Tendo em vista as novas
determinações do Cardeal Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, sobre a quem
cabe fazer a exposição do Santíssimo Sacramento utilizando o ostensório, cabe
uma breve explanação sobre o que determina
a Sagrada Congregação para o Culto Divino, registrada no livro “A Sagrada Comunhão e o culto do mistério
Eucarístico fora da Missa”.
Na Introdução Geral, que trata
da Relação entre o Culto Eucarístico fora da Missa e a celebração Eucarística,
lemos: “a celebração da Eucaristia no
sacrifício da Missa é a origem e o fim do culto que lhe é prestado fora da
Missa”.
Na segunda parte da Introdução
Geral, que trata das “Finalidades da Conservação da Eucaristia”, lemos que a “finalidade
primária e primordial de conservar a Eucaristia fora da Missa é a
administração do Viático”. E continua, “são
fins secundários a distribuição da
comunhão e a adoração de nosso Senhor Jesus Cristo presente no Sacramento”.
No capítulo terceiro, que
trata das Diversas formas de Culto à Santíssima
Eucaristia, lemos que se “recomenda
(...) a devoção particular como culto público à Santíssima Eucaristia, mesmo
fora da Missa”. E ainda, pede que os fiéis se esforcem “a cultuarem o Cristo Senhor no Sacramento”. Além de que “os pastores os conduzam a isso com o
exemplo e os exortem com as palavras”.
Ainda no capítulo terceiro,
parte I, que trata da ”Exposição da
Santíssima Eucaristia”, na Introdução, onde se fala da “Relação entre a Exposição e a Missa”, lemos que “a exposição da Santíssima Eucaristia, seja
com o cibório ou ostensório, leva a reconhecer nela a admirável presença de
Cristo e convida à íntima união com ele”. E acrescenta que “a exposição é excelente meio de favorecer o
culto em espírito e verdade devido à Eucaristia”. Afirma, ainda, que “deve-se cuidar que nas exposições
transpareça claramente a relação do culto do Santíssimo Sacramento com a Missa”.
Na segunda parte da Introdução
do capítulo terceiro, onde se trata das “Normas
para a Exposição”, quando se fala da “Exposição
breve”, lemos que “as exposições
breves do Santíssimo Sacramento sejam organizadas de tal modo que, antes da
bênção com o Santíssimo Sacramento, se dedique tempo conveniente à leitura da
Palavra de Deus, a cantos, preces e à oração silenciosa prolongada por algum
tempo. Proíbe-se a exposição feita
unicamente para dar a bênção”.
Na parte terceira da
Introdução do capítulo terceiro, onde se trata do “Ministro da exposição da Santíssima Eucaristia”,
encontramos que “o ministro ordinário da exposição do Santíssimo Sacramento é o
sacerdote ou o diácono que, no fim da adoração, antes de repor o Sacramento,
abençoa, com ele, o povo”. E acrescenta que “na ausência do sacerdote e do diácono, (...) poderão expor
publicamente a Santíssima Eucaristia para a adoração dos fiéis e depois repô-la
o Acólito e outro ministro extraordinário da Sagrada Comunhão ou outra pessoa
designada pelo Ordinário do lugar”. Em seguida, diz que “todos estes poderão fazer a exposição
abrindo o tabernáculo, ou também, se for oportuno, colocando o cibório sobre o
altar ou a hóstia no ostensório. No fim da adoração repõem o Sacramento no
Tabernáculo. Não lhes é permitido dar a
bênção com o Santíssimo Sacramento”.
Acrescenta que se “o ministro for sacerdote ou diácono,
vestirá a alva ou a sobrepeliz sobre a veste talar com estola branca”. E
ainda, que “os outros ministros usarão
a veste litúrgica eventualmente em uso na região, ou uma veste condizente
com este ministério e aprovada pelo Ordinário”.
No título “O Rito da Exposição e Bênção Eucarística”, lemos que “feita a exposição, se for com ostensório, o
ministro (ordenado) incensa o Sacramento”.
No que tange a “Adoração”, diz-se que “durante a exposição, as orações, cantos e
leituras devem ser organizados de tal modo que os fiéis, recolhidos em fervorosa
oração, se dediquem ao Cristo Senhor”. E acrescenta que “para favorecer a oração interior usar-se-ão
leituras da Sagrada Escritura com homilia ou breves exortações que despertem
maior estima pelo mistério eucarístico. (...) É conveniente que em momentos
apropriados se guarde um silêncio sagrado”.
Este é apenas um pequeno
resumo. Vale uma leitura mais aprofundada e um estudo mais demorado do Culto do Mistério Eucarístico fora da Missa.
Coloco-me à disposição para
formação presencial sobre o Culto do Mistério Eucarístico.
“Nem
tudo que é bonito é litúrgico, mas toda a liturgia é bonita”.
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