"Convertei-vos e credes no evangelho" Tentação de Jesus

Jesus é Tentado.

Marcos destaca que no deserto, Jesus está em companhia de satanás, de animais selvagens e dos anjos.
Vejamos, Satanás é o acusador. O mesmo que pediu permissão a Deus para tentar Jó, agora está diante do próprio Deus, Jesus, feito homem. Sujeito a todas as tentações da criatura. São Paulo afirmou que Jesus foi
semelhante a nós em tudo, menos no pecado. Ou seja, não cedeu as tentações, apesar de sua humanidade.

Os animais
Segundo os padres do deserto, essas não seriam feras externas ao ser humano. Mas seriam as “feras” que estão dentro de nós mesmos. E quais são? Podemos dividi-las em dois grupos. 1º) Os pecados capitais: gula;
avareza; luxúria; ira; inveja, preguiça; orgulho (vaidade). 2º) As obras da carne, das quais São Paulo descreve aos Gálatas (5,19-21): imoralidade sexual; impureza; devassidão; idolatria; feitiçaria; inimizade; contenda; ciúmes; ira; intrigas; discórdias; facções; invejas; bebedeiras; orgias; e outras coisas semelhantes.

Os anjos
São os portadores das alegrias de Deus. Anunciam Jesus Cristo. Vão à frente. Preparam o caminho do Senhor. E os anjos nos anunciam as consolações. Em São Paulo aos Gálatas (5,22-25): amor; alegria; paz; paciência; amabilidade, bondade; lealdade; mansidão; domínio próprio. E acrescenta, “Os que pertencem a Jesus Cristo crucificaram a carne com suas paixões e seus desejos. Se vivemos pelo Espírito, procedamos de acordo com o Espírito”.
E mais, as virtudes opostas aos pecados capitais: Humildade; Caridade; Mansidão; Generosidade; Castidade; Temperança; Zelo (fervor).

Esta é a semana de saber a quem estamos servindo: A Deus ou aos desejos de Satanás? E para isso, Deus nos dá sinais de sua presença no meio de nós, o arco iris. E, conforme São Pedro, Jesus nos deixa sua palavra para que possamos ter uma vida tal como a vontade de Deus.

No início de nossa Quaresma devemos aproveitar a oportunidade para rever nossos gestos, palavras, atos e omissões.

Lembremos o Ano da Misericórdia, onde fomos chamados a vivermos as Obras de Misericórdia Espirituais e Corporais. 

Obras de Misericórdia Espirituais: Dar bom conselho; Ensinar os ignorantes; Corrigir os que erram; Consolar os aflitos; Perdoar as injúrias; Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo; Rogar a Deus por vivos e defuntos.

Obras de Misericórdia Corporais: Dar de comer a quem tem fome; Dar de beber a quem tem sede; Vestir os nus; Dar pousada aos peregrinos; Assistir aos enfermos; Visitar os presos; Enterrar os mortos.

Não podemos separá-las. Elas andam juntas. De braços dados.