Matrimônio: bênção de Deus
No dia 27 de outubro de 2012, no
auditório do Edifício João Paulo II, ocorreu o Congresso Arquidiocesano da
Pastoral Familiar.
A Dra. Sylma Braga, juíza do
Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese de Niterói, proferiu palestra cujo tema
foi: “O que é casar na Igreja Católica?”.
Dra. Sylma afirmou que “a nossa
Igreja é a única igreja cristã que tem um código de leis, que deveria ser
estudado pelos casais. No Código de Direito Canônico, é possível encontrar tudo
o que a Igreja Católica fala sobre casamento”.
Nesta oportunidade, a palestrante
“refletiu sobre a essência divina presente no Sacramento do Matrimônio”. Disse:
“Quando Jesus foi convidado para as Bodas de Caná, Ele realizou o seu primeiro
milagre, por intermédio de Maria. Cristo deu um valor e uma dignidade tão
grande a esse ato social, que o transformou em um sacramento e, a partir daí,
estabeleceu essa comunhão com a família. A Igreja Católica é a única que considera
o casamento como um sacramento; as outras denominações cristãs não aceitam o
matrimônio como um sacramento, mas sim como um contrato”.
“O que é preciso entender antes
do Casamento?” A juíza destacou que “primeiro é necessário saber se existe a
vocação ao matrimônio. Os noivos precisam se perguntar: ‘eu tenho vocação para
fundar uma família?’. As pessoas que dizem que não gostam de crianças, com
certeza não têm vocação para subir a um altar católico, porque não tem vocação
para ser pai ou mãe”.
“Ela lembrou o Beato João Paulo
II que disse: ‘a família é uma fundação de Deus e que Jesus amou tanto essa fundação,
que quis nascer numa família’”. Disse que a “base dessa fundação são três pilares:
Unidade, Indissolubilidade e Fidelidade. Se alguns desses pilares forem excluídos,
o casamento não existe”.
Continuou, “a Unidade significa
que a Igreja Católica só pode casar um homem com uma mulher, como diz a Sagrada
Escritura: ‘O homem deixará seu pai e sua mãe, e se unirá a uma mulher’”.
A “indissolubilidade é a
propriedade essencial do matrimônio, porque o casamento na Igreja Católica é
para toda vida, não só até quando a pessoa quiser”.
E concluiu, “sem a fidelidade, o
casamento também não acontece de verdade”.
Para terminar, disse que o “casal
quando deixa a casa dos pais para se unir em matrimônio faz uma escolha pessoal
por Deus, decide amar a Deus na pessoa do cônjuge. Tudo o que fizer para o
outro é para Jesus que faz. Porque Jesus ‘se esconde’ atrás de cada ser humano,
para saber até que ponto a pessoa O ama”.
Encerrando, a juíza deixou um exemplo
sobre a união matrimonial. Usou a imagem do cordão umbilical. Disse que a
criança está unida a mãe por este cordão. Em seguida, quando trás o filho(a)
para o batismo, faz a religação com Deus, rompida no pecado original, através
de um cordão umbilical, ao qual deu o nome de “fio de ouro”. Afirmou que esse
cordão “não arrebenta, não quebra nem estraga, pois é de outro”.
Acrescentou que “todos os dias,
Deus nos alimenta por esse ‘cordão umbilical’, chamado fio de ouro, enviando graças, bênçãos, sabedoria, proteção e amor.
Toda vez que a pessoa ama, ela também envia amor para Deus”.
Concluiu, dizendo: “quando Deus
une duas pessoas no matrimônio, Ele pega o fio
de ouro do homem e o fio de ouro da mulher e une em um só. Temos um único
fio de ouro para um casal, porque o homem e a mulher serão uma só alma e uma só
carne. Então, no casamento da Igreja Católica, um único fio de ouro alimento os
dois. Quando o casamento não existe como sacramento, não existe essa união
porque o casal não foi unido por Deus”. (Adaptado do artigo publicado
no Jornal Testemunho de Fé, número 769; edição semanal 613, de 4 a 10/11/2012,
página 6, de autoria de Cláudia Brito e Raquel Araújo.)
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