domingo, 3 de setembro de 2017

“Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida?” (Mt. 16,26)

Com esta citação, Inácio de Loyola abriu a mente de Francisco Xavier para que pudesse encontrar a vontade de Deus em sua vida.
Nesta passagem, aprendemos a purificar nossas “afeições desordenadas”. Nossos quereres, para encontrar aquilo que Deus quer para nós. Jesus mostra aos discípulos que deverá sofrer. Ser perseguido pelas autoridades. Ser morto. Ressuscitar.
Em Pedro, a resposta é meramente humana. Aquele que havia dito que Jesus era Filho do Deus vivo. Aquele que havia reconhecido a divindade de Jesus, se coloca contra a paixão de Cristo. Pedro não entendia que o Reino dos Céus passa pela paixão. Pedro colocou aquilo que vai no coração humano. Pedro não entende os caminhos de Deus.
Ao mandar que Pedro se afastasse, Jesus deixa claro que a vontade de Deus não condiz com a nossa. Mas que é preciso que conformemos nossa vida para que possamos “amar, louvar, reverencia e servir a Deus, e, assim, salvar a sua alma”.
Para ser discípulo de Jesus é preciso renunciar aos próprios quereres. É ir onde se é preciso. Ser missionário. É preciso pegar a própria cruz, isto é, aceitar os sofrimentos daqueles que se predispõem a caminharem com Jesus. A paixão e a morte fazem parte da vida humana. Somente aqueles e aquelas que passam por ela, podem chegar à ressurreição.
Ninguém pode salvar a própria a vida. Só Jesus é a ressurreição. Todo aquele que nele crer terá a vida eterna.

O discípulo se deixa seduzir pelo Senhor. Não há como ser diferente. O discípulo fez a experiência de Deus, uma experiência pessoal. Uma experiência que coloca a vida a serviço. Por isso, Paulo nos exorta a nos oferecermos “em sacrifício vivo”. Sendo assim, não devemos nos conformar com o mundo que nos cerca, mas transformá-lo. Essa mudança se dá quando mudamos nossa maneira de pensar e julgar, pois isso nos faz “distinguir o que é da vontade de Deus, o que é bom e o que lhe agrada”. Por isso, nosso culto espiritual se transforma em vida. E gera vida, e vida em abundância.
(textos: Jr. 20,7-9; Rm 12,1-2; Mt. 16,21-27).

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