segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Sobre não ter fome, sobre não ter sede


35Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede” (Jo. 6.).
No evangelho da semana passada (Jo. 6,1-15), Jesus deu de comer a uma multidão de mais de 5 mil pessoas, tendo apenas cinco pães e dois peixes.  Realizou o milagre da multiplicação.
Hoje, Ele se identifica com o próprio pão. Com o próprio alimento que sacia a fome da alma.
É preciso avançar “para águas mais profundas”, ir além do alimento, meramente.
Jesus é a justiça de Deus. Ele veio a nós para que não mais estivéssemos condenados, mas para nos libertar das garras do mal, da injustiça, do maligno, do pecado. Ele se declarou sendo a verdade (o caminho, a vida). E o que é a verdade? Como nos libertamos das amarrar do pecado e da injustiça.
Primeiramente, entendendo que a palavra de Deus é um conjunto, e não partes. Jesus declarou que toda/todo que for até ele “não terá mais fome” e não terá sede. No sermão da Montanha, ele disse, “Felizes os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciado” (Mt. 5,6). A fome e a sede que Jesus sacia é uma fome e sede de mudanças nas relações sociais. Uma fome/sede que está atenta ao sofrimento dos outros.
Ao nos alimentarmos do corpo do Senhor, e ao bebermos o seu sangue, estamos nos tornando um outro Cristo nos meio do mundo. Devemos trabalhar para mudar as relações sociais. Diz uma música “comungar é tornar-se um perigo, viemos para incomodar”, tal como fez Teresa de Calcutá. Ela incomodou a sociedade de castas indiana. E mexeu com o mundo com sua obra de caridade motivada pelo amor a Jesus. Trabalhava por Jesus, por aquilo que ele dizia nos evangelhos. Evangelizou com ações, mas do que com palavras. Palavras o vento leva. Ações marcam e ficam. Palavras tomam tempo. Ações demonstram o carinho que Deus tem por nós. Façamos de nossas vidas uma verdadeira liturgia diária. Que não haja mais fome, nem sede.

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