No evangelho de João, capitulo 10, lemos o discurso de Jesus sobre ser o Bom Pastor. A perícope do dia 12 de maio de 2019, 4º Domingo da Páscoa, trouxe esse texto. O evangelho proclamado nas missas compreendia os versículo de 27 a trinta.
Logo no início, Jesus diz que as suas ovelhas escutam sua voz. Escutar é estar atento aquilo que se fala. E partimos desse breve texto para refletirmos sobre o que Jesus diz para que fiquemos atentos a sua voz.
Apesar de termos quarto narrativas da atividade pública de Jesus, não podemos separa-la do conjunto. Cada evangelista escreveu para um determinada comunidade, levando em conta as necessidades espirituais e materiais dela.
Assim, qual a voz de Jesus que se houvia? Lembro aqui dois momentos que me marcam muito (pode ser que surjam outros no decorre do texto) no evangelho do próprio João. Primeiramente, transformar água em vinho. A mudança de vida. De aguada à processada, transformada, motivadora de unidade, alegria e felicidade. Em seguida, o encontro com a Samaritana. Aquela que parte das coisas da terra para as coisas do céu. Ela, tal como os serventes, ouvem a voz de Jesus e lhe dão crédito. No primeiro caso, precisavam de vinho, mas levaram água. No segundo, "venham ver, ele falou tudo sobre minha vida". Deram crédito a Jesus.
E nós? Deixamo-nos envolver pela palavra de Jesus? Estamos atentos à sua voz? Estarmos na missa, rezarmos o terço, participarmos de grupos de oração e de círculos bíblicos nos faz diferentes?
Ouvir a voz de Jesus é ficar atento aos famintos, aos sedentos, aos nus, aos encarcerados, aos doentes, aos refugiados. Mas, é, ao mesmo tempo, questionar porque existem famintos, sedentos, nus, encarcerados, doentes abandonados, refugiados. Quais são as estruturas de poder que levam a isso?
E, ao mesmo tempo, nos sentirmos bem aventurados porque somos capazes de fazer a experiência de Deus.
O evangelho de hoje nos chama a sermos promotores da "Civilização do Amor".
Jesus é o Bom Pastor. Ele nos deu o exemplo para que possamos ser na vida dos que sofrem, dos que são excluídos, bons pastores também.
Sejamos cristãos que mudam as relações sociais. Que denunciam as injustiças. Que são contras as situações de morte que se nos colocam diante dos olhos.
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