“A vocação é condição basilar e primeira de todo o processo de
escolha, seleção e formação de candidatos” ao diaconato permanente. “O chamado
de Deu deve falar mais alto e ser colocado de modo tão explícito que outras
motivações e critérios seletivos lhe estejam subordinados” (Jo. 15,16).
“Devemos superar uma visão meramente utilitarista do diaconado:
‘antes de ser um serviço, é uma vocação, um dom de Deus à sua Igreja’”.
“Essa vocação se direciona e é acolhida por homens concretos,
com sua história, limitações e qualidades. Por isso, não é plausível procurar o
candidato ideal”.
A ausência de algum dos requisitos a seguir não deve ser motivo
de prévia exclusão do candidato. E os “formadores deverão encontrar meios para
a superação ou eliminação do problema”.
Para a vocação diaconal, a CNBB (doc 96) apresenta quatro
critérios básicos para o discernimento vocacional: “critério pessoal, eclesial,
familiar, comunitário”.
Quanto ao critério pessoal, pede-se ao candidato que tenha saúde
física e psíquica. Além de equilíbrio afetivo. Escolaridade equivalente ao
ensino médio, ou superior. Capacidade de liderança e espírito de equipe.
Capacidade de autocrítica, de renovação, de formação permanente. Independência
financeira.
Para o critério eclesial, espera-se que o candidato seja capaz
de: maturidade na fé. Tenha espírito de oração e de contemplação. Interesse
pelo estudo e aprofundamento da Palavra de Deus e da doutrina da Igreja.
Capacidade de comunhão eclesial para ouvir, dialogar e acolher.
Sobre o critério familiar: convivência como esposo, pai, filho,
irmão. Deverá ter o consentimento da esposa e dos filhos. Estabilidade
matrimonial. Mínimo de cinco anos de casado. Vida familiar em coerência com os
ensinamentos da Igreja.
Quanto ao critério comunitário, destaca-se: consciência de que
será diácono da Igreja e não apenas de um grupo ou comunidade determinada.
Engajamento pastoral de cinco anos ou outro estabelecido pela diocese.
Capacidade de inculturação. Sensibilidade para os desafios que se apresentarem
na comunidade. Visão pastoral de conjunto e abertura missionária. Capacidade de
diálogo ecumênico com outras denominações cristãs. Capacidade de perceber e
valorizar outros ministérios e lideranças da comunidade.
“A pastoral vocacional de cada diocese inclua (grifo meu) a vocação ao diaconado como uma das muitas
formas de chamado de Deus, tornando-a conhecida e valorizada pelas comunidades
e pelas famílias”.
“O surgimento de vocações específicas ao diaconado permanente
pode acontecer de modos diversos, tais como: indicação da comunidade;
apresentação por um presbítero, bispo ou outro diácono; iniciativa própria de
quem se sente chamado a tal ministério”. Deus se vale de todos os meios para
fazer cumprir sua vontade. Para se fazer ouvir, convidando ”a assumir um novo
estado de vida e um serviço a Deus e ao próximo”.
Hoje, encerramos nossos textos sobre o diaconado. Espero ter
contribuído para que meus leitores tenham aprendido um pouco mais sobre esse
ministério ordenado de nossa Igreja que, apesar, de antigo, ainda é uma
realidade nova em nossas comunidades eclesiais no Brasil. Existe hoje uma vasta
literatura sobre o diaconato permanente. Procure ler. Caso você tenha um
diácono permanente em sua paróquia, reze por ele. Reze por todos os diáconos
permanentes da sua cidade, do seu estado, do Brasil e do mundo. É uma graça do
Espírito Santo suscitada no coração dos padres conciliares, é hoje a forma que
a Igreja tem de falar a linguagem de todos os meios onde a Igreja queira estar.
Que os diáconos sejam homens que saiba anunciar Cristo-Servo em todos os
ambientes onde estejam. Que saibam adaptar a linguagem da evangelização aos
vários meios.
Tal como disse São Paulo aos Coríntios, nós diáconos possam
repetir: “Sendo inteiramente livre, me
fiz escravo de todos para ganhar o maior número possível. Com os judeus me fiz
judeu para ganhar os judeus; com os submetidos à lei como se eu tivesse, embora
não o esteja, para ganhar os submetidos à lei. Com os que não tem lei, como se
eu não tivesse (embora não rejeite a lei de Deus), para ganhar os que não tem
lei. Tornei-me fraco com os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para
todos para salvar alguns de qualquer forma. E tudo faço pela boa notícia, para
participar dela” (I Cor. 9,19-23).
Oremos: “Ó Deus, o vosso
diácono Lourenço, inflamado de amor por vós, brilhou pela fidelidade no vosso
serviço e pela glória do martírio; concedei-nos amar o que ele amor e praticar
o que ensinou. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo”.
Que missão linda o diacontato! O chamado de Deus! Parabéns por ter dado o seu sim a essa linda missão! Parabéns a todos os Diáconos !Deus abençoe vocês sempre!
ResponderExcluirQue missão linda o diacontato! O chamado de Deus! Parabéns por ter dado o seu sim a essa linda missão! Parabéns a todos os Diáconos !Deus abençoe vocês sempre!
ResponderExcluirParabéns diácono, pelo seu dia, que Deus o abençoe!
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