quarta-feira, 5 de abril de 2017

"Vê se entende o meu grito de alerta"!

Sou servidor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro a 22 anos e meio.Desde aquele tempo, sempre tive meus vencimentos depositados, integralmente, em uma determinada data do mês.
Entretanto, desde o outubro de 2016 o governador do Estado do Rio de Janeiro vem atrasando, sistematicamente, o pagamento de nossos salários. Ele não se incomoda com a vida das pessoas que trabalham na universidade, sejam eles técnico-administrativos ou docentes.
O que vemos atualmente é um governador envolvido em muitos atos de corrupção, incluindo membros do Tribunal de Conta, deputados.
Por outro lado, a própria Bíblia alerta a todos aqueles que têm empregados a seu serviço, que "o trabalhador tem direito a seu salário" (Lc. 10,7c). E ainda, que "o salários dos trabalhadores (...) está gritando. (...) E o clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor todo-poderoso" (Tg. 5,4).
Não pagar salário daqueles que prestaram um serviço a qualquer pessoa é um desrespeito não só às leis civis, mas uma ofensa a Deus e à manutenção das boas relações sociais.
O que vemos hoje no Rio de Janeiro é um total desrespeito às leis. Mas o que esperar de um governo e de uma Assembleia Legislativa, e de um judiciário envolvidos em ações corruptas? Desprezo!
Hoje "gritamos"! Não temos a quem recorrer. "Não dá mais pra segurar; explode coração"! A quem devemos procurar para que os trabalhadores da UERJ possam receber os vencimentos devidos? Há um ditado popular que diz, "vá reclamar com o bispo". Mas o que significa? Até 1910 quem decidia quem votaria eram os padres da Igreja Católica. Caso alguém se sentisse prejudicado, deveria ir reclamar com o Bispo.
Hoje, só nos falta reclamar com o Bispo, mesmo sabendo que não cabe a ele a resolução do problema. A princípio, é a única autoridade que está livre de qualquer ato de corrupção. Imploro a todos os líderes religiosos que possam intervir junto ao governador do Estado para que se resolva essa situação dos trabalhadores.
Em breve, vamos não mais comprar os supérfluos: arroz, feijão, frutas, legumes, verduras. Já são dois meses sem receber salários.

"Vê se entende o meu grito de alerta"!

Um comentário:

  1. Caro Diácono Marcos Gayoso.
    O seu clamor é o clamor de toda uma sociedade que se encontra a bordo de um bote furado em águas infestadas de tubarões ávidos por nós subtrair o pouco que ainda nos resta. A dignidade.
    Só Jesus na causa para nos livrar da imoralidade administrativa congênita.

    Marcelo Vieira.

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