segunda-feira, 16 de outubro de 2017

“Os eleitos de Deus”

Santo Inácio de Loyola, em seus Exercícios Espirituais, nos fala de “exercícios de repetição”. O que isso quer dizer? Significa que podemos voltar a uma meditação feita no dia anterior, ou no mesmo dia do retiro, para tirar proveito daquela Palavra rezada. Junte-se a isso a seguinte instrução de Inácio que diz que “não é o muito saber que sacia e satisfaz a alma, mas o sentir e saborear as coisas internamente”.
Voltando à questão do evangelho de Mateus, 22,1-14; e mais especificamente ao versículo 12, onde se lê: “Amigo, como entrastes aqui sem o traje de festa”? Devemos saborear essa palavra com tudo aquilo que vemos na pregação de Jesus e dos apóstolos.
Volto a questão da roupa para se estar na festa do Reino dos Céus. Então, São Paulo ao escrever para a comunidade dos Colossenses, diz: “vistam-se de sentimentos de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência. Suportem-se uns aos outros e se perdoem mutuamente, sempre que tiverem queixa contra alguém. Cada um perdoe o outro, do mesmo modo que o Senhor perdoou vocês. E acima de tudo, vistam-se com o amor, que é o laço da perfeição” (Col. 3,12-14).
Paulo apresenta com que veste devemos nos revestir para estarmos na festa para a qual fomos convidados no Reino dos Céus.
A roupa deve estar em função do outro, e não em função de mim de mesmo. “Amabilidade, humildade, modéstia, paciência”, são ações que dizem respeito ao outro, àquele que devemos perdoar como pedimos perdão para as nossas ofensas (lembra-se do Pai-Nosso?). E ele acrescentou, “perdoai-vos, se alguém tem queixa do outro; como o Senhor vos perdoou, fazei assim também vós”.
Então, estar com a veste adequado para a Festa do Reino dos Céus deverá ser o perdão, o amor. E um detalhe, quem perdoar, quem amar? Todos e todas. Pois, Deus não faz acepção de pessoas nem de denominação religiosa (ele faz o sol nascer sobre bons e maus – Mateus 5,45). Não devemos amar e perdoar somente aqueles que estão na nossa religião. Devemos amar até aqueles que são contra nós. Esse é o amor que Deus quer de nós.
Deus nos abençoe!

Diácono Gayoso

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