Dois textos se completam os textos litúrgicos de hoje. Um, o evangelho de Lucas (1,39-47), e outro, na liturgia das horas, Ofício das Leituras, tirado de Isaias (52,7-13).
Nos dois textos, que se complementam, como é bom ver a ação de Maria. Mulher forte e guerreira. Ciosa do sofrimento de seu povo. Sabedora de que somente Deus é aquele que dá a paz. Uma paz que leva ao serviço. Que não acomoda. Nem fica sentada. Uma paz que anuncia sem dizer uma palavra: "Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar"? Disse Isabel ao ouvir a saudação de Maria. O que teria Maria dito para que a criança, que Isabel trazia no ventre, pulasse de alegria? A saudação, acredito eu, deve ter sido, שלום, ou seja, Paz, Shalom. E porque essa saudação? Pois, como diz Isaias, "Como são belos, andando sobre os montes, os pés de quem anuncia e prega a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação e diz a Sião: “Reina teu Deus"! Maria conhecia esse texto. Sabia que deveria anunciar a paz. Sempre. Onde estivesse. Mas, mais do que anunciar a paz, ela trazia o príncipe da Paz. Jesus fará a oração da Paz junto aos discípulos.
A Festa que celebramos hoje, encontra-se em sintonia com a mensagem do Natal que se aproxima. Sempre o Natal deve ser celebrado em Paz. Deve anunciar a Paz. Nos levar a verdadeira paz tão esperada por todos nós. A paz que gera serviço ao outro. A paz que gera ação de inclusão social. A paz que se preocupa com a vida do próxima. A paz que não retem salários. A paz que não gera guerra. A paz que constroem pontes. A paz que acolhe todos e todas, indiferentemente de sexo, cor, religião.
Maria! Mulher! Forte! Guerreira! Soube ouvir a voz de Deus e tudo guardou, e agiu sempre que foi preciso.
A Festa de hoje, nos lembra que nosso espírito se alegra em Deus, pois ele é o Senhor da vida.
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