Inicialmente, vemos os hebreus em guerra com os amalecitas. Um fato nos salta aos olhos, a posição de Moisés em relação à luta. Duas figuras se destacam, Moisés e Josué. Percebemos o quanto era a organização do povo israelita. Josué era o comandante dos homens de batalha. Moisés o homem da oração e do contato com Deus. Os dois trabalhavam em conjunto. Um confiava no outro.
Num determinado ponto da narrativa aparecem Araão e Ur, dois ajudantes de Moisés. Percebemos que nem para guerra, nem para a oração, deve-se estar sozinho. Na hora da batalha, seja ela física ou espiritual, a força da comunidade é fundamental. Cada um no seu campo.
Entretanto, a batalha física estava intimamente ligada a batalha espiritual. "Enquanto Moisés conservava a mão levantada, Israel vencia". A força daqueles guerreiros estava nas mãos de Moisés, e na sua confiança em Deus. Mas, braços e mãos iam cansando. A posição não era a das mais confortáveis. Era necessária a ajuda dos outros dois, Araão e Ur. Eles sustentavam os braços de Moisés. Ajudavam na sustentação da oração. Moisés conduzia a batalha espiritual,Josué a batalha física. Percebemos, inicialmente, que as batalhas nos dia-a-dia, as pequenas lutas que vamos travando, seja no plano físico ou espiritual dependem da nossas orações e das orações da comunidade.
No Evangelho de Lucas temos a clássica cena da mulher que interpela um juiz iníquo. Um juiz não temente a Deus (parece o nosso país nos dias de hoje). Mas aquela mulher tinha uma característica, era persistente. Persistente no pedido; tal como Moisés que foi persistente na sustentação da batalha. Assim somos convidados a sermos persistentes. Nenhum mal, nenhuma "não", nenhuma perda momentânea pode tirar nossos sossego. Nossos direitos são conquistados no grito, na persistência, com a boca. A mulher do evangelho nos ensina que diante de Deus, ou dos poderosos desse mundo, devemos ser persistentes nas nossas reivindicações. Não cansar jamais.
E por último, é a palavra de Deus que é fonte de toda nossa luta. A escritura é "útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, e para educar na justiça. Todo e toda aquele e aquela que persevera na Palavra de Deus e na oração está apto e qualificado "para toda boa obra".
É a Palavra que nos anima a estarmos sempre atentos às necessidades dos mais pobres, dos sofredores, dos perseguidos por causa do Reino. Paulo, falando a Timóteo, diz: "proclamava a palavra, insiste oportuna ou inoportunamente, argumenta, repreende, aconselha, com paciência e doutrina".
Se Moisés não tivesse diante de si a Palavra de Deus; se não Moisés não tivesse exortado a Josué, Araão e Ur, se ele mesmo não tivesse deixado se tocar pela palavra de Deus, a vitória não teria chegado.
Portanto, orar, insistir, e viver a Palavra de Deus são três ações que nos fazem vencedores e vencedoras.
Oremos: Deus eterno e todo poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor, e vos servir de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Amém!🙇🙇🙇
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