segunda-feira, 15 de junho de 2015

Semente - Mostarda - Parábolas

A liturgia deste domingo nos brindou com um conjunto de três passagens que nos levam a meditar sobre o lugar da oração em nossas vidas.
Inicialmente, nos fala do germinar; em seguida, a grandiosidade do grão de mostarda; e termina com o mistério das parábolas.
Para nós, hoje, não há mais mistério quanto ao germinar de uma semente. Sabemos, pela ciência, como isso acontece. Podemos até fazer modificações na estrutura da semente, manipulando-a geneticamente (experiência essa feita pelo monge agostiniano Mendel, botânico e meteorologista). Entretanto, este parábola é ainda nos é atual. O que nos importa são as condições para que essa semente brote: plantar (colocar na terra, fazer uma cova, enterrar); regar (colocar água); deixar que os dias e as noites passem. Assim, a semente germina e cresce. Estas são as condições para que a semente cumpra sua função, gerar folhas, espigas e grãos. Quando amadurece, o fruto está pronto para a colheita.
Nada mais bonito do que olhar para nosso crescimento espiritual. A Palavra de Deus deve ser planta para que o Reino de Deus possa crescer. Acolher a palavra com amor e carinho. Orar. Meditar. Contemplar. Deixar-se impregnar por esta palavra. Tirando de dentro de nós tudo aquilo que pertence a Deus. Deixar que novos frutos nasçam. Gerar espigas com grãos. E então, partir em missão, pronto para a colheita.
O Grão de Mostarda. Menor semente conhecida. Mas gera um arbusto forte e grandioso. Onde as aves constroem os seus ninhos. Abrigam-se. Assim é o Reino de Deus em nós. Começa pequeno e vai crescendo. Torna-se uma árvore grandiosa. Passamos a ser refúgio para aqueles que nos busca. Somos missionários do reino, pois deixamos que outros se abriguem em nós.
E por último, falar em parábolas. As parábolas são comparações. Nos ajudam a compreender mistérios espirituais que são difíceis de se explicar humanamente. Mas, por outro lado, são realidades humanas que nos aproximam de Deus. Nos fazem ver a concretude do Reino de Deus.
Assim, irmãs e irmãos, cultivemos a semente do Reino de Deus que foi planta em nós pelo Batismo e pelos outros Sacramentos. Deixemos crescer essa planta. Sejamos acolhedores. Que se abriguem em nós pessoas que busquem a presença de Deus em suas vidas. Vamos dar sombra e abrigo para aqueles e aquelas que ainda estão voando, sem um ninho para pousar.
Busquemos novos métodos e novo ardor missionário. Quais parábolas do século XXI servem para explicar o Reino de Deus.
Deus vos abençoe nesta semana.