Prezados irmãos e irmãs,
Hoje vamos meditar mais uma vez sobre o milagre da multiplicação dos pães.
Não podemos perder de vista a perspectiva de quando esse evangelho foi escrito (bem como todos os outros). Os evangelhos são escritos após a ação missionária dos apóstolos. É a partir da vivência das comunidades, e sentindo necessidade de que as palavras de Jesus não fossem perdidas, que Deus, através de Espírito Santo, utilizando alguns homens que conviveram com Jesus, ou que foram evangelizados pelos apósotlos, deixassem registrado as palavras do Mestre.
Assim, ao depararmo-nos com essa perícope, uma frase nos salta aos olhos: "dai-lhes vós mesmo de comer". O número daqueles que começavam a se converter ao cristianismo aumentava (assim narra Lucas no capítulo 2 dos Atos dos Apóstolos). Muitas, paraa não dizer quase todos, eram pobres, miseráveis, doentes. As classes dominantes desprezavam essas pessoas, pois para eles eram pecadores. Se temos miseráveis, temos famintos. E se temos famintos, como fazer para que possam todos se saciar. Somos muitos: "cinco mil homens - sem contar crianças e mulheres".
Jesus mostra o caminho. Manda que todos se acomodem. Fiquem sentados. Comam como filhos do dono da casa (os que comiam em pé eram os escravos).
O milagre da partilha está na oração. Ao dar graças pelo pouco que tinha, Jesus nos mostra que o milagre da partilha pode alimentar muitas pessoas. Se cada um pegar para si apenas aquilo de que tem necessidade, sem acumular, poderemos alimentar uma multidão.
Ao dar graças, ao orar ao Pai, Jesus nos ensina que nossa oração não deve nos levar ao egoísmo, mas à partilha.
Aprendamos com Jesus. Se participamos com fé de nossas celebrações eucarísticas, se comungamos, se recebemos os outros sacramentos, devemos nos converter e colocar nosso coração para a partilha. Amém.
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