Iniciamos nossa terceira semana do Retiro Quaresmal. Inácio de Loyola dizia que "não é o muito saber que sacia e satisfaz a alma, mas o sentir e saborear as coisas internamente". A Liturgia deste domingo tem um vasto material para uma reflexão demorada. Entretanto, vou me ater ao evangelho, e dar algumas passadas pela primeira leitura.
Lembramos que o evangelho de hoje está em Lc. 13,1-9. E a primeira leitura em Ex. 3,1-8a.13-15.
Dois casos de morte. Um provocado pelo estado, pelo poder romano. O outro, aparentemente, um desastre. As pessoas achavam que isso seria um castigo divino. Mas Jesus nos mostra que se não nos convertemos teremos a mesma sorte: morreremos sem a misericórdia divina. Não há como fugir da morte. Mas ela pode ser vencida se passar pela fé. Pela conversão. Pela mudança de vida. "Se não vos converterdes, ireis morrer do mesmo modo".
Segundo, Jesus conta uma parábola, a da figueira. O dono do terreno (vinha) queria desfrutar de uma figueira. Mas a muito tempo não conseguia colher nenhuma fruto, e a árvore ocupava um espaço na terra, sugando os nutrientes da terra.
O dono da vinha manda cortar aquela árvore inútil. Entretanto, o vinhateiro acredita que pode fazer com que ela dê fruto novamente. Pede ao dono da vinha que tenha mais um ano de paciência. Ele há de cuidar daquela árvore, e se não der fruto, então cortará a árvore.
Foi-nos deixado muitos abudos: oração, sacramento da confissão, santos, Palavra de Deus, Missa, devoções, terço, Via-sacra, obras de misericórdia: dar de comer a tem fome, dar de beber a quem tem fome, visitar os doentes, visitar os encarcerador, dar guarida aos peregrinos. Obras que servem para adubar nossa vida.
E os frutos: perdão de toda culpa, ser indulgente, paciente, bondoso, compassivo. São frutos de conversão. Viver a fé na vida cotidiana, não apenas de foro íntimo. A fé deve se expressar em obras. Deve nos mover a ir ao encontro do outro(a).
Façamos da Mesa da Palavra e da Mesa da Eucaristia as fontes de nossa vida. Deixemos que a Palavra e o Corpo/Sangue de Jesus nos impregne de sua vida e nos movam até as pessoas que necessitam ouvir a palavra de Deus, os aflitos.
Oremos: "Ó Deus, fonte de toda misericórdia e de toda bondade, vós no indicastes o jejum, a esmola e a oração como remédio contra o pecado. Acolhei esta confissão da nossa fraqueza para que, humilhados pena consciência de nossas faltas, sejamos confortados pela vossa misericórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo".
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