A quaresma é o momento de caridade, oração e jejum. A cada dia da quaresma somos chamados a olharmos um aspecto de nossa vida cristã e de seguidores e seguidoras de Jesus Cristo. E, além disso, refletirmos sobre nossa prática religiosa e sobre nossa conversão.
Hoje, a leitura do profeta Ezequiel nos faz refletir sobre as práticas do ímpio e do justo. Como agem diante de Deus.
O profeta coloca nos lábios de Deus a seguinte sentença, "se o ímpio se arrepende de todos os pecados cometidos, e guardar todas as minhas leis, e praticar o direito e a justiça, viverá com certeza e não morrerá". E acrescenta falando do justo, "se o justo se desviar de sua justiça e praticar o mal, imitando todas as práticas detestáveis feitas pelo ímpio, poderá fazer isso viver? Da justiça que ele praticou, nada mais será lembrado. Por causa da infidelidade e do pecado que cometeu, por causa disso morrerá".
Tempo de olharmos para nossas práticas religiosas. Tempo de voltarmos para Deus. Não basta ter uma prática piedosa, participar de missas, rezar o terço, distribuir a eucaristia, batizar, consagrar. É preciso guardar e praticar as leis, ou seja, viver aquilo que Deus nos pede. Preocupar-se e trabalhar por aqueles que sofrem.
Há salvação para o ímpio, se se volta para Deus. Mas por outro lado, para o "justo" poderá haver danação, caso ele só fique vivendo externamente sua fé. Com práticas mortas e podres.
Jesus disse, "se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino de Deus". E continuou, "procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal".
A palavra de hoje é reconciliação. Ela já esteve presente na nossa reflexão sobre o Pai Nosso. A lei e a prática da justiça e do direito é o perdão, a misericórdia. Esse é o nosso diferencial nos dias de hoje. É assim que vamos ser perfeitos como o Pai é perfeito. É assim que vamos abrir as portas do Reino dos Céus. É assim que vamos construir uma sociedade mais justa, fraterna, solidária, igualitária. Vivendo a reconciliação estaremos dando o passo para a construção da "Civilização do Amor", conforme pregou o Papa Paulo VI.
"Concedei, ó Deus, que vossos filhos e filhas se preparem dignamente para a festa da Páscoa, de modo que a mortificação desta Quaresma frutifique em todos nós. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo".
(textos. Ez 18,21-28. E Mt. 5,20-26)
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