quinta-feira, 14 de setembro de 2017

"Eis que faço nova todas as coisas"

De instrumento de tortura e morte, a objeto de salvação.
A cruz era o elemento mais cruel de tortura e morte criada pelos romanos. O apedrejamento era um costume judaico. Cada povo, cada cultura, cria seus instrumentos de morte par dar vasão ao não entendimento daquilo que nos é diferente.
Para a sociedade do tempo de Jesus, a cruz significava o lugar do abandono de Deus: “meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes”. Essas foram as palavras de Jesus. A dor. A perda de sangue. A rejeição. A zombaria. Foram tão fortes, que o próprio filho não conseguia ver o Pai. Um silêncio divino dentro do mais profundo do ser. Dentro de quem sempre colocou sua vida para Deus. Um silêncio. Um silêncio divino que incomoda a essência humana, pois somos partes de Deus. Somos criados a sua imagem e semelhança.
A morte na cruz era destinada aos piores bandidos do tempo de Jesus. E principalmente, para aqueles que se demostravam contra o império romano.
Interessante observar que tudo o que Jesus toca se santifica. A cruz de Cristo tornou-se elemento de salvação. Jesus fez de sua morte nossa passagem para o Reino de Deus. Não se chega ao Reino sem a cruz. “Pegue a sua cruz e me siga”. A cada um de nós, Deus nos deu uma cruz. Ou um “espinho”, como disse são Paulo. A cruz nos faz lembrar a nossa humanidade. A cruz nos remete a nossa dependência de Deus. A cruz tira de nós a nossa soberba, autossuficiência. Nos tornas impotente.
Existem duas formas de encarar a cruz. A primeira, é murmurando. Achando-se mais santos de todos os mortais, que não mereça a cruz. E a outra forma, é pegando a própria cruz e seguindo Jesus. É sendo sinal de salvação no meio do mundo. E dando testemunho de que a graça de Deus supera todas as dificuldades.
Deus se colocou na cruz para que pudesse passar por todos os sofrimentos humanos. Deus se colocou na cruz para que pudesse compreender a dor humana. Deus se colocou na cruz para nos mostrar que tudo pertence a Deus. Que Deus está na ordem de todas as coisas. E que quando sabemos ver Deus no sofrimento, na dor, no desespero, ele se revela, “ainda hoje estará comigo no paraíso”.
Ao ser levantado na cruz, Jesus abriu as portas do Reino dos Céus. Se quisermos ir e entrar no Reino dos Céus, essa é a chave, a cruz. Todos os que assumem a sua cruz garantem a entrada no Reino de Deus. A vida eterna passa pela cruz e pela fé em Jesus pregado na cruz. Ao passar pela cruz, Jesus gerou vida, e vida em abundância.
Oremos: “Ó Deus, que para salvar a todos despusestes que o vosso Filho morresse na cruz, a nós que conhecemos na terra este mistério, dai-nos colher no céu os frutos da redenção”.

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