No último dia 6 de dezembro de 2014, o Cardeal Orani João
Tempesta ordenou para a Igreja do Rio de Janeiro, 16 novos Diáconos Permanentes.
Após um período de 5 anos de formação, a Igreja recebe homens “de boa reputação,
cheios do Espírito Santo e de sabedoria” (cf. At 6,3).
Ordenados para serem sinal da Igreja ministerial, dentro da
dupla sacramentalidade que lhes é própria, Matrimônio e Ordem, são ministros ordinários
do Batismo, do Matrimônio e da Comunhão. Exercem as mais variadas atividades
pastorais. São homens de fronteira. Do altar recebem graça necessária para a
vivência pastoral e ministerial. Homens de oração, devem rezar a Liturgia das
Horas pelo povo (e com o povo, quando
possível).
Entenda um pouco mais sobre o Diaconato Permanente.
Bispos, padres, Diáconos e leigos compõem a Igreja Católica
Apostólica Romana. Os diáconos foram instituídos para o serviço das mesas,
enquanto os apóstolos ficariam responsáveis pelas orações e pregação (cf.At 6).
Entretanto, desde a sua instituição, eles partiram em missão anunciando a Palavra
de Deus.
O Concílio Ecumênico do Vaticano II restaurou o diaconato
como grau Permanente da Ordem, sendo permitido a homens casados. Desde então, o
episcopado vem refletindo sobre o que esperam dos Diáconos Permanentes na
Igreja. Assim, nas várias assembleias episcopais latino-americana e nas conferências
episcopais locais, documentos foram emitidos orientando sobre a instituição do Diaconato
Permanente. Por outro lado, foi-se dando uma caracterização ao diácono.
Pelo direito, ele é ministro ordinário do Batismo e do
Matrimônio, e da Sagrada Comunhão. É inerente ao diácono acompanhar os
funerais. Dar bênçãos, inclusive com o Santíssimo Sacramento. Serve aos bispos
e presbíteros no altar.
O Documento de Aparecida destaca que os Diáconos Permanentes
“são ordenados para o Serviço da Palavra, da caridade e da liturgia”.
Acrescenta que devem “acompanhar a formação de novas comunidades eclesiais,
especialmente nas fronteiras geográficas e culturais, onde ordinariamente não
se chega a ação evangelizadora da Igreja” (DocAp 205). E conclui afirmando que
os bispos esperam que os diáconos deem “testemunho evangélico e impulso
missionário para que sejam apóstolos em suas famílias, em seus trabalhos, em
suas comunidades e nas novas fronteiras de missão”. (DocAp 208).
Na oração consecratória (de ordenação), o bispo invoca o
Espírito Santo para que fortaleça o diácono com “os sete dons” de sua graça, “a
fim de que exerçam com fidelidade o seu ministério”. E que “resplandeçam neles
as virtudes evangélicas: o amor sincero, a solicitude para com os enfermos e os
pobres, a autoridade discreta, a simplicidade de coração e uma vida segundo o
Espírito”.
Ao diácono é entregue o livro dos Evangelhos, ao qual deverá
conformar a sua vida, anunciando-o com fidelidade e profunda autenticidade. Diz
o bispo: “Recebe o Evangelho de Cristo, do qual foste constituído mensageiro;
transforma em fé viva o que leres, ensina aquilo que creres e procura realizar
o que ensinares”.
O diácono é a personificação de Cristo servo. E é a
visibilidade da Igreja ministerial. Assim, diz Santo Inácio de Antioquia aos
Tralianos: “Da mesma forma, todos
respeitem os diáconos como a Jesus Cristo, e também ao bispo, que é a imagem do
Pai, e os presbíteros como à assembleia dos apóstolos. Sem eles, não se pode
falar de Igreja”.
A Igreja do Brasil espera que assumam a “opção preferencial
pelos pobres, marginalizados e excluídos”. Convoca-os a serem “apóstolos da
caridade com os pobres, envolvidos com a conquista de sua dignidade e de seus
direitos econômicos, políticos e sociais”. Devem “deixar-se tocar e
sensibilizar pela miséria e pelas provações da vida” (CNBB – 100, nº 58).
Feliz a paróquia que tem em seu meio um Diácono Permanente!
São estes os ordenados de 2014.
Alcides
Martins – Sto Antônio dos Pobres
Aury
Silva – Sant’Ana (Campo Grande)
Bernardo
Tura – Cristo Redentor
Claudio
Nunes – Sta Therezinha do Menino Jesus (Campo Grande)
Custodio
Melo – São Vicente de Paulo
Henrique
Gonçalves – Imaculada Conceição (Recreio)
João
Paulo Carvalho – Santa Therezinha do Menino Jesus (Campo Grande)
Jorge
Alex da Cruz – São Brás
José
Vaz – N. Sra. da Cabeça
Leonardo
Souza – Divino Espírito Santo e São João Batista
Marcelo
Pulcherio – São Brás
Marco
Aurélio Azevedo – N. Sra. de Fátima (Marechal Hermes)
Mário
Higashi – N. Sra. da Cabeça
Roberto
dos Santos – Santa Edwiges
Paulo
Cravo – Sagrado Coração de Jesus (Glória)
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