formação religiosa e acadêmica. Pela minha visão de mundo. Pelo que penso em relação a vários assuntos. Além dos manuais de Teoria da História, tenho a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja como norteadores do meu pensamento. Some-se a isso, a oportunidade que tive de vivenciar os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola.
A Jornada Mundial da Juventude foi uma inspiração dada a uma pessoa que viveu os horrores da Segunda Guerra Mundial. Da expansão da ideologia marxista, que não admite ser questionada, confrontada. Mas que faz uma leitura da exploração dos pobres e marginalizados. Enquanto a ideologia capitalista afirma que é possível sobreviver desde que se trabalhe. Mas como trabalhar, se não há geração de emprego, formação e cultura?
O Papa João Paulo II sabia que as ideologias totalitárias (fossem elas socialistas, comunistas ou capitalistas) deformam o pensamento dos jovens. João Paulo II desejava uma juventude livre. Com direito a se expressarem. De viverem sua juventude de forma autônoma e responsável. Jovens que pudessem viver sua fé livremente. Ai surgiu a Jornada Mundial da Juventude.
Desde então, ela percorre o mundo. Anuncia Jesus Cristo, morto e ressuscitado. Reúne milhares de pessoas, jovens ou não. Renova a fé. Injeta esperança. Suscita missionários.
Com o Papa Francisco não foi diferente. Sua passagem pelo Rio de Janeiro veio dar uma nova esperança, não só aos católicos, mas a todas as pessoas de boa vontade. Homens e mulheres de diversas confissões religiosas entenderam a mensagem de vida do Papa Francisco.
Jovens do mundo inteiro. Números nunca antes vistos na história desta cidade. Superando todas as expectativas. Só como exemplo, foram 6,5 mil jornalistas de 57 países distintos. Quatro (04) milhões de hóstias. Voluntários especializados de 25 idiomas diferentes. Para a economia, foi deixado pelos peregrinos R$ 1,8 milhão.
Francisco tocou os corações. Animou os jovens. Fez com que todos refletissem. Suas palavras animaram.
Esperemos que as dificuldades e as falhas ocorridas em vários setores do Comitê de Organização Local (COL), principalmente a falta de comunicação direta com as bases, com o clero e com as paróquias, não se repita em Cracóvia. Esperamos nos encontrar por lá. Ainda bem que as pessoas que estiveram no meio de nós eram PEREGRINAS e não turistas. Vieram por motivos religiosos. Eram educadas. Ajudaram na limpeza da cidade. Não causaram transtornos nem quebra-quebra. A sua maior força era a oração diária.
Que o espírito da Esperança renasça em nossos corações.
Encerramos com as palavras de Pedro (1 Pd 3,15): "Estejam prontos para dar razões de sua esperança".
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