"Escuta os pedidos deste estrangeiro". Assim reza Salomão a Deus no Templo.
O Templo, para o judeu, é o lugar do encontro com Deus. A Tenda da Arca da Aliança e a Montanha foram substituídos pelo templo. Ali se dá o encontro do povo com Deus.
Salomão entende que a ação amorosa de Deus é universal. Não restrita a um povo. Todos os que reconhecem a grandiosidade do Deus de Israel e que se dirigem ao Templo para, em oração, fazerem pedidos a Deus, que sejam escutados em suas súplicas. Não mais somente para os israelenses, mas para todos. Deus é universal. Por isso, sua Igreja é Católica. Deus vem ao encontro de todos, não importa de onde são as pessoas. Não importam se fazem parte do "povo eleito". Desde que reconheçam o poder de Deus, devem ser ouvidos pelo Senhor, eis o pedido de Salomão.
No evangelho, vemos a continuidade desta leitura. Neste caso, a intercessão será feita pelos anciãos dos judeus. Homens respeitáveis dentro da comunidade judaica. O oficial romano reconhece que Jesus é Deus. Pede que os anciãos peçam a Jesus para salvar seu servo. Está é uma oração. Uma oração que pede ajuda para salvar alguém. Vejam, Jesus é Deus; e ao mesmo tempo, Templo. O oficial romano pede que o ajudem. Não tem coragem de ir até Jesus. Ou não se acha digno de tal feito. Não é judeu. E vê Jesus como um mestre, um mestre espiritual.
O que Salomão pedia a Deus, Jesus realiza. Um estrangeiro pede ajuda ao próprio Deus. E Deus ouve. E vai ao encontro. Ir ao encontro, essa sempre é a atitude de nosso Deus. Vem nos resgatar.
O oficial não se sente digno de que Jesus entre em sua casa. Ele tem pessoas que estão sob as suas ordens. É um comandante. Mas também, é um comandado. Está sujeito as leis e ordens de Roma. Mas tem um bom coração. Temente da Deus (veja a primeira leitura). Da mesma forma que ele manda e o obedecem, ele reconhece que Jesus pode dar ordens à distâncias, e o que ele desejar acontecerá, "ordena com a tua palavra e o meu servo ficará curado". Que fé! Que confiança! Não precisa a presença física. Basta uma palavra, tal como na criação. Deus disse e se fez. E Deus viu que era bom. A palavra de Jesus recria. Restabelece a vida. Cura. Salva. Liberta.
Assim, neste 9º domingo do tempo comum, somos chamados a refletir sobre a universalidade da salvação de Deus, e a humildade de quem reconhece que mesmo sendo uma pessoa importante, depende de Deus, de Jesus para atender aquilo que ele não pode fazer.
Oremos: Ó Deus,
cuja providência jamais
falha, nós vos suplicamos
humildemente: afastai
de nós o que é nocivo,
e concedei-nos tudo o
que for útil. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do
Espírito Santo.
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