Todas as agremiações, sejam elas religiosas,
esportivas, civis, militares, utilizam flâmulas, ou bandeiras, com cores
previamente definidas pelas suas lideranças que representam os sentimentos do
grupo.
A Igreja Católica não foge à regra. Vivemos um
calendário litúrgico, isto é, ao longo do ano civil temos tempos celebrativos
próprios que marcam a vida de Jesus.
Roxo, branco, verde e vermelho, são essas as
nossas cores. Em poucas palavras, tentarei dizer o que cada uma dessas cores
representa para nós.
O Roxo. Significa tempo de penitência ou espera.
Momento para maior interiorização da fé. Diante da Palavra de Deus, que atitudes
eu tomo. Significa também tempo de espera. Demonstra a expectativa da Igreja
que aguarda um novo natal. É o Advento de Deus em nossas vidas.
O Branco. Simboliza a pureza de coração. Ele é
utilizado nas comemorações de nossa Senhora, Maria Santíssima, nas celebrações dos
santos e santas que não foram martirizados, mas que souberam expressar em suas
vidas os ensinamentos de Jesus.
O Verde. Em muitas culturas, é símbolo da esperança.
Neste momento, ou tempo litúrgico, aproveitamos para meditar sobre a vida
pública de Jesus. Tempo em que ouvimos as palavras catequéticas de Jesus. Neste
período, ouvimos leituras que falam do Reino de Deus, como devemos nos relacionar
com os outros. Como devemos perdoar.
O Vermelho. Simboliza o sangue dos mártires derramados
pela fé. O testemunho que muitos cristãos deram e dão para que se possa pregar
o Evangelho. A perseguição não masoquismo, é o mote dessa dar-se. Mas, uma
resposta ao apelo de Jesus, “bem-aventurados quando forem perseguidos por causa
de mim”.
Na Igreja Católica o vermelho é usado em muitos
momentos. Primeiro, nas celebrações da Semana Santa, principalmente na
sexta-feira Santa, quando recordamos o martírio de Jesus, ao que damos o nome
de Paixão de Cristo. Depois, na vida dos santos que derramaram seu sangue, ou
porque simplesmente eram cristão, ou porque assumiram uma prática de acordo com
as palavras do Evangelho e contrariaram os interesses dos poderosos desse
mundo.
E por último, temos o Terço Missionário. Uma
forma que a Igreja usa para rezar pelos cinco continentes. Cada um deles é
associado a uma cor. O Branco, Europa; o Amarelo, Ásia; o Verde, África; o Azul,
Oceania; e o Vermelho, as Américas.
Ao propor o terço missionário, com as queremos,
recorda-se que devemos orar pelos cristãos e pelos povos daqueles continentes.
Rezar por suas necessidades, sejam elas espirituais ou materiais.
As cores não nos fazem melhores ou piores do que
os outros. A cores são meramente representativas. E marcam fatos de nossa vida
social ou religiosa.
Não nos tornemos intolerantes por causa das
cores. Há diversidade de cores, tal como uma diversidade de pessoas, de
religiões, de ideias e de pessoas.
A diversidade de cores pertence aos filhos e
filhas de Deus. Logo após o Dilúvio, Deus criou esse símbolo para lembrar de
sua aliança.
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