domingo, 9 de outubro de 2016

"Levanta-te e vai! A tua fé te salvou"

Lucas 17,11-19 - os dez leprosos.
Nossa liturgia de hoje narra a cura dos 10 leprosos. Além da cura do Sírio Naamã (2Rs. 5,14-17).
Muitos dos pregadores destacam o agradecimento dos que foram curados. Entretanto, vou destacar outro aspecto dessas leituras, a universalidade da palavra de Deus.
Lembremos o que diz Paulo a Timóteo (2Tm 2,8-13), "a palavra de Deus não está algemada". Não se pode prender a palavra de Deus. Ela está dentro de nós. Ela faz parte de nossa vida. Aprisiona-se o corpo, mas não a fé, a palavra. Quem traz em si a palavra de Deus nunca será prisioneiro, por mais que prendam o corpo.
Naamã faz a experiência da cura pela palavra. O profeta Elizeu havia dado uma solução simples e rápida para a sua cura, levar-se sete vezes no rio Jordão. Dando crédito a palavra do profeta, Naamã se viu curado.
No evangelho, Jesus cura dez leprosos. Vejamos, os leprosos eram excluídos da convivência social e religiosa. Eram colocados a parte. Não podiam se aproximar das pessoas. Alguns andavam com uma sineta para que os outros soubessem que eram leprosos. Alimentavam-se pela caridade das pessoas que deixavam os alimentos em lugares onde passavam para pegar, sem ter contato. 
Na narrativa de hoje, com certeza, Jesus deveria estar passando por um desses lugares. Por isso o encontro com esses leprosos.
Nos chama a atenção a fala deles. Eles pedem que se tenham compaixão. Que sofra junto, ou que participe daquela situação.
O que nos salta aos olhos é que a palavra de Jesus é livre. Ela atua onde quer. Até no meio daqueles que não tem a mesma fé que a nossa. Que não estão na mesma Igreja. No mesmo grupo. Deus age onde quer, quando quer, como quer. A palavra de Deus "não está algemada". 
Nossos textos de hoje, nos impulsionam a ir ao encontro de todos. De toda crença. De todas as pessoas. Anunciar as maravilhas que o Deus de Israel e de Jesus fazem na nossa vida. Não discriminar, pois a fé, muitas vezes se revela onde se menos espera, em pessoas que não estão na mesma igreja que nós.
Prezadas e prezado, vivamos a experiência da universalidade de Deus. Façamos de nossa fé uma experiência pessoal e profunda de ir ao encontro dos excluídos e não crentes da mesma fé.
Assim, podemos orar junto com a Igreja: "Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça para que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém".

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