Sou servidor da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro a 22 anos e meio.Desde aquele tempo,
sempre tive meus vencimentos depositados, integralmente, em uma determinada
data do mês.
Entretanto, desde o
outubro de 2016 o governador do Estado do Rio de Janeiro vem atrasando,
sistematicamente, o pagamento de nossos salários. Ele não se incomoda com a
vida das pessoas que trabalham na universidade, sejam eles
técnico-administrativos ou docentes.
O que vemos atualmente
é um governador envolvido em muitos atos de corrupção, incluindo membros do Tribunal de Conta, deputados.
Por outro lado, a
própria Bíblia alerta a todos aqueles que têm empregados a seu serviço, que
"o trabalhador tem direito a seu salário" (Lc. 10,7c). E ainda, que
"o salários dos trabalhadores (...) está gritando. (...) E o clamor dos
trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor todo-poderoso" (Tg. 5,4).
Não pagar salário
daqueles que prestaram um serviço a qualquer pessoa é um desrespeito não só às
leis civis, mas uma ofensa a Deus e à manutenção das boas relações sociais.
O que vemos hoje no Rio
de Janeiro é um total desrespeito às leis. Mas o que esperar de um governo e de
uma Assembleia Legislativa, e de um judiciário envolvidos em ações corruptas?
Desprezo!
Hoje
"gritamos"! Não temos a quem recorrer. "Não dá mais pra segurar;
explode coração"! A quem devemos procurar para que os trabalhadores da
UERJ possam receber os vencimentos devidos? Há um ditado popular que diz,
"vá reclamar com o bispo". Mas o que significa? Até 1910 quem decidia
quem votaria eram os padres da Igreja Católica. Caso alguém se sentisse
prejudicado, deveria ir reclamar com o Bispo.
Hoje, só nos falta
reclamar com o Bispo, mesmo sabendo que não cabe a ele a resolução do problema.
A princípio, é a única autoridade que está livre de qualquer ato de corrupção.
Imploro a todos os líderes religiosos que possam intervir junto ao governador
do Estado para que se resolva essa situação dos trabalhadores.
Em breve, vamos não
mais comprar os supérfluos: arroz, feijão, frutas, legumes, verduras. Já são
dois meses sem receber salários.
"Vê
se entende o meu grito de alerta"!
Caro Diácono Marcos Gayoso.
ResponderExcluirO seu clamor é o clamor de toda uma sociedade que se encontra a bordo de um bote furado em águas infestadas de tubarões ávidos por nós subtrair o pouco que ainda nos resta. A dignidade.
Só Jesus na causa para nos livrar da imoralidade administrativa congênita.
Marcelo Vieira.