quarta-feira, 12 de outubro de 2016

"O dragão começou a perseguir..."

Assim está escrito no livro do Apocalipse (12,13a). Vendo essa imagem, perguntamos, que dragão é esse? O que simboliza do dragão? Porque João traz essa imagem?
A princípio, o dragão representa o mal. Tudo e todos que são contrários à vontade de Deus. Que não deixam o reino de Deus se concretizar. Ou que nos impedem de viver e praticar a justiça.
O dragão rouba a dignidade dos filhos e filhas de Deus. O dragão rouba garantias sociais. O dragão que rouba salário, direito previdenciário. O dragão que persegue. Que corta investimentos sociais. Que rouba a nossa fé. Que rouba a esperança. Que rouba a paz. O dragão fica a espreita para roubar, matar, devorar tudo o que possa ir contra ele.
Maria sempre esta atenta às necessidades dos seus amigos. Na festa das Bodas de Caná, ela não está sentada a mesa como uma conviva. Ele está atenta a tudo o que está acontecendo na festa. Ele circula por todos os ambientes da casa. Tem intimidade na casa. É ouvida pelos empregados. Sua palavra é uma ordem. Tem a liberdade de tomar decisões.
Vendo que o vinho viria a faltar, ela intervem junto ao filho dizendo, "eles não tem mais vinho". Que cena linda. Indo além das aparências, vemos ela intercedendo junto ao Filho. Poderíamos imaginar ela falando, 'eles estão perdendo a fé; estão sem rumo, a velha bebida chegou ao fim; é preciso um vinho novo, uma vida nova, uma palavra de esperança e de fé'. Jesus, então, ouvindo e vendo a apreensão de sua mãe, age. Percebamos que participam desse milagre, Jesus, Maria e os empregados. O meste sala e o noivo não sabem o que está acontecendo. Estão fora da cena.
Um detalhe, são seiscentos litros de água. Não é pouca coisa. Dá-se o milagre. Os empregos tiram água da talha. Levam água. Mas o que vai ser colocado no cálice é o vinho. Vinho novo. Da nova e eterna aliança. O vinho que será derramado para a remissão dos nossos pecados. O sangue do próprio senhor. A transformação se dá na caminhada. A mudança se dá na vida. Através das mãos dos pobres. dos serviçais, e não passa pela mesa dos convivas. Os que testemunham o milagre são os que estão a margem da festa.
Ao celebrarmos a solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, lembremos de todos os pobres, dos indigentes, dos desempregados, dos sem esperança, dos tristes, dos famintos, dos sedentos dos encarcerados, dos sem terra teto, dos sem teto, dos que são vilipendiados em seus direitos sociais e trabalhistas. Dos idosos que não são tratados com dignidade. Dos que tem suas aposentadorias roubadas.
Volvemos nosso olhar para os pobres desse nosso país. Assim, digamos, Ó Deus, "alimentados com o corpo e o sangue de vosso Filho, nós vos suplicamos, dai ao vosso povo, sob o olhar de nossa Senhora da Conceição Aparecida, irmanar-se nas tarefas de cada dia para a construção do vosso reino. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!"

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