Então é Janeiro. Costumamos achar que o primeiro mês de um ano civil pode, por superstição, mudar as mazelas dos anos anteriores. A isso, damos o nome de Esperança. Queremos acreditar que tudo é possível ser diferente. Desejamos aquilo buscamos, ou que não temos: dinheiro, paz, saúde, prosperidade etc.
Para os que creem, o primeiro mês do ano começa com a ação de graças à mãe de Jesus, Maria santa e fiel. As leituras de hoje falam de bênçãos, de nascimento, de circuncisão. De apresentação no templo.
A primeira leitura, do livro dos Números (6,22-27), Deus instrui Moisés, como deverá ser dada a bênção através de Aarão. Antes de falarmos sobre a bênção, percebamos que não será Moisés, o escolhido, para dar a bênção sobre o povo. E sim, seu irmão, Aarão.
Segundo, a bênção é dada em nome do Senhor. É Deus quem abençoa. Segue-se o texto: “O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compareça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz”!
Ao invocar a bênção percebemos que é Deus que nos guarda. E nós guarda quando lhe invocamos a bênção. Em seguida, a bênção pede que o Senhor tenha misericórdia de nós, que se compadeça de nós, e essa compaixão se manifesta sobre o brilho da face de Deus sobre nós. Quando o Senhor pousada sobre nós o seu olhar, sua misericórdia se estende sobre nós. Logo, ele nos dá a paz. Paz que vem do olhar, do rosto divino contemplado.
Ao falar aos Gálatas (4,4-7), Paulo nos fala de nossa filiação divina, e sendo filhos, somos herdeiros da graça.
No evangelho (Lc. 2,16-21), temos duas narrativas distintas. A primeira, fala da chegada dos pastores a Belém. Ao local do nascimento de Jesus. E lá estava a Sagrada Família. Percebam que o menino ainda não está nomeado. É simplesmente chamado de “recém-nascido”. Os pastores mantém um breve diálogo com os que estão ao redor. Contam o que ouviram do anjo (lembra-se da noite de Natal?). Lucas acrescenta que Maria guardava essas coisas no seu coração. E meditava sobre elas. Maria ainda estava impactada em saber quem era aquela criança que ela acabará de dar à luz.
O último versículo diz que quando passou os dias da purificação da mãe e do menino (21) Jesus foi circuncidado. E recebeu o nome de Jesus (Yeshu’a que significa “Deus salva”, ou “Deus é salvação”).
Assim, iniciamos o primeiro mês de um novo ano.
Mais do que repetir velhas palavras de saudação, façamos como o salmista, e digamos:
“Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção, / e sua face resplandeça sobre nós! / Que na terra se conheça o seu caminho / e a sua salvação por entre os povos”.
Ainda existem encarcerados e doentes precisando de nossa visita. Há pessoas com fome e sem água potável. Há os refugiados e perseguidos por causa da justiça.
Que sejamos promotores da paz, para sermos chamados filhos/filhas de Deus.
Um 2019 de fé e esperança; mas de resistência e coragem para denunciarmos o que não é de Deus.
"Toda escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra". (II Tm 3,16-17). Acesse https://diaconiadapalavra.blogspot.com/. Comentários da liturgia diária.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção
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