"Toda escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra". (II Tm 3,16-17). Acesse https://diaconiadapalavra.blogspot.com/. Comentários da liturgia diária.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
CRISTO TRANSFORMARÁ NOSSO CORPO CORRUPTÍVEL!(Santo Anastácio de Antioquia, bispo)
Cristo morreu e ressuscitou para ser o Senhor dos mortos e dos vivos (Rm 14, 9). Deus, porém, não é Deus dos mortos, mas dos vivos (Mt 22, 32). Por isso, os mortos, que têm por Senhor aquele que vive, já não são mortos, mas vivos; a vida se apossou deles para que vivam sem nenhum temor da morte, à semelhança de Cristo que, ressuscitado dos mortos, não morre mais (Rm 6, 9).
Assim, ressuscitados e libertos da corrupção, não mais sofrerão a morte, mas participarão da ressurreição de Cristo, como Cristo participou da morte que sofreram. Se ele desceu à terra, até então uma prisão perpétua, foi para arrombar as portas de bronze as trancas de ferro (Is 45, 2; Sl 106, 16), a fim de atrair-nos a si, livrando da corrupção a nossa vida e convertendo em liberdade a nossa escravidão.
Se este plano da salvação ainda não se realizou – pois os homens continuam a morrer e os corpos a decompor-se – ninguém veja nisso um obstáculo para a fé. Com efeito, já recebemos o penhor de todos os bens prometidos, quando Cristo levou consigo para o alto as primícias de nossa natureza e já estamos sentados com ele nas alturas, como afirma São Paulo: Ressuscitou-nos com Cristo e nos fez sentar com ele nos céus (Ef 2, 6).
Alcançaremos a consumação quando vier o tempo marcado pelo Pai; então deixaremos de ser crianças e atingiremos o estado de homem perfeito (Ef 4, 13). Pois o pai dos séculos quer que o dom que nos foi outorgado seja mantido firmemente e não abolido pela infantilidade do nosso coração.
Não é necessário demonstrar a ressurreição espiritual do Corpo do Senhor, uma vez que são Paulo, falando da ressurreição dos corpos, afirma claramente:Semeia-se um corpo animal e ressuscita um corpo espiritual (ICor 15, 44); quer dizer, ele ressuscita transfigurado como o de Cristo, que nos precedeu com sua gloriosa transfiguração.
O Apóstolo bem sabia o que dizia, ao explicar a sorte que espera toda a humanidade, graças à ação de Cristo, que transformará o nosso corpo humilhado e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso (Fl 3, 21).
Se portanto a transfiguração consiste em que o corpo se torne espiritual, isso significa que ele se tornará semelhante ao seu corpo glorioso de Cristo, que ressuscitou com um corpo espiritual; este não é senão o corpo que foi semeado na ignomínia (I Cor15, 43), mas transformado depois em corpo glorioso.
Por este motivo, tendo Cristo elevado para junto do pai as primícias da nossa natureza, leva também consigo todo o universo. Foi o que prometeu ao dizer: Quando eu for elevado da terra, atrairei todos a mim (Jo 12, 32).
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