quinta-feira, 2 de maio de 2013

Dia do Trabalhador (ou do Trabalho?)

Prezadas amigas e amigos,

Há uma diferença muito grande entre dizer Trabalhador e Trabalho. Na visão marxista, trabalhador é todo ser humano desprovido dos meios de produção e que vende a única coisa que tem: a força de trabalho, isto é, sua mão de obra.

Trabalho é todo ato humano realizado que visa a transformação de determinada realidade para a manutenção da vida.

Numa perspectiva bíblico-religiosa poderíamos dizer que Deus é o grande trabalhador. O exemplo. Aquele que, incansavelmente, realizou a obra da criação. Este mesmo Deus, dentro da perspectiva marxista é detentor da força de trabalho e dos meios de produção. Em nenhum momento precisou vender sua força de trabalho.

A teoria liberal fala de proprietários. Donos. Estes detêm os meios de produção, inclusive os recursos para comprar a força de trabalho do trabalhador (desculpe-me o trocadilho). Para exemplificar, vejamos: quando você contrata um trabalhado doméstico, você detem o meio de trabalho. E ele vende a sua força de trabalho. Esta relação está contida em todas as relações sociais do trabalho. Alguém vende e outro compra a força de trabalho.

Aquele que compra diz quanto vale. E aquele que vende aceita ou não o valor proposto. Entretanto, esta relação não é tão simples assim. Quem vende sua força de trabalho necessita daquele recurso para sua sobrevivência. E muitas vezes os recursos pagos pela força de trabalho não são suficientes para se viver.

Em 1886, trabalhadores norte americanos reivindicavam redução na jornada de trabalho. Em confronto com as forças policiais, foram mortos. Isso gerou uma grande revolta. E a partir de 1888, na França, instituiu-se esse dia como o Dia do TRABALHADOR.

O dia do trabalhador não deve ser apenas um feriado. Deveríamos refletir sobre os tipos de relação de trabalho que a sociedade brasileira deveria ter. Que tipo de remuneração. Como garantir que todo trabalhador possa ter acesso àquilo que a Constituição Federal coloca como necessidades básicas. Entretanto, parte de nossa população que ganha altos salários não se preocupa com isso. Uma outra parte, almeja ser como a primeira, e por fim há aqueles e aqueles que vão levando a vida "como Deus quer", conforme falam. Mas Deus não que uma vida de miseráveis. Deus nos olha como seus filhos. O pecado do homem é que produz miséria e pobreza extrema.

Por isso, não podemos nos furtar de estarmos aos lado dos trabalhadores que, de forma organizada em sindicatos, Trabalham para uma vida mais digna dos trabalhadores.

A CNBB lançou uma nota para o Dia 1 de Maio de 2013. Clique no link e leia.

Deus nos abençoe.

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