quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Fé, Cores e Política


Todas as agremiações, sejam elas religiosas, esportivas, civis, militares, utilizam flâmulas, ou bandeiras, com cores previamente definidas pelas suas lideranças que representam os sentimentos do grupo.
A Igreja Católica não foge à regra. Vivemos um calendário litúrgico, isto é, ao longo do ano civil temos tempos celebrativos próprios que marcam a vida de Jesus.
Roxo, branco, verde e vermelho, são essas as nossas cores. Em poucas palavras, tentarei dizer o que cada uma dessas cores representa para nós.
O Roxo. Significa tempo de penitência ou espera. Momento para maior interiorização da fé. Diante da Palavra de Deus, que atitudes eu tomo. Significa também tempo de espera. Demonstra a expectativa da Igreja que aguarda um novo natal. É o Advento de Deus em nossas vidas.
O Branco. Simboliza a pureza de coração. Ele é utilizado nas comemorações de nossa Senhora, Maria Santíssima, nas celebrações dos santos e santas que não foram martirizados, mas que souberam expressar em suas vidas os ensinamentos de Jesus.
O Verde. Em muitas culturas, é símbolo da esperança. Neste momento, ou tempo litúrgico, aproveitamos para meditar sobre a vida pública de Jesus. Tempo em que ouvimos as palavras catequéticas de Jesus. Neste período, ouvimos leituras que falam do Reino de Deus, como devemos nos relacionar com os outros. Como devemos perdoar.
O Vermelho. Simboliza o sangue dos mártires derramados pela fé. O testemunho que muitos cristãos deram e dão para que se possa pregar o Evangelho. A perseguição não masoquismo, é o mote dessa dar-se. Mas, uma resposta ao apelo de Jesus, “bem-aventurados quando forem perseguidos por causa de mim”.
Na Igreja Católica o vermelho é usado em muitos momentos. Primeiro, nas celebrações da Semana Santa, principalmente na sexta-feira Santa, quando recordamos o martírio de Jesus, ao que damos o nome de Paixão de Cristo. Depois, na vida dos santos que derramaram seu sangue, ou porque simplesmente eram cristão, ou porque assumiram uma prática de acordo com as palavras do Evangelho e contrariaram os interesses dos poderosos desse mundo.
E por último, temos o Terço Missionário. Uma forma que a Igreja usa para rezar pelos cinco continentes. Cada um deles é associado a uma cor. O Branco, Europa; o Amarelo, Ásia; o Verde, África; o Azul, Oceania; e o Vermelho, as Américas.
Ao propor o terço missionário, com as queremos, recorda-se que devemos orar pelos cristãos e pelos povos daqueles continentes. Rezar por suas necessidades, sejam elas espirituais ou materiais.
As cores não nos fazem melhores ou piores do que os outros. A cores são meramente representativas. E marcam fatos de nossa vida social ou religiosa.
Não nos tornemos intolerantes por causa das cores. Há diversidade de cores, tal como uma diversidade de pessoas, de religiões, de ideias e de pessoas.
A diversidade de cores pertence aos filhos e filhas de Deus. Logo após o Dilúvio, Deus criou esse símbolo para lembrar de sua aliança.



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