quarta-feira, 26 de junho de 2013

Reformas estruturais no Brasil: propostas

O que proponho como mudanças. São ideias. Nada fechado. Tudo discutível.

Educação:
Não é apenas saber ler e escrever, nem fazer conta apenas.
Educação vai além disso. Professores devem ser incentivados a se especializarem, tendo, a cada cinco anos de exercício da profissão, um ano sabático para se reciclar. Também serem liberados para Mestrado e Doutorado, quando aprovados nas respectivas provas de ingresso.
Aparelhar as escolas com equipamentos de impressão para as avaliações. Salas multimídias. Exigência dos uniformes escolares completo. Pessoal de apoio como os chamados inspetores, porteiros, secretários, cozinheiros, médicos, psicólogos, dentistas, oftalmologistas, otorrinolaringologistas. Salas climatizadas.
Educação não é só saber ler, escrever e fazer conta. Incentivar a leitura de clássicos da política. Ensinar a discutir os problemas da cidade. Criação de diretórios estudantis mesmo nas escolas do nível fundamental II. Comissão de pais que, em conjunto com os professores, discutirem as questões escolares.

Reforma Política:
1.    Redução dos salários dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Propor um teto de apenas 10 salários mínimos. Despesas de deslocamento apenas para o deslocamento do parlamentar e um assessor. Despesas com gabinete como funcionários deveria ser bancada pelo próprio partido do parlamentar. Quadro de servidores efetivos em cada um dos poderes através de concurso. A número de Cargos Comissionados deveria ser reduzido a apenas aquilo que fosse essencial. E o essencial deverá ser definido em Assembleia entre os servidores concursados e a direção dos poderes.
2.    Proibição de que parlamentares ocupem cargos no Executivo.
3.    Extinção da obrigatoriedade de filiação partidária para se candidatar.
4.    Consulta popular para assumir os cargos de Chefes do Judiciário, não apenas ouvir o Senado, ou outra forma de escolha.
5.    Extinção do Senador Suplente sem ser eleito.
6.    Redução do número de Senadores, apenas um por estado.
7.    Limitação do número de funcionários nos gabinetes parlamentares. Três especialistas: direito constitucional, direito administrativo, direito fazendário. Um(a) secretário(a). Um(a) recepcionista. Um assessor parlamentar (plenário). Um para as relações com o povo.
8.    As propagandas políticas devem ter tempo equitativo para todos os partidos.
9.    Em caso de coligações, essas devem ser a nível nacional, com aceitação em todos os estados. E não apenas a nível nacional, ou regional. Unidade é unidade.

Reforma Econômica:
1.    Criação de um índice máximo do percentual de impostos: 10%
2.    Taxar as grandes fortunas do País.
3.    Maior cobrança de imposto para as pessoas que investem no mercado financeiro, inclusive aos estrangeiros.
4.    Diminuição da taxa de juros para o crédito pessoal.
Reforma da Saúde:
a.    Hospitais públicos bem aparelhados.
b.    Unidades de Saúde por bairros com equipamentos em bom estado.
c.    Profissionais bem remunerados para que não tenham a necessidade de vários empregos.
d.    Qualificação do profissionais aos moldes da dos professores. A cada cinco anos, um período sabático para formação.
e.    Distribuição gratuita de remédios.
f.     Ambulâncias em bom estado de utilização. Todas sendo UTIs móveis.

Outras reformas.
- Controle social das empresas de comunicação
- Direito de resposta nos MCS quando o cidadão se sentir ofendido.
- Da mesma forma que se cobra controle do Estado, deve-se controlar também as empresas de Comunicação.


Existem muitas outras propostas de mudança. Aos poucos vamos apresentando nossas ideias.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

"Desde o seio materno o Senhor me chamou" (Is 49,1

Minhas amigas e meus amigos,
A primeira leitura de hoje nos remete ao lugar quem o ser humano mais preza: o seio materno (pelo menos assim nos diz a psicologia).
É o lugar da segurança. Do conforto. Que aquece quando está frio, e torna ameno quando o calor se faz presente.
Isaías mostra que desde a mais tenra idade. No lugar mais íntimo e sagrado, Deus habita. Deus chama ainda mesmo antes no nascimento.
O que mais nos chama a atenção, é que esquecemos disso. Deixamos de lado esse chamado inicial, primeiro. Adão e Eva esqueceram que Deus caminhava com eles. Que mesmo antes de serem formados, Deus já gestava a ideia de criar o homem-mulher. Mas mesmo assim, nossos primeiros pais rejeitaram a presença de Deus. Romperam com a graça original dada por Deus. Esqueceram de Deus os chamava mesmo antes de tudo.
E somos assim também. Ao querermos fazer a nossa vontade. Ao querermos que nossos desejos sejam colocados em primeiro lugar. Primeiro eu, depois o outro. Não perdoar, mas querer ser perdoado. Não amar, mas querer ser amado.
Sentir-se chamado por Deus, é repetir com São Francisco: "é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado; é morrendo que se vive para a vida eterna". E ainda continua, ser "instrumento da paz".
Na Solenidade de São João, aprendamos a reconhecer Deus já desde o ventre materno, como aconteceu entre Jesus e João, que se reconheceram ainda nos ventres maternos. Deixemos Deus crescer dentro de nós. Façamos de nossa vida uma oração, adoração e trabalho.
Deus vos abençoe.

Salve São João!!!!!

Vou brindar meus leitores com as palavras de Santo Agostinho sobre São João.

Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo
 (Sermo 293,1-3: PL 38,1327-1328) (Séc.V)
Voz do que clama no deserto
A Igreja celebra o nascimento de João como um acontecimento sagrado. Dentre os nossos antepassados, não há nenhum cujo nascimento seja celebrado solenemente. Celebramos o de João, celebramos também o de Cristo: tal fato tem, sem dúvida, uma explicação. E se não a soubermos dar tão bem, como exige a importância desta solenidade, pelo menos meditemos nela mais frutuosa e profundamente. João nasce de uma anciã estéril; Cristo nasce de uma jovem virgem. 
O pai de João não acredita que ele possa nascer e fica mudo; Maria acredita, e Cristo é
concebido pela fé. Eis o assunto que quisemos meditar e prometemos tratar. E se não formos capazes de perscrutar toda a profundeza de tão grande mistério, por falta de aptidão ou de tempo, aquele que fala dentro de vós, mesmo em nossa ausência, vos ensinará melhor. Nele pensais com amor filial,a ele recebestes no coração, dele vos tornastes templos. 
João apareceu, pois, como ponto de encontro entre os dois Testamentos, o antigo e o novo. O próprio Senhor o chama de limite quando diz: A lei e os profetas até João Batista (Lc 16,16). Ele representa o antigo e anuncia o novo. Porque representa o Antigo Testamento, nasce de pais idosos; porque anuncia o Novo Testamento, é declarado profeta ainda estando nas entranhas da mãe. Na verdade, antes mesmo de nascer, exultou de alegria no ventre materno, à chegada de Maria. Antes de nascer, já é designado; revela-se de quem seria o precursor, antes de ser visto por ele. Tudo isto são coisas divinas, que ultrapassam a limitação humana. Por fim, nasce. Recebe o nome e solta-se a língua do pai. Relacionemos o acontecido com o simbolismo de todos estes fatos. 
Zacarias emudece e perde a voz até o nascimento de João, o precursor do Senhor; só então recupera a voz. Que significa o silêncio de Zacarias? Não seria o sentido da profecia que, antes da pregação de Cristo, estava, de certo modo, velado, oculto, fechado? Mas com a vinda daquele a quem elas se referiam, tudo se abre e torna-se claro. O fato de Zacarias recuperar a voz no nascimento de João tem o mesmo significado que o rasgar-se o véu do templo, quando Cristo morreu na cruz. Se João se anunciasse a si mesmo, Zacarias não abriria a boca. Solta-se a língua, porque nasce aquele que é a voz. Com efeito, quando João já anunciava o Senhor, perguntaram-lhe: Quem és tu? (Jo 1,19). E ele respondeu: Eu sou a voz do que clama no deserto (Jo 1,23). João é a voz; o Senhor, porém,no princípio era a Palavra (Jo 1,1). João é a voz no tempo; Cristo é, desde o princípio, a Palavra eterna.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

"A quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados"

Queridas leitoras e leitores,
Uma dúvida está circulando no facebook em relação à confissão auricular dos pecados dos cristãos católicos apostólicos romanos.
A doutrina da confissão dos pecados é destinada para todos e todas as pessoas que vivem a chamada fé católica. Se alguém se manifesta publicamente a fé na Igreja Católica Apostólica Romana deve viver segundo a sua doutrina. Não se pode ser "católico" pela metade.
A confissão dos pecados tem fundamentação bíblica. Lendo o evangelho de João, no capítulo 20, nos versículos 22-23, temos: "Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados".
O texto da palavra de Deus, no novo testamento, é o mesmo. E isto é comum a todos os cristãos, sejam eles católicos ou não.
No texto de João, observmos que Jesus institui um sinal (sacramento) para marcar a nova vida assumida após a conversão ao evangelho. A este sinal (sacramento) chamamos Confissão auricular dos pecados.
Observamos que o perdão dos pecados não é algo humano. Jesus dá esta ordem após enviar o Espírito Santo sobre os apóstolos. O perdão dos pecados não humano, mas divino pela intervenção daqueles que são chamados a serem os continuadores da missão do Senhor. Se os pecados fossem para ser confessados diretamente a Deus, porque ele instituiu os sacerdotes na antiga aliança para oferecem o cordeiro como expiação dos pecados?
Algumas pessoas dizem que somente Deus pode perdoar pecados. E é verdade. Somente ele pode perdoar os pecados. E isto atesta a mesma Sagrada Escritura. Em marcos, 2,10, lemos: "O Filho do homem tem poder de perdoar os pecados na terra". E ainda, "Teus pecados estão perdoados" (Mc. 2,5). Jesus, em virtude de sua autoridade, transmite esse poder aos homens (João 20,21-23) "para que o exerçam em sue nome" (catecismo 1441).
E porque falar ao Bispo, ou ao padre, os pecados? O Catecismo da Igreja Católica afirma no número 1461 que "como Cristo confiou a seus apóstolos o ministério da Reconciliação, os Bispos, seus sucessores, e os presbíteros, colaboradores dos Bispos, continuam a exercer esse ministério".
Ainda fala o Catecismo que a "finalidade e o efeito deste sacramento é a reconciliação com Deus". E acrescenta que "o sacramento da Reconciliação com Deus traz consigo uma verdadeira 'ressurreição espiritual', uma restituição da dignidade e dos bens da vida dos filhos de Deus, entre os quais o mais precioso é a amizade de Deus" (Catecismo 1468).
Ao lermos o resumo do capítulo que fala do Sacramento da Penitência no Catecismo, encontramos nos números 1496 e 1497 o seguinte: "Os efeitos espirituais do sacramento da Penitência são: a reconciliação com Deus, pela qual o penitente recobra a graça; a reconciliação com a Igreja; a remissão da pena eterna devida aos pecados mortais; a remissão, pelo menos em parte, das penas temporais, sequelas do pecado; a paz e a serenidade da consciência e a consolação espiritual; o acréscimo de forças espirituais para o combate cristão". E em seguida continua: "A confissão individual e integral dos pecados graves, seguida de absolvição, continua sendo o único meio ordinário de reconciliação com Deus e com a Igreja" (1497).
Se você professa a religião Católica Apostólica Romana, sinta-se a vontade para fazer a sua confissão.