Inicialmente, desculpo-me por não ter feito a postagem da liturgia do 2º Domingo da Quaresma no dia de ontem. Tive uma domingo agitado e atribulado.
O Evangelho foi o da Transfiguração. Alguns pontos para nos ajudar em nossa oração.
Jesus leva três dos seus discípulos para orarem no alto de uma montanha: Pedro, João e Tiago. Lembro que serão os três que viverão mais intensamente alguns momentos da vida do próprio Cristo. João é o mais novo.
A montanha. Lugar do encontro com Deus. Em vários momentos do antigo testamento, Deus se revela na montanha. As principas destas revelações estão relacionadas com Moisés. É na montanha que Deus fala a Moisés como conduzir o povo até a terra prometida. É na montanha que Moisés recebe as tábuas da Lei. É, agona, na montanha que Deus dirá para que seu Filho seja ouvido.
Observamos que Jesus está em oração. Seu rosto mudou de aparência. É a primeira caracterísitca daquele que ora a Deus com o coração sincero: mudança de fisionomia. Tornamo-nos mais atraentes. Parece que Deus age diretamente na pessoa que se coloca em oração verdadeiramente.
Esta é como outra oração qualquer: uma conversa. Neste casa, Jesus aparece conversando com os representantes do Antigo Testamento que mais estavam ligados À sua mensagem; não tirando o merecimento dos outros. Moisés, aquele que conduziu o povo à terrra prometida. Elias, o profeta por excelecência, e que havia subido ao céu numa carrruagem de fogo.
O que nos marca nesta cena dos três é o assunto da conversa: a morte que Jesus iria ter em Jerusalém. Neste momento de glorificação, Jesus fica sabendo do tipo de sua morte. De como ela seria violenta. Como ele seria desprezado. Escarnecido. Neste ponto, um detalhe importantíssimo: "Pedro e os companheiros estavam com muito sono". Em estado de letargia. Desligados do que acontecia. Pareciam não acreditar. Quantas vezes nos encontramos assim. Sonolentos. Sem saber o que fazer. Desligados dos acontecimentos da vida cotidiana. E como fugimos de assuntos os quais chamamos de desagradáveis. Morte, câncer etc. Muitas pessoa não falam a palavra câncer, dizem "aquela doença".
Sem saber o que dizer, Pedro pensa em construir tendas. Pedro ficou tão inquieto com o que estava vendo, que queria que aquilo ficasse eternizado: construir tendas. O sono nos leva a queremos ficar parados no tempo. Eles, em alguns momentos, nos atrapalham no nosso relacionamento com Deus.
No momento de nossas orações falamos tanto, que nos perdemos. E enquanto ele falava, Deus agia. Uma nuvem encobriu a todos. A nuvem é a presença de Deus no meio de nós. Isto causou temor nos discípulos, pois foram envoltos pela graça de Deus. E da nuvem, uma voz forte, tal qual a Batismo do Senhor, disse: "Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutai o que ele diz!" Não mais Moisés e Elais. Agora quem deve ser escutado é o próprio Filho de Deus, Jesus. Devemos relacionar essa frase com a Igreja também. Aqueles que ouvem a Igreja, é ao próprio Jesus que estão ouvindo, pois ele recebeu a missão de continuar anunciando o Reino de Deus entre nós.
Enquanto a voz ressoava, Jesus ficou sozinho. Não há mais passado. Somente o presente. Jesus é o presente. Jesus é a voz que deve ser escutada.
Aqui entra a experiência mais fantástica da humanidade: calar-se. Os discípulos ficaram calados naqueles dias. Foi tão intensa a experiência vivida pelos discípulos que não havia palavras para comentar. Quantas experiências vivemos em nossas vidas, que não temos palavras para descrevermos. Calar-se diante da vivência de um encontro extraordinário com Jesus, é fantástico. Calar-se para digerir a experiência. Calar-se para refletir sobre o que experimentamos. Calar-se para poder anunciar depois. Quanta falta de silêncio, de calar-se, temos em nossas vidas. O barulho é uma constante. Não conseguimos silêncio, nem exterior, nem interior.
Busquemos a Deus no silêncio e na oração. Calemo-nos para Deus possa falar. Calemo-nos para que Deus possa anunciar o seu Filho dentro de nós.
Oremos: "Ó Deus, que nos mandastes ouvir o vosso Filho amado, alimentai nosso espírito com a vossa palavra, para que, purificado o olhar de nossa fé, nos alegremos com a visão da vossa glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidae do Espírito Santo".
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