sábado, 10 de dezembro de 2016

Nove anos de Ordenado

Aos Diáconos da Turma São Francisco de Assis
(2007)
São 9 anos de Ordenado. 12 anos de caminhada vocacional
Hoje fazemos nove anos de ordenados. Parabéns. Uma graça pastoral muito grande para as comunidades às quais servimos.
Neste dia, retomo o texto de Atos dos Apóstolos, capítulo sexto, dos versículos um ao sete para uma breve reflexão dessa caminhada.
Aparentemente, uma pequena divisão começa a surgir no meio dos discípulos. Nada estranho aos apóstolos que haviam passado por isso. Em alguns momentos, uns querendo ser melhores que os outros; e ainda os que queriam sentar-se ao lado de Jesus no reino.
A comunidade crescia. Agora, não somente judeus, mas pessoas de diversas outras nações começavam a juntar-se aos que criam em Jesus. Era preciso cuidar, pastorear aquelas pessoas. Era preciso acolher cada um e cada uma dentro da sua cultura e forma de se expressar religiosamente falando; além de falar a mesma língua. Aqui nasce a inculturação. É preciso falar a língua de quem ouve a Palavra de Deus (At. 2,6c.).
Os apóstolos reúnem a comunidade. Colocam que não é função deles servirem a mesa e descuidarem da pregação da Palavra de Deus. Então, decidiram propor a escolha de homens que pudessem fazer a ligação entre a Palavra e a Mesa. Entre a oração e a caridade. Entre a Eucaristia e o Serviço. E para isso, deram as características necessárias para a escolha dessas pessoas na comunidade. Que fossem “respeitados” (ou de “boa fama”), “repletos do Espírito”, e de “prudência” (ou “sabedoria”). Homens que a comunidade reconhecesse que vivam conforme a pregação dos Apóstolos.
Ser “respeitado”, ou de “boa fama”. Não significa estarem totalmente isentos de pecados. Mas homens que se reconhecem pecadores e necessitados da misericórdia de Deus. E que este pecado não os impede de falar e agir movidos pela graça do Espírito Santo.
Ser “repletos do Espírito”. Confiar sempre na providência de Deus. Acreditar que Deus age conforme seu Espírito anima. Crer que Deus age em todas as circunstâncias.
Ser “prudentes”. Não agir por medo humano, mas buscar a vontade de Deus em tudo o que acontece na comunidade. Ser capaz de entender o que precisa ser feito de acordo com a Palavra de Deus. Ser mais fiel a Deus do que aos homens.
Assim, irmãos, ao fazermos a meditação orante da palavra, aprendamos como o Senhor quer que sejamos. Deixemos o Espírito Santo agir em nós. Guiados pela Palavra de Deus e iluminados pelo Espírito Santo, estaremos sendo “respeitado, repletos do Espírito, e prudentes”.
Que Santo Estêvão nos abençoe nesse dia. Que São Francisco de Assis, padroeiro de nossa turma, nos faça cada vez mais solícitos à necessidade dos sofredores. Que São Lourenço nos inspire a ver nos pobres a riqueza de Deus e de sua igreja.

Amém!

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