Hoje celebramos a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Em 1950, o papa Pio XII proclamou do Dogma da Assunção de Nossa Senhora. Contemplamos Maria, mãe de Jesus, que é levada aos céus, antecipando aquilo que um dia vivermos. Antecipando a Igreja celeste que se encontra ao lado do Pai e do Filho.
Inicialmente, destaco algumas coisas que estão na primeira leitura. Primeiramente, São João está se dirigindo aos cristãos que estão sendo perseguidos pelo império romano. A linguagem usada por ele era comum entre os cristãos para que não fossem perseguidos e torturados. O Dragão é o império romano. As sete cabeças, as sete colinas que existem em Roma, sendo uma delas a do Vaticano. Os dez chifres eram os dez povos vassalos de Roma, ou seja, os povos subjugados. A mulher pronta a dar a luz é Maria, símbolo da Igreja que gera filhos para Deus. O Filho que é arrebatado é o próprio Jesus. E a mãe é protegida no deserto, longe do dragão. Mas também, aqui, o deserto é o próprio Reino dos Céus.
Maria simboliza a força da fé de todos os cristãos. Mas para chegar a ser assunta ao céu, Maria não deixou de passar e viver as dores do próprio Filho. O nascimento num estábulo, a fuga para o Egito, a perda do menino aos 13 anos, a rejeição pelos anciãos, o martírio, sofrimento e a morte. Maria pode ser assunta aos céus porque soube viver os momentos das dores em comunhão com o próprio Deus. Ele “olhou para a humildade de sua serva”. Deus contemplou as dores de um povo em Maria. Deus viu a opressão pela qual passava o povo. A Trindade decidiu pela encarnação do Filho para a redenção da humanidade. A Encarnação passou pela humanidade de Maria. O sangue derramado na cruz é um sangue humana. Um sangue de criatura, dado por Maria.
Maria apresenta-nos uma verdadeira oração a Deus. Uma oração de louvor. Uma oração que nos coloca junto de Deus através da nossa humanidade. Maria nos apresenta um Deus que está voltado para os humildes; Um Deus misericordioso para todos os que o respeitam; que mostra a sua força: dispersa os soberbos de coração, os orgulhosos; Um Deus que cumula de bens os famintos e dispensa os ricos de mãos vazias. Um verdadeiro Deus libertador fica ao lado dos pobres, dos sedentos de justiça, dos promotores da paz, dos humildes, dos esquecidos, dos encarcerados, dos nus, dos cegos.
Maria, a mãe, está sempre atenta às necessidades de seus filhos. Por isso, “todas as gerações me chamarão bem aventuradas, porque o todo poderoso fez grandes coisas” em seu favor.
Aprendamos com Maria a buscar “primeiro o reino de Deus e a sua justiça”.
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