segunda-feira, 23 de março de 2009

Retiro Anual

Prezados irmãos e irmãs,

No último sábado e domingo, participei do retiro anual dos diáconos permanentes e esposas. O local, Sumaré. Ambiente de silêncio. Pregador bem escolhido, Pe. Joel Portela. Tema: "Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim" (Gl 2,20).
Partindo de Paulo fizemos uma avaliação de nossa vida ministerial diaconal, que abrange a vida matrimonial, ministerial e profissional. Para alguns, uma medição de 23 anos de ministério. Para outros, apenas um ano (que é o meu caso e de minha turma).
O pregador nos fez caminhar pela vida de Paulo: o apaixonado por Cristo; apaixonado por Cristo Crucificado, loucura e escândalo; Paulo missionário e a nossa missão; O ministério de Paulo e o nosso ministério; Paulo, um homem de esperança.
Foi um momento rico. Principalmente, quando fomos convidados a meditar: "Você contamina as pessoas com sua paixão por Cristo?"
Essa é uma pergunta difícil de ser respondida, pois tenho que saber como os outros veem meu ministério. Tal como fez Jesus: o que falam os homens de mim? E vocês?
Segundo, estamos dispostos a nos apaixonar por um Cristo que tem a cruz como caminho para ressurreição? Aqui, mais uma vez, o pregador nos fez relfetir sobre nosso dia-a-dia: "Você é visto pelas pessoas como alguém que as ajuda a carregar suas cruzes?"
Terceiro, fomos convidados a refeltir sobre nosso trabalho pastoral. Não só o que estamos fazendo, mas aquele que gostaríamos de fazer: missão. O pregador pediu que nossa reflexão girasse em torno do nosso ministério. Vivemos na acomodação do dia-a-dia, ou estamos agindo com "santa ousadia e criatividade"?
Quarto, nosso ministério. Este tem sido para o serviço? Mais uma vez, "as pessoas com quem você convive, veem em você uma pessoa que serve...?" Nosso ministério é o do serviço.
Para encerra, quinto ponto, Paulo, um homem de esperança. Meditação: somos homens de esperança? somos diáconos que buscam saídas esperançosas? Quando não parece mais haver saída, apresentamos a esperança como a caminho a seguir?
Assim, passamos dois dias bem intenso. Não fomos ao Sumaré descansar. Quem pensa que retiro é momento de descanso, engana-se. Aqueles que vão com o espírito de fazere um encontro verdadeiro com o Senhor, devem sair de um retiro mais cansados do que entraram. Um retiro deve ser um momento de "examinar a consciência, meditar, contemplar, orar vocal ou mentalmente e outras atividades espirituais" (Santo Inácio, Exercício Espirituais, 1ª anotação). E continua Inácio, "se chama exercícios espirituais os diferentes modos de a pessoa se preparar e dispor para tirar de si todas as afeições desordenadas, e, afastando-as, procurar e encontrar a vontade de Deus, na disposição da própria vida para o bem da mesma pessoa" (anotação 1º).
Espero que esse momento oportuno que diáconos e esposas viveram nesses dois dias possam se transformar em vida e acolhimento de todos aqueles que vierem ao nosso encontro.

Deus abençoe a todos e a todas.

3 comentários:

  1. Gayoso, fico feliz em saber da riqueza do seu retiro, e de ver que é dado também um preparo pras esposas, pois a missão do marido deve ter esse apoio total em casa. Parabéns pelo seu ministério! E não sabia, até ler aqui, que você atuava com a Pastoral Familiar.Quem está a frente dessa Pastoral? Gostaria de convidar essas pessoas pra Itaipava, pois teremos muitas famílias da paróquia lá, e sabemos que isso pode frutificar muito.
    Um abração!
    Marta Castro.

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  2. Meu caro amigo Diácono Gayoso,
    Esta pergunta realmente eu tenho me feito. Se tenho demonstrato as pessoas o meu amor a Cristo. Confesso que em algumas ocasiões me sinto impotente na demonstração:
    a) Tenho uns amigos da Petrobras que diariamente conversamos em um e-mail coletivo e ultimamente eles cairam de pau no bispo de Recife e consequentemente fazendo comentários de a nossa Igreja Católica está fora da realidade.
    A princípio embora não concordasse, não fiz comentário algum. Porém fazendo um exame de consciência, achei que não deveria me omitir. Para não me alongar, eles continuam com a mesma posição, mas pelo menos não fiquei calado;
    b) A outra situação e quando você precisa consolar um amigo que perde uma pessoa muito querida e fica super triste com Deus. Tento na medida do possível dizer que temos que aceitar os desígnios de Deus mesmo que nos causem tristezas.
    Achei muito bom este tipo de aprofundamento que vocês fizeram.
    Que Deus ilumine vocês Diáconos nas suas caminhadas.

    abs
    Guilherme

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  3. Prezado Guilherme,
    Quanto a atitude do Bispo de Recife pense da seguinte forma: nossa Deus é o Deus da vida. Jesus viveu isso profundamente. Ele sempre foi à favor da vida, tanto que fazia milagres (trabalhava) em dia não permitido pela Lei. Poderíamos nesse caso dizer que Jesus era (ou foi) um fora da Lei? Ao olhos humanos sim. Mas para Deus não. Lutar sempre pela vida, essa é nossa missão num mundo onde o desejo de morte é constante.
    Segundo exemplo, quando Caim matou Abel, o que fea Deus? Matou Caim? Não. Deixou-lhe uma marca para que outros não fizessem a mesma coisa. Aqueles que cometem crimes tem que ter uma pena. Não é assim quando cometemos pecados (que são crimes contra as leis de Deus)?
    Pois bem, continuemos a lutar pela vida.
    Quanto ao consolo de algum parente de um falecido comentarei mais adiante.
    Deus lhe abençoe.

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