domingo, 14 de abril de 2019

Não vejo nesse homem crime algum!

Lc 23,18-49

Nossa leitura de hoje apresenta a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. De Rei, a condenado. De homem de bem, a malfeitor. 
A primeira coisa que saltas aos olhos é a palavra "multidão". Quantas multidões foram alimentadas? Quantas multidões curadas? Quantas multidões receberam a Palavra de Deus através das pregações de Jesus?
Hoje, "as multidões" acusaram Jesus. chamaram-no de subversivo, de que seria ele mesmo o rei, o Cristo. Assim, foi encaminhado aos poderes civis, Pilatos e os Sumos Sacerdotes, Herodes. Os "homens bons", piedosos, religiosos, observadores das leis. Mais fieis a si mesmos do que à palavra de Deus.
Pilatos não via em Jesus nenhum crime. Mas, sabia que era por inveja que os Sumos Sacerdotes o entregavam.
Jesus questionou os Sumos Sacerdotes, os "santos", naquilo que eles pensavam estar certo. Jesus mostrou a face de Deus que é Pai, misericordioso e compassivo. Que resgata o perdido, o cura o doente, anuncia a boa nova aos pobres, que vai ao encontro dos pecadores e dos publicanos. Jesus apresenta um Deus bondoso e compassivo, que não despreza nem uma de suas ovelhas. Que vê em cada um de nós, parte de seu povo amado. Criados por amor. E se somos filhos amados, devemos voltar à casa do Pai.
Os Sumos Sacerdotes se fecharam em suas leis humanas, deturparam a palavra de Deus. Criaram regras para oprimir o povo. Classificaram as pessoas entre santas e pecadoras.
Hoje fazemos memória a expressão mais cruel da mentira. Hoje fazemos memória a maior entrega de amor que um ser humano poderia dar a outras pessoas. Hoje fazemos memória ao caminho que nos leva ao Reino de Deus, e que passa pela dor, pela rejeição, pelo sofrimento, pelo desprezo. 
Vivamos a Paixão pela dor de nossas dores. Mas, hoje, podemos vislumbrar a Ressurreição no Terceiro Dia. Sabemos que a vida venceu a morte, a tortura, o desprezo. E aprendamos a valorizar todos os que lutam por justiça social em nossos tempos. Por aqueles que defendem Políticas Públicas em que os pobres possam ser libertados, os doentes curados.

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