2017, dez anos da V Conferência Geral do Episcopado
Latino-Americano e do Caribe.
No documento final desta Conferência, os bispos, afirmaram que “nos
encontramos diante do desafio de revitalizar nosso modo de ser católico e
nossas opções pessoais pelo Senhor, para que a fé cristã se enraíze mais
profundamente no coração das pessoas e dos povos (...) como acontecimento
fundante e encontro vivificante com Cristo” (13).
E acrescentaram que “nossa alegria baseia-se no amor do Pai, na
participação no mistério pascal de Jesus Cristo que, pelo Espírito Santo, nos
faz passar da morte para a vida, da tristeza para a alegria, do absurdo pra o
sentido profundo da existência, do desalento para a esperança que não engana”
(16). E ainda que “o amor do Pai nos foi revelado em Cristo que nos convidou a
entrar em seu reino. Ele nos ensinou a orar dizendo ‘Abba, Pai’” (16).
E ainda, que “conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria;
segui-lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o
Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher. Com os olhos iluminados pela luz
de Jesus Cristo ressuscitado, podemos e queremos contemplar o mundo, a
história, os nossos povos da América Latina e do Caribe, e cada um de seus
habitantes” (18).
Fomos chamados a sermos “Discípulos Missionários”. Anunciadores
do evangelho em todas as situações da vida humana. Bispos, padres, diáconos,
religiosas(os) e leigos são chamados a darem testemunho de Jesus Cristo e serem
proclamadores de seu evangelho.
Aos Diáconos Permanentes, os bispos lembram que fomos “ordenados
para o serviço da Palavra, da caridade e da Liturgia, especialmente para os
sacramentos do Batismo e do Matrimônio”. E ainda, “para acompanhar a formação
de novas comunidade eclesiais, especialmente nas fronteiras geográficas e
culturais, onde ordinariamente não chega a ação evangelizadora da Igreja”
(205).
O Documento de Aparecida anima os diáconos permanentes a estarem
inseridos no corpo diaconal, “em fiel comunhão com seu bispo e em estreita
unidade com os presbíteros e os demais membros do povo de Deus”.
Lembram que a formação dos diáconos deve levar em conta a sua
condição de casados. E que essa formação os habilita a “exercer seu ministério
com fruto nos campos da evangelização, da vida das comunidades, da liturgia e
da ação social, especialmente em favor dos mais necessitados, dando assim
testemunho de Cristo servidor ao lado dos enfermos, dos que sofrem, dos
migrantes e refugiados, dos excluídos e das vítimas da violência e encarcerados”
(207).
Concluem os bispos dizendo que esperam “dos diáconos um
testemunho evangélico e impulso missionário para que sejam apóstolos em suas
famílias, em seus trabalhos, em suas comunidades e nas novas fronteiras da
missão” (208).
Ao celebramos 10 anos da Conferência de Aparecida, lembremos que
os diáconos permanentes são uma realidade em nossas comunidades paroquiais e
nas dioceses. São homens que se colocam a serviço do Reino de Deus na dupla
sacramentalidade do Matrimônio e da Ordem. São a concretização de Jesus Cristo
servidor. Daquele que veio para servir, e não para ser servido.
Na Carta aos Tralianos, de Inácio, o teóforo, lemos: “Igualmente
respeitem todos os diáconos como a Jesus Cristo, do mesmo modo que têm
reverência pelo bispo, figura do Pai, e pelos presbíteros, senado de Deus e
conselheiros dos apóstolos. Sem eles não existe a Igreja” (http://www.santamissa.com.br/santo/escritos_santos.asp?id=70).
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