domingo, 27 de dezembro de 2015

“Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade” (Lc. 2,39).

A grande reflexão de hoje é a própria segunda leitura. 
Ao falarmos sobre a Sagrada Família, somos convidados a viver a experiência que Paulo chama aos da comunidade de Colosso a viverem: “sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência” (Col. 3,12b). Foi no ambiente familiar, na companhia de seus pais, que Jesus aprendeu essas virtudes divinas.
Junto com essas qualidades espirituais, aprendeu a como ser suporte, suportar, “uns aos outros”. Animando-os nos momentos de queda. Incentivando-os nas horas em que a fé parece sucumbir.
Foi no ambiente familiar que Jesus aprendeu o que é perdão. Que não se perdoa apenas sete vezes; mas setenta vezes sete.
Na família Jesus aprendeu a amar, “pois o amor é o vínculo da perfeição” (Col 3,14b). Aprendeu a amar com os desprendimento de seu pai José, e na entrega de sua mãe Maria. Ainda em família, Jesus aprendeu a agradecer sempre. Foi em casa que Ele, crescendo em sabedoria, graça e estatura, aprendeu a ouvir a Palavra de Deus. Em Nazaré era admoestado e ensinado com sabedoria. Foi me família que aprendeu a cantar a “Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, em ação de graças” (Col. 3,16).
Maria o modelo de solicitude para com seu esposo. José amando sua esposa, não sendo grosseiro com ela. Nos ensinam qual o relacionamento entre esposa e esposo. Nada de grandioso, de extraordinário. Como Filho obediente, Jesus aprendeu a obedecer, só assim pode fazer a vontade do Pai do Céu. A harmonia conjugal fez com que Jesus pudesse responder aquilo para que ele encarnou. Jamais foi intimidado pelos seus pais da terra para que não desanimasse em sua caminhada.

Queridos e queridas, é possível viver como a Sagrada Família. Basta ouvir e viver a Palavra de Deus. Colocar em prática aquilo que nos ensina Paulo na sua carta aos Colossenses 3,12-21.

sábado, 26 de dezembro de 2015

“Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 10,22b).

Logo após a celebração do Natal, temos a festa de Santo Estêvão.
Sendo um dos primeiros diáconos, foi o primeiro mártir após o surgimento da Igreja. Fora escolhido pela comunidade cristã grega para se colocar a serviço da mesa para as viúvas e órfãos. “Cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo” (At. 6,8).
A simplicidade e a humildade do serviço de Estêvão o fez forte e grande diante de Deus e dos homens. Repleto da graça de Deus, e revestido do poder do Espírito Santo, Estêvão realizava “grandes sinais entre o povo” (At. 6,8).  Não havia pedido nada para si. Fora escolhido pelos seus para ser um simples dispensador da caridade dentre os irmãos. Um missionário da misericórdia de Deus que não faz acepção de pessoas, mas acolhe a todos.
As qualidades para a escolha foi definida pelos apóstolos. Para o serviço da mesa, deveriam ser escolhidos homens de “boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria” (At. 6,3). Segue o livro dos Atos dos Apóstolos dizendo que escolheram, dentre outros, Estêvão, “homem cheio de fé e do Espírito Santo” (At. 6,5b).
Ser cheio de fé significa colocar-se nas mãos de Deus. Não temer a missão dada. Não colocar impedimentos para que a misericórdia de Deus aja no mundo. Estar pleno do Espírito Santo é confiar que Deus age em nós. Que nossas palavras são inspiradas por Deus. É enfrentar as situações mais adversas da vida.

Ao celebramos a festa de santo Estêvão logo após a celebração do Natal, devemos recordar que mesmo na adversidade da manjedoura, mesmo na simplicidade do estábulo, a alegria do Evangelho deve ser confirmada pela pregação e pela misericórdia, pois foi por misericórdia que a Trindade Santa decidiu pela encarnação do Filho. E santo Estêvão soube entender isso, e nos deixou seu exemplo.