Irmãos, tende entre vós o mesmo sentimento
que existe em Cristo Jesus. Jesus
Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma
usurpação, mas ele
esvaziou-se a si mesmo assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos
homens. Encontrado com aspecto humano, humilhou-se
a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou acima de
tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. Assim, ao nome de Jesus, todo joelho
se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: “Jesus
Cristo é o Senhor” para a glória de Deus Pai.
Reflexão.
A carta paulina de hoje nos faz pensar como deveria ser a comunidade de Felipos em relação a disputa pelo poder interno. Quem seria o mais importante? Que ocuparia "cargos" de direção. Esses são os sentimentos do mundo. Essas são as formas de relação social com o poder.
Paulo, ao perceber isso, afirma que, Jesus, mesmo tendo a condição divina, mesmo podendo reivindicar para a si essa condição, optou pelo silêncio. Esvaziou-se. Assumiu a humanidade. Tornou-se escravo, isto é, alguém sem direitos próprios. Igualou-se aos homens, ele que era superior a estes.
Não usou da sua condição divina para fugir da humilhação de sua morte. Obedeceu (ah! o quanto é difícil obedecer!). Entregou-se a morte (e quem de nós se entregaria a ela livremente?). E a morte mais excludente possível, a morte de cruz. Considerado um "des-graçado", ou seja, quem não possui a graça de Deus. Este foi Jesus na cruz. Um "sem-graça".
Mas a sua humilhação foi a condição para que seu nome fosse exaltado sobre toda a terra. Para que seu nome ficasse acima de todo nome. Mais do que aqueles que ocupam palácios. E para que toda língua proclame que "Jesus Cristo é o Senhor".
Sem ser humilhado, Jesus não pode ser exaltado. Estamos dispostos a nos vermos numa situação de humilhação? Procuramos mais os aplausos, ou falar daquilo que está nos Evangelhos? Aceitamos fazer a vontade de Deus ("seja feita a vossa vontade...") ou procuramos fazer a nossa vontade?
Oremos:
"Ó Deus, conservai no vosso povo o espírito que animava São Carlos Borromeu, para que a vossa Igreja, continuamente renovada e fiel ao Evangelho, possa mostrar ao mundo a verdadeira face de Cristo. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo".
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