A liturgia do primeiro domingo da quaresma nos faz refletir aonde colocamos o centro de nossa vida.
Duas situações distintas. Duas atitudes diferentes. Na primeira leitura, após criar o paraíso, Deus coloca o homem e a mulher. Tinham tudo à sua disposição. As árvores com frutos tinham aspecto bonito, agradável aos olhos e ao paladar. Homem e mulher tinham tudo à sua disposição, inclusive a liberdade. Deus não quer seres humanos escravos, presos. Nos dá a liberdade para escolhermos entre a vida e a morte.
No centro do jardim está a árvore do conhecimento do bem e do mal. Veja a peculiaridade. Esta árvore está no centro do paraíso. Ela não está na periferia. Não está em lugar aonde não se vai. Ou se vai de vez em quando.
A árvore do conhecimento do bem e do mal, está no centro. Com certeza, Adão e Eva passavam por ela sempre. Era caminho corriqueiro.
A segunda cena, acontece no deserto. Jesus é levado para o deserto pelo Espírito Santo. O deserto é o lugar da desolação. Lugar aonde não se tem vida. Desprovido de tudo. É o inverso do Jardim do Éden, da primeira leitura. Para o serviço a Deus, Jesus é colocado à prova. Vive situações extrema de pobreza, de fama, de culto.
O centro da vida, o coração. Duas situações distintas. Dois centros. Os primeiros pais desfrutavam da companhia direta de Deus. Jesus, estava desprovido da presença do Pai. Adão e Eva tinham a chance de viver com a graça de Deus. Jesus despojou-se de sua divindade para se fazer homem. Deus colocou homem e mulher no Paraíso, no Jardim. Jesus, homem, foi conduzido para o deserto.
Para que você possa refletir: Onde é centro de sua vida? Você coloca todo o seu ser à serviço de Deus, ou quer viver a sua liberdade pessoal, sem Deus? Aonde está o centro de sua vida?
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