"Toda escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra". (II Tm 3,16-17). Acesse https://diaconiadapalavra.blogspot.com/. Comentários da liturgia diária.
domingo, 27 de dezembro de 2015
“Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade” (Lc. 2,39).
sábado, 26 de dezembro de 2015
“Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 10,22b).
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Ser Diácono
É importante notar que a vocação diaconal surge, concretamente, no livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 6, a partir do versículo 1. Nesta passagem encontramos a instituição dos sete primeiro diáconos, que tiveram como missão servir às viúvas e órfãos dos cristãos de origem grega. Foram instituídos para manter a unidade e a paz dentro da comunidade dos seguidores de Jesus.
A motivação teológico-espiritual do diaconato vem de Jesus que se apresentou como o servidor no meio de todos. “Eu estou no meio de vós como aquele que serve (Lc. 22,27)”. Em outra passagem, “porque o Filho do Homem não veio para ser servido. Ele veio para servir e para dar a sua vida como resgate em favor de muitos” (Mc 10,45//Mt 20,28). E o Lava Pés, último gesto de serviço, Jesus afirmou: “pois bem, eu que sou o Mestre e o Senhor lavei os pés uns dos outros. Eu lhes dei um exemplo: vocês devem fazer o mesma coisa que eu fiz” (Jo 13,14-15). Está deve ser a perspectiva de todo aquele que se apresenta para ser diácono: o Serviço. Todo vocacionado ao diaconato deve ter diante de si a capacidade de se colocar no lugar de quem serve.
Ao acolher aqueles que buscam colocar sua vida a serviço da comunidade local e da Igreja como Diáconos Permanentes, a Arquidiocese do Rio de Janeiro destaca alguns pontos de discernimento para esta vocação específica.
Quanto aos critérios pessoais, deve-se observar “saúde, idade canônica para ordenação (25 para solteiros e 35 para casados). Situação civil e profissional; capacidade de liderança; autocrítica e interesse pela formação permanente”.
Em relação aos critérios familiares, se o candidato for casado, deverá a esposa dar o seu consentimento e aceitação, bem como os filhos; ter estabilidade na vida matrimonial; mínimo de cinco anos de vida matrimonial.
Na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, a caminhada para o diaconato é composta de um período Propedêutico, onde se aprofunda a vocação diaconal. Em geral dura oito meses (podendo ser ampliada para alguns em determinados casos). Em seguida, dá-se a entrada na Escola Diaconal Santo Efrém, período maior da formação, de quatro a cinco anos. E por último, o escrutínio, ou seja, visitas feitas à comunidade e à família do candidato antes da provável ordenação.
O processo inicia-se em Janeiro com apresentação do candidato à Comissão Arquidiocesana dos Diáconos Permanentes (CADIPERJ) que avalia as indicações das comunidades junto com o corpo diretor da Escola Diaconal.
(postado em http://arqrio.org/formacao/detalhes/976/ser-diacono)
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
“A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de Vida eterna”. (Jo. 6,68)
terça-feira, 8 de setembro de 2015
“A melhor oração é amar”
domingo, 30 de agosto de 2015
"Guardareis e os poreis em prática"
domingo, 9 de agosto de 2015
Festa de São Lourenço, padroeiro dos Diáconos
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
Quem é Nicodemos?
segunda-feira, 15 de junho de 2015
Semente - Mostarda - Parábolas
Inicialmente, nos fala do germinar; em seguida, a grandiosidade do grão de mostarda; e termina com o mistério das parábolas.
Para nós, hoje, não há mais mistério quanto ao germinar de uma semente. Sabemos, pela ciência, como isso acontece. Podemos até fazer modificações na estrutura da semente, manipulando-a geneticamente (experiência essa feita pelo monge agostiniano Mendel, botânico e meteorologista). Entretanto, este parábola é ainda nos é atual. O que nos importa são as condições para que essa semente brote: plantar (colocar na terra, fazer uma cova, enterrar); regar (colocar água); deixar que os dias e as noites passem. Assim, a semente germina e cresce. Estas são as condições para que a semente cumpra sua função, gerar folhas, espigas e grãos. Quando amadurece, o fruto está pronto para a colheita.
Nada mais bonito do que olhar para nosso crescimento espiritual. A Palavra de Deus deve ser planta para que o Reino de Deus possa crescer. Acolher a palavra com amor e carinho. Orar. Meditar. Contemplar. Deixar-se impregnar por esta palavra. Tirando de dentro de nós tudo aquilo que pertence a Deus. Deixar que novos frutos nasçam. Gerar espigas com grãos. E então, partir em missão, pronto para a colheita.
O Grão de Mostarda. Menor semente conhecida. Mas gera um arbusto forte e grandioso. Onde as aves constroem os seus ninhos. Abrigam-se. Assim é o Reino de Deus em nós. Começa pequeno e vai crescendo. Torna-se uma árvore grandiosa. Passamos a ser refúgio para aqueles que nos busca. Somos missionários do reino, pois deixamos que outros se abriguem em nós.
E por último, falar em parábolas. As parábolas são comparações. Nos ajudam a compreender mistérios espirituais que são difíceis de se explicar humanamente. Mas, por outro lado, são realidades humanas que nos aproximam de Deus. Nos fazem ver a concretude do Reino de Deus.
Assim, irmãs e irmãos, cultivemos a semente do Reino de Deus que foi planta em nós pelo Batismo e pelos outros Sacramentos. Deixemos crescer essa planta. Sejamos acolhedores. Que se abriguem em nós pessoas que busquem a presença de Deus em suas vidas. Vamos dar sombra e abrigo para aqueles e aquelas que ainda estão voando, sem um ninho para pousar.
Busquemos novos métodos e novo ardor missionário. Quais parábolas do século XXI servem para explicar o Reino de Deus.
Deus vos abençoe nesta semana.
segunda-feira, 25 de maio de 2015
Pentecostes
Nossa liturgia nos brindou com duas narrativas sobre esse evento espiritual na vida dos primeiros seguidores de Jesus.
No livro do Atos dos Apóstolos (At 2,1-11), Lucas faz uma narrativa pirotécnica. Fala de vento impetuoso, línguas de fogo, e diz que os apóstolos começaram a falar em outras línguas, ou que, pelo menos, as pessoas entendiam em sua língua materna aquilo que era proclamado por eles.
A segunda narrativa encontra-se no evangelho de João (Jo. 20,19-23). Mais simples. Menos pirotécnica. Demonstra a situação dos discípulos: medo.
A narrativa lucana está inserida na expansão e no crescimento da Igreja. Lucas estava deslumbrado com a a nova fé. Com a forma com que aqueles homens, e mulheres, pouco letrados, demonstravam a fé com destemor. Somente um acontecimento forte (vento impetuoso) poderia ter mudado a vida deles. Ninguém sairia anunciando uma pessoa que havia morrido sem uma experiência espiritual marcante. Em Lucas, vive-se a experiência do Sinai antes das tábuas da Lei. A nova aliança, a partir de Jesus, reflete a mesma experiência do Sinai.
Em João, essa experiência se dá de uma outra forma. Estando os discípulos trancados em casa, por medo dos judeus, Jesus se coloca no meio deles. Sem haver a necessidade de se abrir as portas.
Somente a Paz pode extirpar o medo de testemunho. O medo não pode ser realidade na vida daqueles que viveram essa experiência de Jesus. Não cabe mais o medo. E somente a paz pode tirar o medo. Por isso, ele diz "a paz esteja convosco".
Mas a paz não estingue as marcas do sofrimento. Quem sofre com paz aprendeu a colocar nas mãos de Deus os acontecimentos difíceis da vida.
Mas quem pode experimentar pessoalmente as palavras e ações de Jesus deve partir em missão. Mas esta não é uma missão qualquer. É uma missão de paz. Por isso, antes de enviar em missão, Jesus deseja a paz novamente aos seus discípulos. O Pai enviou Jesus em missão de paz. Então, Jesus transfere essa missão para seus discípulos. Serem portadores da Paz.
Mas somente quem tem o Espírito Santo pode dar a Paz, pois a paz implica em perdoar as ofensas sofridas. Assim, ele afirma que os pecados serão perdoados ou retidos dependendo de nossa ação diante dele. Ele já havia ensinado, na oração do "pai-nosso" a pedir: "perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido". A ação de pedir perdão implica em perdoar também. Se Deus te perdoar, você deve perdoar, caso contrário, seu perdão estará retido.
Irmãs e irmãos, poderíamos enumerar vários outros momentos de Pentecostes na sagrada escritura.
Entretanto, ao festejarmos Pentecostes, devemos partir em missão de Paz. Deus nos chama a perdoar as ofensas sofridas. As marcas ficam, mas as atitudes mudam.
Deus vos abençoe.
sábado, 9 de maio de 2015
Dia das mães
domingo, 5 de abril de 2015
Cristo Ressuscitou
Cristo ressuscitou, vive no nosso meio. Aleluia!
Começamos o período Pascal. Até a festa de Pentecostes, estaremos celebrando a Páscoa.
Quero partilhar com vocês algo interessante. Qual é o cheiro da ressurreição? Você já fez o exercício de tentar sentir esse odor?
Vejam, em Betânia, na casa de um leproso, de nome Simão, Jesus foi ungido por uma mulher (não identificada, em Mateus e Marcos). Somente João diz que essa mulher era Maria.
João diz que o cheiro do perfume tomou conta de toda a casa. Detalhe não encontrado nos outros dois evangelistas.
Mas num ponto, todos concordam, eram alguns dias antes da Páscoa. Isso é fundamental, pois a unção pré morte fora feita ainda com Jesus em vida.
Jesus é perfumado. Seu corpo é preparado não para a sepultura; mas para a vida, vida que será retomada após a Ressurreição.
Após ser descido da cruz, Nicodemos traz trina quilos de perfume para ungir o corpo do Senhor, antes do coloca-lo no sepulcro.
Na madrugada após o Sábado, mulheres vão ao túmulo com vasos de perfume para ungir o corpo do Senhor.
Irmãs e irmãos, vejam, a Ressurreição tem um odor, um cheiro. E não é cheiro de morte. É cheiro de vida. E de vida eterna. Só os cadáveres apodrecem e cheiram mal. Jesus não era um cadáver. Ele veio para que todos tivessem vida, e vida em abundância. Somente quem tem vida pode dar vida. Por isso, a morte não podia vencer Jesus, pois ele é o autor da vida. Ele é gerador de vida. Ele dá a vida para que todas as outras vidas sejam resgatadas.
Mas essa vida tem um cheiro. Cheiro de perfume. Cheiro bom. Agradável, pois Jesus é agradável. É bom.
Hoje somos chamados e exalar esse cheiro. A comunhão eucarística nos permite trazermos esse cheiro para nós. O sacramento do Batismo nos insere nesses vasos onde etão colocados os perfumes. Somos banhados com o perfume de Jesus para exalarmos o seu odor nos ambientes em que vivemos. O Sacramentos da Penitência restabelece o odor divino que nos foi dado com o sopro da vida. Os sacramentos da Ordem e do Matrimônio servem para a conservação desse odor no serviço ao próximo. O Sacramento da Crisma nos banha com o cheiro do Espírito Santo (Deus com o Pai e o Filho). E na Unção dos Enfermos, nosso corpo é preparado para a restauração da vida física e espiritual. Neste sacramento, participamos dos sofrimentos do Senhor, e nos preparamos para a ressurreição junto com ele.
Irmãs e irmãos, deixemos que o cheiro da ressurreição tome conta de nossas vidas. Exalemos esse bom odor. Sejamos mensageiros da ressurreição de Jesus. Sejamos perfume onde estivermos. Que as pessoas possam sentir o cheiro do Senhor Ressuscitado através de nossa vida. Somos vasos de perfume. Carregamos em nós o cheiro da Ressurreição.
Feliz Páscoa.
Cristo Ressuscitou! Vive no nosso meio! Aleluia!
domingo, 1 de março de 2015
"Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz"!
Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. Eles observaram essa ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.
Comentário:
A liturgia de hoje nos apresenta o episódio da Transfiguração de Jesus.
Três pontos: "Pedro tomou a palavra e disse a Jesus"; "Pedro não sabia o que dizer"; "E da nuvem saiu uma voz".
Diante da transfiguração, de um evento místico, Pedro toma a palavra e quer falar qualquer coisa. Quantas vezes agimos assim. Estamos diante de Jesus Sacramentado, e sem saber o que dizer, vamos multiplicando as palavras. Falando. Falando. Falando. Não sabemos o que dizer. Colocamos nossas ansiedades. Nossas expectativas. Nossos desejos. Ou aquilo que achamos que os outros necessitam ouvir.
Pedro não sabia o que dizer, pois estava com "muito" medo. Somos nós. Não sabemos o que dizer, pois estamos medrosos diante do mundo espiritual que nos cerca.
A Palavra de Deus é verdade, é vida. Deus quando fala, sabe o que fala.
No início do evangelho de Marcos, quando ele nos fala do batismo de Jesus, temos a seguinte palavra divina: "Tu é o meu filho amado, em ti está o meu agrado".
A liturgia de hoje nos é muito simples, saber ouvir a palavra do Filho amado pelo Pai.
Ouvir é colocar em prática. Ouvir e fazer-se outro Cristo. Ouvir é transfigurar-se.
Irmãos e irmãs, aprendamos a estar a serviço. Deus nos acompanhe nesta caminhada quaresmal.
Oremos: "Ó Deus, que nos mandastes ouvir vosso Filho amado, alimentai nosso espírito com a vossa palavra, para que, purificado o olhar de nossa fé, nos alegremos com a visão da vossa glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo".
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
A difícil arte de Perdoar
Irmãos e irmãs,
A liturgia de hoje nos convida a meditarmos como devemos orar. Jesus nos ensina que não é multiplicando palavras que Deus nos ouve. Mas sendo diretos e objetivos. Até o silêncio é uma forma de oração. Quantas vezes presenciamos grupos diante do Santíssimo multiplicando palavras. O silêncio, diante de Jesus Sacramentado incomoda. Pois é no silêncio que nos conhecemos de verdade.
Jesus nos ensina a orar. Mas após dizer como devemos orar, ele resume a oração do Pai Nosso ao perdão ao próximo. Essa é a verdadeira essência do Pai Nosso, o Perdão. Se não somos capazes de perdoar aqueles que nos ofendem, como podemos estar junto de Deus? Como podemos nos apresentar sendo sua imagem e semelhança? Como podemos dizer que somos filhos e filhas de Deus?
Saber perdoar, essa é a lição de hoje no nosso processo de conversão quaresmal. Na cruz Jesus pediu que seus algozes fossem perdoados, pois não sabiam o que estavam fazendo. Em seu martírio, Estêvão pediu a Deus que este pecado (apedrejamento) não fosse levado em conta.
Aprendamos a perdoar sempre.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Esmola, Jejum e Oração
O período quaresmal iniciou-se na Quarta-feira de Cinza. E fomos convocados a viver a Caridade, o Jejum e a Oração.
Hoje, somos brindados com as palavras de Jesus sobre o que é fazer caridade. Ele diz que uns serão levados ao Reino e outros deixados. Uma clara referência de que os filhos das traves ficarão na danação eterna.
E para entrar no Reino não há muita dificuldade, apesar de a porta ser estreita.
"Tive fome e me destes de comer. Tive sede e me deram de beber. Era estrangeiro e me receberam em sua casa. Estava sem roupa e me vestiram. Estive doente e cuidaram de mim. Estava preso e foram me visitar".
Simples. Não precisa de muita explicação. Todos e todas que viverem isso. Todos e todas e que fizerem isso a um dos pequeninos que forem dos irmãos e irmãs, é a Jesus que se esta fazendo. Nossa fé é comunitária e não individualista e intimista. Nossa oração nos impulsiona ao encontro do próximo(a). Se jejuamos, jejuamos para o serviço missionária. Jejum sem ação é morto. Não tem vida. Não nos aproxima de Deus.
Irmãs e irmãos, nesta primeira semana da quaresma, como anda a sua ação missionária?
Reflita.