domingo, 6 de agosto de 2017

A Sagrada Comunhão e o culto do mistério Eucarístico fora da Missa

Tendo em vista as novas determinações do Cardeal Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, sobre a quem cabe fazer a exposição do Santíssimo Sacramento utilizando o ostensório, cabe uma breve explanação sobre o que determina a Sagrada Congregação para o Culto Divino, registrada no livro “A Sagrada Comunhão e o culto do mistério Eucarístico fora da Missa”.
Na Introdução Geral, que trata da Relação entre o Culto Eucarístico fora da Missa e a celebração Eucarística, lemos: “a celebração da Eucaristia no sacrifício da Missa é a origem e o fim do culto que lhe é prestado fora da Missa”.
Na segunda parte da Introdução Geral, que trata das “Finalidades da Conservação da Eucaristia”, lemos que a finalidade primária e primordial de conservar a Eucaristia fora da Missa é a administração do Viático”. E continua, “são fins secundários a distribuição da comunhão e a adoração de nosso Senhor Jesus Cristo presente no Sacramento”.
No capítulo terceiro, que trata das Diversas formas de Culto à Santíssima Eucaristia, lemos que se “recomenda (...) a devoção particular como culto público à Santíssima Eucaristia, mesmo fora da Missa”. E ainda, pede que os fiéis se esforcem “a cultuarem o Cristo Senhor no Sacramento”. Além de que “os pastores os conduzam a isso com o exemplo e os exortem com as palavras”.
Ainda no capítulo terceiro, parte I, que trata da ”Exposição da Santíssima Eucaristia”, na Introdução, onde se fala da “Relação entre a Exposição e a Missa”, lemos que “a exposição da Santíssima Eucaristia, seja com o cibório ou ostensório, leva a reconhecer nela a admirável presença de Cristo e convida à íntima união com ele”. E acrescenta que “a exposição é excelente meio de favorecer o culto em espírito e verdade devido à Eucaristia”. Afirma, ainda, que “deve-se cuidar que nas exposições transpareça claramente a relação do culto do Santíssimo Sacramento com a Missa”.
Na segunda parte da Introdução do capítulo terceiro, onde se trata das “Normas para a Exposição”, quando se fala da “Exposição breve”, lemos que “as exposições breves do Santíssimo Sacramento sejam organizadas de tal modo que, antes da bênção com o Santíssimo Sacramento, se dedique tempo conveniente à leitura da Palavra de Deus, a cantos, preces e à oração silenciosa prolongada por algum tempo. Proíbe-se a exposição feita unicamente para dar a bênção.
Na parte terceira da Introdução do capítulo terceiro, onde se trata do Ministro da exposição da Santíssima Eucaristia, encontramos que “o ministro ordinário da exposição do Santíssimo Sacramento é o sacerdote ou o diácono que, no fim da adoração, antes de repor o Sacramento, abençoa, com ele, o povo”. E acrescenta que “na ausência do sacerdote e do diácono, (...) poderão expor publicamente a Santíssima Eucaristia para a adoração dos fiéis e depois repô-la o Acólito e outro ministro extraordinário da Sagrada Comunhão ou outra pessoa designada pelo Ordinário do lugar”. Em seguida, diz que “todos estes poderão fazer a exposição abrindo o tabernáculo, ou também, se for oportuno, colocando o cibório sobre o altar ou a hóstia no ostensório. No fim da adoração repõem o Sacramento no Tabernáculo. Não lhes é permitido dar a bênção com o Santíssimo Sacramento”.
Acrescenta que se “o ministro for sacerdote ou diácono, vestirá a alva ou a sobrepeliz sobre a veste talar com estola branca”. E ainda, que os outros ministros usarão a veste litúrgica eventualmente em uso na região, ou uma veste condizente com este ministério e aprovada pelo Ordinário”.
No título “O Rito da Exposição e Bênção Eucarística”, lemos que “feita a exposição, se for com ostensório, o ministro (ordenado) incensa o Sacramento”.
No que tange a “Adoração”, diz-se que “durante a exposição, as orações, cantos e leituras devem ser organizados de tal modo que os fiéis, recolhidos em fervorosa oração, se dediquem ao Cristo Senhor”. E acrescenta que “para favorecer a oração interior usar-se-ão leituras da Sagrada Escritura com homilia ou breves exortações que despertem maior estima pelo mistério eucarístico. (...) É conveniente que em momentos apropriados se guarde um silêncio sagrado”.
Este é apenas um pequeno resumo. Vale uma leitura mais aprofundada e um estudo mais demorado do Culto do Mistério Eucarístico fora da Missa.
Coloco-me à disposição para formação presencial sobre o Culto do Mistério Eucarístico.
“Nem tudo que é bonito é litúrgico, mas toda a liturgia é bonita”.

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