domingo, 16 de abril de 2017

“Este é o dia que o Senhor fez para nós; alegremo-nos e nele exultemos”!

Celebramos hoje o primeiro domingo da Páscoa. O primeiro domingo após a Vigília Pascal. O domingo onde Jesus Cristo revela-se aos seus discípulos.
Na Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, Paulo afirma que após a sua ressurreição, Jesus aparecera a mais de quinhentas pessoas, após ter se manifestado aos apóstolos (I Cor. 15,5-6). 
A ressureição não é um ato isolado. Fechada para um grupo. Jesus se manifesta às multidões. Jesus ressuscita os mortos, aqueles que esperavam a definitiva libertação dos grilhões da morte. 
Na leitura dos Atos dos Apóstolos, Pedro se apresenta como testemunha de todos os fatos ocorridos com Jesus. Como Jesus fez o bem, “curando a todos os que estavam dominados pelo demônio, porque Deus estava com ele” (At. 10,30b). E acrescenta dizendo que os apóstolos “são testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém” (At. 10,39a).
Pedro garante que aquele Cristo que muitos haviam visto após a ressurreição é a mesma pessoa com a qual eles haviam comido e bebido após ter ressuscitado dos mortos. Ou seja, ele vive!
E o retorno a vida pela parte de Jesus é para que todo e toda que nele crer receba, em seu nome, o perdão dos pecados.
Então, chegamos à segunda leitura. Paulo falando aos Colossenses afirma que devemos nos esforçar por “alcançar as coisas do alto, onde está Cristo”. E quais são as coisas do alto? O próprio Paulo nos diz: “sentimentos de compaixão, bondade, humildade, mansidão, paciência”. E acrescenta, “suportem-se uns aos outros e se perdoem mutuamente, sempre que tiverem queixa contra alguém. Cada um perdoe o outro, do mesmo modo que o Senhor perdoou vocês. E acima de tudo, vistam-se com o amor, que é o laço da perfeição”.
O túmulo está vazio. Jesus não cabe mais nos conceitos humanos. Não está mais preso ao tempo e ao espaço físico. Rompeu a barreira que prendia seu corpo. Não está mais sujeito às definições humanas. O túmulo, lugar dos mortos, não pode prendê-lo, pois ele vive! Ele foi além das barreiras. É capaz de voltar à vida. “Eis que faço nova todas as coisas”. Túmulo vazio. Vida nova. A morte não mais pode segurar aqueles/aquelas que creem em Jesus. Não há mais espaço para aquilo que nos prende à terra (fornicação, impureza, paixão, desejos maus e a cobiça de possuir, que é uma idolatria).
A ressurreição nos faz mulheres e homens diferentes daqueles que morreram com o Senhor. Ressuscitamos com Jesus para as coisas do alto. 
Os sinais estão diante dos apóstolos, as faixas de linho deitadas no chão, e o pano que estava sobre a cabeça num lugar à parte. São sinais físicos que expressam uma realidade além do compreensível. 
O discípulo que se identifica como “o outro discípulo”, entrou no túmulo, “viu e acreditou”. Somente o amor poderia entender a nova realidade diante deles. O amor gera esperança. O amor rompe barreiras e faz viver e alcançar “as coisas do alto”.
“Este é o dia que o Senhor fez para nós; alegremo-nos e nele exultemos”!
Feliz Páscoa.
Oremos: “Ó Deus, por vosso Filho Unigênito, vencedor da morte, abristes hoje para nós as portas da eternidade. Concedei que, celebrando a ressurreição do Senhor, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitaremos na luz da vida nova. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.
(textos: At. 10,34a.37-43; Cl. 3,1-4; Jo. 20,1-9).

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